The Aurors escrita por Heitor


Capítulo 3
Embarcamos no grande navio.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391778/chapter/3

Eu, Klaus e Augustus ficamos parados no convés olhando a nossa volta. Enquanto os dois se dirigiam para a ponte de comando, abri novamente o papel contendo as instruções e li logo abaixo de onde estava o desenho de navio. Dizia que para faze-lo ''andar'', era preciso apenas encostar a varinha num grande mapa que estava na ponte de comando. O caminho que ele seguiria seria sempre na direção do sol. Caso se desviasse, estaríamos perdendo a direção, e teríamos que dar um jeito de voltarmos ao nosso caminho correto.

Fui até perto da ponte de comando e chamei Augustus.

– Sim? - Respondeu ele, parando na entrada da ponte.

Expliquei para ele tudo que estava no papel, e ele pegou-o da minha mão para conferir.

– O.k. - Foi a resposta dele. Apenas assenti e fui até o centro do convés.

Nossas mochilas estavam jogados em um canto, perto da ponte. O sol estava brilhante e o vento batia levemente em meu rosto. O clima era simplesmente agradável. Apenas me sentei e fechei os olhos.

Subitamente, o navio começou a se mexer. Foi deslizando lentamente pela areia, até estar totalmente sobre a água. Em pouco tempo, já se movia em uma velocidade razoável, indo em direção ao sol, como dizia nas instruções.

Estava eu, ali, sentada no centro do convés, indo em direção para um novo perigo, aparentemente. Me virei e vi Klaus e Augustus ainda na ponte de comando, conversando. Sorri para Augustus, que na hora estava fitando-me, e simplesmente desviou o olhar. Não posso imaginar o por que da arrogância dele. Enquanto Klaus tem se demonstrado mais amigável, Augustus apenas foi se fechando.

Talvez seja a pressão de ser um auror. Se Eleanor estivesse aqui, acredito que ele não estaria assim. Ela virou alquimista, e tem trabalhado duro para futuramente ser professora de poções em Hogwarts. Eu ficarei realmente feliz por ela quando conseguir esse cargo.

– Beatrice. - Ouvi a voz suave de Augustus me chamar.

Sem hesitar me levantei e dirigi meu olhar até ele.

– Eu mesma. - Respondi.

– Quer ir até lá em baixo comigo ver as cabines? - Disse ele. - Então poderemos arrumar o local para dormir.

– Acho uma ótima ideia! - Respondi, com um largo sorriso. Peguei minha mochila do chão, e Augustus pôs nas costas a dele e a de Klaus.

Fomos até o outro lado do navio, de costas para a ponte de comando. Lá, havia uma portinha no chão, onde Augustus puxou e uma escada se revelou. Descemos calmamente.

Ao pararmos no corredor escuro, ele levantou a varinha para cima e balançou-a ligeiramente duas vezes. A lâmpada no teto se acendeu, iluminando o pequeno corredor. Haviam quatro portas. Duas do lado direito e duas do lado esquerdo.

– Temos uma cabine a mais. - Comentei.

– Sim, temos. - Respondeu ele, abrindo a porta da primeira cabine da esquerda.

Fui atrás dele e entramos nela. Era bem pequena. Apenas uma cômoda minuscula ao lado de uma cama de solteiro.

– Bom, não é tão ruim. - Disse ele, colocando a mochila de Klaus em cima da cama. - Vamos.

Saí do quarto e fui para o da frente, primeira porta a direita. O interior da cabine era idêntica a outra, então, apenas coloquei a mochila sobre a cama e me retirei. Augustus já havia colocado seus pertences na cabine ao lado da minha.

– Você acha que irá demorar para chegarmos no vilarejo? - Perguntei. O corredor era pequeno, Augustus parou na minha frente e me fitou com seus claros e brilhantes olhos azuis. Nossos corpos estavam muito próximos.

– Acredito que não. - Respondeu ele. Pude sentir seu hálito: era refrescante e cheirava a menta. Por um momento me perdi em seu olhar. - Beatrice? Terra para Beatrice? Tudo bem? - Ele estalou o dedo próximo ao meu rosto.

– Oi? - Disse eu em um pulo. Ás vezes acabo sendo muito desligada, ainda mais perto dele. - Algum problema?

– Pensei que fosse você quem estivesse com problema. - Ele deu uma leve risada, indo até a escada. - Vou ficar lá em cima com o Klaus, você vem?

– Ah, não. - Respondi. - Vou descansar um pouco.

– Tudo bem. - Disse ele, subindo para o convés. Por um instante o sol ultrapassou pela abertura, e veio na direção de meus olhos. Logo, se foi, junto com Augustus, fechando a portinha.

Respirei fundo e voltei para dentro da cabine. Fechei a porta e fiquei encolhida em minha cama. Em poucos minutos adormeci.

Sonhei com a cena que a chave de portal nos mandou para a praia. Momentos antes, quando pude ver o rosto do Senhor Lawrence se transformando em algo diferente.

Não sei quanto tempo se passou quando abri meus olhos e me levantei rapidamente. Algo batia com violência no navio, e vinha de baixo dos meus pés. Vinha de baixo d'água.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Aurors" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.