Eu estava sozinho, deitado na grama verde, olhando para o nada, esperando Hazel, Frank, Piper e Jason voltarem do seu “passeio” para achar materiais para consertar o Argo II, que desde o dia em que os melhores semideuses a bordo do navio de guerra tinham caído em direção à escuridão eterna. Repassei todos os acontecimentos daquele dia em minha mente.
Lembrei-me da maneira que Percy havia saltado para segurar Annabeth, o jeito que um olhava para o outro e falavam coisas que eu não ouvia por causa do barulho, e ele gritou para Nico que eles se encontrariam na Casa de Hades, e depois se soltou, e então Percy e Annabeth caíram em direção ao Tártaro.
Ao me lembrar dessa cena, senti um calafrio, mas afastei a lembrança da mente. Sentei-me e olhei nosso “adulto responsável”, Gleeson Hedge, cantando uma espécie de hino de guerra criado por ele mesmo, com uma letra não muito amigável. Olhei para o céu, e pensei no que Nêmesis havia me dito um tempo atrás. “A sétima vela”. Eu não queria ser a sétima vela, mas sabia que era. Percy e Annabeth, Frank e Hazel, Jason e Piper, e Leo e... Não sei, que tal Buford? Festus, talvez? Droga. Eu não tinha ninguém, e quando pensava em Hazel e Frank, sentia um pouco de... Ciúmes. A questão era que eu não queria ficar sozinho. Sempre tentei levar essa situação com bom humor, mas eu me sentia mal por não ter ninguém. O mais perto que cheguei foi um flashback compartilhado com Hazel, a atual namorada de Frank, a garota por quem eu nutria secretos sentimentos...
“Você não vai ficar sozinho, não mais.” Eu ouvi uma voz feminina na minha cabeça, e pensei: Gaia. Só que não parecia Gaia, era uma voz mais doce, e parecia bem mais amigável, com certeza.
BUM!
Após o barulho, me virei e, na frente do Argo II, havia uma garota. Uma garota muito bonita. Cabelos curtos e castanhos cobriam seu rosto, seus olhos castanho-claros e cheios de vida, um vestido branco e dourado, que ia até um pouco acima dos joelhos, e um... capacete? Elmo? Não sei dizer bem, mas era um pouco dos dois. Quem era? De onde veio? Como chegou aqui? Essas e outras perguntas explodiam na minha cabeça, todas de uma vez. Resolvi perguntar.
- Quem é você? – Estava com medo de chegar muito perto dela, mas fui me adiantando em direção a ela lentamente