Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 4
Cap. 3: Até mortos vão à festa!


Notas iniciais do capítulo

Booa noite amores.
Nossa eu fico tão feliz com cada comentário que recebo de vocês,isso faz com que me dê ainda mais vontade de escrever - mesmo que eu não seja muito boa nisso.
Bom, esse cap. foi dividido em dois, pois se não iria ficar muito grande, mas prometo que irei postar logo a outra parte.
Espero que gostem haha
Desculpe os erros, não tive muito tempo para dá uma boa revisada. Boa leitura.



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Quando o táxi parou em frente à porta de casa, estiquei o braço para abri-la, mas fui surpreendida com o Nathaniel já do outro lado e a abrindo para mim.

Será que vou conseguir me acostumar com isso meu Deus?

Paguei o motorista, e logo quando ele foi embora pude agradecer a gentileza do meu amigo. Abri a porta de casa com minhas chaves, pois hoje estaria sozinha em casa – não tão sozinha- , minha mãe estava em uma reunião. E assim mais uma vez quase cai para trás de susto quando entre, pois Nathaniel já estava lá dentro com um sorriso bobo no rosto.

– Dá para você parar com isso?- Bufei tirando meu tênis.

– Parar com o que? – Ele arqueou uma sobrancelha enquanto me fitava.

– Isso, de ficar atravessando as paredes ou sei lá o que você faz. – Fiz um jeito engraçado com as mãos tentando explicá-lo o que fez com que ele desse uma gargalhada.

Droga! Que saudades que eu tinha de ouvi aquela gargalhada meio rouca, até parece que estou voltando no tempo e isso é tão bom...

– Desculpa, mas é que há seis anos eu já faço isso, e é tão pratico apenas atravessa as coisa. – Deu de ombros enquanto me seguia até a cozinha.

– Entendo, mas quando estiver ao meu lado tente não parecer tanto com um fantasma, ou seja, lá o que você for. – Abri a geladeira e tirei o meu prato que já estava pronto e o pus no micro-ondas.

– Posso até tentar. – Falou sem humor.

– Mas então me diz, o que mais você faz além de atravessar as paredes? – Disse me sentando já com o prato quente. Botei uma garfada da boca e assim acabei queimando a língua o que o fez rir antes de me responder.

– Sempre gulosa Juh. – O olhei seria esperando a resposta e o mesmo me lançou um sorriu torto. - Bem, nem eu sei direito. Sei que posso me materializar a onde quiser e quando quiser, e atravessar as coisas como você viu, mas nunca pensei que poderia te tocar o ser tocado como você fez hoje. – Eu o olhei espantada. – Na verdade, essa é a primeira vez até mesmo que falo com alguém desde que morri.

– E o que você ficou fazendo esse tempo todo? – Perguntei me sentido meio para baixo com toda aquela conversa.

– Eu sempre estive ao seu lado, já disse isso! – O olhei incrédula.

– V-você fica me seguindo? – Falei um pouco alto, o que o fez desviar o rosto. Aposto que se fosse vivo teria corado.

– Não te seguindo, só te acompanho... – Ele abaixou o rosto antes de continuar. - Isso faz com que eu me sinta mais vivo às vezes.

Excelente Nathaniel, agora sim você me fez ficar ainda mais deprimida. Poxa como não ficaria, essa situação é mais do que estranha. Eu estou em minha cozinha conversando com meu amigo morto, e dessa vez não estou falando sozinha como antigamente, ele está mesmo aqui na minha frente olhando para mim, falando comigo, eu posso até tocá-lo. Será que eu estou sonhando e logo irei acorda. Só pode ser isso, ou estou louca, completamente louca.

Levei minha mão direita até meu braço esquerdo e o belisquei bem forte para ter certeza que não estava dormindo.

– Aiii. – É não estou sonhando, estou louca mesmo.

– Juh, o que você esta fazendo? – Ele se aproximou olhando meu braço.

– Era só para confirma uma coisa. – Tentei disfarça. Quando ele levantou o rosto... Estávamos a poucos centímetros de distância o que me fez corar. Mas ele por outro lado pareceu não ter se incomodado com nada apenas sorriu do seu jeito fofo.

Eu me levantei me afastando sem dizer nada, com tudo isso até a minha fome já tinha ido embora. Merda!

– Aonde vai Juh? – Ele me perguntou vindo atrás de mim.

– Para o meu quarto. - Disse apenas enquanto subia as escadas.

– Eu vou com você. – Ele sorriu enquanto via atrás de mim.

– Não! – Disse ríspida. – Quer dizer, eu vou tomar banho, não venha.

– Mas qual o problema? – Mas o que? Ele não teria já me visto nua, certo?

– Nathaniel, você por acaso já... Me viu n-o b-banho? – Merda agora ele consegui me deixar muito sem graça.

– Não, claro que não. – Disse sem muita emoção. – Estou morto mais ainda te respeito calma. – Eu suspirei. – Posso ir?

– Nathaniel, eu preciso ficar um pouco sozinha. Entenda. Tentar colocar toda essa história de pode te ver na cabeça sem me sentir uma pirada completa então... – Cocei a cabeça esperando que ele se tocasse.

– Já entendi Juh, depois a gente se ver então, bem espero. – Ele parecia com medo, como se estivesse com medo de eu não poder vê-lo mais, e confesso que mesmo achando estranho, não quero deixar de vê-lo. Não mais. – Ah, antes de ir. Me chame só de Nate como antes, Juh.

– Tudo bem, Nate. – Ele me lançou um sorriso calmo e de repente sumiu isso mesmo. Puf! Cai sentada na escada com a cabeça entre as pernas. – Até mais. – Senti algo quente em meus olhos, será que com a volta dele minha lagrimas viriam juntas?

Passei rápidas as mãos nos olhos para que não deixar nenhum pingo cair. Mesmo com ele de volta, eu não voltarei a ser a garotinha fraca. Agora tenho amigos, não choro, sou popular e já até tenho um futuro namorado. Bryan, será que ele teria ciúmes se soubesse que converso com meu amigo morto?

Levantei-me tirando essas coisas da minha cabeça e me tranquei no meu quarto.

–-x--

Já fazia quase 3h que estava deitada com meu iPod, -acho que já tinha ouvido a minha pasta de favoritos duas vezes. Estava com uma blusa de moletom rosa com a foto do Cartman de South Park - eu adoro esse carinha- na frente com a frase “ Funk You”, e um short um pouco mais comprido que o normal, pois vai saber que hora o Nate vai se materializar na minha frente.

Meus olhos já estavam querendo se fecha com o efeito do remédio que havia tomado para a dor de cabeça, que estava quase me matando. Quando me celular tocou, levantei com a cabeça ainda rodando e fui pega-lo na minha cômoda.

– Oi Melanie. – Falei me deitando novamente, e subindo o edredom até o queixo, pois já estava entrando um vento mais frio pela minha janela.

– Sua vadia, por que não veio me ajuda a arrumar a festa? – Rolei os olhos.

– Ah Mei, sempre me elogiando. – Falei irônica.

– Me responde logo! – É ela parecia meio brava mesmo.

– Nossa calma, é que eu estou com uma dor de cabeça mostro... - Ela me interrompeu. Vaca!

– Jully, não me diga que não vai vir à festa!

– Claro que vou. Já tomei remédio e até a noite estarei nova em folha para a sua “festa”. – Disse meio a um bocejo.

– Então melhora logo, tchau. – Disse e desligo. Que vadia, ela vive desligando na minha cara, e ela sabe que eu odeio isso!

Desliguei meu celular e o pus em cima do meu criado mudo no lado da minha cama e liguei mais uma vez meu iPod, mas dessa vez botei na pasta onde só tinha musicas do Panic! At the disco... Ah, o Brendon, tão lindo.

E assim apaguei.

–-x--

Acordei meio tonta vendo que já estava tudo escuro e a luz do poste entrava pela a janela do meu quarto.

Nossa eu não dormi, eu quase morri. Que raio de remédio forte é esse. Olhei no relógio que tinha ao lado e já era 19h, eu estava completamente ferrada, afinal teria só uma hora para me arrumar e nem tinha falado com minha mãe ainda.

Liguei para um táxi, e pedi que viesse me busca as oito e meia. – Vida de quem ainda não tem carteira é dureza.

Peguei três vestidos diferentes e minha calcinha de renda vermelha e entrei no banheiro. Não precisava de me preocupar com o sutiã afinal os três vestidos já tinham um forro para os seios.

Tirei minha roupa rápido quase caída, e liguei o chuveiro no mais quente que tinha, deixei que a água lavasse tudo, desde meus cabelos longos até a ponta do meu dedão. Enquanto me banhava, aproveitava para cantar um pouco. – Ah, quem não gosta de cantar no chuveiro? Acho que podia até se ouvir lá da rua a minha voz, -só lamento pela vizinhança.

Terminado o banho, me sequei e enrolei os cabelos na toalha assim comecei a provar qual o vestido eu iria. Botei o primeiro e ficou legal, mas por ser muito brilho achei melhor não. O segundo também tinha ficado bom, -bom para eu ir para igreja. E fui para o terceiro que ficou simplesmente perfeito. Ele era preto com um tipo de bordado transparente nas costas, ele era bem justo no corpo e ia até a metade da cocha. Perfeito para uma festinha na casa das gêmeas. E como sempre o melhor é sempre o ultimo. – Novidade.

Sequei meus cabelos ali mesmo, e os deixei com algumas ondas o deixando mais natural. Passei uma maquiagem não tão forte, mas uma que caísse bem à noite. E já sai do banheiro pronta, só faltaria os sapatos a bolsa. Quando fui surpreendida pelo meu adorável amigo - que já até havia esquecido-, sentado em minha cama.

– Como você demora em. – Ele sorriu para mim, ajeitando a cola da camisa.

Ele também estava com uma roupa diferente, e devo dizer que estava lindo. Usava uma calça jeans azul marinho da Energie, que se assentava bem a corpo dele e uma blusa pólo meio saumon com uma tênis Adidas branco.

– No outro lado você pode ter roupas de marca? – Perguntei me abaixando para apanhar um par de saltos.

– Aqui podemos ter e se vestir o que quiser.

– Ser morto tem suas vantagens então. – Disse já calçando as sandálias, enquanto ele ficava me fitando.

– Juh, você não acha que esse vestido está muito curto para você sair? – Perguntou ele com um olhar serio.

Nossa dessa eu tive que rir.

– Não – disse apenas me levantando e pegando uma bolsa preta e colando um batom e meu celular dentro dela.

– Pois eu acho. – Me virei o olhando incrédula, serio que ele vai brigar por causa do meu vestido?

– Nathaniel... – Ele me interrompeu.

–Nate, por favor. – Revirei os olhos.

– Nathaniel, deixa que minha integridade cuido eu. E você pensa que vai aonde?

– Vou á festa das gêmeas com você. – Mas o que?

– Espera um estante. Como você sabe da festa? – Serio eu estou começando a ficar com medo.

– Eu sei tudo sobre você Juh. – Medo.

Não disse mais nada, apenas sai e ele veio atrás de mim. Fui até o quarto da minha mãe e fiz sinal para que ele não entrasse, bem vai que ela esta de roupas intimas, não quero que ele a veja assim.

Abria a porta e lá estava ela, sentada em sua cama lendo uma revista de moda.

– July, aonde vai tão linda? – Me perguntou sorrindo e analisando toda a minha roupa.

– Mãe as gêmeas vão dar uma festa então vou, tudo bem?

– Claro. Mas esse vestido não está muito curto? – Revirei os olhos.

– Você também com isso?! – Ela me olhou confusa. – Esquece.

– Tudo bem vai, mas então durma lá para não precisar vir tarde embora.

– Ta bom mãe, obrigada. – Fui até ela lhe dando um beijo na testa. – Te amo. – Disse indo até a porta.

– Também te amo filha.

Para minha não surpresa, o Nate estava no outro lado da porta em pé me esperando com um sorriso no rosto.

– Vamos. – Disse descendo as escadas, e ele apenas me acompanharam.

O táxi já estava em frente a porta me esperando, dessa vez não precisei chamá-lo para entra, ele mesmo já havia entrando ainda antes que eu abrisse a porta.

Sentei-me ao seu lado e fiz uma cara feia para ele, pois já o tinha avisado para não fazer isso. – Não estou exagerando, é muito estranho o verele atravessando as coisas. Olha que só o vejo há um dia.

– Cole Valley, Carl St nº 199, por favor.

Hoje até os mortos iram há festa.

–-x--

Quando chegamos à festa, vi que já tinha muita gente dentro da casa e o som estava bem alto. Tinhas luzes de neon que iluminava toda a ala de festa. A casa dos Maxthon era realmente grande, tinha uma parte só para festa. Um jardim com piscina, onde já tomei muito banho. Dois andares, e a escada do segundo anda ficavam logo na entrada.

A porta estava aberta e tinha o cara forte todo de preto com uma lista na mão. – Dá para ver como essas gêmeas tem grana né. Ele olhou meu nome, que era o primeiro – Olhas que privilégio ser a melhor amigas das anfitriãs. E entrei, com aquele encosto que não largava do meu pé desde hoje de manhã. Um encosto lindo de gosto devo dizer.

Tinha um DJ tocando vários tipo de musicas, e uma galera já estavam se pegando nos canto da casa. Ao lado perto da porta da varanda tinha um barman fazendo malabarismo com as bebidas. Nunca fui fã de beber, mas confesso que fiquei tentada ao vê-lo. – Cara será que não existe barman feio nesse mundo?

Tive até que rir sozinha do meu pensamento enquanto entrava no meio do povo a procura das minhas amigas.

– Que lugarzinho grande esse. – Falou o defunto ao meu lado.

– Ué Nathaniel, você nunca me perseguiu até aqui não? – Falei irônica segurando o riso.

Ainda bem que o som está alto, por que se não com certeza não iram achar normal uma garota falando com o vento.

– Já disse que eu não te persigo. – Eu rir dando de ombros.

– Só estou brincando com você, e sim aqui é realmente “muito” grande.

A gente ia conversando sobre a casa e sobre as Maxthon quando alguém esbarrou no Nate,- é isso mesmo, tocou nele.

– Desculpa. – Disse Adam olhando para o meu amigo.

– Ele está falando comigo? – Nathaniel se virou me perguntar com uma expressão de mais surpresa que talvez a minha.

– Com quem mais eu falaria? – Disse o rapaz se virando e voltando a andar. – Cara doido.

– É, era com você mesmo. – Falei, mas espera, ele também consegue ver o Nathaniel?

– Achei que só você poderia me ver.

– E eu achei que fosse a única louca. – Ele me olhou incrédulo. – Esquece. Eu vou lá falar com ele. – Quando disse isso, ele simplesmente sumiu, acho que dessa vez ele leu meu pensamento para saber que não queria quer ele viesse atrás de mim.

Tentei andar o mais rápido para alcançá-lo. No meio do percurso trombei com varias pessoas e nada de achar Adam Pritons. Quando já estava desistindo, o vi na minha frente com um copo na mão e este olhava para fora onde tinha a piscina, me aproximei de um modo que não o assustasse, mas também não desse para que fugisse de mim.

– Oi Adam. – Disse apenas me encostando no berau da varanda ao seu lado. E ele apenas virou o rosto para mim, mas nada disse. – Posso te fazer uma pergunta?

– Não, agora eu tenho que ir. Tchau Jullie. – Ham?

– Espera, eu... – Não deu tempo de chamá-lo, pois ele já tinha entrando no meio daquele monte de gente.

Serio não entendo por que esse garoto não fala com ninguém e ainda vem para uma festa dessas, afinal quem convidou ele? Bem, pelo menos boa memória parece que ele tem, pois até lembrou-se do meu nome.

Mas que grande merda, quando eu descubro que não sou a única louca o cara foge. Estou vendo que essa festa promete.



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Notas finais do capítulo

O que acharam em, em? Espero que tenham gostado.
Espero que tenham ficado surpreendidos com o Adam, porque será que ele também vê o Nate? Até a Jullie quer saber disso, não só vocês kkk'
Com o tempo vocês iram conhecer melhor o Adam, ele é meio estranho, mas tem os seus motivos.:S AIAIA, não posso dizer mais nada.Então...
Beijos e até o próximo.