Depois da noite que passei com as gêmeas os dias passaram bem rápidos. Fiz as provas finais, e como uma boa ex-nerd, não tirei menos de A-, para a felicidade dos meus pais. Minha mãe ainda me perturbava muito sobre ir para Harvard, eu dizia que ainda não tinha decidido, e às vezes até tentava apelar para o lado emocional perguntando se ela agüentaria ficar tão longe de mim, já que Harvard era quase do outro lado do país. E ela sempre dizia.

“– July é seu futuro, eu posso agüentar ficar longe da minha filhinha.”

E eu revirava os olhos e pensava em um meio de mudar de assunto. Meu pai era o que menos gostava de me ver tão longe, mas concordava sempre com minha mãe que o meu futuro vinha em primeiro lugar. É às vezes discutir com aqueles dois era impossível.

O Adam vivia lendo aqueles livros sobre não-sei-o-que-paranormal, ele até comprou alguns. É acho que ele esta querendo se sócio da Margo. Mas quando ele não estava de cara nos livros era até divertido está com ele, ainda mais que já estávamos na primavera e o tempo já estava bem quente, vez ou outra eu ia a casa dele para tomar banho de piscina, já que agora eu sei nadar, e devo dizer que estou nadando muito bem mesmo. Mas essas minhas visitas ao Pritons sempre deixa meu fantasma um pouco inquieto, e eu amava isso, era como se ele tivesse ciúmes meu com o Adam, mesmo que eu ache ridícula essa idéia, bem, nem tanto já que até as gêmeas ainda acham que eu tenho um caso com ele. É todos estão loucos, como seu o Adam e eu pudéssemos namorar, fala serio, ele nem gosta de mim desse jeito.

Ah mais o Nathaniel cada vez mais mostra que gosta mesmo de mim, ele nunca disse em palavra, só aquela vez com aquele “sempre”, e eu também não quis tocar mais no assunto. Eu queria apenas aproveitar a presença dele, os beijos dele, o carinho e esse amor que me deixa cada vez mais perdida. Eu nunca acreditei em fantasmas, e agora eu estou perdidamente apaixonada pelo fantasma do meu melhor amigo, às vezes ainda acho que isso tudo não passa de um longo e prazeroso sonho. Mas todos os dias que acordo e que olho para o lado ele já está lá, deitado com as longas pernas cruzadas olhando para o teto.

Às vezes quando acordo ele nem ao menos nota, parece que estar perdido nos próprios pensamentos, eu sei que tem algo que ele tem que me dizer, algo que ele sabe que eu não sei e que preciso saber, e acredito que ele um dia vá me conta. Enquanto isso aproveito a vista desses cabelos dourado, e esses olhos acizentados.

Hoje era véspera do baile, toda a escola estava um alvoroço só. Os alunos responsáveis pela arrumação do baile passavam pelos corredores a mil, e sempre que podia dava uma ajudinha.

Em qualquer outro ano, eu estaria ajudando também, mas agora tinha algo melhor do quer ajudar em arrumação, ou devo dizer alguém.

As aulas tinham acabado mais cedo, e nossas últimas notas foram entregues. Recebi A+ em Francês e em Biologia 1, que seria biologia humana, e A- em inglês. Agora era só curti o baile. Mas por enquanto vou curti meu amigo.

Almocei rápido e subi para o meu quarto, e lá estava ele como sempre me esperando. Ele veio até mim e me abraçou tomando todo meu corpo em seus braços. Vagarosamente ele vinha até minha boca, mas eu virei o rosto fazendo com que seus lábios tocassem minha bochecha.

– Deixa eu escovar meus dentes primeiro Nate. – É eu estava o chamando de Nate de novo.

– Você acha mesmo que eu ligo para isso? – Ele veio de novo e eu vire rindo.

– Mas eu ligo! Calma depois eu te dou um beijinho seu chato.

– Linda. – Disse rindo.

– Idiota.

– Nerd.

– Grudento.

– Doida. – É nossos insultos eram infantis.

– É sou doidinha, mas não é por isso que você gosta de mim? – Disse fazendo língua e me tranquei no banheiro sem nem ao menos esperar sua resposta.

É meus dias vem sendo assim, nossas eternas brincadeiras como antigamente, mas agora sempre no fim a gente acabava ao beijo na minha cama. Eu juro que se ele fosse vivo acho que já teríamos ido longe de mais. Aliás, será que fantasma também faz sexo? Okay, acho que sou mesmo uma doida.

Terminei de escovar meus dentes e aproveitei para tomar logo um banho, ultimamente eu já deixava uma muda de roupa ao lado, mas hoje eu queria brincar um pouco com o meu amigo. Quero dizer, provocá-lo.

Sai do banheiro só de toalha, o cabelo preso em um coque alto. Ele estava sentado em minha cama e quando me viu rapidamente virou o rosto.

– Juh eu não vi nada! – Disse me fazendo rir.

– Relaxa Nate. Pode se virar. – Eu estava ao lado do meu guarda roupa com um vestido na mão, e como fazia antigamente quando criança apenas abri um das portas ficando atrás dela deixe apenas a toalha cai.

Eu estava um pouco maior do que quando era criança, obvio, enquanto a porta deixava um pouco da minha perna e braços a mostra. Como já estava de calcinha, apenas botei o vestido, o descendo de vagar pelo meu corpo, e pude ouvi o meu amigo forçado uma tosse que eu sabia que ele não tinha.

– Prontinho. – Disse saindo já vestida de trás da porta.

– Você quer me matar é? – Ele sorriu enquanto eu me sentava ao seu lado.

– Você já esta morto, não é você que sempre vive dizendo isso? – Brinquei passando a mão em seu rosto.

– É você ta certa. – Ele me puxou para mais perto e nossas testas se colaram. – Eu sinto tanta falta sua Juh.

– Eu estou aqui agora.

– É você ta. – Me beijou.

Eu não sabia como um dia gostei dos beijos dos outros garotos, porque nada se parecia com aquele beijo. Ele era sempre tão carinhoso, não tinha malicia em nada.

Sua língua contornava minha boca e brincava em meus lábios. Devagar ele me deitou na cama ficando por cima de mim. Sua perna ficando entre as minhas o que fazia eu suspirar, bem eu não sei se ele se excitava, mas eu sou uma adolescente de dezessete anos, estou beijando o garoto que gosto na minha cama. Mesmo que ele esteja morto, isso tudo ainda me excita e muito. Eu tinha que me controlar muito, tinha medo de assustá-lo, a única coisa que já consegui foi tirar sua camisa, deixando um abdome que eu não sabia que ele tinha a mostra. Enquanto nossas bocas juntas em um beijo, suas mãos passando em meus cabelos passando pelos fios delicadamente, eu não resisti em passar a mão em seu abdome, e ao meu toque ele contraiu me fazendo rir entre o beijo.

– É acho melhor a gente ver tevê. – Disse cortando o beijo, pois sabia que eu não iria me controlar mais por muito tempo.

Eu estava parecendo uma tarada, meu Deus, acho que sou mesmo uma pervertida.

– Tudo bem. Hora de aventura? – Me perguntou rindo.

– Com certeza!

–-x--

Já era o dia do baile. Para ajudar acordei mais tarde do que planejava, acho que devia ter dormido mais cedo ontem em vez de ficar vendo tevê com o Nate. Falando nele, hoje ele só apareceu quando acordei e me deu um beijo e sumiu. Disse que tinha que resolver com que ir. É eu achei muito engraçado isso, será que tem algum tipo de loja só para fantasma? Bem, isso explicaria essas roupas de marca que ele sempre esta vestindo.

Como eu não era muito boa em maquiagem, penteado, e pintar unha – uma completa inútil – minha mãe fez todo o trabalho.

Passamos à tarde com ela pintando minhas unhas, um vermelho fosco, um que destacava com o vermelho do meu vestido. Meu cabelo ela lavou e fez uma boa escova. Ficou ainda mais liso que o normal, depois que eu tomei meu banho e já estava vestida, ela terminou o penteado, colocando minha franja para trás em um estilo topete que modéstia parte, mas ficou lindo. Depois foi a maquiagem, nunca gostei muito de coisa pesada, então ela passou uma sombra rosa bebe nos olhos, lápis, rímel, delineador. Tudo isso deixou meus olhos maiores, e o azul da minha irias mais intenso. É maquiagem transforma uma mulher.

O batom eu não precisei de sua ajuda. Peguei um vermelho da cor do vestido. Depois guardei ele na bolsa que ganhei das gêmeas no caso de precisar retocar, junto com meu iPhone. Agora era só calçar o salto e estava pronta.

Quando olhei para o relógio já eram oito e vinte, é acho que irei ter que ver o Nate só no Baile. Desci as escadas e para minha não surpresa o Adam já estava lá conversando com meus pais. Assim que notaram minha presença meu pai foi o primeiro a vir a te mim, segurando minha mão.

– Meu Deus como eu fiz um ótimo trabalho. – Disse ele rindo me deixando super sem graça na frente do Adam.

– Eu fiz um ótimo trabalho, afinal eu que arrumei essa boneca toda. – Brinco minha mãe. E para meu espanto ela estava com uma maquina na mão.

– Mãe nem pense. – Disse me referindo a câmera.

– A você vai deixar eu tira uma foto. Filha é seu ultimo baile na escola. – Suspirei e me fiz por vencida. – Vai lá Adam.

– Não Loren, eu não gosto de fotos. – Há, viu como é bom nerd.

– Até nisso vocês se parecem. – Minha mãe suspirou e foi até ele o empurrando. – Só uma foto, vocês estão lindos.

É ela tinha razão, ele estava lindo. Os cabelos como sempre bem penteados, mas hoje estava sem os óculos. Um terno azul aberto com um colete e uma gravata da mesma cor. Meu Deus ele estava muito lindo. É acho que foi uma ótima idéia ir com ele para o baile.

Antes de tirar a foto ele me entregou um tipo de pulseira com flores brancas e a colocou em meu pulso.

– Meu Deus, que lindo. Ele te deu um corpete July. – Disse minha mãe animada fazendo com que nos dois corássemos.

– Não foi nada Loren. – Ele sorriu e segurou minha mão, e com um sorriso enorme minha mãe tirou a foto.

E assim saímos, é de mãos dadas, estranho né? Mas parecia que ele não queria soltar, não sei. E minha mãe foi a que mais gostou disso.

Quando sai, me surpreendi em ver um carro a frente da nossa casa. Me virei para olhá-lo e ele entendendo. Coçou a nunca sem graça em um gesto super fofo.

– Já esta na hora de andar com meu carro, e também não seria certo te levar de moto. – Sorri de lado e dei um beijo em sua bochecha.

Sei que meus pais viram, sei que eles iram achar outra coisa, sei que estou ferrada e sei que ele ficou com a marca do meu beijo. Mas na hora foi impossível não beijá-lo. Eu estava feliz por ele esta realmente superando a morte a irmã.

– Bem, vamos? - Ele disse ainda vermelho e abriu a porta para mim.

O caminho era longo, mas estando ao lado dele era tranqüilo. Eu já andei varias vezes de moto com ele, infelizmente, mas carro era a primeira. E mesmo que ele não gostasse, ele andava muito bem. Conversamos sobre alguns assuntos, e ele disse que já sabia como eu ficaria sozinha com o Nate, mas tinha que ser no final da festa.

– A piscina é atrás do ginásio onde vai acontecer o baile, e eu tenho a chaves de lá. Então vai dá para você ter uma dança com seu fantasma. – Disse serio, enquanto eu quase pulava de alegria.

– Meu Deus, não sei como agradecer. Você é um grande amigo Adam, obrigada. – Mas uma vez dei um beijo em sua bochecha o fazendo quase subir na calçada com o carro.

– Você vai me atrapalhar. – Disse serio.

– Desculpa, desculpa. – Ele suspirou e ligou o rádio.

­--x--

Ao chegarmos ao ginásio da escola onde estava rolando o baile, foi bem engraçado e constrangedor ao mesmo tempo. Pois afinal quem iria imaginar que eu estaria com o Adam Pritons? Logo o Pritons que não fala com ninguém, e passa a aula toda enfiados em livros – que eu bem sei que não são bem de escola. Algumas meninas lançavam sorrisos para ele, pois o nerd, não parecia tão nerd hoje, serio ele estava como um galã. Bem, eu também recebi as minhas olhadas, os rapazes não são tão discretos em analisar o corpo de uma garota.

Vasculhei todo o ginásio tentando encontrar as gêmeas e vi apenas uma delas, lá estava Mei, linda com seus 1,75, seus cabelos castanhos em caichos perfeitos, seu vestido perfeito em seu corpo. Sim minha amiga estava muito linda. E ao seu lado o rapaz da loja de sapatos, ele estava muito bem arrumado também, não como o Adam, mas bonito. Ele parecia não estar muito animado no meio de crianças, mas quando Mei deu um beijo em seu rosto sua afeição mudou para um sorriso de dentes brancos lindo.

– Vamos até lá? – Apontei para a direção de onde estava minha amiga, e ele apenas assentiu.

Passamos com um pouco de dificuldade, e ele segurou minha mão quando nos aproximamos, o que foi o bastante para Mei me lança um belo sorriso sugestivo.

– Oi July, enfim chegaram. – Sorri e acenei para o seu acompanhante. – Ah oi Adam. Esse é o Johdan. – Ele nos cumprimentou.

– Cadê a Mel? – Perguntei e ela suspirou.

– Não chegou. Espero que esteja tudo bem.

– Eles devem esta se agarrando no seu carro. – Brinquei.

– Que nojo, não me faça imaginar isso. – Dei de ombros.

– Bem vou deixar vocês sozinhos. Vamos tomar alguma coisa Adam? – Me despedi dos dois e saímos.

– O que aconteceu com a Melissa? – O moreno me perguntou quando chegamos a mesa de ponche.

– Curioso nerd? – Ele deu de ombros me fazendo rir. – A Mei armou para ela vir com o Ethan.

– Mas eles não terminaram? – Sorris concordando. – Então por que ela fez isso?

– Pelo mesmo motivo que você me ajuda com o Nate, porque ela sabe que ela ama ele, e quer ver a irmã feliz ué. – Sorri, mas a reação dele não foi a esperada. Ele se virou para a pista de dança e assim ficamos um bom tempo sem conversar.

Eu já ia tentar puxar assunto quando vi Mel entrando rindo com o Ethan, os dois de mãos dadas. Devo confessar que eles combinam.

Acenei para que ela viesse onde eu estava e assim fez.

– Boa noite casal. – Brincou ao chegar ao nosso lado.

– Acho que essa deveria ser minha fala, não? – Sorri, enquanto o Adam ainda não olhava para nós.

– Ele ta bem? – Me perguntou Ethan baixo e eu revirei os olhos.

– Ta sim, ele às vezes fica serio assim do nada. – Disse em um suspiro.

– Eu ainda estou aqui, então não fale sobre mim como se eu não estivesse. – Disse serio.

– Calma parceiro. – Ethan levantou os braços em rendição me fazendo rir.

– Relaxa, ele não morde. – Disse segurando seu braço para ele se virar.

– Só se você pedir né July? – Meu Deus, Melissa você não disse isso? Não, ela disse e isso foi o bastante para além de fazer ele se virar ficar super vermelho. Não agüentei e rir.

– Encontro de casais e nem me chamam? – Mei chegou ao nosso lado de braços dados com o Johdan e Mel logo se jogou a abraçando. – Melissa você consegue ser mais grudenta que a July. – Disse sorrindo. – Agora chega que vai me desarrumar.

– Mana você não faz idéia o quanto te amo. – Ela voltou ao lado de Ethan e ele apenas concordando.

– Ah eu faço sim.

Ficamos conversando por algum tempo. Depois de comermos alguns petiscos, eles saíram para dançar enquanto o Adam e eu permanecemos sentados.

– É, ta se divertido? – Ele me perguntou e eu apenas assenti olhando para os casais dançando.

Eu ainda não tinha visto o Nate, mas já estava ansiosa para dançar com ele.

Não sei se foi por eu estar olhando muito para as pessoas dançando, ou se tinha outro motivo, mas do nada o moreno estava a minha frente com a mão esticada.

– Bem, acho que seria estranho se a gente não dançasse pelo menos uma música. – Disse vermelho o que me fez sorri.

Me levantei segurando sua mão e assim fomos para pista. A música animada que tocava acabou, e em seu lugar começou a tocar Kiss me – Ed Sheeran. Assim como eu, ele ficou sem jeito por ser uma música mais lenta, mas mesmo constrangido ele me puxou pela cintura - o que me assustou um pouco, e logo nossos corpos estavam bem próximos.

Ele era um pouco maior do que eu, mas com o salto eu ficava do seu tamanho, então ao levanta o rosto para olhá-lo, os seus olhos me dominaram. Eu nunca conseguia imaginar o que se passava em sua cabeça. E seus olhos sem os óculos eram de um azul quase da cor do terno que ele usava, e eram tão enigmáticos que não consegui parar de olhá-los, enquanto ele me guiava ao ritmo da música. Ele de igual forma me olhava, com ternura, mas ao mesmo tempo parecia que estava olhando a minha alma.

Eu sei que estava vermelha, sei que estavam olhando para nós, e sei que parecíamos realmente um casal naquela situação, mas eu não estava ligando. Esta ali com ele era melhor do que eu poderia imaginar.

Ele me guiava muito bem, e guando a música acelerava um pouco ele me rodava duas vezes, e seguia ao ritmo.

Sua mão permanecia em minha cintura firme, como se não fosse para que eu fugisse – como se eu fosse querer fazer isso.

Na segunda parte do refrão ele me girou mais uma vez e tocou meu rosto com a mão se aproximando ainda mais. Nossos rostos já estavam bem próximos quando a música acabou.

Ele aos poucos se afastou, e coçando a nuca sorriu de lado.

Eu não consegui sorrir, meu coração estava a mil. Mesmo tendo a consciência dos meus sentimentos, foi impossível não ficar mexida, e pensamentos de como talvez seria realmente bom se tivéssemos alguma coisa tomaram a minha mente, mas não demorou para que esse pensamento sumissem. Não, ele não gosta de mim assim, e eu amo a Nate.

Voltamos para mesa e ali ficamos por mais algum tempo.

–-x--

Quando as pessoas já estavam indo embora, meu coração começou a palpitar mais uma vez, pois sabia que era agora que teria minha dança com o Nathaniel.

Nós despedimos das gêmeas e dos seus acompanhantes, e depois de mais alguns minutos saímos do ginásio, mas ao invés de irmos onde estava o Ronda do Adam, fomos para os fundos onde ficava a piscina - nos fundo dava realmente para ouvir as músicas que tocavam no baile. Lá tinha um portão com cadeado, e tirando uma chave do bolso do paletó ele destrancou. Eu já estava entrando quando ele me segurou pelo braço.

– O que Adam? – Perguntei.

– Eu preciso falar com você antes. – Ele parecia nervoso, o que o fez apertar ainda mais meu braço.

– Okay, fala. – Ele soltou meu braço e suspirou.

– É... Eu não sou muito bom com isso. – Ele coçou a nuca o que me fez rir.

Acho que isso era uma mania dele, e eu gostava disso.

– Hey, pode falar, mas fala rápido se não as músicas iram acabar. – Sorri e toquei seu rosto o que o fez me olhar novamente do mesmo modo de quando estávamos dançando.

Ele me puxou pela cintura me surpreendendo mais uma vez.

– O que você... – Ele me interrompeu, ele estava corado.

– Jullie, eu sei que você estava esperando a noite toda para dançar com ele, sei que disse que te ajudaria. Mas eu não consigo. – Ele abaixou a cabeça tocando meu ombro com a cabeça.

– Adam você esta me assustando. – Disse baixo e ele suspirou mais uma vez.

– Jullie você é minha única amiga, eu não posso deixar você ir. Eu tentei, mas não consigo.

– Eu só vou dançar com o Nate, logo voltou. – Sorri, mas ele balançou a cabeça negando.

– Eu não quero perder você para ele. – Ele levantou o rosto novamente bem próximo ao meu.

– Adam? – Eu estava confusa, muito confusa.

– Jullie, deixa ele, fica aqui comigo, não vá.

– Adam me solta. – Ele negou.

– Eu estou vivo, ele não! – Ele segurou meu rosto e aos pouco encostou seus lábios aos meus.

Arregalei os olhos e bruscamente o empurrei.

– O que você esta fazendo? – Gritei

– Desculpa, achei que...

– Achou que você me beijando eu ia ficar? Sei que não acha certo o que eu sinto pelo Nate, mas fingi que gosta de mim? Me beijar? Nossa, isso foi muito baixo, muito baixo, Pritons. – Ele levantou o rosto me encarando. Ele estava fingindo certo?

– É você esta certa. Desculpa. – Bati o pé no chão. E em um suspiro tentei me acalmar.

– Não repita isso, não diga coisa que não senti. – Disse ainda zangada.

– E quem disse que menti? – O encarei e ele se virou. – Vai logo, ele já esta lá. Vou te esperar no carro.

Me virei, e ele estava certo. Lá estava o fantasma do meu amigo ao lado da piscina olhando para o reflexo na lua que batia na água.

Eu sei que talvez primeiro eu devesse tentar entender melhor o Adam, mas ao ver o Nathaniel com aquele terno cinza quase preto que fica perfeito em seu longo corpo, e como seus olhos refletindo pela luz da lua eu não conseguia pensar em mais nada. Ele estava tão perfeito como um anjo. Dessa vez não foi meu cérebro que controlou minhas pernas, mas sim meu coração. E sem dizer mais nada ao Adam, fui até o meu amor impossível.