The Innocent Can Never Last escrita por Clarawr


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Então, tipo, eu saí do computador achando que ia voltar aqui amanhã e não ia ter nada, mas fui surpreendida por DOIS (TWO! DEUX! 2) novos comentários da Giovanna Briel. Enfim, eu sei que não é muito, mas pra quem tá começando já é mais do que bom (MUITO MAIS DO QUE BOM! INCRIVELMENTE BOM!) MUITO OBRIGADA MESMO, MESMO, MESMO! Você não sabe o quanto seus comentários me deixaram feliz!Então, fortificada porque tem mais gente lendo minhas baboseiras, resolvi postar mais um pouquinho hoje. Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391500/chapter/3

– Eles já entraram? – Pergunto a Kamina assim que piso no trem.

– Não. Mas chegam em cinco minutos.

Não sei ao certo porque perguntei. O que eu queria? Que eles chegassem e eu fosse bater um papinho sobre a vida com eles? Ser a tia legal? Era muita idiotice voando pela minha cabeça ao mesmo tempo.

– Quando eles chegarem, me avisa. – Eu peço, sem saber a razão do pedido.

– Até aviso, mas você só vão se encontrar no jantar. - Ela responde, resoluta. E quem sou eu para dizer que não?

Cheguei ao trem cedo demais. Na verdade, só partiremos às quatro da tarde. Sento-me na cama de meu quarto, olhando para a parede. É extremamente desesperadora essa coisa de a gente ter de ficar trancado no quarto, sem ter nada para fazer, nenhuma distração para impedir os pensamentos de caírem no horror que está por vir. Saio do quarto e fico vagando pelo trem. Não tem ninguém ali além de mim e Kamina, mas ela está muito inquieta para ser minha companhia, o que é bom. Não sei se conseguiria segurar minha tendência natural para a grosseria se ela viesse falar comigo sobre quanto está empolgada.

Inspeciono cuidadosamente o trem, observo os vagões que vão servir de quarto para os outros mentores durante a viagem de dois dias e perco muito tempo estudando a nossa sala de jantar. Me encontrarei com Lizzenie e Roger aqui dentro de apenas algumas horas. Tento sinceramente evitar a onda de nervosismo que percorre meu corpo quando penso no encontro, mas controlar esse sentimento ainda está acima de minhas capacidades.

Depois de perceber que a minha inspeção no trem durou menos tempo do que eu esperava, desisto de matar as horas acordada. Dormir é mais rápido e eficaz. Volto para meu quarto e deixo que o cansaço da noite mal-dormida me jogue na inconsciência até a hora do jantar.

Acordo três horas depois e vou até o banheiro passar uma escova nos cabelos. Estou relativamente calma depois do sono, mas estanco perto da porta quando a coisa me atinge de verdade. Mais uma vez, recuso-me a sucumbir aos pensamentos perturbadores e passo pela porta, tentando agir de acordo com a mentora que agora eu sou. Meus dias de tributo acabaram e está mais do que na hora de eu deixar isso para trás. Eu preciso me adaptar a minha nova condição, até mesmo para conseguir trazer um dos dois de volta.

Sou a última a chegar à sala de jantar e dou de cara com Blight, que venceu os jogos há exatos doze anos. Eu só o tinha visto uma única vez, durante minha turnê da vitória, mas nunca chegamos realmente a conversar. Então, esse ano, ele ia me ajudar com os meninos. Hm.

Estou cheia de batatas fritas na boca quando eles chegam. Lizzenie e Roger vêm juntos e se sentam um ao lado do outro, em silêncio, olhando para baixo. Não consigo falar nada. Deixo que aqueles que já fazem isso há mais tempo que eu começarem.

Kamina limpa a boca com um guardanapo e começar a falar, naquele seu tom de voz irritantemente animado:

– Bom, bom, meus queridos. Vocês sabem que têm dois mentores e devem estar ansiosos para conversar com cada um deles. – Os dois não levantam os olhos do chão, de modo que imagino que eles devam estar com muita vontade de furar a cara de Kamina com o garfo que repousa do lado esquerdo de seus pratos vazios. – Assim que terminarmos o jantar vamos começar. Vocês vão primeiro bater um papo com a Johanna. – Os olhos de Lizzenie se levantam e ela olha timidamente na minha direção. Seus olhos têm quase o mesmo tom de mel de seus cabelos.

Permaneço comendo em silêncio, assim como Lizzenie e Roger. Depois de um tempo insuportavelmente longo, onde eu já acabei com as batatas fritas da mesa por conta da ansiedade (eu tendo a comer exageradamente quando estou nervosa), Kamina dispensa todos, deixando-me sozinha com meus tributos.

Fico olhando para eles calada durante um tempo. Tempo suficiente para que eles ergam a cabeça e me olhem interrogativamente. Claro. Eu sou a mentora. Eu devia estar tranqüilizando. Eu não devia estar tão nervosa a ponto de fazer xixi nas calças.

Pare de ser idiota. Rosno para mim mesma, em minha mente. Você consegue fazer isso. Você venceu os Jogos. Você consegue fazer qualquer coisa.

– Oi. – Eu digo e minha voz me surpreende, parecendo uniforme. – Eu sou a Johanna. – Dou um tapa na própria testa. – Que burrice a minha. Vocês já sabem. – Vejo Lizzenie sorrir um pouco, mas Roger continua impenetrável.

O silêncio aterrissa novamente no recinto, mas eu me forço a rompê-lo.

– Olha, eu sei que vocês estão mal. Sei perfeitamente. Vocês acham que eu não lembro? Nem tem tanto tempo assim. Só um ano. – As palavras parecem duras, minha voz baixa e urgente. – Mas escutem. Eu vou tentar com todas as minhas forças trazer um de vocês de volta. Não só eu, mas todos os outros mentores. Eles me trouxeram, não é? – Eu aponto para mim mesma. – Então eles também são capazes de me ajudar com vocês. Mas, para isso, eu preciso saber o que vocês sabem fazer. - Interrompo a frase, esperando que eles digam alguma coisa.

– Não sei de muita coisa. – Roger diz e sua voz é penetrante. – Sei mexer um pouco com machados. Nosso pai é lenhador, já vi ele trabalhando várias vezes

– Excelente. Consegue atirar a distancia? – Eu pergunto, sentindo o nervosismo ceder e ser substituído pela maquinação

– Nunca tentei. – Ele volta o olhar para baixo, derrotado.

– Então é isso que a gente vai focar no seu treinamento. Você vai aprender a atirar um machado, ou qualquer coisa que faça um estrago razoável, de longe – Obrigo-me a me dirigir a Lizzenie, mas acho que já sei qual vai ser a resposta. Não consigo imaginar aquela menininha franzina lançando um machado em um alvo. Bom, mas meus mentores também não esperavam isso de mim até que me viram atirar dois machados de uma vez na cabeça de dois tributos. E os dois machados atingiram o alvo. – E você, Lizzenie?

– Liz. – Ela diz subitamente, enquanto levanta a cabeça. – Pode me chamar de Liz. Mas, enfim. – Ela parece voltar à realidade. – Eu não sei fazer nada. Nada.

– Nada, nada? – Pergunto, já sentindo uma pontinha de agonia.

– Nada.

– Então você vai aprender a fazer. – Eu digo, a voz um pouco dura demais. – Qual arma você gosta mais, Liz? Para você aprender a mexer com ela. – Não consigo evitar que um meio sorriso cruze meu rosto e imagino o quão sádica devo parecer a eles. Eu não devia ficar fazendo essas coisas. O objetivo é fazê-los confiar em mim, não me achar uma psicopata.

Eles me olham assustados por um momento, mas Liz logo se recupera vira para mimcom um meio sorrisinho aterrorizante na cara.

– Machados. Para poder fazer na arena igual você fez.

Paro por um momento, surpresa. Ela estava me usando como exemplo. Como inspiração. Não esperava por isso. Nunca esperei servir de inspiração para ninguém.

A sensação alimenta a chama da minha motivação. Embora eu já tivesse dito antes, agora é oficial. Agora a coisa vem de dentro, porque essa frasezinha de Liz parece inofensiva, mas tocou no fundo do meu ser de uma forma que eu nunca tinha sido tocada antes. Eu preciso trazer um deles de volta. Eu preciso fazer com que, pela primeira vez em 69 anos, o Distrito 7 tenha dois vitoriosos consecutivos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo meio chatinho, reconheço, mas é a primeira interação oficial da Jojo com seus tributos queridos. Enfim, espero que tenham gostado dentro do possível. Em breve, mais fic e, num futuro não tão distante, FINNICK ♥Não desistam de mim hehe.Beijos e abraços e mordidas e chupões ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Innocent Can Never Last" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.