Um Deus me da às boas vindas, nem tão boas assim.

Minha mente voava, quando entrei na casa Azul Bebê. O garoto choramingava ao meu lado, ele me acompanhou, fungando o nariz, até a sala de Estar da casa, até então, deserta. Minhas mãos continuavam frias, enquanto esquadrilhei a casa com meus olhos. Não havia nada demais, tirando o fato de ter videiras por toda sala de Estar. Minha garganta deu um nó e eu tapei o nariz, quando encontrei com o homem que estava reclinado em sua super-poltrona-reclinável-de-leopardo. Sinceramente? Aquilo fedia muito. Um arroto interrompeu seu sorriso. Ele bebia uma espécie de Coca-cola Diet, enquanto brincava com uma videira.

– Hunf. – Ele fungou. – Quem é você? – Perguntou, com um sorriso desordeiro, levando a coca-cola à boca logo em seguida. Apertei a mão sobre o nariz. Novamente: Quem eu era?

– Eu não sei. – suspirei, tirando a mão do nariz. O odor se transformou no cheiro de suco de uva, por toda sala. Meus olhos encontraram os do Rapaz, que se levantou. Ele usava uma camisa ridícula de Estampa de Leopardo, tive náuseas. – Pode me Ajudar, Senhor estampa de Leopardo? - Esperei que o senso de humor dele fosse tão bom quanto o cheiro de uva. O Homem franziu os lábios e fechou a cara.

–Não temos lugar para você. – Disse. – Não aqui. O Acampamento meio Sangue é para heróis. – Sua voz carregada de energia. Seu olhos com um brilho roxo. Minhas mãos estavam suando demais, meus olhos tentavam absorver o máximo de informações, quando fui interrompido – Saía agora. – O garoto que estava calado ameaçou falar algo, mas se calou novamente. Comprimi os lábios. Claro, o que esperar dessas pessoas? O que esperar de um Alcoólatra?

Suspirei e apertei o cabo da espada. Tentado a Puxá-la, suspirei outra vez. Tinha que me acalmar, mas como? A raiva estava a tomar conta do meu corpo, enquanto minha mente batalhava, em busca de lucidez. As sombras ao meu redor tremeram, enquanto eu olhava fixamente para o rapaz. Levantei minha mão direita para ele. Ele sorriu debochadamente, mas pude sentir uma ponta de incerteza em seu olhar.

– Seu nome. – Ele disse sorrindo – É David Overland Collins. Você será uma pedra no meu caminho. Lembre-se disso. – Minhas pernas bambearam. Esse era, de fato, meu nome? Como esse cara me conhecia? Espera quem ele é? – Respondendo suas perguntas... Sou Dionísio. Deus do Vinho. Agora, Saía do meu acampamento.