Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 25
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey, escrevi tudo hoje e devia estar escrevendo em outra histórias, mas eu amo essa aqui.
Beijos, Crystal.
PS: COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu jurei não postar o meu próximo capítulo se não houver pelo menos um comentário!!!



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–Oi, papai. –Melina tinha as mãos suando e se não desconfiasse que houvesse alguém a observando (apesar de não ser um sentimento ruim) com certeza estaria tremendo dos pés a cabeça.

Depois de deixar Sophia com um “Não.”, a morena encontrou uma garota do primeiro ano que deu a notícia sobre alguém querendo falar com ela. Ela pensou que fosse a irmã, já que James havia falado com ela há pouco tempo. Mas não era Emily.

Querida, como vai? Papai sente muito sua falta, sabia? –Melina roeu a unha do dedo mindinho e torceu para que mais alguém precisasse fazer uma ligação tão urgente que ela tivesse que ceder o telefone.

–Também sinto sua falta. –Ela se arrependeu de dizer aquilo no segundo seguinte.

Então porque não volta para casa onde é o seu lugar? –Ela engoliu em seco e pensou em uma resposta apropriada.

–O senhor sabe que quando sair daqui, eu irei direto para Londres. Mas prometo que vou compensar tudo e voltar para casa antes das aulas da universidade começarem.

Ótimo, vou esperar ansioso. –A garota sabia que não iria compensar tanto tempo assim.

–Eu também.

“Que mentirosa! Mas prefiro ficar longe daquele monstro.”

“Dói em mim, não em você, sua possuidora de corpos alheios.”

Tenho uma surpresa para você, e uma má notícia.

–A má notícia, por favor. –Marshall Wilde riu.

Eu não poderei ir à visita desse mês para te ver.

“Deus existe!”

“Você não sabia?”

–E a surpresa?

Seu irmão tem um presente para você. Ele achou em umas coisas velhas no porão, mas acha que você vai gostar.

–E o que é? –Ela ficou animada. James sempre acertava nos presentes.

Nem mesmo eu sei, mas ele ficou de segredo com a sua mãe.

Mãe. Ela sentia falta daquela ruiva mandona. Ela era com certeza muito diferente de Sophia. Tinha aquele ar feroz, mas ao mesmo tempo materno e apesar de elas brigarem o tempo todo, fazia a maior falta do mundo.

–Como ela está?

Sua mãe? Você a conhece. Hoje sua tia Sally ver jantar, então ela está organizada como nunca. Nem estamos nos falando muito.

–Eu tenho que ir. Não posso ficar muito tempo. Diga para mamãe que sinto saudade.

Claro. –Melina colocou o telefone no gancho e se sentiu aliviada. A conversa não fora tão ruim. Mas as palavras mais falsas que ela ouvia ainda martelavam: “Papai sente muito sua falta, sabia?”

A família Wilde era como uma bomba-relógio. As magoas se acumulavam e em poucos minutos tudo explodia de uma vez só.

Ela olhou para os lados e viu Alex parado ali, apenas parado lá encostado na parede. Ele a estava observando há muito tempo para saber como ela estava se sentindo.

–Oi... –Ela mordeu os lábios e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelhas, sem ao menos olhá-lo nos olhos, perguntou: – Ouviu tudo, não?

–Não se torture, Lina. Ele não te merece.

–Eu sei. Mas continua sendo meu pai.

–O pai que te espanca e diz que sente saudades quando está num reformatório? Nem o meu faria algo assim. –Ele tirou a mão dos bolsos e se aproximou. Ela virou o rosto.

–É diferente. –E era. Alex nem mesmo conhecia o pai, mas o odiava com todas as forças.

–É, com certeza é. –Ele a prensou na parede sem qualquer esforço, mas não fez nada. Só ficou lá, sentindo a respiração dela no seu pescoço.

E por um momento ela sentiu que estava amolecendo, mas não ligou.

Então ele reagiu e chegou ainda mais perto. O coração dela estava batendo tão rápido que ela achou que seu peito fosse abrir e ele sairia pulando dela.

–Eu te amo. –Ele sussurrou. E ela quase perdeu o ar. –E eu vou insistir até você não poder mais resistir.

Ele passou o nariz pelo pescoço dela, apreciando o cheiro. Ela se arrepiou e engoliu em seco. Mas ele voltou ao inicio e a torturou mais ainda. Distribuiu os beijos pela garganta até chegar aos lábios e tomá-los devagar. Melina queria que ele fosse mais fundo. Ela mesma se entregou e entrelaçando os braços nele, enquanto Alex apertava seus lábios nos dela enquanto a sentia arranhar seu pescoço.

–Eu... –Ela tentou falar, ele não deixou, não queria ouvir nada.

–Não quero que você me perdoe assim, espere e verá.

(...)

Melina estava quase voltando e dizendo que ela não precisava de nada, mas apenas dele. Mas quando ela chegou ao quarto viu Sophia praticamente hipnotizada com uma caixinha de música. A ruiva olhava fixamente para o brinquedo.

–Sophia? –A morena passou as mãos em frente aos olhos da garota que nem se mexeu. –Ruiva? Você está bem?

“Bate na cabeça dela!”

“Vamos deixar para último recurso.”

–Cabeça de cenoura! –A amiga gritou.

–Ai! –Soph tapou os ouvidos e olhou para amiga que tinha a mão na cintura e um sorriso malicioso no rosto.

–Estou te chamando há séculos.

–Desculpa, mas a música é linda. –Ela olhou para caixinha de música.

Melina se sentou em frente à ruiva e olhou para coisa mais fofa que ela havia visto na vida.

–A caixinha também. Foi o Ian que te deu?

Sophia corou se lembrando do garoto.

–Não. É da Makayla. Ou era pelo menos.

–E quem mandou?

–Eu não sei e nem como veio parar aqui. Estava em uma embalagem de presente.

Não parecia coisa do irmão da morena. Ele nem mesmo sabia de Sophia.

Melina procurou debaixo do colchão um pequeno caderno preto com suas iniciais.

–É tão importante que precisa ficar debaixo do colchão? –Sophia arqueou as sobrancelhas e viu Melina abrir o caderno.

–Não, mas não quero que ninguém pegue.

A ruiva viu algumas anotações e desenhos. Desenhos muito bem feitos.

–Espera! Volta.

Melina voltou algumas páginas e se deparou com o que ela mais gostava. Era simplesmente ela com o rosto abaixado e o cabelo no rosto. Ela sorria.

–São seus?

A morena sorriu fraco.

–Alex fez para mim durante a aula de química. Esse foi o último.

–Nossa! Ele desenha bem. Ele fez outros? –Sophia olhou para Melina que não disse nada.

–Eu preciso de uma coisa. –Ela pegou o caderno e retirou a carta que a assombrava havia semanas.

Para Melina Wilde

–O que é? –Sophia olhou para aquele simples pedaço de papel.

–Não tive coragem de ver. Lê você... –Melina entregou a carta e se sentou perto da ruiva, colocando a caixinha de música entre as pernas, esperando a colega de quarto abrir o recado.

–Ok. –Sophia iria fazê-lo, mas parou no meio do caminho.

–O que foi?

–Eu não consigo!

Ninguém conseguiria. Aquilo exalava maldade pura, pelo menos parecia.

Melina se levantou e guardou a carta no caderno novamente colocando debaixo da cama.

–Podemos fazer isso depois.

–Trace também tinha uma caixinha de música! –Sophia disse.

–Sério? –Melina disse e colocou a mão em frente à boca, falsamente chocada.

–E não vai dizer nada? Isso pode nos ajudar.

–Claro uma caixinha de música pode ajudar muito.

–Mas e se ajudar.

–Soph! –Melina se jogou na cama e esperneou.

–Não quer falar agora, né?

–Não.

Sophia guardou tudo e deitou na cama. Foi um silêncio total. Até que alguém bateu na porta.

–Eu abro ou você...? –Antes que a ruiva pudesse terminar a frase Lina já estava em frente à porta.

–Oi. Posso falar com a Soph? –Alex sorriu e Melina viu Ian atrás. Ele estava nervoso, com as mãos nos bolsos e os olhos ficaram um pouco arregalados quando a morena se aproximou.

–Oi, Ian. –Ele engoliu em seco e sorriu. Ele mentia muito mal.

–Oi, Melina.

–Então, aonde vão? –Ela olhou para Alex e de novo para Ian, cerrando os olhos.

–Para biblioteca. –Sophia sorriu e foi para perto do namorado.

–Certo. Vejo vocês no jantar. – Ela olhou para os três desconfiada antes de sair.

(...)

Melina franziu o cenho. Estava jogando xadrez com Taylor no quarto. Há muito tempo que não faziam algo assim. Era divertido, ela geralmente esquecia tudo e se concentrava no que estavam jogando.

Ela fez a jogada e... Fim!

–Xeque-Mate! –Ela jogou a almofada nele e sorriu. –Toma essa, Horn! Te venci cinco vezes seguidas. Quer revanche?

Ele cruzou os braços e ficou olhando para a morena por um bom tempo.

–Desisto!

–Isso! –Ela disse em tom de vitória.

Ele guardou o tabuleiro no armário e se deitou ao lado dela. Eles ficaram olhando para o teto. Até que ele escorregou seus dedos para os dela. Melina colocou a cabeça no ombro dele e olhou para a parede.

–Somos dois azarados no amor.

–Foi difícil de perceber, não foi? –Ele sorriu.

–Na verdade, só eu. Você tem um cara se rastejando para te ter de volta.

–E a Kath finge que você não existe. Mas não há final feliz para Melina Wilde, diferente de você que pode arranjar uma garota muito mais legal.

–Mas eu a amo.

–Se você a ama deixe-a livre, se ela não voltar, quer dizer que nunca foi sua.

Ele a olhou e se afastou para poder ver seus olhos.

–E você? Algum dia foi do Alex?

–Eu continuo sendo.

–E ele vai saber disso? Vai ter outra chance?

Ela abaixa a cabeça.

–Eu sei como ele se sente, Lina. É bem pior do que você imagina.

(...)

Aula de Educação Física e Melina estava esclarecendo as coisas, mesmo que não quisesse. Faltar as aulas tinha suas consequências, escutar o professor reclamando era uma delas.

–Eu estava com cólica e achei melhor não vir.

–Você achou? Pelo menos poderia ter avisado. –O professor olhou para ela desconfiado. Lina revirou os olhos discretamente.

–Desculpa, mesmo que eu fosse avisar, não vi minha colega de quarto.

–Certo, mas da próxima vez você não me escapa, Wilde. Correndo!

A morena para pista correndo ao lado de Sophia. Ela estava de bom humor, o que era muito raro. Mas os pais viriam à tarde e ela não poderia ficar mal.

–Se eu estivesse de mau-humor, eu já estaria visitando a diretoria. Que vontade de estrangular esse filho da p...

–Sorte sua então. –Sophia estava respirando forte, parecia que o ar estava difícil de entrar nos pulmões.

–Você está bem? Está meio estranha.

–Claro, só preciso de um pouco de água. –Soph desviou o caminho e foi pegar uma garrafa de água.

Ela desviou o olhar por um momento e acabou tropeçando na pessoa à frente. Caiu e levou Alex junto.

–Ai! –Ela passou a mão na cabeça. Estava cortada.

O garoto se levanta e estende a mão.

–Você está bem? –Ele olha para a testa dela, um pequeno corte que estava sangrando um pouco. –Continua desastrada.

Ela o fuzila com os olhos.

–Vocês dois! Ou param com a ceninha e voltam a correr ou vão logo para enfermaria. –Melina quase mostrou o dedo do meio para o professor, mas se segurou.

–Sim, eu estou bem. Obrigada por perguntar, Burg. –Lina se afasta limpando o sangue.

Ele corre atrás e a puxa pela cintura.

–Tenho que ir a enfermaria, pegar algo que faça parar de sangrar. –Ela tenta se virar e continuar o caminho, mas Alex a segura

–Posso falar com você? Depois, claro.

Ela arqueou as sobrancelhas.

–Ok.

–Quando?

–Depois que meu irmão for embora.

–Ótimo. Onde?

–Sério? –Ela estava achando ridículo.

Ele riu e beijou a bochecha dela, soltando-a.

–Pode ser na biblioteca.

(...)

James Wilde se sentou naquele banco do jardim e esperou a irmã dar a deixa. Mas ela não disse nada. Estava esperando que ele fizesse o mesmo. Cruzou as pernas e olhou para ele, esperando que ele abrisse a boca.

–James...? Não nos vemos há um mês.

–Eu sei, eu sou um dos personagens da história.

–Então fala alguma coisa, seu idiota! Vai ficar aí parado olhando para mim? –Ela chuta a perna dele.

–Ai! Você é quem está no reformatório! Devia ter notícias de algo interessante. Algum psicopata? Ou não faz amizade com pessoas do mesmo tipo que você?

–Cala a boca, porra!

–Olha esse palavreado. Mamãe não iria gostar. –Ele aponta o dedo no rosto dela que dá um tapa na mão dele.

–Não estou nem aí! Marshall disse que tem algo para mim. –Ela sorriu.

James riu. A irmã mudou totalmente a personalidade. Aquela era boa chantagista. Ela parecia um anjo de pessoa quando sorria daquele jeito, quando na verdade era apenas uma máscara muito bem moldada.

–Claro. –Ele pegou uma sacola e tirou de lá uma caixinha de música. A caixinha de música da Trace.

Era bem bonita. Exatamente o que ela havia imaginado.

“Tire as mãos! Propriedade minha!”

–Achei que fosse gostar. É bem você.

“Ou bem Trace.”

Mas antes que Lina pudesse dizer algo, um loiro sentou ao seu lado.

–Hey, você deve ser o irmão da Lina. –Alex Burg estendeu a mão e James apertou como se não fosse nada demais. –Eu sou Alexander. Pode me chamar de Alex.

Sophia viu de longe a cena e arregalou os olhos. Melina notou isso e se perguntou o que estava acontecendo.

–Olá. James Wilde, prazer.

Melina olhou para Alex como se fosse matá-lo, mas o desespero persistia em seu olhar.

“O que esse filho da mãe está fazendo?”

“Não faço idéia.”

–Posso fazer uma pergunta? –Alex perguntou.

–Claro.

–Você deixaria a sua irmã de dezesseis anos namorar um cara que conheceu no reformatório juvenil que acidentalmente colocar fogo no orfanato onde morava enquanto tentava fugir e que depois acabou por ter a sua advogada como tutora.

–Se ele realmente gostasse dela. Sim.

–Acabou de conhecer esse cara.


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Notas finais do capítulo

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