Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!!!!!!!!!!!!!!!Eu estava tão ansiosa para postar esse capítulo!E eu finalmente terminei e eu AMEI!
Beijos e boa leitura.



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Melina Wilde estava com raiva, muita raiva, o suficiente para a fazer deixar Alex falando sozinho. Depois de tudo voltar ao normal e Makayla ir embora, a morena se irritou com Alexander Burg como nunca havia se irritado com ninguém. Mas, provavelmente, muita mais magoada do que irrita.

–Tomou os remédios direitinho”? –Ele disse, e mesmo que sem perceber, tinha atiçado Melina como nunca.

“Ui, ele te chamou de louca ou é impressão minha?”

Ela se levantou imediatamente e o fuzilou com os olhos. Estes cheios de fúria.

–Desculpa, eu acho que não ouvi direito.

“Cala a boca, Trace!”

–Eu só perguntei se você tomou aqueles comprimidos, não precisa ficar irritadinha.

Não tinha como voltar atrás, ele já tinha colocado o dedo na ferida.

“Irritadinha? Alexander Golden Burg é um homem morto.”

Melina respirou um pouco e contou até dez, como sempre fazia. Se levantou preparando-se para deixar o quarto. Mas o loiro a impediu no momento em que seus dedos tocaram a maçaneta.

Estava nervosa com o fato de seu pai poder vir no dia da visita e Alex sabia disso, mas parecia não se importar com esse fato. Ela estava começando a sentir falta de Taylor.

–Aonde pensa que vai? –O dedos macios tocando sua pele fria como gelo, era como um choque térmico, suas energias se misturando e o calor indo para o resto do corpo, mas não amolecia seu coração.

–Desde quando você se importa com onde eu vou?

“A coisa está esquentando...”

Ele joga cabeça para trás numa risada irônica. E apesar de tudo aquilo ainda pareceu reconfortante.

–O que diabos você tem?

–Sério, porque se importa, afinal, temos mais com o que nos preocupar...

–Mesmo? Vai, me conta. Com o que exatamente temos que nos preocupar?

Ela pesou a resposta que deveria ser dita e a que ela queria realmente dar. Uma faria Alex lhe abraçar e dizer que tudo ficaria bem, a outra... Faria uma pequena briga finalmente explodir e acabar com tudo. Mas talvez ela não tivesse pensado muito bem.

–Com meus comprimidos. Afinal, sem eles eu sou um perigo para sociedade.

–Meu Deus! –O loiro passou as mãos pelo rosto e balançou a cabeça em negação.

“E está pegando fogo” Trace deu uma risada como se fosse divertido ver os dois brigando.

–Estava demorando. Eu sabia que em algum momento você iria surtar e dar um jeito de foder com tudo.

–Eu? Foder com tudo?

–É, porque é isso que você sempre faz. Acaba com tudo na sua vida, como se estivesse se punindo por algo.

–Tudo o que?

–Como? –Ele ficou surpreso com a indagação.

–Tudo o que? –Ela o olhou como se fosse chorar, mas não iria. –Eu não entendo. Nós não temos nada, Alex. Nada.

–Nada. –Ele balançou a cabeça franzindo o cenho e hiperventilando.

–É. Nosso relacionamento, que por sinal nem existe, é um grande nada.

–Você está se ouvindo? Já... já experimentou ouvir as coisas que saem da sua boca?

Ela sentiu uma dor profunda naquele momento, bem no fundo daquela garota fria e que fazia o que bem entendia, algo se partiu em mil pedaços.

–Acho que não, você não sabe ouvir nem a si própria. Quer saber? Eu fiquei com você para esquecer outra garota e acabei dentro dessa merda...

Ela saiu correndo no segundo seguinte tropeçando em seus próprios pés.”

Quando chegou ao quarto, agiu como se nada tivesse acontecido e Sophia pareceu acreditar.

–Hey, eu vou ver se tem algo para ler na biblioteca. Se não tiver, posso pegarsua coleção de HP? –Ela sorriu para parecer mais convincente.

–Claro. Vou deixar em cima da sua cama se por acaso eu sair.

–Ok.

Ela abriu novamente a porta do quarto e topou com Kathleen, quase entrando no próprio quarto.

–Lina... –Ela deu um sorriso e acenou.

–Hey, Kath.–Um pouco de ânimo não era necessário perto da loira.

–Viu o Taylor? Procurei em todo lugar.

–Não, mas se eu o vir, aviso que está procurando por ele.

–Obrigada.

E a morena seguiu seu caminho. Mas logo Trace voltou a incomodar, não que Melina realmente se incomodasse. Ela havia sido uma amiga apesar de tudo.

“Aquilo foi bem feio.”

“O que você quer agora, Trace?”

Apesar de saber exatamente ao que ela se referia.

“Nada. Mas eu te disse que ele era um idiota.”

“Claro, e eu iria confiar em você.”

“Não, mas seu senso de perigo fica baixo perto dele, até parece outra pessoa.”

“Eu não vou mudar, meu instinto está de volta à ativa.”

“Eu espero que sim.”

Quando finalmente chegou a biblioteca foi direto até os livros de ficção. Passou a mão em todos eles, cantarolando uma música qualquer. Mas uma voz fez uma espinha gelar e seus ânimos de exaltarem.

–Pode ser revoltada, mas é linda e tem uma bela voz.

–É chato, intrometido e insuportável, mas olha que pena, sua beleza não compensa nenhuma dessas coisas.

Ela se virou a tempo de ver a falsa expressão de ofensa no rosto de Rafael.

–Não se pode mais elogiar uma dama?

–Quando se está falando com uma Wilde e esse elogio vem de você duvido que deva ser levado em conta.

Ela se virou e caminhou o mais rápido possível, tentando ao mesmo tempo não levar uma bronca da bibliotecária.

Ter Rafael perto de si gerava uma fúria instantânea, como um botão automático. Precisava dispensá-lo imediatamente, antes que fizesse algo que se arrependesse depois. Ele e Lena apesar de não serem nada parecidos fisicamente, mas usavam a mesma estratégia para se aproximar das pessoas.

Caminhou entre as prateleiras sempre com ele em seu encalço.

–Me deixa em paz.

–Não antes de te propor algo. Tenho certeza que vai gostar. –Ele sorriu e se a olhou sedutoramente.

Ela também abriu um sorriso falso e se aproximou.

–Mesmo?

–É. –Melina mordeu o lábio inferior e gritou.

Ele arregalou os olhos quando a viu bagunçar o próprio cabelo e derrubar alguns livros no chão.

Socorro! Alguém me ajuda! Por favor, tire ele de perto de mim!

Logo as pessoas se aproximavam e viam a garota arfando e se afastando de Rafael como se o temesse.

Um plano, ela sempre tinha um e fazer as pessoas desconfiarem dele era um bom início. Um ótimo início.

–Mas o que está acontecendo aqui? –A bibliotecária olhou os dois e viu o estado da garota, quase a ponto de chorar. –Minha querida, o que aconteceu?

Melina se encolheu nos braços daquela mulher como uma criancinha.

–Ele tentou me agarrar, bem aqui. –Sussurrou já deixando algumas lágrimas caírem.

Cassandra arrumou as roupas na morena e olhou acusadoramente para Rafael que nada disse, como se soubesse que deveria aceitar a situação, pois poderia apenas piorar.

–Para fora agora. E se eu souber de algo desse tipo outra vez, mesmo que não seja na minha biblioteca, o senhor terá que se ver com a diretora.

Ele se virou sem dizer uma palavra e caminhou até a saída.

–Você quer um copo de água? –Ela passou as mãos pelo cabelo de Melina e a sentou numa cadeira.

–Sim. Obrigada. –Ela sorriu.

“Que vadia você é.”

“Quando foi que pedi sua opinião?”

“Nunca, mas estou dando ela mesmo assim.”

–Fique aqui.

Depois que a bibliotecária lhe trouxe um copo de água, começou a insistir para que ela fosse a enfermaria, mas Lina conseguiu a convencer que todos haviam chegado a tempo antes de qualquer coisa acontecer.

Ela saiu da biblioteca com uma grande vontade rir, mas ela desapareceu quando viu Lena cruzar o corredor como se fosse matar alguém.

–Você! –Ela apontou o dedo acusatoriamente. –Sua... –Ela hesitou.

–Termine a frase, eu quero muito ouvir o que você tem a dizer.

Ele rosnou e saiu andando, mas parou no meio do caminho.

–Você vai me pagar. Meu irmão me contou tudo e eu juro que você vai se arrepender.

Melina riu, riu muito.

–Você vai se vingar para o seu irmãozinho? Amor incondicional? Ou ele é fraco de mais para se vingar sozinho? Aposto nas duas.

Lena ficou vermelha de raiva e continuou seu caminho. Mas ainda pode escutar a morena gritar algo:

Você não ficou sabendo? Eu sou a única vadia louca aqui.

(...)

–Tem certeza que aquele idiota não fez nada com você? –Taylor perguntava aquilo pela terceira vez naquele dia.

–Taylor me faça um favor? Me deixa comer em paz e mata o Rafael amanhã.

Sophia e Ian riram, mas Alex não disse uma palavra, não naquele momento, mas no jantar todo. Não faziam nem algumas horas desde o acontecido na biblioteca e todos já estavam sabendo. Alex fingiu não se importar apesar de querer rir junto.

–Já disse que fingi tudo para tirar ele do meu pé.

–Podia ter sido algo menos comprometedor. –Sophia atraiu os olhares de toda a mesa, inclusive de Alex. –Gente, ele vai ficar com fama de estuprador.

–Quem liga? –Melina pega o macarrão do prato de Ian.

–Hey, se queria deveria ter pegado para você.

–Isso é horrível, como você consegue comer? –A morena coloca o dedo dentro da boca, como se fosse realmente vomitar.

–Poucas coisas tem um gosto que seja realmente aceitável. –Alex olhou para o pedaço de algo que parecia ser bacon na ponta de seu garfo e decidiu por de volta no prato. Melina olhou para ele e se silenciou.

Ian arqueou as sobrancelhas. E olhou desconfiado.

–O que foi que aconteceu com vocês dois?

–Nada! –Mas eles responderam rápido demais, deixando o moreno ainda mais desconfiado.

–Sei. –Ele olhou de soslaio para os dois.

“Esse daí é esperto.”

“Alex deve ter contado alguma coisa.”

Lina sorriu e se levantou.

–Terminou Soph?

–Já, mas ainda está um pouco cedo, acho que vou andar um pouco.

–Okay.

Ela caminhou pelos corredores do prédio até finalmente sentir vontade de descer as escadas e voltar para o quarto. Mas ela não chegou até lá.

–Você é bipolar às vezes.–Ela se virou para ver o sorriso de canto de boca de Taylor Horn.

–Descobriu isso agora?

Ele riu e passou o braço pelo ombro dela. Eles continuaram andando.

–Você e o Alex brigaram. O que aconteceu?

–Não ia durar mesmo. Então porque continuar?

Taylor pensou um pouco. Lina nunca falava daquele jeito, sempre deixava as coisas acontecerem no presente e não pensava no futuro, para ela o futuro era apenas uma consequência de suas escolhas. E agora ela estava dizendo que não iria dar certo?

–Era mais... Alegre com todo mundo se dando bem.

–Exceto eu e a Kathleen.

–Isso, mas você duas não te jeito.

–Talvez se ela esquecesse que eu...

–Quase transou com o namorado dela?

Melina se calou. E queria não ter inserido Kathleen na conversa.

–Ela está prestes a terminar comigo.

–Como? –A morena se surpreendeu.

–Parece que ela não me perdoou completamente. Na verdade acho que nunca me perdoou nem um pouco.

–O importante não seria você se perdoar?

Se perdoar. Era uma coisa que ela deveria aprender a fazer. Quando você conhece a morte ela não é nada boazinha e conviver com isso como se fosse nada é um modo de “se perdoar” sem realmente fazer isso. Ela não queria acreditar que estava mesmo se punindo com Alex dissera.

–Eu faria isso que aquilo já estivesse no passado.

–E... Não está?

Ele não respondeu, mas antes que ela pudesse prosseguir já sentia os lábios dele contra os seus. E era bom e ela tinha que admitir que sentia falta daquilo.


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Notas finais do capítulo

Comentários?PLEASEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!



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