Maldição Wilde escrita por A Costa, Rosalie Potter


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIII!
Gente, eu sei que temos leitores. Então por favor, vocês que estão lendo, comentem!!! Precisamos dos comentários de vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391147/chapter/12

Sophia acordou subitamente, não sabia bem o por que. Sabia que estava tendo um pesadelo e ele era muito ruim porque estava tremendo e suando frio, mas não se lembrava do que acontecia nele. Talvez fosse o mesmo pesadelo de sempre, revivendo aquela cena, mas podia não ser. Quando era ele, ela sempre se lembrava. Mesmo que tentasse esquecer. Mas daquele pesadelo ela não tinha nem a mais remota ideia do que era. Nem uma única imagem, um deja'vu ou qualquer coisa do tipo. Apenas um branco e o coração acelerado para provar que o sonho, qual fosse ele, não era bom.

Olhou para o relógio. Seis horas da manhã. O primeiro sinal só tocava sete horas da manhã para acordar os alunos. A garota respirou fundo. Acordar cedo não era bem a coisa que ela mais adorava no mundo, mas sabia que não conseguiria dormir, mesmo não lembrando do que sonhara. O jeito era manter os olhos abertos.

Levantou-se tremendo com o contato dos pés descalços com o chão frio, apesar de achar aquilo reconfortante. Ela sempre acordava com calor, o frio era um ótimo amigo. Foi só então que notou que a cama de Melina estava vazia e temeu involuntariamente pela amiga. Lina não estava bem, ela sabia disso e ela não estar no quarto só deixava a ruiva mais preocupada.

“Por que se importar?”

Soph arregalou os olhos azuis ao ouvir aquela voz. Era uma voz desconhecida. Olhou para um lado e para o outro pra ver se tinha alguém no quarto, mas então percebeu que a voz vinha da sua cabeça. E aquela voz com toda certeza não era dos seus pensamentos. Era como se outra pessoa falasse com ela, mas dentro de sua mente. A voz era muito diferente da de Soph. Enquanto á da ruiva era suave, inocente e extremamente doce, a voz que vinha da mente dela era rouca e um tanto sedutora.

“É você acertou. Eu não sou você. Mas sou parte de você”.

A ruiva caiu sentada na cama com as mãos na cabeça. Estava ela ficando louca? Só os loucos escutavam vozes estranhas na mente. Talvez ela realmente estivesse enlouquecendo, sabia que isso poderia acontecer com adolescentes que são colocadas em reformatórios, principalmente as que vão injustamente.

“É claro que não está ficando louca. Estou aqui, sempre estive.”

“Quem é você?”–Sophia podia estar mesmo ficando louca, mas sabia que aquela voz era real. O jeito era descobrir o que estava acontecendo.

“Pensei que não perguntaria nunca. Meu nome é Makayla. E sou parte de você. Sabe, a parte má.”

“Ah meu Deus, estou realmente ficando louca.”

“Qual é Sophia? Você me ouve, sabe que sou real. Sempre estive com você, você sempre soube disso, só não queria acreditar. Sinceramente, você é mais inteligente que isso. Não seja como as pessoas idiotas que acham que só porque não entendem algo, esse algo é loucura. Sei que é melhor que isso."

“O que você quer?”

“Quero ser mais do que um pedaço de sua mente. Quero seu corpo. Quero te aniquilar. Não se assuste, estou sendo sincera. Diferentemente da minha irmã, eu vou direto ao ponto. Não me culpe por sinceridade, é meu extinto falar a verdade na cara. É isso que quero Soph. Quero acabar com sua existência e tomar seu corpo. Mas não fique assustada.”

“E como pretende fazer isso?”

“Assim”.

Num momento Sophia via o quarto. No outro, Makayla o observava. Yla sabia que com Sophia surpresa seria muito mais fácil tomar o controle do corpo dela. As guardas estavam baixas. Olhou-se no espelho. A garota era mesmo muito bonita e Makayla pessoalmente tinha um apreço especial por aquele corpo. Pena que os olhos azuis haviam sumido. (Olhos da Makayla: Início do capítulo).

Até acharem um corpo, Makayla e Trace se ajudavam. No momento em que as duas já podiam controlar, mesmo que por algum tempo, o corpo de suas descendentes, elas voltavam ao comportamento normal. A verdade é que as irmãs, se pudessem, aniquilariam uma á outra. Mas geralmente seus corpos não se conheciam. Agora, era uma nova chance para elas. Como Sophia e Melina eram colegas de quarto, elas podiam finalmente ter a chance de atacar umas as outras.

“Lina também? Meu Deus, o que está realmente acontecendo?”

“Você ainda está aí?”

“É CLARO QUE AINDA ESTOU AQUI! Esse corpo é meu, lembra sua usurpadora de corpos?”

“Era seu, minha querida. No momento, não é mais”.

Yla olhou o guarda-roupa de Melina/Trace. Sem nem se aproximar, o abriu com apenas a vontade do pensamento e com a mesma força do pensamento foi tirando alguns uniformes e jogando em cima da cama.

–Isso vai ser bom. –Lentamente foi até o criado-mudo e tirou de lá uma tesoura. Sentou-se na cama e tranquilamente passou á cortar em pequenos pedaços as roupas de Lina. Alguns uniformes continuavam intactos no guarda-roupa. Na ultima blusa, ela apenas fez um “M” com a tesoura, para que a irmã soubesse que era ela.

Depois, a garota no corpo de Sophia tomou um banho, trocou de roupa e saiu. Ainda eram seis e quarenta e, pelas regras, ela não poderia estar fora do quarto, mas quem ligava? Makayla certamente não. Em algum lugar dentro daquele corpo, Sophia estava fraca demais para tentar resistir sobre o que quer que a bruxa fizesse.

A garota de olhos amarelos ficou vagueando pelo colégio que, na opinião dela, era terrivelmente entediante vazio. Então, quando o sinal tocou, um sorriso um tanto maquiavélico cruzou os lábios da menina que se dirigiu á passos lentos para o refeitório.

Passando por um corredor, ela sentiu que alguém estava vindo por trás dela:

–Sophia! –Kath conheceria aqueles cabelos ruivos em qualquer lugar, mesmo a garota estando de costas. A pobre garota, pelo fato de Soph/Yla estar de costas, não notou os olhos diferente e então nem percebeu o perigo que corria.

Yla deu um sorrisinho antes de se virar já com pensamentos de uma certa loira que um dia foi achada morta num corredor de um reformatório.

“NÃO!”

E tão rapidamente quanto Makayla tomou o controle de Sophia, Sophia o retomou. Os olhos outrora amarelos ficaram azuis novamente. A súbita tomada de controle fez as pernas dela falharem e ela teve de se apoiar na parede para se manter de pé:

–Soph, você está bem? –A loira correu até a menina e a apoiou.

–Foi só uma tontura passageira. –Soph sorriu fingindo estar bem. –Estou bem agora. Meu Deus esqueci alguma coisa lá no quarto. Vemos-nos na aula. Como posso estar tão descabeçada hoje?

E saiu correndo. Na verdade, apenas mentira para Kath. Sophia precisava pensar, precisava pensar sozinha. E o único lugar que tinha para fazer isso era proibido. Mas que se danem as regras.

Foi para a clareira no meio do bosque. Lembrava-se direitinho do caminho e quando chegou lá, simplesmente caiu sentada e colocou o rosto entre as mãos tentando entender o que é que tinha acontecido. Num momento ela dominava o próprio corpo e em outra apenas estava num cantinho escuro de sua mente vendo tudo o que Makayla fazia, mas sem poder interferir.

–Meu Deus, estou ficando louca? –Tremeu só de pensar que aquele seu lado do mal havia pensando em matar Kath. Por muito pouco ela não o fez.

“Não pense que se livrou de mim. Você nunca se livrará de mim. Uma hora ou outra, esse corpo será meu."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maldição Wilde" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.