Tudo começou quando eu estava visitando o site da Turma da Mônica na internet e o computador me puxou para dentro dele. Bem normal, não?

         Incrivelmente, fui parar num lugar realmente sem noção: a parte do hortifrúti de um supermercado bem bagunçado. Estava junto comigo uma amiga minha. Eu vi uma lona cobrindo uma parte de loja e nós duas fomos ver o que era.

         Olhei entre uma abertura e vi um parque de diversões inteirinho lá dentro! Uhúúú! Mas como entrar? Nós procuramos e achamos um corte na lona do tamanho certo para uma pessoa passar.

         O parque de diversões tinha doces de graça, brinquedão, trenzinho, balanço e um oceano no fundo. Fui logo em cima dos doces, mas então ouvi uma voz:

         - Você quer ver o que tem do outro lado?

         Virei e vi um pato amarelo do tamanho de gente de verdade (olha minha imaginação). Eu já sabia do que ele estava falando: havia uma ilha no  meio do oceano, bem distante. Eu respondi:

         - Sim. Como vamos chegar até lá?

         - Com esse bote aqui.

         - Oba!

         E nós fomos no barco, mas logo ficamos entediados. Acho que se passaram horas e não chegamos ainda.

         - Vamos voltar! Isso é chato. – falou minha amiga.

         - Não. Olhe: já passamos da metade! Falta pouco para chegar. – disse eu.

         Então nós continuamos, mas nunca chegávamos mesmo. Nós cansamos e decidimos voltar, o que demorou não mais que 15 segundos.

         Quando voltamos lá, o lugar estava infestado de gente! Tanto que mal dava para andar! Nessa confusão, vi um pônei do tamanho de um cachorrinho escondido no pé das barracas de doces, assustado.

         - Coitadinho! – falei, pegando nas mãos o animal. – Qual é seu nome? Está perdido?

         Ele naturalmente não respondeu, mas pelo seu olhar dava para perceber que estava perdido.

         - Seu nome vai ser Arco-íris!

         - Que pônei fofinho, Júlia! – falou minha amiga.

         - Não é?

         Observei um pai vendo o filho, que parecia ter uns dois ou três anos, atravessar uma espécie de tubo de vidro que passava por cima da gente. Parecia ser um brinquedo.

         - Vai lá, filhão! – dizia o pai.

         Foi então que o vidro se quebrou e o bebê caiu nos braços do pai, espantado.

         Que brinquedos perigosos. Dei uma olhada para a entrada. Ops! Tinham umas espécies de saúvas mutantes do tamanho de gente na entrada, pareciam ser guardas com cara de bunda, que só deixavam as pessoas entrarem, não saírem. Como as pessoas ficavam ali sem se preocupar com o que estava acontecendo?

         Tentei escapar por cima, mas lá estava o trenzinho, e o teto era muito baixo, portanto tive que engatinhar. Sem querer, enrosquei minha camiseta nos trilhos quando o trem estava passando. Eu não conseguia tirar! O trem parecia cada vez maior a ponto de ser do tamanho de um trem de verdade. Eu estava desesperada! Consegui desenroscar no último momento, e então rolei para fora.

         Voltei à estaca zero. Chamei minha amiga e o pônei também e nós tentamos passar pela entrada sem as saúvas no verem, e conseguimos!

         Estávamos de volta ao supermercado. A lona parecia estranha, agora. Estava ficando branca... Booooom! O parque de diversões inteiro explodiu em balões! Oba! Que colorido! Meu pônei Arco-íris escorregou pelos balões. Fofo! Quando me dei conta, estava em casa, mexendo no site.