Welcome To The World Of Guertena escrita por Satsuki Ichi


Capítulo 1
A rosa negra.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Já era de tarde quando a mãe de Ib foi acordá-la, era o aniversário de doze anos da menina e noite passada ela parecia bem animada. Sua mãe foi ao seu quarto, sentou na beirada de sua cama e então a chamou.

–Ib, filha. –Ela colocou a mão em seu ombro – Vamos acorde!

–Hum...–Ib se espreguiçou – Oi mamãe - Disse se levantando.

–Olá querida, sabe que dia é hoje?

–Ah... Quinta-feira? –A menina ainda estava meio sonolenta por isso não raciocinou muito bem.

–Não boba, seu aniversário - A mãe riu – Parabéns minha filha. –Ela lhe deu um abraço.

–Obrigada mamãe – Ib sorriu.

–Bem, eu vou preparar o almoço e então pensamos em como comemorar, certo? –A mulher se levantou e estava prestes a sair do quarto quando se lembrou de algo – Ah, alguém ligou para você, mas acabou nem dizendo o nome, pediu para que ligasse de volta ao acordar, aqui o número. –Ela entregou um pedaço de papel para Ib.

–Ok... – A menina leu o número no papel – Hey mãe, lembra do Garry?

–Oh sim... –A mulher riu meio nervosa ao lembrar-se de ter achado que o homem era um mendigo.

–Foi ele quem ligou!

–Entendo, talvez seja para lhe desejar feliz aniversário... Veja só a hora, vou fazer o almoço bem rápido! – Ela abriu a porta do quarto da menina e saiu assim encostando-a.

Logo Ib pegou o telefone que ficava em seu criado mudo e discou o número.

–Alô? –O homem atendeu.

–Oi Garry! –Disse Ib animada.

–Ib, feliz aniversário –Ele riu – Havia ligado mais cedo para perguntar se você iria sair com seus pais.

–Na verdade sim, mas eles não sabem onde me levar...

–Sem problemas já que eu iria junto eu acabei tendo uma idéia meio maluca.

–Talvez não tanto quanto a minha... –A garota fez uma pausa e começou a pensar.

–Diga a sua!

–Eu estava pensando em voltar à galeria, sabe a que me levaram quando tinha nove anos... Sei que nem todas as pinturas e esculturas de Guertena estão lá já que a galeria não era exclusivamente dele, mas...

–Na mosca! – Ele riu – Eu ia sugerir este lugar mesmo.

–Sério? Achei que fosse discordar na hora!

–Haha não se preocupe, além do mais não vai acontecer de novo, tenho certeza.

–Bem então vou avisar aos meus pais, a que horas você vem?

–Daqui a pouco, estou indo me arrumar agora.

–Eu também, até mais!

Assim eles desligaram, Garry retirou a presilha em sua franja deixando-a cair por cima de seu olho e logo foi se arrumar assim como tinha dito. Ib se arrumou rapidamente, depois de tomar banho colocou sua saia longa vermelha, uma blusa branca de manga comprida e prendeu um laço vermelho no cabelo, depois correu para a cozinha onde sua mãe preparava a comida e seu pai lia o jornal sentado a mesa.

–Papai! –A menina chamou alegremente.

–Olá Ib –Ele disse abaixando um pouco o jornal e fitando a filha com alegria – Feliz aniversário!

O homem se levantou e Ib correu para abraçá-lo.

–Ah Pai, lembra do Garry?

–Claro! –O homem deu um sorriso torto ao lembrar que quase bateu nele por também achar que era um mendigo – Aquele amigo que você fez na galeria, não?

–Ele mesmo, falando nisso –Ela se voltou para a mãe – Ele me ligou para saber se para comemorar a data não íamos a algum lugar...

–Ah sim, mas ainda não decidimos né? –Ela enxugou as mãos em seu avental e se voltou para a menina.

–Bem, nós dois queríamos ir até a galeria.

–Aquela em que levamos você quando tinha nove anos? –Perguntou o pai da menina.

–Sim, o que acham?

–É claro, vamos nos arrumar e...

Nem deu tempo da mulher terminar a frase, pois a campainha tocou.

–Ah... Esqueci de dizer que ele já estava vindo... – Ib saiu correndo em direção a porta e quando abriu, lá estava Garry segurando uma rosa vermelha.

–Garry! – Ib o abraçou.

–Olá novamente, Ib – Ele a entregou a rosa – Senhor, senhora. –Ele cumprimentou os pais da menina.

–Olá Garry! –Disseram ao mesmo tempo.

–Bem, vamos?

–Ah... –Ib se voltou para seus pais esperando uma resposta – Eles não tiveram tempo de se arrumar...

–Podem nos encontrar lá daqui a pouco, o que acham? – Perguntou Garry.

–Claro, não iremos demorar! –Disse sua mãe.

–Ib tome cuidado na rua, cuide da minha filha hein Garry. –Pediu o pai.

–Tudo certo, vamos. – Garry segurou a mão de Ib e então os dois saíram.

Assim eles foram para a galeria parecendo bem animados, provavelmente querendo relembrar apenas as coisas boas que aconteceram quando estiveram lá pela ultima vez e mesmo que agora nem todas as pinturas e esculturas de Guertena estivessem lá, seria bem divertido. Finalmente quando chegaram foram dar uma volta por lá.

–Ah, Ib – Chamou Garry que havia parado em frente ao quadro de um homem pendurado de cabeça para baixo – Lembra-se dele?

Ib foi até ele.

–Como esquecer? –A menina sorriu - Seis, dois, nove e cinco!

–Aquilo foi perigoso, pior quando ficamos presos dentro da sala e ela começou a ser invadida pelos quadros das mulheres!

–Verdade...

Os dois continuaram a andar e ver os novos quadros e esculturas de outros artistas até que ao virar um corredor acabaram encontrado o quadro que havia começado com tudo aquilo, Garry ficou meio preocupado, mas Ib insistiu em chegar mais perto.

–Tem certeza disso, Ib? – Perguntou o homem meio nervoso.

–Sim! –Ib caminhou até o quadro e então leu a placa – Mundo de rabiscos...

Ela e Garry ficaram encarando o quadro pensando em tudo o que havia acontecido e que curiosamente não aconteceu de novo.

–Estranho terem deixado este quadro aqui. –Observou Garry – Pensei que seria substituído, já está aqui a um bom tempo.

–Talvez as pessoas tenham se interessado bastante por ele.

–Pode ser que seja isso... Ah, vamos até a escultura da rosa? – Ele perguntou animado.

–Sim – Respondeu Ib – Foi lá que a gente lembrou de tudo, não foi?

–Foi! – Riu Garry – Venha!

Ele correu para a área das esculturas e Ib o seguiu, a grande rosa estava em seu mesmo canto e tinha uma menininha com seu pai olhando para ela, logo os dois saíram de lá e deu para ver melhor... A rosa já não era vermelha, era uma rosa negra.

–Nossa – Disse Garry – Que estranho...

Ib encarou a rosa vermelha que Garry havia lhe dado e então olhou para a escultura.

–Ela não era vermelha? –Perguntou.

–Sim, mas... –Garry se aproximou da placa – talvez tenha mudado de cor, só isso, pois a descrição não mudou.

–Ela ainda é muito bonita.

–Sim – Garry fez uma expressão sonhadora – Ela me deixa feliz.

Assim que o disse, as luzes do lugar começaram a piscar rapidamente, o que fez Garry e Ib se alarmarem. Ora, da ultima vez que isso aconteceu, pensaram, coisas estranhas ocorreram, e eles definitivamente não queriam que acontecesse novamente. Garry ficou meio atordoado, mas assim que se tocou acabou por falar.

–O-o que é isso? –Gaguejou ele.

–Não acha que...

As luzes pararam de piscar bem no momento em que duas senhoras passaram pelos dois, comentando sobre as pinturas que viram e sobre o susto que levaram quando as luzes começaram a piscar. Um acontecimento normal? Eles estavam torcendo para que realmente fosse, mas não poderiam ter dúvidas já que ninguém na galeria havia sumido como aconteceu da primeira e ultima vez.

–Ainda bem, eu pensei que... Ah, deixa pra lá! – Ele ajeitou o cabelo.

–Hey, tem quadros novos na outra sala. Parece que encontraram algumas pinturas abandonadas por Guertena ou algo do tipo – animou-se Ib –Vamos vê-los?

–Sim, vamos lá.

Estava tudo normal por lá, apesar do susto que Garry levou quando as luzes curiosamente começaram a piscar infelizmente o que passou pela cabeça de Garry naquele momento acabou se tornando real. Os quadros que encontraram eram bem estranhos, alguns pareciam simples sombras, outros eram figuras tristes e algumas até mesmo impossíveis de se saber o que era, como manchas. Quando finalmente se cansaram e resolveram sair da sala, arrependeram-se de terem voltado para a galeria. Dessa vez as luzes se apagaram por completo e sons estranhos podiam ser ouvidos, como coisas se arrastando no chão e alguém batendo desesperadamente nas paredes.

I-Ib! –Chamou Garry.

–Estou aqui! - Ela tentou segurar a mão de Garry, mas algo pareceu puxá-la e a menina caiu para trás – Garry!

–De novo não! – Garry tentava chegar até ela, mas algo puxou seu casaco e logo ele caiu também – Droga! Ib!

Ib havia desmaiado, não deu tempo de responder Garry que já estava desesperado, quando conseguiu se levantar acabou ficando tonto e então desmaiou também. Ib acordou deitada no chão de uma pequena sala onde tinha um único quadro, eram dois olhos cinzas que pareciam observá-la, ao seu lado tinha um vaso cheio d’água e sua rosa que havia sumido no momento em que ela desmaiou agora estava ali dentro. Ib se levantou rapidamente e tirou a rosa de dentro do vaso, os olhos começaram a piscar e então assustada a garota saiu da sala. Garry acordou sentado segurando uma rosa azul e com a cabeça encostada em um manequim de vestido roxo, ele logo se espantou ao ver a rosa em suas mãos e então se levantou e olhou para trás.

–Ah...AH...- Ele se afastou rapidamente ao ver o manequim achando que iria atacá-lo, porém ele permaneceu imóvel – Viemos para relembrar as coisas boas –Ele colocou a mão na cabeça – Não para reviver esse terror de novo! Meu Deus... Ib!

A garota havia saído em um corredor cheio de manequins de vestidos de cores diferentes, da primeira vez ela voltou para a sala e fechou a porta, pois preferia ser seguida por aqueles olhos a ser atacada por vários manequins novamente, mas quando viu que estava seguro para passar começou a andar pelo corredor procurando por Garry que agora fazia a mesma coisa. Felizmente eles estavam bem perto um do outro, Ib o encontrou no mesmo corredor em que estavam os manequins e ele ficou feliz em vê-la a salvo.

–Eu tenho que te falar... –Disse Garry – Você é realmente mais corajosa que eu...

–Como assim?

–Você veio andando tranquilamente por esse corredor cheio de manequins – O homem apontou para os manequins que ainda permaneciam imóveis – Eu acho que me trancaria na sala e demoraria bastante para sair...

Ib deu um sorriso torto.

–Bem, só nos resta tentar sair daqui.

–Será um problema, pois eu não me lembro deste lugar –Garry olhou em volta – É diferente, não parece ser parte daquela mesma galeria.

–É verdade, mas se conseguimos uma vez, podemos conseguir de novo!

–Claro que sim! – Garry estreitou os olhos pelo corredor até a sala de onde Ib havia saído – Acho melhor começarmos agora, vem!

Garry segurou a mão da menina e os dois saíram do corredor entrando em outro que era mais largo porém sem manequins, apenas quadros. Um dos quadros na parede eles conseguiram reconhecer, era um rosto sorridente com a língua para fora, Garry se afastou dando um grito quando o quadro resolveu cuspir neles.

–Ah... –Ib encarou Garry.

–Opa –O homem corou – Isso não foi muito legal.

Continuaram andando por lá enquanto se preparavam psicologicamente para enfrentar aquilo tudo de novo, Ib e Garry não estavam nem um pouco animados, aquela galeria era realmente estranha... Era fria, quieta e com infinidades de coisas velhas e empoeiradas, como se tivesse sido abandonada ah anos. Definitivamente seria difícil passar por ali, pois estava tranquilo demais.

–POV- New Character.

Não fazia muito tempo tinha saído do meu quadro, tentei ir embora daquele lugar inúmeras vezes, queria encontrar meu pai e perguntar por que me abandonou... Queria encontrar minha irmã e perguntar por que ela não gostava de mim, mas era impossível sair dali. Todas aquelas coisas me odiavam e eu não entendia por que, talvez fosse pelo meu jeito de pensar ou pelo meu desejo de abandonar aquele lugar. Estava olhando um quadro no canto da parede quando comecei a ouvir passos de um dos corredores, escondi-me atrás da parede e coloquei a cabeça para o lado para ver o que era e então... Foi quando vi. Uma menina de cabelos marrons, de saia vermelha e meia-calça preta vinha andando pelo corredor, e ao seu lado um homem de cabelos roxos usando um casaco azul esfarrapado que olhava para os lados constantemente, parecendo alarmado. Ele era bem estranho, mas tinha algo de familiar em seu rosto... Eu sentia que já o conhecia, mas de onde não lembrava. Pensei na possibilidade de conseguir falar com eles, pedir ajuda talvez, mas não pensava que teria sorte se fosse considerar o terror nos olhos do homem ao ter o braço agarrado por um manequim e depois de jogá-lo longe dizer “Eu odeio essas coisas” Com certeza ele teria medo de mim, então derrotada eu aproveitei que estavam distraídos e entrei correndo no outro corredor para tentar me esconder quando de repente uma mão com garras negras saiu da parede do corredor e agarrou minha cintura perfurando-a. Eu gritei ao me assustar e tentei me soltar, mas a mão me lançou contra a outra parede na direção de um enorme quadro onde havia uma paisagem, para completar, o quadro caiu encima de mim com tanta força que acabei desmaiando.





–POV- Autora.

Ib pensou ter ouvido um grito e então puxou a mão de Garry assim correndo para outro corredor, o que Garry não achava ser uma boa ideia afinal, quais eram as chances de aquilo dar certo?

–E-espere Ib! –Protestou, mas a garota não quis parar.

Quando chegaram ao corredor, puderam ver uma garota jogada ao chão com um enorme quadro caído por cima dela, usava um vestido roxo com um casaco preto, apesar do quadro estar tapando seu rosto, ainda dava para ver que a cor de seu cabelo era lilás e quando removeram a pintura, Ib se espantou. Era idêntica ah Garry, a julgar pela feição mais nervosa. Também não parecia ser muito nova, talvez fosse uns sete anos mais velha que ela. Os dois a colocaram encostada à parede e então Garry se ajoelhou ao lado dela.

–Tentarei acordá-la. –disse Garry para Ib – Qualquer coisa, chegue para trás!

–Certo.

Garry levantou a franja da garota e chamou por ela, tentando ignorar o fato de quase estar se olhando em um espelho.

–Ei, você está bem? Consegue me ouvir? – Sem resposta, a garota ainda estava desacordada. Garry deixou que a franja caísse sobre seus olhos novamente e então cutucou sua bochecha – Ei!

A garota finalmente abriu os olhos ainda se sentindo tonta pelo tombo, e ao ver Garry tão perto acabou se assustando e gritou fazendo o mesmo gritar e se afastar também.

–O-o que... – Ela colocou as mãos na cabeça e olhou em volta.

–Desculpe, nós a encontramos caída aqui e achamos que seria melhor te ajudar. – Disse Garry.

–Oh, sim.

–Bem – ele se levantou e estendeu as mãos para a menina – Consegue ficar de pé?

A garota o encarou por um momento e então fez que sim com a cabeça, logo aceitou a ajuda de Garry e se levantou.

–O que aconteceu para você estar caída aqui? – Perguntou Ib – E para ter um quadro jogado em cima de você?

–Eu... –A menina colocou a mão na cintura – Eu estava passando pelo corredor e então uma mão saiu da parede, me agarrou e me jogou contra o quadro que então caiu em cima de mim... É o que me lembro.

–M-mão que saiu da parede? – gaguejou Garry que logo se afastou das paredes e segurou a mão de Ib- Acho melhor sairmos daqui bem rápido, venha você também! - Garry segurou na mão da menina também e rapidamente as tirou do corredor.

A garota os olhava meio assustada e sem saber o que fazer, estava confusa de mais.

–Agora está tudo bem – Garry se voltou para a menina – É uma das pessoas da galeria, certo?

–S-sim. - Respondeu.

–Como veio parar aqui? – Perguntou Ib.

A garota olhou em volta, não podia dizer que era uma das obras de Guertena, pois eles com certeza iriam ou atacá-la ou fugir (Assim ela pensava) E ela queria tanto conhecê-los que acabou mentindo sem pensar duas vezes.

–Eu não me lembro... – ajeitou a franja.

–Deve ter sido como da primeira vez em que vim parar aqui – Comentou Garry – Também não me lembrava, mas quem sabe não se lembra mais tarde, hum? –Ele sorriu.

–Sim...

–Bom, o meu nome é Garry, e essa menina é a Ib! –Ele apontou para a mesma - E você, como se chama?

–Meu nome... Mayu.

–Prazer em conhecê-la, Mayu – Garry estendeu a mão para ela.

–É um prazer conhecê-lo também – disse apertando sua mão – Você também, Ib - Mayu sorriu para ela.

–O mesmo – Respondeu Ib.

–Bem, vamos sair logo daqui. – Garry ajeitou seu casaco velho – Mas antes... Ib, está com a sua rosa?

–Sim – Ib amostrou a rosa para Garry.

–Eu também estou com a minha então... Mayu, você tem uma rosa?

–Ah... –Mayu ficou meio confusa até que lembrou que na galeria, as rosas significavam a vida das pessoas e que até mesmo para as pinturas, perdê-las poderia ser um grande problema, e se ela quisesse seguir em frente, teria de ser o mais discreta possível. Sem saber o que dizer começou a tatear o vestido e o casaco e por sorte, uma das rosas que tinha em seu quadro ficou presa na ponta de seu casaco esfarrapado por conta dos espinhos, logo ela a pegou e mostrou para eles – Aqui.

–Olha, uma rosa negra – Observou Ib – Parece aquela que nós vimos na galeria.

–Sim – Garry olhou a rosa nas mãos de Mayu – é ainda mais bonita na vida real... Ou quase.

–Obrigada, eu acho - Mayu colocou a rosa no bolso de seu casaco.

–Como disse, vamos sair logo daqui – Garry olhou em volta meio nervoso – Ainda acho que quando menos esperarmos aqueles manequins do corredor vão vir atrás de nós...

–Certo! – As garotas responderam em uníssono.

Logo eles começaram a explorar o lugar, que até o momento era pequeno. Corredores sem saída, salas vazias empoeiradas e etc. Até que encontraram um corredor largo com um papel de parede vermelho e cheio de desenhos de flores, no final dele havia uma porta, adentraram o corredor e no meio do caminho Garry viu um pequeno pedaço de papel rasgado pendurado na parede, ele o pegou e começou a ler.

Cuidado com o que você esquece– leu. Ficou confuso e virou o papel para ver se tinha mais alguma coisa escrita em seu verso- O que quer dizer?

Assim que ele fez essa pergunta uma das mãos de garras negras saiu da parede e tentou agarrar Garry que no desespero gritou e se jogou para a outra parede quase atingindo Mayu que conseguiu desviar, quando tocou a outra parede outras duas mãos saíram e tentaram pegá-lo, mas por sorte Garry conseguiu se jogar ao chão ficando no meio do corredor.

–Garry! -Ib se encolheu perto de Mayu para não tocar a parede- Você está ferido?

–Não... AH! Por que essas coisas sempre acontecem comigo? -Choramingou.

Enfim depois de tomar folego o homem se levantou, quando olhou para o chão viu que tinha uma pétala azul jogada sobre o carpete e então fez uma expressão derrotada.

–Por algo tão bobo... Droga!

Mayu se ajoelhou com cautela e recolheu a pétala.

–Azul - Disse - fazia tempo que não via uma rosa dessas.

–Raramente encontramos uma como esta... As pessoas preferem fazer rosas com cores mais chamativas.

–Perdem seu tempo, as melhores são as azuis, as vermelhas e as brancas! - disse examinando o caminho quase que sonhadora - desviei-me do que era importante.

Mayu ainda segurando a pétala da rosa de Garry deixou que ele e Ib passassem sua frente para que pudesse segui-los, mas então, Garry parou e se voltou para garota encarando-a desconfiado.

–Damas na frente.

–Ah, ok.

Ela não discutiu, evitando olhar nos olhos de Garry continuou a observar a pétala azul em suas mãos, e então passou sua frente deixando Ib liderar por ser menor. Garry preferiu não mencionar nada sobre sua aparência, mas não conseguia parar de pensar no quanto a garota se parecia com ele. Por fim, resolveu deixar o assunto de lado. Finalmente chegaram até a porta e Mayu, ficando na frente de Ib, pensou duas vezes antes de girar a maçaneta, sempre chegava a conclusão de que algo daria errado, mas como não tinha escolha, logo abriu a porta.


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Notas finais do capítulo

Review?