Andei sendo seguida por olhares curiosos, alguns me incomodavam, ou será que era somente um? Sai da guilda ignorando à todos, olhei para trás antes de fechar a porta da mesma, deixando apenas uma lágrima teimosa escorrer por meu rosto. É difícil... Deixar tudo, não tudo... Mas tudo oque realmente era meu, minha família... Minha verdadeira família.

Saí deixando para trás os meus rastros de passagem, minhas lágrimas, frustrações e tristezas.

- Agora mamãe, irei seguir o meu destino, começando por onde tudo começou... - Cuchichei para mim entrando dentro de um trem que iria rumo à Rendie a cidade em que nasci

[...]

Fui até a casa, em que me lembro muito bem ter brincado por anos com mamãe e papai, e claro com minha irmã Michelle. Chegando no local logo encontrei a nova dona da residência. A casa não havia mudado muito, ainda era pequena, azul e tinha agora umas plantas em seu pequeno jardim de inverno, lembro bem de ter escorregado nesse jardim.

- Lucy! Como você cresceu! - Disse a senhora pouco conhecida por mim, vindo me abraçar

Não disse nada, afinal, não soubera oque dizer para alguém que não conheço.

- Lucy, não se lembra de mim querida? - Perguntou a mesma me soltando

- Desculpe... Mas não - Disse olhando para o chão envergonhada

- Imaginei - Falou ela com um sorriso - Sou Lives, irmã da sua mãe

Entrei em choque, como assim mamãe tinha uma irmã? Desde quando? Por que nunca havia me contado?

- Acho que não deve me conhecer, sua mãe nunca deve ter te falado sobre mim, não é mesmo querida? - Perguntou

- Sim... Mamãe nunca havia me falado sobre você... Ela nem teve tempo de dizer muitas coisas - Deixei uma pequena lágrima cair, sendo pouco notada. Tentei colocar um sorriso em minha face, que foi colocado com sucesso - Mas enfim, oque está fazendo por aqui? - Pergunto curiosa

- Estou simplesmente esperando por você - Sorriu um pouco fraca - Você demorou muito Lucy, mas foi como sua mãe disse que iria ser. Aqui está - Entregou me uma carta que estava em sua mão - Foi só isso que sua mãe me pediu para fazer, ela disse que um dia você iria procurar sua história, mais especificamente a dela, então ela me pediu para eu esperar e depois lhe entregar está carta. Fazem sete anos Lucy que estou te esperando, nunca abri essa carta e infelizmente, sua mãe me disse que só você poderia saber oque está escrito nela - Ela estava se afastando lentamente de mim, de certa forma só havia percebido agora esse afastamento - Tome cuidado Lucy, agora você embarca em uma aventura, um tanto que perigosa - Dizendo isso, ela foi absorvida pela escuridão que estava dentro da casa

Comecei a procura-la, entrei dentro da casa, achando somente suas roupas caídas no chão e antes de sair do local um tanto que abavorada a voz de Lives em pleno eco me falou:

- Boa sorte pequena Lucy, à partir daqui sua pequena-grande aventura começa... Não fale com estranhos

E depois disso eu corri para a porta, saindo da casa quase sem folego, estava prestes a abrir a porta quando algo ou alguém me atacou, caí no chão com a carta ainda em minha mão direita olhei para cima e vi um ogro ele estava olhando fixamente para a carta de minha mãe. O mesmo tentou pega-la, mas eu a segurei firmemente em minha mão. Tentei pegar a chave de Virgo em meu chaveiro, conseguindo com sucesso.

- Abro-te portão de virgem. Virgo! - Assim que disse as mesmas palavras o ogro me pegou em sua mão e me chacoalhou no ar

Uma luz brilhou e logo Virgo aparece.

- Já está na hora da punição Hime? - Perguntou olhando para mim que estava sendo segurada pelo ogro

- Virgo, por favor me ajude! - Gritei enjoada pelos movimentos

- Está bem Hime

Dizendo isso Virgo cavou um buraco no chão, aparecendo de repente atrás do ogro e lhe dando um chute, fazendo-o cair e me jogar longe. Estava esperando me espatifar no chão com meus olhos fechados, mas depois de cinco minutos em espectativa abri meus olhos, dando de cara com Virgo. Um sorriso surge em meu rosto pelo simples fato de não ter morrido esmagada pelo chão.

- Obrigada Virgo! - Dou-lhe um abraço e lembro da carta em minha mão

[...]

Peguei a carta e me sentei em uma árvore que ficava de frente à minha velha casa. Abri a mesma sem pensar duas vezes.

" Olá Lucy, como vai Estrelinha? Espero que bem, se estiver lendo isso o pior aconteceu.

Lucy, você deve estar confusa, com sua tia e provavelmente assustada com alguns ataques que devem ter acontecido assim que você pegou a carta. Lucy agora querida, você vai entrar em uma aventura que lhe mostrara seu destino. Tome cuidado e continue oque está fazendo, eu te amo querida e sei que irá conseguir oque eu guardei para você, ande logo, pois outros estão procurando o seu tesouro, eles querem seu destino, então lute por ele.

Te amo querida, e espero que tive muitas chances de disser isso antes de morrer.

Ps: Só você poderá saber disso, não espalhe. Te amo."

Era pouco oque ela havia escrito, e pelo estado de sua caleografia estava correndo... Ou fugindo... Fugir... Eu tenho que correr!

Entrei no primeiro trem que vi saindo da estação, estava voltando para Magnólia, tinha que pegar mais roupas e dinheiro.

[...]

Abri a porta de casa e mal olhei dentro dela, fui correndo para o banheiro tomar um banho. Logo me despi e entrei dentro da banheira. Meu banho não durou nem quinze minutos, assim que entrei saí. Me enchuguei e logo coloquei uma roupa qualquer.

Fui até a escrivaninha que ficava em um canto de meu quarto, encima dela havia uma carta, nunca havia reparado na mesma.

Depois de alguns muinutos olhando para a curiosa carta em minha escrivaninha, peguei-a. A mesma era da cor vermelho queimado com alguns rabiscos em volta dela, tinha uma aparência de velha, como se já estivece lá há muito tempo.

- De quem será? - Pensei alto - Deve ser mais uma das cartas da minha mãe, mas acho que eu teria percebido ela aqui. Melhor eu abrir - Disse sentando em minha cama

Abri aquele pequeno envelope vermelho queimado, ainda curiosa com oque a carta dizia e de quem a mesma era.

"Oi Luce, sou eu o Natsu. Acho que você nunca iria esperar eu escrever uma carta para você, ainda mais no dia dos namorados. Mas se o Gray fez isso para a Juvia eu tenho que fazer isso para alguém, então escolhi você minha nakama.

Luce, eu não sei oque sinto e isso é bem difícil de dizer, outro motivo de eu ter escrito está carta, eu acho que eu

TE AMO.

Feliz dia dos namorados minha pequena Luce. Acho que te amo.

- Natsu"

- Mas oque?! - Grite jogando a carta no chão - Então era por isso que ele não estava falando comigo. Não era pela Lisanna era por eu não ter respondido uma carta antiga dele! Aí meu Deus! Como assim aquele baka me ama?! - Gritava

Parei um pouco para pensar e um sorriso apareceu em meus lábios.

- Aquele baka me ama... - Cuchichei com um pequeno sorriso em meus lábios

[...]

Corria para guilda, já era meio-dia então provavelmente o meu baka já havia chegado.

Abri a porta com um sorriso explendido em meu rosto. Olhei em volta e encontrei o rosado sentado meio depressivo em frente de uma Mira sorridente.

Corri até o mesmo e pulei lhe dando um grande abraço que logo foi retribuído.

- Natsu! Eu também acho que te amo! - Gritei em seus braços com lágrimas escorrendo por meu rosto

- Vo-você leu a minha carta? - Perguntou me segurando fortemente em seus braços

- Sim, e você é um grande idiota! - Resmunguei me largando do mesmo e fazendo bico

- Por quê? - Perguntou magoado

- Porque não me disse que não estava falando comigo por uma misera carta! - Gritei com o mesmo que fez bico - Mas eu te perdoo

- Luce é que eu não acho mais que te amo... - Falou sério

- Co-como assim? - Entristeci

- Eu tenho certeza que te amo, e nunca mais, nunca mais mesmo saía da guilda sem mim - Levantou-se vindo em minha direção e me dando um selinho

Corei.

- Fico muito feliz que me ame Natsu, mas eu vou ter que te dessobedecer - Falei timidamente

Antes que o rosado pudesse dizer uma palavra se quer, eu corri em desparada até minha casa, ouvindo somente o grito de Natsu "LUCY".

♥ Continua...♥