¿Qué Hay Detrás? escrita por Mari


Capítulo 7
Tantos Planos


Notas iniciais do capítulo

Oiee!
Capítulo pra vocês. Esse tá meio monótono, mas vai ficar melhor, prometo! Tô com algumas ideias pra fic que tenho sonhado ultimamente, e acho que vai fazer ela ficar bem boa :)
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390989/chapter/7

– Ah, claro – respondi.

– Terminei com a Camila.

Permaneci em silêncio por algum tempo, não tinha certeza do que responder. Maxi, notando isso, quebrou o silêncio.

– E então?

– Não sei o que você espera que eu diga – fui sincera.

– O que você acha?

– Que você fez a escolha certa? – ri com a pergunta.

– Isso também – ele riu. – Mas que agora podemos conversar e sermos amigos em paz, sem que ela venha tirar satisfações de você.

– Ah, fico feliz por isso, você é uma boa companhia.

– Você também – ele concordou.

– E como ela reagiu? – agora fiquei curiosa com tudo.

– Do jeito Camila de ser. Primeiro quis discordar da minha vontade, achando que manda na relação, depois saiu irada e disse que não tem mais volta.

– E não tem mesmo?

– Claro que não! – ele exclamou rapidamente – Eu já não aguentava mais tudo aquilo pelo qual passávamos. E ficar voltando não resolve nada.

– Realmente... – concordei.

– Agora quero aproveitar minha vida sem a Camila, fazer amigos, poder conversar com as pessoas em paz e tudo isso que não podia fazer tranquilamente antes.

– Fico feliz por você – sorri.

– Quero começar essa minha nova etapa te convidando pra tomar um suco, que tal? – ele perguntou sorrindo.

– Agora?

– É, o que acha?

– Você não treino de futebol?

O treino dos meninos acontecia nas segundas, quartas e sextas-feiras.

– Ah, é mesmo – ele concluiu batendo com a mão na testa. – Mas podemos combinar para outro dia, não podemos?

– Claro.

– Então tá, a gente conversa amanhã – ele falou olhando no relógio -, agora preciso ir, obrigada por me lembrar do treino, não posso chegar atrasado, de novo.

– Tá bom. Até mais!

– Até – ele falou e saiu andando rapidamente rumo ao campo de futebol, e eu voltei a seguir meu caminho para casa.

Em fiz a mesma coisa de todas as noites. Tomei banho, jantei, assisti um pouco de televisão com meus avós contando sobre meu dia e como estava sendo meu contato com a nova faculdade. Como eles dormiam cedo, subiram para seu quarto enquanto eu terminava de assistir a um filme, depois subi e peguei meu livro de cabeceira dentro da mochila. Querido John. Peguei-o e logo me lembrei de Maxi e da nossa conversa na biblioteca ontem. Ri sozinha. Li por algum tempo até o sono chegar, deixei o livro de lado e encostei a cabeça no travesseiro, logo peguei no sono e novamente sonhei com ele.

POV Maxi

Estava muito aliviado por já ter conversado com Naty sobre o fim do meu namoro, e por mais que eu quisesse que a nossa saída tivesse dado certo naquele momento, foi melhor que ela me lembrasse do treino, porque isso dava a nós, quer dizer, a mim, mais chance de pensar sobre o próximo estágio.

Cheguei ao campo mais cedo, ainda bem, troquei-me e fiquei sentado no banco de reservas conversando com a rapaziada enquanto o técnico não chegava. León estava sentado ao meu lado e puxou o assunto Camila e Naty como na outra vez.

– Soube que você e Camila terminaram.

– É, terminamos... Como você soube? Ainda não tinha comentado com ninguém.

– Bem, e nem vai precisar, Camila já espalhou para o campus todo que ela terminou com você. Disse que você se transformou no maior chato da história, e que ela não consegue entender como vocês namoraram.

– Claro, ela tinha que sair por cima – ri.

– Mas foi você quem terminou, não foi?

– A iniciativa foi minha, mas a última palavra foi dela, óbvio!

– Típico de Camila – concluiu León, que também a conhecia há tempos, além de colegas, eram vizinhos de porta, ou seja, cresceram e brincaram juntos desde sempre. – Mas e agora, como vai ser daqui para frente?

– Melhor. Vou poder voltar a ser o velho Maxi de antes! – exclamei com grande felicidade. – E quem sabe, voltar a falar com meus velhos amigos de antes também, além de você, claro.

– As meninas ficarão bem felizes por terem você de volta ao grupo... Aliás, está faltando um membro agora que temos Naty, não é mesmo? – León riu sarcasticamente.

– Claro, claro. Sabe, já contei a ela sobre mim e Camila, foi a única pessoa a qual eu contei na verdade.

– E como ela reagiu?

– Normalmente, não teve nenhuma reação diferente – ri. – Aproveitei e a convidei para sair.

– E?

– Tive que vir para o treino – falei chateado. – Mas ficamos de combinar para outro dia.

– Boa garanhão! – León falou dando tapinhas em minhas costas e logo depois se levantando, pois o técnico havia chegado.

Treinamos forte, porque o Campeonato Interestadual se aproximava e quando fomos dispensados tomei banho no vestiário e fui para casa. Em casa não fiz nada de mais, jantei com meus pais e fiquei em meu quarto assistindo séries até ter sono suficiente para desligar a televisão (N/A: conheço alguém assim) e dormi.

*

Assim que o sol bateu em minha janela, acordei, levantei-me, fiz minha higiene matinal, tomei café e parti para a Universidade. Quinta-feira, só mais dois dias e finalmente o final de semana estaria aí para poder aproveitar, agora solteiro! Pera aí, eu não queria aproveitar, pensei comigo, queria ter a chance de cumprir o convite que fiz à Naty, porque agora que não tinha mais Camila no caminho, queria poder conversar e conhecê-la melhor. Faria isso, convidá-la-ia durante o intervalo do meio-dia para sairmos no sábado.

Cheguei à faculdade e fui para o bloco do tecnológico ter minha aula de Topografia I. Entrei na sala e ouvi risadinhas vindas dos quatro cantos, sabia do que se tratava o término do meu namoro com Camila, ou melhor, o término da Camila comigo.

– Mulher não gosta de homem que baba – falou um garoto no fundo da sala rindo para o outro e ambos olhando para mim.

– Nem de homem puxa saco! – retrucou o outro.

Sentei-me ao lado de León não dando muito bola e questionei o que acontecia.

– Do que eles estão falando?

– Camila espalhou que terminou com você, porque era muito puxa saco, ficava correndo atrás dela e a mesma já estava se sentindo sufocada, sem contar que, você baba demais – ele riu.

– Essa garota não tem jeito! Agora vou ter que ficar aguentando piadinhas por aí...

– Daqui a pouco eles arrumam outra coisa da qual rirem – León explicou.

Dei uma risadinha e esperei que o professor chegasse e iniciasse sua aula. Quando a mesma começou, fiz minhas anotações ignorando todo e qualquer tipo de avacalhação que surgia relacionada a mim.

Ao término da aula fui com León para o refeitório encontrar o pessoal e me sentar com eles. Violetta, Francesa, Federico e Naty já estavam lá, sentei-me ao lado dela pronto para fazer o convite, mas assim que o fiz, um calouro meu e de León, que estava com algumas dúvidas na matéria de Cálculo A me pediu ajuda e precisei acompanha-lo até a biblioteca.

– Vou ali ajudar ele galera, nos vemos depois – levantei e sai arrastando os pés.

POV Naty

Minha manhã de quinta-feira havia sido como o resto da semana. Fiz o que tinha que fazer em casa e fui para faculdade, as primeiras aulas foram de Psicologia da Personalidade, após o intervalo teria Introdução à Psicanálise. No intervalo fui para o refeitório com Vilu como nos outros dias, e quando já estávamos lá sentadas com Fede e Fran, León e Maxi chegaram, este se sentou ao meu lado, mas não ficou por muito tempo, pois precisou ir à biblioteca ajudar um amigo. Que lindo!

Estávamos sentados comendo, quando um menino de cabelos morenos arrepiados, vestindo uma camisa com todos os botões fechados e jeans se aproximou de nossa mesa com algumas folhas verdes que formam um bolinho em suas mãos.

– E aí pessoal! – ele exclamou todo sorridente.

– Oi André – os demais o cumprimentaram.

– Estão sabendo que sábado vai rolar festinha lá em casa?

– Não sabíamos – León respondeu. – Mas eu já estava até estranhando que os convites da tradicional festa ainda não tinham aparecido.

– Me atrasei um pouco na confecção – riu. – Sabe como é, o curso tá cada vez mais difícil.

– Claro, claro – Federico concordou. – Não tá fácil pra ninguém.

– Mas enfim, vai ser sábado, depois de amanhã, estão todos convidados... Você também – ele falou olhando para mim agora.

– Naty – sorri.

– ...Naty – ele repetiu me entregando uma das folhas que estavam e suas mãos, assim como já havia feito com os outros. – É o mesmo esquema das outras. Agora preciso ir, tenho que falar com o resto do pessoal, tchau. Até sábado hein! – falou meio atrapalhado e saiu para a próxima mesa.

– Quem é esse? – perguntei curiosa.

– André – disse Vilu.

– Estudante de medicina – completou Fran.

– Nerd – foi a vez de Fede.

– Mas sempre faz as melhores festas da faculdade! – exclamou León por fim.

– Ah não vejo a hora de chegar sábado, preciso de uma festa! – Vilu parecia mega animada. – Você vai não é, Naty?

– Ah não, não – falei rapidamente. – Não posso esse sábado, vou para Baires visitar meus pais – menti. Não conseguia pensar em mim em uma festa universitária na casa de um aluno, isso me traria lembranças demais de Joaquim, e eu ainda não estava preparada.

– Ah, que pena. Mas no final do semestre então – Fran concluiu.

– Quem sabe – sorri.

Ficamos por ali mais uns dez minutos quando já estava na hora de voltarmos para as aulas, fui com Vilu para nossa sala, tivemos nossa aula e fui para casa. Assim que cheguei coloquei meus materiais em cima da mesa e fui até meu quarto pegar um livro para fazer um trabalho, voltei à cozinha e minha avó estava com o panfleto de André nas mãos, que estava anteriormente em cima dos meus cadernos, lendo.

– Que bom minha filha, uma festinha pra você se enturmar com os colegas – ela falou sorridente. (N/A: quero essa vó para mim, haha).

– Mas eu não vou.

– Por quê?

– Ah vovó, não posso ir a uma festa assim, vai me trazer muitas lembranças...

– Meu amor, nós já falamos sobre isso, você tem que voltar a aproveitar a vida.

– Eu sei que tenho, mas acho que isso é demais, tenho que começar mais de leve – sentei-me. – E além do mais, já falei para meus colegas que não vou.

– Mas isso é o de menos, é só você dizer que mudou de ideia e vai.

– Não sei vovó, e como eu irei? A senhora sabe que não ando de carro ainda, e não me sinto preparada para pedir carona aos meus amigos – coloquei as mãos na cabeça.

– Se você quiser realmente ir, para tudo se dá um jeito – ela falou por fim.

– Eu vou pensar – conclui.

Então vovó foi preparar o jantar e eu fiquei sentada na cozinha fazendo meu trabalho de Psicologia da Personalidade e pensando na possibilidade de ir à festa sábado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso! E aí, o que acharam? Será que Naty vai à festa? E o que será que vai acontecer por lá? Deixem reviews pra eu saber o que vocês estão achando e possa continuar postando feliz!
Obrigada :) Bjbj!

@marifics
ask.fm/pasaeltiempofic