¿Qué Hay Detrás? escrita por Mari
Notas iniciais do capítulo
Oiee!
Capítulo pra vocês. Esse tá meio monótono, mas vai ficar melhor, prometo! Tô com algumas ideias pra fic que tenho sonhado ultimamente, e acho que vai fazer ela ficar bem boa :)
Espero que gostem!
– Ah, claro – respondi.
– Terminei com a Camila.
Permaneci em silêncio por algum tempo, não tinha certeza do que responder. Maxi, notando isso, quebrou o silêncio.
– E então?
– Não sei o que você espera que eu diga – fui sincera.
– O que você acha?
– Que você fez a escolha certa? – ri com a pergunta.
– Isso também – ele riu. – Mas que agora podemos conversar e sermos amigos em paz, sem que ela venha tirar satisfações de você.
– Ah, fico feliz por isso, você é uma boa companhia.
– Você também – ele concordou.
– E como ela reagiu? – agora fiquei curiosa com tudo.
– Do jeito Camila de ser. Primeiro quis discordar da minha vontade, achando que manda na relação, depois saiu irada e disse que não tem mais volta.
– E não tem mesmo?
– Claro que não! – ele exclamou rapidamente – Eu já não aguentava mais tudo aquilo pelo qual passávamos. E ficar voltando não resolve nada.
– Realmente... – concordei.
– Agora quero aproveitar minha vida sem a Camila, fazer amigos, poder conversar com as pessoas em paz e tudo isso que não podia fazer tranquilamente antes.
– Fico feliz por você – sorri.
– Quero começar essa minha nova etapa te convidando pra tomar um suco, que tal? – ele perguntou sorrindo.
– Agora?
– É, o que acha?
– Você não treino de futebol?
O treino dos meninos acontecia nas segundas, quartas e sextas-feiras.
– Ah, é mesmo – ele concluiu batendo com a mão na testa. – Mas podemos combinar para outro dia, não podemos?
– Claro.
– Então tá, a gente conversa amanhã – ele falou olhando no relógio -, agora preciso ir, obrigada por me lembrar do treino, não posso chegar atrasado, de novo.
– Tá bom. Até mais!
– Até – ele falou e saiu andando rapidamente rumo ao campo de futebol, e eu voltei a seguir meu caminho para casa.
Em fiz a mesma coisa de todas as noites. Tomei banho, jantei, assisti um pouco de televisão com meus avós contando sobre meu dia e como estava sendo meu contato com a nova faculdade. Como eles dormiam cedo, subiram para seu quarto enquanto eu terminava de assistir a um filme, depois subi e peguei meu livro de cabeceira dentro da mochila. Querido John. Peguei-o e logo me lembrei de Maxi e da nossa conversa na biblioteca ontem. Ri sozinha. Li por algum tempo até o sono chegar, deixei o livro de lado e encostei a cabeça no travesseiro, logo peguei no sono e novamente sonhei com ele.
POV Maxi
Estava muito aliviado por já ter conversado com Naty sobre o fim do meu namoro, e por mais que eu quisesse que a nossa saída tivesse dado certo naquele momento, foi melhor que ela me lembrasse do treino, porque isso dava a nós, quer dizer, a mim, mais chance de pensar sobre o próximo estágio.
Cheguei ao campo mais cedo, ainda bem, troquei-me e fiquei sentado no banco de reservas conversando com a rapaziada enquanto o técnico não chegava. León estava sentado ao meu lado e puxou o assunto Camila e Naty como na outra vez.
– Soube que você e Camila terminaram.
– É, terminamos... Como você soube? Ainda não tinha comentado com ninguém.
– Bem, e nem vai precisar, Camila já espalhou para o campus todo que ela terminou com você. Disse que você se transformou no maior chato da história, e que ela não consegue entender como vocês namoraram.
– Claro, ela tinha que sair por cima – ri.
– Mas foi você quem terminou, não foi?
– A iniciativa foi minha, mas a última palavra foi dela, óbvio!
– Típico de Camila – concluiu León, que também a conhecia há tempos, além de colegas, eram vizinhos de porta, ou seja, cresceram e brincaram juntos desde sempre. – Mas e agora, como vai ser daqui para frente?
– Melhor. Vou poder voltar a ser o velho Maxi de antes! – exclamei com grande felicidade. – E quem sabe, voltar a falar com meus velhos amigos de antes também, além de você, claro.
– As meninas ficarão bem felizes por terem você de volta ao grupo... Aliás, está faltando um membro agora que temos Naty, não é mesmo? – León riu sarcasticamente.
– Claro, claro. Sabe, já contei a ela sobre mim e Camila, foi a única pessoa a qual eu contei na verdade.
– E como ela reagiu?
– Normalmente, não teve nenhuma reação diferente – ri. – Aproveitei e a convidei para sair.
– E?
– Tive que vir para o treino – falei chateado. – Mas ficamos de combinar para outro dia.
– Boa garanhão! – León falou dando tapinhas em minhas costas e logo depois se levantando, pois o técnico havia chegado.
Treinamos forte, porque o Campeonato Interestadual se aproximava e quando fomos dispensados tomei banho no vestiário e fui para casa. Em casa não fiz nada de mais, jantei com meus pais e fiquei em meu quarto assistindo séries até ter sono suficiente para desligar a televisão (N/A: conheço alguém assim) e dormi.
*
Assim que o sol bateu em minha janela, acordei, levantei-me, fiz minha higiene matinal, tomei café e parti para a Universidade. Quinta-feira, só mais dois dias e finalmente o final de semana estaria aí para poder aproveitar, agora solteiro! Pera aí, eu não queria aproveitar, pensei comigo, queria ter a chance de cumprir o convite que fiz à Naty, porque agora que não tinha mais Camila no caminho, queria poder conversar e conhecê-la melhor. Faria isso, convidá-la-ia durante o intervalo do meio-dia para sairmos no sábado.
Cheguei à faculdade e fui para o bloco do tecnológico ter minha aula de Topografia I. Entrei na sala e ouvi risadinhas vindas dos quatro cantos, sabia do que se tratava o término do meu namoro com Camila, ou melhor, o término da Camila comigo.
– Mulher não gosta de homem que baba – falou um garoto no fundo da sala rindo para o outro e ambos olhando para mim.
– Nem de homem puxa saco! – retrucou o outro.
Sentei-me ao lado de León não dando muito bola e questionei o que acontecia.
– Do que eles estão falando?
– Camila espalhou que terminou com você, porque era muito puxa saco, ficava correndo atrás dela e a mesma já estava se sentindo sufocada, sem contar que, você baba demais – ele riu.
– Essa garota não tem jeito! Agora vou ter que ficar aguentando piadinhas por aí...
– Daqui a pouco eles arrumam outra coisa da qual rirem – León explicou.
Dei uma risadinha e esperei que o professor chegasse e iniciasse sua aula. Quando a mesma começou, fiz minhas anotações ignorando todo e qualquer tipo de avacalhação que surgia relacionada a mim.
Ao término da aula fui com León para o refeitório encontrar o pessoal e me sentar com eles. Violetta, Francesa, Federico e Naty já estavam lá, sentei-me ao lado dela pronto para fazer o convite, mas assim que o fiz, um calouro meu e de León, que estava com algumas dúvidas na matéria de Cálculo A me pediu ajuda e precisei acompanha-lo até a biblioteca.
– Vou ali ajudar ele galera, nos vemos depois – levantei e sai arrastando os pés.
POV Naty
Minha manhã de quinta-feira havia sido como o resto da semana. Fiz o que tinha que fazer em casa e fui para faculdade, as primeiras aulas foram de Psicologia da Personalidade, após o intervalo teria Introdução à Psicanálise. No intervalo fui para o refeitório com Vilu como nos outros dias, e quando já estávamos lá sentadas com Fede e Fran, León e Maxi chegaram, este se sentou ao meu lado, mas não ficou por muito tempo, pois precisou ir à biblioteca ajudar um amigo. Que lindo!
Estávamos sentados comendo, quando um menino de cabelos morenos arrepiados, vestindo uma camisa com todos os botões fechados e jeans se aproximou de nossa mesa com algumas folhas verdes que formam um bolinho em suas mãos.
– E aí pessoal! – ele exclamou todo sorridente.
– Oi André – os demais o cumprimentaram.
– Estão sabendo que sábado vai rolar festinha lá em casa?
– Não sabíamos – León respondeu. – Mas eu já estava até estranhando que os convites da tradicional festa ainda não tinham aparecido.
– Me atrasei um pouco na confecção – riu. – Sabe como é, o curso tá cada vez mais difícil.
– Claro, claro – Federico concordou. – Não tá fácil pra ninguém.
– Mas enfim, vai ser sábado, depois de amanhã, estão todos convidados... Você também – ele falou olhando para mim agora.
– Naty – sorri.
– ...Naty – ele repetiu me entregando uma das folhas que estavam e suas mãos, assim como já havia feito com os outros. – É o mesmo esquema das outras. Agora preciso ir, tenho que falar com o resto do pessoal, tchau. Até sábado hein! – falou meio atrapalhado e saiu para a próxima mesa.
– Quem é esse? – perguntei curiosa.
– André – disse Vilu.
– Estudante de medicina – completou Fran.
– Nerd – foi a vez de Fede.
– Mas sempre faz as melhores festas da faculdade! – exclamou León por fim.
– Ah não vejo a hora de chegar sábado, preciso de uma festa! – Vilu parecia mega animada. – Você vai não é, Naty?
– Ah não, não – falei rapidamente. – Não posso esse sábado, vou para Baires visitar meus pais – menti. Não conseguia pensar em mim em uma festa universitária na casa de um aluno, isso me traria lembranças demais de Joaquim, e eu ainda não estava preparada.
– Ah, que pena. Mas no final do semestre então – Fran concluiu.
– Quem sabe – sorri.
Ficamos por ali mais uns dez minutos quando já estava na hora de voltarmos para as aulas, fui com Vilu para nossa sala, tivemos nossa aula e fui para casa. Assim que cheguei coloquei meus materiais em cima da mesa e fui até meu quarto pegar um livro para fazer um trabalho, voltei à cozinha e minha avó estava com o panfleto de André nas mãos, que estava anteriormente em cima dos meus cadernos, lendo.
– Que bom minha filha, uma festinha pra você se enturmar com os colegas – ela falou sorridente. (N/A: quero essa vó para mim, haha).
– Mas eu não vou.
– Por quê?
– Ah vovó, não posso ir a uma festa assim, vai me trazer muitas lembranças...
– Meu amor, nós já falamos sobre isso, você tem que voltar a aproveitar a vida.
– Eu sei que tenho, mas acho que isso é demais, tenho que começar mais de leve – sentei-me. – E além do mais, já falei para meus colegas que não vou.
– Mas isso é o de menos, é só você dizer que mudou de ideia e vai.
– Não sei vovó, e como eu irei? A senhora sabe que não ando de carro ainda, e não me sinto preparada para pedir carona aos meus amigos – coloquei as mãos na cabeça.
– Se você quiser realmente ir, para tudo se dá um jeito – ela falou por fim.
– Eu vou pensar – conclui.
Então vovó foi preparar o jantar e eu fiquei sentada na cozinha fazendo meu trabalho de Psicologia da Personalidade e pensando na possibilidade de ir à festa sábado.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso! E aí, o que acharam? Será que Naty vai à festa? E o que será que vai acontecer por lá? Deixem reviews pra eu saber o que vocês estão achando e possa continuar postando feliz!
Obrigada :) Bjbj!
@marifics
ask.fm/pasaeltiempofic