Tênue Amor. escrita por DeborahC


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sério; NÃO - ME - BATAM ç.ç
Vocês entenderão tudo em breve s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390948/chapter/4

– Ãn? O que?
Acordei de repente. Olhei para o relógio, ainda estava de madrugada.
Peguei meu celular para saber se a Hana já havia respondido... E nada. Mas por que? Eu não aguentava mais aquilo. Nós estávamos tão amigas, nos dando tão bem!
Será que o Lucas disse algo que a fez se afastar de mim? Não, acho difícil, ele não tem motivos para isso... Ao menos não que ele saiba.

Mas e agora? Faltam poucas horas para eu "acordar" e meu sono passou. Não consigo mais voltar à dormir, a preocupação era grande.

*******

Mais tarde, quando já havia terminado a prova, fiquei esperando que a Hana saísse.
Quando finalmente terminou, o Lucas ainda não tinha saído. Essa era a hora perfeita. A segurei pelo braço:
– Hana, espera. - Falei com uma voz calma porém preocupada.
Ela se virou rapidamente com uma cara assustada, como se estive estivesse com pressa e escondendo algo.
– Oi! O que foi? - Tentou forçar uma simpatia.
– Você recebeu minha mensagem ontem? - Perguntei de forma firme, mas me controlando.
– ... Não, não recebi nenhuma mensagem. - Ela hesitou antes de responder. E sua voz ficara mais suave. Sabia que estava mentindo.
Puxei ela até o jardinzinho para que ficássemos mais a vontade.
– O que aconteceu? Por que está estranha comigo? E tão de repente!
– Desculpa, só não estava num bom dia ontem...
– E nem hoje? Por que continua estranha. Olha, se tiver algo te incomodando, algo te deixando triste, pode falar comigo. Vou te ouvir e ajudar no que precisar.
– Eu estou muito bem, não preciso desabafar com ninguém.
– Pois não é o que parece. Na verdade, parece que você só está assim comigo. Já com o Lucas-
– O que você tem com ele? Te incomoda que eu fale com ele por acaso? - De repente Hana ficou séria e falou quase que gritando. Nesse momento meus olhos se encheram de lágrimas, deu um nó em minha garganta e senti um aperto no coração.
– Olha, Hana. - Falei num tom extremamente sério e olhando para baixo para que ela não me visse quase chorando. - Eu só estou preocupada e, mesmo que não te conheça a muito tempo, você já é uma amiga para mim. Nunca tive amigos assim, mas você se tornou especial. - Até mais do que eu esperava.
Ficamos alguns segundos em silêncio até que o celular dela toca:
– Alô? - Sua voz mudou completamente, estava alegre. - Ah, já saiu? Ok, estou indo. - Hana desligou o celular e, com uma voz quase que de desprezo, dirigiu-se a mim. - Bom, tenho que ir.
– Era o Lucas, não era? - As lágrimas aumentavam.
– Sim, era. Algum problema? - Hana puxou seu braço me fazendo soltá-la e foi correndo encontrar o Lucas.
Me sentei (praticamente me jogando) e comecei a chorar. Chorei mais do que em minha vida toda ali. Parecia que estava tirando um peso enorme, o nó em minha garganta foi aliviando. Mas mesmo assim as lágrimas não paravam.

Só consegui parar de chorar quando fiquei com muita dor de cabeça. Meus olhos já estavam totalmente inchados e tão vermelhos que parecia que tinha me drogado.

Ao chegar em casa, fui direto para a cama, onde passei o dia inteiro. Meus pais entraram várias vezes no meu quarto para saber se eu estava bem, se queria comer e eu só respondia que estava cansada.
Olhava para o meu celular, pensando em mandar alguma mensagem para a Hana, mas logo desistia. Acho que o melhor que posso fazer agora é dar espaço à ela, ver no que dá.

*******

Pois é, quanto o espaço que achei que tinha que dar, já me arrependi.
Como assim? Hoje é quarta, eles começaram a se falar na segunda e já estão andando assim pelo colégio! Braços dados, as vezes quase dão as mãos, mas logo soltam. E ficam cochichando muito. Meu sangue fervia cada vez mais, não aguentava ver aquilo.

Me sentia uma stalker seguindo os dois. E ela percebia. Percebia minha cara de descontentamento e fazia como se não tivesse visto.
Espera, eles estão saindo. Para onde vão? Será que devo seguir? Talvez já fosse exagero, mas meu corpo praticamente se mexeu sozinho e eu fui atrás.

Uma sorveteria? É, estão mesmo num encontro.
Minha sorte é que nenhum deles me viu ainda, e espero que continue assim.

Após tomarem seus sorvetes, foram pro cinema. Por que eu fui atrás? Pra vê-los se pegando e sofrer mais? Por que meus pais tinham que se preocupar e me dar dinheiro para caso eu precise, mesmo que só esteja indo para o colégio fazer uma maldita prova?

Chegando ao cinema, fiz questão de só entrar quando as luzes se apagaram, para garantir que ela não me visse, mas falhei. Ao final do filme, o Lucas foi ao banheiro e a Hana aproveitou para tirar satisfação comigo:
– O que você está fazendo aqui? - Disse com muita raiva porém controlando seu tom de voz.
– Você por aqui! Vim assistir um filme, ué. - Disse com uma cara cínica proposital.
– Por que está me seguindo? Qual o seu problema? - Aquilo foi uma facada em meu peito.
– Chega, eu não aguen-
– Oii Clara, veio ver filme também? - Disse Lucas se aproximando e me cortando sem perceber.
– É, vim sim. - Lucas sorriu.
– Vamos, Hana?
– Sim, vamos. - Disse Hana me olhando com desprezo.
– Até amanhã, Clara. - Lucas se despediu acenando. Eu sorri em resposta.

"Hana, me encontre amanhã no jardim depois da prova. Só isso que te peço, preciso falar com você. Se depois disso não quiser mais falar comigo, te deixo em paz."

...

"A mensagem não foi enviada, deseja sair sem salvar?"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou simplesmente ADORANDO todo esse drama e terminar os capítulos com o suspense das mensagens *-*
Vejo vocês nos próximos capítulos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tênue Amor." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.