Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 17
XVII. Tempo vs. Ação - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

O capítulo será dividido em três partes para que não fique grande demais! Espero que AINDA estejam gostando da fic e aguardo ansiosamente os comentários que somente poucos de vocês estão deixando :c De qualquer forma, quero agradecer especialmente à Uma Filha de Poseidon e ao Jealous Boy pelos comentários tão inspiradores ultimamente. Este capítulo é dedicado a vocês!



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Hermione saiu em disparada pelo corredor do quinto andar. No caminho, ela esbarrou em algumas pessoas e nem se preocupou em pedir qualquer desculpa. Naquele momento, só uma coisa importava: a vida de Ronald Weasley. Seu objetivo era chegar o mais rápido possível até a grande escadaria e descer até as masmorras. Tentaria por tudo entrar na sala comunal da sonserina e falar com o Draco. Granger nem sequer pensava nas consequências desse seu ato, mas nenhuma consequência conseguia parecer ruim o bastante para superar o medo que causava a perda de Ron.

Quando chegou ao andar térreo, lhe ocorreu que os alunos estavam, em sua grande maioria, tomando café no grande salão. Ela decidiu passar por lá para ver se encontrava Malfoy tomando seu café ali, o que provavelmente estaria acontecendo, já que se encontravam naquele lugar todos os dias.

A menina adentrou o grande cômodo e viu Draco sentado na ponta da mesa da sonserina, estava tomando um chá e tinha a expressão muito tensa. Talvez ele já soubesse do ocorrido. O olhar dos dois se encontrou e Hermione correu na direção do loiro. Na mesma hora, ele se levantou e olhava fixamente para a garota. Ele não sabia do que se tratava, mas a julgar pelo fato de os três não estarem ali e Hermione aparecer correndo, ele deduziu que algo bom não poderia estar acontecendo.

– Aconteceu alguma coisa, Granger? – perguntou Draco, impaciente.

Na cabeça do menino, já tinham se passado todos os piores pensamentos possíveis. Todavia, um deles lhe chamou mais atenção: a tentativa de sua mãe de envenenar Harry. Partindo da expressão de Hermione, algo tão ruim quanto deveria ter acontecido.

Hermione parou na frente dele e fez sinal para que ele esperasse, então se apoiou em seus joelhos, se inclinando um pouco e buscando por algum oxigênio. Ela estava completamente sem fôlego pela corrida que traçara até o local. Impaciente, Draco começou a se desesperar.

– Foi a minha mãe, não foi?! Ela conseguiu, não conseguiu?! – ele a segurou pelos ombros com certa força e tremia de nervoso.

A menina pareceu tomar mais um último fôlego antes de iniciar:

– Calma, está tudo bem com o Harry – disse ela, levantando as duas mãos.

Malfoy sentiu uma onde de alívio tomar contar de si e seus músculos começaram a relaxar. Ele soltou a menina. Respirou fundo e se sentou no banco atrás dele. Com certeza não acontecera nada que ele imaginara. Ou quase.

– Mas então onde vocês estavam? – indagou, olhando para a menina que ainda parecia nervosa e bem corada.

– Na enfermaria – ela abaixou a cabeça por se lembrar da imagem de Ron desacordado na cama – Ron foi envenenado no lugar de Harry.

– O quê? Como? Digo, como minha mãe se confundiu...?

– Parece que ela enviou uma caixa de bombons ao Harry, só que Ron a viu antes do próprio. O problema é que ele ainda não estava sabendo de nada e acabou comendo um sem saber do que se tratava – ela se sentou ao lado do menino e deu um longo suspiro.

– E como ele está? – ele se aproximou, passando seu braço direito pelo pescoço da menina e a envolvendo.

– Desmaiado. Ele está tão pálido... – ela começou a chorar.

– Calma, vai ficar tudo bem – ele passou a mão pelo rosto da garota.

– Nós precisamos fazer isso agora – disse Hermione, segurando o vira-tempo por baixo de seu suéter.

Draco congelou por um momento. Seria realmente agora que fariam aquilo? Será que não haveria realmente outra saída para aquela situação? Era tudo complicado demais. Ele sabia que sua mãe sempre fora muito boa com poções e que com certeza ela não havia feito algo fácil de se cortar o efeito. Provavelmente, aquela poção estaria o consumindo de dentro para fora, até que se restasse apenas um corpo vazio sem memórias, emoções ou até mesmo vida.

Ele sentiu suas mãos começarem a suar pelo nervosismo e limpou as palmas delas em sua calça de linho preta. Se levantou e andou de um lado para o outro na frente dela, passando a mão pelo rosto com a respiração pesada.

– Se você não quiser, eu posso fazer isso sozinha – murmurou ela entre um soluço e outro.

– Potter já está sabendo disso? – questionou, olhando para algumas corujas que se aproximavam do castelo.

– Ele nunca iria concordar com isso, você sabe – ela se levantou.

Ele apenas assentiu com a cabeça.

– Tudo bem, vamos fazê-lo agora.

Os dois se entreolharam e saíram do grande salão. Não poderiam usar o vira-tempo ali, pois se desaparecessem no meio do nada, achariam que teriam desaparatado e teriam grandes problemas por infringir as normas da escola. O que menos precisavam agora era de mais alguma coisa que os atrasasse. Qualquer segundo era de vital importância, pois poderia significar a vida ou a morte de Ron.

Caminharam até o sétimo andar e decidiram se esconder na sala precisa. Era o local perfeito para utilizarem o objeto mágico sem qualquer intervenção de ninguém.

– Vem – disse Hermione, no meio da sala.

Draco se certificou de que não havia mais ninguém por ali e fechou a porta da sala. Ele se aproximou e ela o colocou dentro do cordão do colar.

– Você sabe para onde devemos ir? – perguntou Draco, inseguro da resposta da garota.

– Não – ela pausou – mas tenho alguma ideia. Você vai precisar confiar em mim.

Apesar de nervoso, Draco concordou e assentiu com a cabeça, permitindo-se inclusive de deixar um pequeno sorriso tímido escapar de seus lábios que, agora, estavam completamente ressecados pelo clima frio e pelo nervosismo que sentia naquele momento.

Hermione retirou o objeto de dentro de seu suéter e o encarou por alguns segundos, até criar coragem o suficiente para toca-lo com a outra mão e começar a gira-lo algumas vezes. As janelas atrás deles começaram a mostrar o mundo se mexendo em alta velocidade ao redor deles. Era um sinal claro de que a viagem no tempo já começara e uma de suas maiores aventuras estava prestes a se iniciar. Malfoy engoliu a seco ao ver tudo aquilo acontecendo, algumas pessoas pertencentes à Ordem entrando e saindo a sala, sem que fossem percebidos, o dia ficando claro e escuro diversas vezes do lado de fora.

O quanto teriam voltado? Somente Hermione saberia. Ele só teria certeza quando saíssem dali.

De repente, tudo parou e era como se não tivesse acontecendo mais nada. Hermione guardou o objeto e olhou para ele.

– Chegamos – ela comentou, respirando fundo.

– Onde nós estamos? Ou melhor dizendo – ele pausou – em quando nós estamos?

– Alguns meses atrás.

Ele apenas olhou para os lados, como se tentasse se localizar em um lugar completamente diferente.

– Lembre-se, não podemos ser vistos por absolutamente ninguém. Especialmente por nossos amigos – Granger parecia bem séria.

Ele assentiu e nem ousou responder a menina. Os dois seguiram na direção da porta da sala.


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Notas finais do capítulo

Adoro deixar um suspense no final. :l Até a próxima parte do capítulo, pessoal!



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