Uma Semana Com Dois Caçadores E Um Anjo escrita por Srta Dmitri Lee Hiddleston


Capítulo 8
The tree of miracles


Notas iniciais do capítulo

Mistérios, revelações e muita curiosidade.



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Abri a porta do Impala e me juntei a Dean e Sam que estavam dividindo as tarefas, como estávamos em quatro, o trabalho seria mais rápido e mais fácil, bom.. pensei que seria. Sam decidiu que iriamos nos separar em duplas, procurando por evidências e em busca da árvore, ou melhor, pela árvore certa porque nem eu imaginei que uma cidade pudesse ter tantas árvores como a de Saint Could. Isso tudo deve ser fruto dos milagres.

Olhei para dentro do carro e Castiel ainda continuava lá. Balancei o braço de Sam, e apontei para ele que estava imóvel, Sam se aproximou e bateu três vezes no vidro, Castiel olhou assustado e abriu a porta.

- Estão sentindo isso ? - Castiel disse tomando todo fôlego – Me sinto inesgotável.  

- Deve ser a Graça – Disse sorrindo. Castiel franziu a testa.

- A Graça Castiel, é uma força maior, é aquela que te da poder – Sam colocou a mão nas costas de Castiel e gesticulando com a mão esquerda começou a explicar o real motivo de estarmos lá. E claro, respondendo sua pergunta. Ouvimos então o relógio da grande igreja, soar cinco horas da tarde. Precisávamos agilizar nosso trabalho.

- Vão indo vocês dois, eu explico tudo para Castiel e procuramos pela árvore. – Sam nos ordenou, concordei com ele, agora que estávamos lá, e sabíamos que Castiel sentia sua Graça, o trabalho talvez durasse menos tempo que planejamos.

- Sam, eu vou com você – Disse Dean empurrando Castiel.

- Para de birra garoto.  – Eu disse colocando as mãos dentro do bolso da calça.

- Não vou engolir mais toda essa sua metidisse... – Dean apontou o dedo para minha cara.

- Dean, vamos colaborar tá – Sam tentou amenizar a discussão.

- E vê se você para de defender ela Sam. – Dean estava furioso. Um garoto de bicicleta passou tão próximo de Cass, que quase o atropelou. Dean o puxou para perto.

- Dean... – respirei fundo e soltei o ar em um sopro – Me desculpe... é, precisamos ir.  – Não sou boa em pedir desculpas, ainda mais quando sei que estou certa, queria deixar Dean pensando o contrário, afinal eu precisava fazer a minha parte.

Sam levantou a mão direita em um gesto de ordem, para que ele fosse comigo, Dean balançou a cabeça de forma negativa, fechou o punho e passou por mim como vento, “obrigada” disse baixinho para Sam, segui por ele que andou um pouco a diante e parou de frente a uma lanchonete, observou por minutos a vitrine que estava toda rabiscada em tinta vermelha com o cardápio do dia, “hambúrguer triplo com bacon, bacon e bacon” me parecia suculento. Dean sorriu e novamente balançou a cabeça, agora, ele me parecia feliz e satisfeito, empurrou a porta da lanchonete com seu corpo, corri para que pudesse alcançar a porta ainda aberta, empurrei-a com a mão direita. Ele se sentou na primeira mesa desocupada, bem no canto, perto da televisão e de uma geladeira lotada de refrigerante.

- Por onde vamos começar ?

- Que tal pelo bacon ? - Disse levantando a mão chamando pela garçonete.

- Dean – A mulher se aproximou de nós tirando o bloco de anotações do bolso vermelho do avental e segurando a caneta. – DEAN. – A garçonete que antes olhava para Dean um tanto quanto... o desejando, pensemos assim, estava agora assustada com o meu grito.

- Espere um minuto – Ele pareceu me ignorar

- Escute aqui, você quer recuperar a Graça daquele ANJO ou não ? - Eu queria de qualquer forma chamar sua atenção.

A garçonete havia se afastado, um tanto quanto irritada, talvez por eu ter interferido seu flerte romântico, Dean se ajeitou na cadeira, debruçou seus braços largos em cima da mesa e cruzou as mãos, pendeu a cabeça para a direita.

- Eu quero salva-lo, tanto quanto você. – Ele me surpreendeu.

- Vamos deixar o bacon pra depois então ?

- Não pra tão depois. – Ele disse mudando sua fisionomia, talvez bacon o alegrasse.

- Jornalistas na região, querendo histórias extraordinárias para uma nova matéria. O que me diz ?

- Nada mal. Agora vamos, antes que esse cheiro de paraíso acabe me matando – A mim também, é claro. Bacon é simplesmente irresistível, nisso eu tinha que concordar com ele.

Dean sempre ia na frente, com aquele ar de superioridade. Entramos na primeira loja de cds, nos apresentamos para dois jovens que estavam atrás do balcão, perguntamos o que eles tinham de novo para nos contar.

- É claro que tudo isso é uma idiotice, embora as histórias se encaixem com os fatos, a cidade nunca foi de ter lendas, de um tempo pra cá, uma leva de sorte tinha que ser justificada por causa de uma árvore que cresceu em uma parte morta do parque, dizem que lá é o lugar dos milagres, todos que tocam na árvore ganham o esperado. É basicamente isso.

Agradecemos o garoto pela a incrível ajuda, estávamos mesmo na cidade certa, e sabíamos agora a localização da árvore, não tínhamos nada a perder, a não ser pela fome extraordinariamente grande de Dean Winchester. Ele atravessou a rua com uma voracidade louca, seus olhos gritavam por bacon. Ele finalmente conseguiu fazer o pedido, e estava sentado se deliciando com aquele hambúrguer triplo, quando o celular tocou.

Sam Winchester P.O.V:

- Como eu estava dizendo Cass a Graça de um anjo, é sua força maior, é aquela que te da todo poder. – Eu estava seguindo com ele tentando colocar ordem naquela cabeça confusa.

- Graça é como um poder. – Ele havia entendido.

- Exatamente, e agora, Eu, Grace, Dean, estamos procurando a sua Graça. – Fechei o punho desejando muito que ele entendesse tudo aquilo.

- Eu compreendo o esforço de vocês. – Estiquei meus dedos, abrindo minhas mãos. – Agora as coisas estão mais claras.

Entrei em uma lanchonete pedindo informações, me debrucei sobre o balcão esperando por um funcionário que pudesse me ajudar.

- Por favor é... a árvore dos milagres ?

- No final da rua, no centro do parque. – A moça piscou para mim, desviei o olhar e acabei trombando-os com um senhor de idade, de estatura mediana, cabelos brancos e óculos pretos, ele me encarava.

- Meu jovem, seu tempo foi perdido, a árvore dos milagres não funciona como antes. A árvore dos milagres morreu. – O homem foi se aproximando e quase caiu sobre meu peito, desviei o corpo saindo de sua direção e fui direto para a porta.

- O que ele quis dizer com “A árvore dos milagres morreu” ?

- Eu não sei Cass, eu não sei. Agora vamos.

Chegamos até o local indicado pela garçonete, e a árvore era totalmente magnifica, era obvio que aquilo era trabalho angelical, a Graça com certeza teria tocado o solo transformando tudo ao seu redor em milagres, Castiel se aproximou daquela maravilha, fechou os olhos e a tocou. De súbito ele abriu os olhos e disse:

- Agora eu me lembro. De tudo.

- É sua Graça, você consegue pega-la ? - Castiel tocou novamente a árvore, e desta vez me olhou um tanto quanto descontente.  – O que foi ?

- Sam... eu não há sinto.

- É meus jovens, aqui podíamos ver a água da fonte que brilhava cristalina a luz do Sol, a grama que era totalmente verde, o céu sempre estava sem uma nuvem sequer e as pessoas estavam felizes. Dois dias antes, uns homens procuraram por ela, depois disso, a grama se tornou escura, o céu acinzentado, o Sol coberto por nuvens, algo mudou, não drasticamente, mas esta mudando. – Era aquele homem de novo. Um vento frio passou por todos nós, cobri o rosto esperando que passasse. Mas ele ficava cada vez mais forte. Algo me dizia que eu tinha que ligar para Dean.

Grace P.O.V:

Dean não soltou o lanche, o transferiu para a mão esquerda, limpou a mão direita em um guardanapo de papel, daqueles baratos que esfarelam quando mal tocamos nele, atendeu o celular, era Sam. Olhei para a TV atrás de Dean, e estava passando um noticiário inacreditavelmente estranho, a canal local, mostrava uma grande tempestade se formando sobre a cidade. Bati no braço do Dean umas três vezes e apontei para a TV, ele se virou meio de lado e arregalou os olhos.

- Estamos indo pra ir. – Dean desligou o celular, pegou seu lanche e saiu.

Nos encontramos no carro, Sam e Castiel estavam aflitos, percebi logo que os vi, Dean estava olhando para os céus, o vento soprava tão forte que eu mal conseguia me segurar ao chão. Castiel me olhava de um jeito tão admirável, senti vontade de abraça-lo, mas não podia, não agora.

- A Graça, ela não esta mais aqui. – Sam disse completamente perdido. 


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Notas finais do capítulo

Consegui me organizar e escrever mais um capitulo, espero que estejam gostando e obrigada mais um vez por favoritarem e acompanharem ♥



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