Uma Semana Com Dois Caçadores E Um Anjo escrita por Srta Dmitri Lee Hiddleston


Capítulo 11
We are not alone


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta, para alegria (ou não) de vocês, fiquei um tempo longe por conta das provas. Mas esse tempo foi ótimo, porque novas ideias surgiram e garanto que vocês vão se apaixonar. Espero não ter perdido minhas leitoras lindas e maravilhosas que tanto amo, eu nunca abandonaria isso aqui. Espero que gostem deste novo capitulo, e prometo que os próximos vão sair com mais rapidez.



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Não pude crer em meus próprios ouvidos, o nosso marco zero, uma das peças do quebra cabeça, era um anjo. Quantos mais apareceriam ? Quantos mais seriam maus, e ignorariam a situação pela qual lutávamos ?

- Mais um – Dean revirou os olhos.

Já estávamos no parque, a árvore dos milagres estava completamente destruída, havia apenas um banco branco, intacto, onde nós nos sentamos para discutir tamanha confusão, e entender o que estava acontecendo.

- Porque não nos alertou antes ? Porque é que você não foi mais claro ? - Sam estava começando a ficar nervoso.

- Tentei ser o mais direto possível. – O anjo baixou os olhos.

- Precisamos de um ajuda.  – Sam e Dean me fuzilaram, levantei os ombros e mandei que eles esperassem. – Nosso amigo, o do sobretudo, também é um anjo, nos o perdemos, e talvez... bem talvez, pensei que pudesse nos ajudar se localizando na rádio angelical para ouvir se há algum alvoroço em relação a isso.

- Posso ouvir a “rádio” angelical, mas não posso fazer nada por vocês.

- Por que não ? - Disse confusa.

- Eu não tenho Graça.  - Nos entreolhamos, Dean segurou firme a faca, mas antes de qualquer coisa o anjo começou a se explicar. – Sou Muriel, a tempos ando sendo desobediente, e alguma coisa tinha de ser feita, então... Naomi me puniu pelos meus erros e me jogou aqui. Sem poder, sem Graça, sem nada. Já faz algum tempo que estou vivendo em Saint Could, já pensei tudo que tinha que pensar, e agora eu sei, sei de como fui errado e quero mostrar a eles que eu ainda tenho capacidade de ser o Muriel de antes. – Fiquei comovida pelo que Muriel disse, e um tanto quanto curiosa para saber o que ele havia feito de tão ruim para tirarem sua Graça.

Dean nos puxou de lado e perguntou:

- O que vocês acham ? - Dei de ombros.

- Ele pode ser útil. – Respondeu Sam. Voltamos para junto do anjo e tudo foi muito rápido. Quando vi, já estávamos nós quatro dentro do Impala indo para casa do Bobby. Me debrucei no banco da frente e olhei pela janela, fiquei assim por horas até ver algo conhecido pelo qual desejava a tempos.

“Ferro Velho do Singer”

Me endireitei no banco e estacionamos, desci do carro já acostumava com o ar seco, peguei minha mala e abri a porta da frente, Bobby veio nos receber, passei por ele de cabeça baixa, atrás de mim entravam Dean, Sam e Muriel.

- O que temos aqui ?

- Castiel sumiu, achamos outro anjo e voltamos para a estaca zero. – Resumi a história um pouco esgotada por conta da viagem.

- Espera, acharam outro o que ?

- Prazer, Muriel. – O anjo estendeu a mão para Bobby, que o cumprimentou de boca aberta. Olhei para ele e lembrei de algo muito importante que deixamos passar.

- Ei, como você lembra de tudo isso ? Que eu saiba os anjos perdem a memória depois que tiram a sua Graça.  – Percebi um pouco de nervosismo da parte dele, engoliu em seco e gaguejou para responder.

- É... pesquisa, muita pesquisa.  Então, como eu ia dizendo... – Deixei de lado, achei estranho por ele enrolar na resposta, depois eu investigava melhor, joguei minha mala no chão e deitei no sofá. Acabei adormecendo.

Eu estava caminhando, meio sonolenta, meio tonta, era um caminho luminoso, que chegava doer meus olhos, eu estava descalça e podia sentir a grama gelada tocar os meus pés, não conseguia ver paredes, janelas, estradas, não conseguia ver um caminho, só sabia que não podia parar de andar. Depois de um tempo, troquei de ambiente, agora pisava em um chão frio, mas as luzes não sessavam, cheguei em um ponto que minhas pernas doíam, meus ouvidos zumbiam, meus olhos não conseguiam se manter abertos. Sentei naquele chão frio e cruzei minhas pernas, tampei os olhos e estava em um novo ambiente. Agora podia ver, era uma sala branca, havia uma mesa transparente no centro e uma cadeira grande, toda cinza revestida em prateado. Me levantei depressa e caminhei até a mesa que estava fazia, passei os dedos pela cadeira e olhei em minha volta, embora não tivesse ventilação, o lugar era mais frio do que o anterior, me senti sozinha, completamente perdida.

Ouvi um bater de assas, e logo depois, um murmúrio que se aproximava da porta, tentei me esconder mas não havia lugar, a maçaneta se mexeu e de lá entraram duas pessoas, uma mulher conhecida e um homem alto. A mulher passou por mim como se eu não estivesse ali, o homem olhou a sua volta e não teve expressão, eles não me viam. A mulher carregava uns papeis e os colocou sobre a mesa por fim debruçou o braço direito na cadeira.

- Entendido Alariel ?

- Sim Sra. Naomi.

Naomi. Muriel havia nos contado sobre ela. Mas não era bem por esse motivo que na sua presença eu a via como uma conhecida, pensei mais fundo, puxei na memória... era isso. Naquele quarto de hospital, quando liguei para os Winchester, quando recebemos a noticia da Graça, era ela. Eu tinha certeza.  Algumas coisas loucas começaram a se encaixar, e talvez fizesse sentido. Ouvi um grito abafado, vinha de longe, Naomi mudou de postura e estreitou os olhos. Alariel saiu da sala, seguido por ela. Fui atrás deles e entrei em outra sala que me lembrava um consultório odontológico, e o que vi, não me alegrou.

Era Castiel, e ele estava preso em uma cadeira, totalmente imóvel, ele sangrava pela boca e sua barriga estava em pedaços, doía de ver. Ele tentou se soltar mas nada que fizesse o libertaria de tamanha tortura.

- É uma honra recebe-lo novamente em meus aposentos Castiel, é uma pena que seja nessas circunstanciais. – Naomi era tão irônica que suas palavras jorravam de sua boca como limão. – Antes que comece toda a lamentação, quero que lembre que não pode ficar andando por ai com meros humanos e com uma garotinha impertinente. – Percebi que a feição de Castiel mudou após Naomi falar sobre mim.

- Essa garotinha impertinente é a minha... – Castiel se movimentou bruscamente na cadeira, ele me encarou, senti que ele podia me ver, podia me sentir presente ali.  

- Chega de historinhas Castiel, eu tomei suas rédeas uma vez, achei que tomaria jeito, mas parece que aqueles que você chama de amigos, são aqueles que te levam para a perdição. – Naomi tocou em um assunto delicado, Castiel franziu a testa.

- Tomou as rédeas ? O que quer dizer ? - Eles estava eufórico, porem tentou manter a calma, ele sabia que a conversa com Naomi não teria um caminho se ele continuasse se comportando mal.

- A Graça Castiel. A Graça. – Naomi sorriu.

- Sua idiota. - Castiel não se lembrava dos dias que havia passado com Naomi, ela o fez para que sua identidade ficasse segura. 

- Seu anjo tolo, gírias humanas não me ofendem, sinto nojo de você, completamente perdido com as imundices daqueles Winchester e daquela sua criaturinha, Grace certo ? Tenho um ótimo futuro para ela. – Naomi pensou alto.

- Se você tocar um dedo nela, eu vou...

- Você vai o que ? - Naomi se aproximou dele, pegando um objeto pontiagudo. – Você vai chamar os Winchester pra mim ? Vai ? - Ela riu e enfiou com toda força aquela coisa no olho de Cass, ele gritou de dor. O sangue começou a escorrer e ela não parava, com todos aqueles gritos, havia mais sangue, mais sangue, mais sangue... acordei.

Levantei em um pulo, já era noite e a sala estava totalmente escura, exceto pela luz do abajur da cozinha, me senti sozinha, queria que Castiel estivesse lá, queria que tudo estivesse dando certo, queria não ter esses sonhos, cobri meu rosto com as mãos e comecei a chorar. Os soluços me abraçavam, as lagrimas se recompunham rapidamente em meus olhos, e ainda havia um nó na garganta querendo me enforcar. Quando notei, Dean estava parado na minha frente, levei um susto, ele então se sentou ao meu lado.

- Precisa de ajuda ?

- Não, vai embora. – Eu fui grossa com ele.

- Tudo bem então. – Dean se levantou e começou a caminhar.

- Espere... – Não podia ficar sozinha, além de tudo, eu estava morrendo de medo. Dean se virou, eu olhei para cima e o encarei, e no meio de tanto pavor, eu consegui falar. – Naomi pegou Castiel.  


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? Muitas surpresas e segredos estão por vir. E um personagem ilustre esta para aparecer, então aguardem com muito amor e carinho, se eu for sumir, eu aviso. Obrigada por acompanharem e comentarem ♥



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