Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 2
Conhecendo pessoas.


Notas iniciais do capítulo

AÉEEEEEEEE! Eu sei que eu demorei, mas do que o normal, mas que se dane. Pelo menos o capítulo é grande e...*suspiro* vai ter novos personagens, entre eles o meu lindo Alex ♥3 E outros...tem uma que sou eu, mas não sou eu. Quer dizer, é inspirada em mim. O nome dela é Diana, porque será né? Então, eu sei que eu estou beeeeem atrasada com esse capítulo então não vou falar muito não. Ah, Samy e Jeanne esse capítulo é de vocês! Samy por ser a fã número um da fic :33 e a Je por ser diva, e por estar me ajudando com a fic. Beijos diwos para vocês ♥3 E para todas as outras também. Quem sabe, se vocês quiserem escrever uma recomendação...eu posso dedicar o capítulo a vocês, não depende de mim. E quem leu minha outra fic sabe, quanto mais recomendações, mais capítulos ♥3



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Acordei depois de um pesadelo horrível. Meu pai estava nele. Tinha sangue, morte e lágrimas. Me sentei na cama e puxei o máximo de ar que pude, depois enxuguei as lágrimas. Me levantei e corri para o banheiro. A foto ainda estava jogada no chão, picada em milhões de pedaços. Não tive coragem de pega-la.

Depois de tomar banho e me arrumar eu desci as escadas e encontrei Ally e Emma prontas. Elas estavam rindo de alguma coisa, pareciam bem animadas.
- Lu, finalmente você acordou! Seu café está na mesa  – disse minha tia com um sorriso bobo.
- Não eu...eu não tomo café da manhã.
-Porque não?
- Não sei.
Ela riu.
- Então vamos?
- Vamos.
Tá, eu estava super nervosa para ir a aula por isso não tomei café. Mas não contaria para minha tia que estava com medo de ir para escola. Seria vergonhoso demais. Até para mim.
Minha tia abriu a porta e um vento frio entrou na casa. Estava chuvento.
- Ah mer...ops. – ela riu e olhou para Ally que estava distraída. – vou pegar meu quarda chuva. – ela subiu correndo pelas escadas.
- Chuva é legal. – disse Ally.
- É...é bem legal.
Ela riu e segurou minha mão e balançou para frente e para trás.
- Porque você veio morar aqui? Cadê sua mãe? – ela perguntou.
- Eu...não tenho mãe. Eu não tenho casa também. - eu disse olhando para os pés.
- Você tem casa. Sua casa é aqui. – eu sorri. – Mas...e o seu pai?
Eu respirei fundo e fechei e abri os olhos. Falar nele me dá nojo.
- Eu não sei aonde ele está...e nem quero saber.
- Ahn...
- Achei! – disse minha tia que apareceu do nada. – Vamos agora?
- Sim! – disse Ally animada.

[...]

Eu dormi até chegarmos na escola da Ally. Ela mesmo me acordou.
- Desculpa. É que eu queria me despedir de você.
- Ah. Tudo bem. – eu dei um abraço nela, o que eu não faço muito. – Tchau Ally.
- Tchau Lu!
Minha tia abriu a porta e tirou Ally da cadeirinha.
- Eu já volto. Só vou deixar a Ally no portão. – disse minha tia. Eu assenti.
Enquanto ela levava a Ally eu botei o fone e olhei pela janela. Tantas pessoas, tantas pessoas andando rápido, pessoas irritadas e  sem paciência para apreciar as pequenas coisas. Acho que eu fiquei presa tempo o suficiente para aprender que as vezes, o que é mais belo, é o que poucas vezes é visto.
- Voltei. – minha tia entrou no carro e o ligou. – Demorei muito?
- Acho que não.
- Acha? – ela sorriu. Mas o sorriso desapareceu rapidamente.  – Ahn, é...Lu, sobre a escola...eu deveria ter avisado antes, mas...- ela suspirou. – eu contei para os professores o que...o que aconteceu com você.
Eu engoli o seco. Como assim? Porque ela tinha que contar?
- Mas...porque você contou? – tentei disfarçar meu desespero.
- Eu fiquei com medo que acontecesse alguma coisa. Como aconteceu ontem. E...se acontecer, eu espero que não, mas se acontecer...eles tem que saber porquê. Eles vão poder te ajudar, e vão me ligar. – Ela viu que eu estava começando a ter falta de ar. – Mas eles não vão contar para nenhum aluno. Ninguém, além deles, vai saber disso.
Eu fiquei um pouco mais aliviada. Mas não gostava que ninguém soubesse do meu passado, eu não contava para ninguém. Até porque não tinha ninguém para contar.
- Tudo bem, Emma.
- Ufa. Achei que você ia ficar com raiva de mim! – ela sorriu um pouco.
- Não consigo ficar com raiva de você. Se não fosse por você, eu nunca sairia da clínica. Eu te devo muito. Um dia eu pago.
- Eu vou cobrar. – ela disse animada como sempre.
- Pode cobrar.
Ela fez uma curva rápida e eu fui jogada para o lado. Meu braço bateu forte na porta.
- Ah! Desculpa Lu! Eu estava distraída! Eu...desculpa!
- Tudo bem, eu estou bem. Não me machuquei. – menti.
Na verdade, meu braço estava doendo a beça. Eu levantei a manga do casaco, estava sangrando.
- Ai, merda. – eu murmurei.
- Disse alguma coisa? – perguntou Emma.
- Não, nada.
Ela ligou o rádio e começou a tocar Help, dos Beatles. Eu sorri porque gostava da música e da banda, e porque minha tia começou a cantar um pouco alto demais.
- Assim o vidro vai acabar quebrando. – eu brinquei.
- Acho que minha voz é bonita demais para isso. – ela retrucou.
- Eu acho que não.
- Nossa Lu, não sabia que você era tão invejosa! – ela fingiu estar magoada.
Eu comecei a rir, e ela riu também.
- É a primeira vez que eu vejo você sorrir tanto assim. Nem quando você era pequena...- Ela engoliu as palavras. – desculpa. – ela disse.
Ela sabe porque eu não sorria na infância. Não consigo sorrir sem estar feliz. E esse momento, por mais que seja estranho, foi o mais perto da felicidade que eu pude chegar. (N\\a: Nossa, que deprê ‘-‘)
- Não tem problema. – eu a tranquilizei. – Eu realmente estou feliz.
- Fico feliz por você estar feliz.
- É...eu também.

[...]

Depois de alguns minutos chegamos na minha escola. Era bem grande. Tinha portões de ferro, que tinham uns quatro metros de altura. Os muros eram altos e azuis. Alguns adolescentes estavam do lado de fora. Conversando, comendo, usando drogas...Enfim, eu não espera que fosse diferente. Não sei bem porquê.
- Vamos Lu. Você já está atrasada.
- Okay.
Eu peguei minha mochila e sai do carro. Meu braço doeu um pouco e eu fiz uma careta, mas minha tia estava distraída e não percebeu.
- Você quer que eu entre com você? – ela perguntou.
- Não. Eu me viro. Obrigada pela carona Emma.
- Nada. – ela fez um gesto com a mão como quem diz: “Deixa para lá” - Logo você não vai precisar mais de carona. – ela sussurrou para si mesma.
- Que? – eu perguntei.
- Nada.  Já vou indo. Até mais tarde Lu! Faça amigos!
- Tá bom! - Acho que vai ser meio difícil Emma.
Ela entrou no carro e foi embora. Eu me virei para escola. Pensei que se eu ficar longe de todos e quieta, talvez ninguém percebesse a minha presença. Eu sai da escola bem cedo, mas não tive bons momentos nela.
Eu passei pelos portões gigantes e me senti tonta. Tinha muitas pessoas, muitas vozes, barulhos...eu andei mais rápido. Peguei o papel na minha mochila para ver a minha primeira aula.
Ciências. Ótimo.
Ainda me sentia um pouco tonta, comecei a andar olhando para o chão, para ver se a tontura melhorava. Melhorou, mas acabei esbarrando em alguém.
Ele tinha olhos muito azuis. Azuis elétricos. Do tipo que faz você nunca mais querer se parar de olha-lo.
Eu olhei para meus próprios pés para não ter que olhar para ele. Mas ele segurou o meu queixo e o levantou para que eu pudesse olhar para os seus olhos.
- Se você ficasse com a cabeça levantada, não esbarraria em ninguém princesa. – ele sussurrou no meu ouvido com um sorriso malicioso e saiu andando.
Pisquei duas vezes tentando ver o sentido no que acabou de acontecer. Continuei andando até procurando a sala.
- Oi. – disse uma garota de cabelos castanhos e olhos bem verdes. – Você é nova, não é?
- Sou.
- Ah, quer ajuda? – eu assenti. – Qual é a sua próxima aula?
- Ciências.
- É aquela sala ali! – ela apontou para uma porta próxima. – Minha irmã está lá, o nome dela é Helena. Ah, desculpa! Meu nome é Diana, prazer. – ela estendeu a mão e eu apertei.
- Hum...Luce. – eu falei um pouco sem graça.
- É um prazer te conhecer! Te vejo no refeitório, eu acho. – ela sorriu e se afastou.
Eu fui até a sala e percebi que todos estavam lá. Eu estava atrasada. O que era horrível, porque todos iriam olhar para mim, e eu odeio quando eu sou o centro das atenções. Me dá náuseas.
- Ah, senhorita Mason. Está atrasada. – disse o professor, um velho gordo e ranzinza.
-  Desculpa, não estava me sentindo bem.
- Ah, se é por isso, tudo bem.
- Sério? – perguntou alguém. Era o garoto que eu esbarrei na entrada. – Quando qualquer um aqui passa mal, você nem dá atenção. Agora se ela passa mal, ela pode chegar atrasada?
- É isso sim, senhor Harvey. E se está incomodado, saia de sala, porfavor.
- Com prazer. – ele disse se levantando e jogando a mochila nas costas.
Risinhos invadiram a sala de aula e eu me sentei rapidamente, no final da sala. No lugar mais escondido que pude encontrar.
- Quietos! - todos se calaram. - Bem, como eu ia dizendo, no decorrer dos anos...- eu parei de ouvir a partir daí. A aula inteira eu fiquei ouvindo música e lendo escondida. 
- Bem, a aula está encerrada. - disse o professor depois de dois tempos de tortura. Todos saíram correndo da sala. Eu fui depois que todos já tinham saído.
Encontrei a Diana no corredor. 
- Oi novata...quer dizer, é Luce né? - ela perguntou franzindo a testa.
- Sim.
- Encontrou minha irmã? - eu neguei com a cabeça. - Ah, mas eu nem falei o nome dela! Como você poderia saber! - ela riu de si mesma. - Então , qual é a sua próxima aula? 
- Er...História.
- A minha também! Vamos! - ele me pegou pelo braço e me levou até a sala. O garoto dos olhos azuis estava lá, com uma garota loira no colo.
- Senhor Harvey, preciso que deixe a senhorita Dolegard se sentar.
- Claro. - ele disse empurrando ela do seu colo. Ela fez uma careta e foi se sentar.
O professor começou uma aula interessante sobre mitologia romana. Eu adoro esses assuntos, então prestei atenção. No fim da aula ele pediu um trabalho em grupo.
- Bem, os grupos são...Molly e Logan. Diana e Sam. Melanie e Zoe. Patrick e Antony. Susan e Michael, e...Alex e Luce.
Alex olhou para mim e piscou. Depois olhou para o meu pulso, e eu cobri com o casaco. Ele viu os cortes. 
Ele viu os cortes.
Ele viu.
Não deveria ter visto.


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Notas finais do capítulo

UUUUUH, Lucezinha...tsc tsc tsc...coitada, tá ferrada! Quer dizer, só você acha isso, porque se o Alex fosse minha dupla em um trabalho eu daria um mortal para trás ♥3 Alex sequiçi *--* Bem, comentem e se quiserem ser bonzinhos com a titia Di, recomendem ♥