Era 1940, a recente Segunda Guerra Mundial continuava o que fez as autoridades americanas convocarem seus jovens a guerra. Damon Salvatore era um deles. O jovem recém havia noivado com Elena, quando recebeu sua carta de convocação.

O rapaz encontrava-se cabisbaixo sentado nos degraus da varanda de sua casa, quando uma garota de cabelos morenos aproximou-se.

— Querido?

Damon ouviu-a chamá-lo e imediatamente ergueu a cabeça, Elena sorria e ele não teve como não retribuir o sorriso.

— Hey amor! 

Ele a puxou para um abraço apertado, fazendo a mesma cair em seu colo, permaneceram assim por alguns minutos, Damon não queria largá-la, sua cabeça martelava "E se fosse a guerra e não voltasse?" Ele não viveria sem sua Elena, assim como sabia que ela não viveria sem ele. Percebendo a preocupação do noivo, Elena tocou o rosto do mesmo o interrogando.

— O que te aflige, amor? 

Damon encarou os belos olhos a sua frente e suspirou derrotado, uma hora ele teria de contar a ela.

— Me convocaram para guerra.

Damon sentiu a noiva estremecer em seus braços enquanto ofegava.

— Mas... Mas...

Ela gagueja sem sentido, Damon acariciou o rosto da mesma com cuidado, colocando um fio de cabelo que caía sobre seu rosto atrás de sua orelha.

— Eles precisam de reforços nos campos de batalha, por isso convocaram os jovens.

Elena o olhava com os olhos marejados e um segundo depois o abraçava apertado.

— Não vá, Damon! Não vá.

Damon acariciava suas costas enquanto sussurrava tristemente.

— Não tenho escolha, meu anjo.

E os dois permaneceram assim, abraçados, consolando um ao outro pelo resto da noite.

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Alguns dias mais tarde, Damon estava novamente na varanda de sua casa, dessa vez trajando seu uniforme e se despedindo de seus pais, Elena não estava ali, haviam se despedido na noite anterior, Damon achará que seria melhor assim, tinha medo de desistir se a visse chorar. No momento em que estava para entrar no carro, o rapaz ouviu barrarem seu nome.

— Damon!

Olhou para trás e viu sua noiva correr ao seu encontro, ofegante ela o abraçou e lhe entregou um envelope, Damon a encarou confuso.

— É uma foto minha.

A morena explicou envergonhada fazendo o rapaz sorrir.

— Promete que volta pra mim?

Elena implorou não contendo o choro, o noivo segurou o rosto dela delicadamente entre as mãos e a encarou seriamente.

— Eu prometo voltar pra você, nós casaremos e teremos nossos filhos!

Elena sorriu entre as lágrimas sentindo um último beijo de Damon sobre seus lábios, antes do mesmo partir.

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Damon chegou até o local de concentração e percebeu que ali havia garotos muito mais jovens do que ele, prontos e até animados com a possibilidade de participarem de uma guerra, o rapaz só pode suspirar e balançar a cabeça desolado, enquanto eles "comemoravam" por estarem ali, ele só queria poder voltar para os braços de sua amada. 

Em meio ao seus pensamentos, ouviu chamarem seu nome para preencher sua ficha e receber as instruções necessárias, após fazer o que lhe mandaram, Damon pode encostar-se num canto e finalmente abriu o envelope que Elena lhe entregará, prendendo seu chapéu num dos braços, abriu o papel, encontrando a foto da noiva, não pode deixar de sorrir ao ver a imagem e deslizou seus dedos sobre a mesma, prometendo a si mesmo que voltaria para ela, custe o que custasse.

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Já havia se passado um ano desde que Damon tinha sido chamado a guerra e Elena tentava a todo custo não perder sua esperança, por mais que seu coração doesse a cada notícia sobre a guerra divulgada no rádio.

Sempre que o pai as ouvia, Hayley simplesmente saia, ai até o quintal de sua casa e ficava caminhando por ali, lembrando dos momentos que havia passado ali junto ao noivo. Fazia dois meses que havia recebido a última carta com notícias de Damon e isso a preocupava.

Elena cansou-se de andar e sentou-se num dos cantos do jardim que era o favorito por ela e por Damon, perto de um labirinto de flores rodeados por estátuas, a morena suspirou sentindo lágrimas escorrerem por seu rosto, limpou-as com a palma da mão até que ouviu um barulho atrás de si.

— Já disse que odeio quando você chora?

A voz que surgiu atrás de si lhe provocou arrepios, Elena virou-se dando de cara com Damon, que estava sentado sobre uma das muretas que existiam ali, o moreno sorriu encarando a noiva depois de tanto tempo, Elena o olhava incrédula.

— Damon?

Ela perguntou ainda não acreditando, isso fez Damon rir.

— Bom, o fantasma dele é que não é.

Elena sorriu e correu em direção ao noivo, o abraçando com força, Damon sentiu suas costelas e costas machucadas da guerra protestarem, mas reprimiu o gemido de dor ao sentir os pequenos braços o rodearem, ele não podia conter sua felicidade. Damon afastou-se para segurar o rosto de Elena que agora chorava de felicidade, o rapaz sorriu.

— Eu prometi que ia voltar, não prometi?

Elena sorriu.

— Eu te amo, Damon!

— Eu também te amo, Elena.

Então Damon a beijou com toda a saudade e amor que sentia por ela.