Crônicas Do Olimpo - O Mar De Monstros escrita por Laís Bohrer


Capítulo 16
Eu me Lembro de Você... Todos Vs Polifemo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390179/chapter/16

Minha última visão, foi um pesadelo, o rosto horrendo do ciclope, Polifemo. Depois disso eu bati a cabeça em algo duro, uma rocha, já que se o Ciclope batesse minha cabeça no corpo de um bode ou carneiro, eu não teria sangue caindo pelo meu rosto e eu não estaria inconsciente... Sempre quando eu tenho um desmaio desses, eu acho que estou morta... E nunca estou, me pergunto se dessa vez seria diferente...

Ou não.

Acontece que acho que vocês já sabem o que acontece depois, os heróis salvam o dia! Pelo menos, eu também espero que seja assim, o que aconteceu comigo? Bom, acho que todos queremos saber. 

Alguns minutos pareceram horas, mas eu também não sei o que aconteceu. No instante seguinte eu estava correndo de monstros com meu irmão Percy e meu novo amigo Jake. Eu estava confusa e sem saber o que fazer então fazia o que Percy mandava, era assim desde que saímos da nossa casa em... Bem, essa parte... Era estranho eu não recordar...

- Corram! - gritava Percy, mas eu acho que não precisava... 

O que nos perseguiam eram três criaturas que me lembravam Gárgulas, mas um pouco mais assustadoras e horrendas. Olhos negros completamente negros, brilhantes como carvão ao sol, asas de morcego enormes e chicotes flamejantes. Não sei porque me pareciam tão familiar... Eu tinha apenas dez anos naquela época.

Uma hora Jake tropeçou, eu estava com medo demais para voltar, mas eu tinha que retribuir não é? Eu voltei, mas Percy me deteve.

- Eu vou lá... Corra! Alcanço você depois!

Como eu acreditava muito em Percy, eu fiz isso. Ele cumpriu. Mas antes de eu ver essa cena, a cena mudou. 

Eu tinha sete anos de novo, eu, Jake e Percy andávamos uns aos lado dos outros.

- Não se separem de mim... Certo? - disse Percy com sua lança "Corta-Ondas", pelo menos é assim que ele a chama.

A Cena mudou de novo, agora eu estava correndo atrás de Jake, eu podia ouvir sua voz me chamar dentro daquele labirinto, mas eu não o via em lugar nenhum. Tinha apenas uma adaga na minha mão.

- Jake?! - gritava, apenas o eco da minha voz respondia agora.

- Socorro! - gritou a voz dele, estava perto... Bem perto...

- Onde esta você?! - ouvi a voz de Percy Gritar.

Gritei, era muita coisa na minha cabeça, o que estava acontecendo? Cai de joelhos soluçando, eu queria ir embora, queria...

- Ai esta você! - disse a voz de Percy, mas... Não era o Percy.

Era uma criatura enorme e monstruosa, gritei e recuei, ainda no chão. Tinha aquele cheiro que só os esgotos de Nova York tem, mas nem isso era o pior de tudo, eu não conseguia parar de olhar para o grande e castanho enorme e único olho.

- Venha... Vamos para casa! - disse a criatura, mas com a voz do meu irmão.

Respirei fundo, apertei mais a adaga em minha mão e tremula de medo, me forcei a levantar.

"Hora de retribuir, Percy..."

- O que fez com eles?! - exclamei.

O Monstro apenas rugiu e veio na minha direção.

- Venha... - a voz de Jake...

Corri na direção do monstro (atenção crianças, não façam isso em casa, mas se for na rua, na escola ou no covil de um ciclope, até pode...) Assim que ele ergueu as mãos nojentas para me raptar, eu desviei para baixo e esfaqueei seu pé...

Depois que tudo ficou escuro de novo, eu senti alguém me abraçando, depois eu estava pendurada, tudo mudou de novo, minha cabeça doía e sangue pingava da minha testa, escorrendo pelo meu rosto... Sangue... Quente e Fresco.

Tremi.

Mas ao mesmo tempo, sabia que estava pendurada nas mãos do ciclope, me perguntei se tudo aquilo que eu vi era um sonho... Era um Flash... Seja o que for, uma certeza enorme dentro de mim me disse quando eu olhei para Jake...

Fiz força para apontar para ele enquanto eu estava pendurada no ar.

- Eu peguei Ninguém! - exclamou feliz o Polifemo.

Apontei para Jake com o braço cansado.

- Eu... - gaguejei, o sangue no meu rosto me fazia tremer. - Me Lembro...

Não pude dizer mais anda depois disso, eu fui jogada no chão pelo ciclope que disse:

- Ah? Só garota insolente... 

Gritei de dor quando meu corpo encontrou o chão.

- Megan! - gritou Jake.

Já tenho a mal-humorada para esposa. Isso quer dizer que você vai ser grelhada com chutney de manga! - disse o ciclope.

Eu não quero ser grelhada com chutney de manga... Mas, um churrasco, sei lá... Deu uma fome agora... 

Espera... Ahy, é... A História, eu lembro que estava tremendo toda, me senti tão fria, sabia que estava morrendo, mas sabia que lembrava de Jake, e não iria esquecer, mesmo que o sangue pudesse me impedir de pensar, eu me agarrava aquelas lembranças terríveis, eu não ia me deixar esquecer...

Assisti apenas como uma espectadora comum. Clarisse havia se armado com uma lança de chifre de carneiro, verdadeira peça de colecionador da caverna do ciclope. Hansel encontrara um fêmur de carneiro, o que não o deixou muito satisfeito, mas o segurava como um porrete, pronto para atacar. Eu ainda estava com a jaqueta de Jake, que se armara com seu sabre de Bronze celestial.

O Gigante estava prestes a me esmagar com seu pé gigante e fedorento.

- Ei! Feioso! - era a voz de Jake.

O gigante se virou para mim.

– Mais um? Quem é você?

- Deixe minha amiga em paz! Fui eu quem o insultou. - respondeu bravamente Jake.

Murmurei seu nome. Mas... Ainda não sabia porque, foi... Estranho?

– Você é Ninguém?

– Exato, seu balde fedorento de meleca de nariz!

Jake, Jake... Eu sou a rainha dos insultos então nem tente meu bem...

- Eu sou Ninguém! E me orgulho disto! - exclamou ele. - Agora, deixe-a em paz... Dessa vez, arranco seu olho fora!

Isso é que é um filho de Ares!

– RAAAAR! – urrou ele. 

A Boa noticia? É que ele me deixou em paz, e a Má é que o Ciclope me chutou e eu cai em meio as pedras, gritei de dor e fiquei parada ali como uma boneca de pano...

- Por Pããããã! - gritou Hansel, naquele momento eu sorri mesmo que até isso doesse, agora percebo a tamanha saudade que senti do menino-jegue.

Hansel arremessou o osso de carneiro, que ricocheteou sem efeito na testa do monstro. Clarisse atacou pela esquerda e apoiou sua lança no chão bem a tempo de o ciclope pisar em cima dela. Ele uivou de dor, e Clarisse se atirou para fora do caminho, para evitar ser pisoteada. Mas o ciclope simplesmente puxou a lança como se fosse uma grande farpa e continuou em direção de Jake.

Jake avançou com o sabre, o monstro tentou agarra-lo. Jake rolou de lado e lhe deu uma estocada na coxa. Eu esperava vê-lo se desintegrar, mas o monstro parecia grande e forte demais.

- Pegue A Megan! - disse Jake para Hansel. 

Vi Hansel vir até a mim e delicadamente me erguer do chão.

Eu queria dizer algo como "Oi!" mas estava dolorida demais para falar agora.

Hansel me carregou pela ponte de cordas Essa não teria sido minha primeira escolha, considerando os carneiros comedores de gente do outro lado, mas, naquele momento, parecia melhor do que o lado do precipício onde estávamos. Eu tive tempo para aceitar minha morte e meu lado mortal... (Hansel : Drama...)

– Vou moê-los para fazer comida de carneiro! – prometeu. – Mil maldições sobre Ninguém!

- Mais rápido! - ouvi a voz de Jake.

Disparamos colina abaixo. A ponte era nossa única chance. Hansel acabara de atravessar para o outro lado e estava me deitando no chão.

Seus olhos se arregalaram quando ele viu o ciclope atrás de nós, mas balançou a cabeça como um sinal, então ele pegou a espada Anaklusmos na minha orelha.

- Preciso emprestado... - disse ele.

Vi Hansel destampando a caneta.

- Nossa... Isso pesa, como você carrega isso por ai na orelha?! - perguntou ele.

- Hansel! - gritou Jake do outro lado.

Hansel começou a cortar as cordas com Anaklusmos. O primeiro fio de corda arrebentou com um estalo.  A corda agora já estava metade cortada. Clarisse e Jake já estavam em terra firme, perto de nos. Em um golpe, Jake cortou todos os fios com seu sabre e a ponte foi abaixo. e o ciclope uivou... de prazer, pois estava em pé bem ao nosso lado. Clarisse e Hansel tentaram atacá-lo, mas o monstro os afastou com um tapa, como se fossem moscas.

Eu não podia deixa-los morrer... Mas se eu tentasse salva-los, eu morreria.

- Fracasso! - berrou Polifemo. - Ninguém fracassou! 

 Eu não podia acreditar que tinha chegado até ali, depois de perder Tyler, de sofrer e passar por tanta coisa, apenas para fracassar... Eu não podia... Perdendo por um monstro grande e estúpido de saiote azul-bebê feito de smokings. 

Ninguém iria derrubar meus amigos como moscas daquele jeito! Quer dizer... ninguém, não Ninguém. Ah, você sabe o que eu quero dizer! 

Comecei a levantar, devagar.

- Me dá minha espada... - comecei a falar, notando minha voz rouca. - ...Hansel.

- Megan... - começou o menino bode.

- Você não vai lutar nesse estado! - protestou Jake. - Eu não vou deixar.

Ignorei a dor e segurei vários gritos e gemidos, mantendo em mente um único pensamento:

Eu morreria pelos meus amigos.

Peguei a espada da mão de Hansel  passei por Jake.

- Não estou pedindo sua permissão...

E fui ao encontro do Ciclope, lembrei de como Hansel e Clarisse foram tapeados como moscas... Lembrei de que poucas seriam as pessoas a lutar por mim, a me proteger... Esse foi um dos pedidos que fiz a estrela "Megan". Amigos.

E agora que consegui, não vou perde-los. Não importa o que custe... Eu não vou...

- Por Poseidon! - exclamei e senti.

A força percorreu meu corpo. Ergui a espada e ataquei, esquecendo que estava em irremediável desvantagem. Golpeei o ciclope na barriga. Quando ele se dobrou de dor, eu o atingi no nariz com o punho da espada. Cortei, chutei e bati até que, quando me dei conta, Polifemo estava estatelado de costas no chão, atordoado e gemendo, e eu estava em pé em cima dele, com a ponta da espada pairando sobre o seu único e grande olho.

Eu mal conseguia segurar a espada de tão tremula que estava.

– Uhhhhhhhhhhhh – gemeu Polifemo. 

Eu não ia aguentar... Não, eu ia sim...

- Megan?... - arfou Hansel. - Como é que você...

- Teimosa... - bufou Jake. - Mas... Você foi bem.

– Por favor, nããããão! – gemeu o ciclope, olhando com tristeza para mim. Seu nariz sangrava. Uma lágrima se formou no canto do olho meio cego. – M-m-meus carneirinhos precisam de mim. Estava só tentando proteger meus carneiros!

Ele começou a soluçar. Eu vencera. Tudo o que tinha de fazer era fincar a espada – um golpe rápido.

– Mate-o! – berrou Clarisse. – O que está esperando?

O Ciclope estava tão desolado... Tão parecido com... Com Tyler... 

- Eu... - comecei gemendo. - Eu... Não fracassei.

Eu cai depois de dizer isso, eu rolei gemendo de dor antes de eu cair no precipício, Jake impediu isso de acontecer.

 Pela primeira vez entrou na minha cabeça o fato de que o Ciclope... também era filho de Poseidon. Como Tyler... Mesmo que eu ainda estivesse sobre o ciclope, tendo presa na isca... Eu não conseguiria mata-lo por isso? Como eu poderia simplesmente matá-lo a sangue frio? 

Jake me segurava agora.

Rápido como uma cobra, Polifemo me deu uma pancada que nos jogou na beira do penhasco.

Gemi.

– Mortal insensato! - urrou ele. 

- Seremos devorados juntos. - disse Jake.

Não respondi. Ele ainda me segurava.

Polifemo abriu a boca enorme, e percebi que seus molares podres seriam a última coisa que eu veria na vida.

Então algo passou zunindo por cima de nossas cabeças e Bam! uma pedra do tamanho de uma bola de basquete foi parar na garganta de Polifemo – um arremesso perfeito, uma linda cesta de três pontos! O ciclope engasgou, tentando engolir a pílula inesperada.

Cambaleou para trás, mas não havia espaço para cambalear. Seu calcanhar escorregou, a beirada do penhasco desmoronou e o grande Polifemo agitou os braços como uma galinha batendo as asas, o que não o ajudou em nada a voar enquanto despencava no abismo. Estávamos salvos. Mas o que...

- Polifemo malvado! - essa voz... -  Nem todos os ciclopes são tão bonzinhos como parecem.

- Tyler... - sorri.

Depois disso Tyler nos deu uma versão resumida de sua história: Arco-íris, o cavalo-marinho que aparentemente vinha nos seguindo desde o estreito de Long Island, esperando para brincar com Tyler. (Só eu achei isso fofo?) Arco-íris encontrara-o afundando com os restos do Birmingham e o levara para um lugar seguro. São e Salvo... Ele e Tyler estiveram perambulando pelo Mar de Monstros a nossa busca, até que Tyler sentiu o cheiro de carneiros e encontrou esta ilha. 

Tive vontade de abraçar o grandalhão bobo, mas dois motivos.

O Primeiro era que ele estava cercado só que ele estava no meio dos carneiros assassinos. E segundo porque eu estava toda quebrada. 

- Tyler! Graças aos deuses... Megan esta ferida! - gritou Jake para o grandão.

- Você agradece aos deuses por Megan estar ferida?

– Não! Não é isso... - acho que alguém aprendeu uma lição hoje.

Jake me deitou de volta no chão seu rosto perplexo de preocupação, eu me sentia nauseada, senti que todos os meus membros eram feitos de areia. Jake se ajoelhou ao meu lado. 

- Eu me lembro de você... - murmurei para ele. - É por causa daquilo que você não gostava de ciclopes? 

- Você é louca sabia? - disse ele me ignorando.

- Eu lembro Jake... De você...

- Já entendi... Não importa, você tá horrível... - disse ele.

- Eu sei...

Então parecia que uma lampada acendeu em cima da sau cabeça.

- Tyler! O Velocino! Pode ir buscá-lo para mim?

– Qual deles? - perguntou Tyler olhando ao redor para os vários carneiros.

- Na árvore! – disse Jake. – O de ouro!

- Sim! O Bonito...

Tyler caminhou pesadamente até lá, tomando cuidado para não pisar os carneiros. Se algum de nós tivesse tentado se aproximar do Velocino, teria sido comido vivo, mas acho que Tyler tinha o mesmo cheiro que Polifemo, porque o rebanho não o incomodou. 

Jake se voltou para mim.

Fechei os olhos, apenas ouvindo.

– Não dá tempo! Jogue para cá! - ouvi a voz de Jake.

Depois de alguns minutos eu me sentia mais viva, abri os olhos e vi eles lá. Todos vivos. Senti o corte na minha testa começou a se fechar. Eu me sentia mais viva que antes quando sentia que estava morrendo devagar.

Vi Hansel e disse:

- Você... Não se casou, casou?

Ele riu.

- Não, meus amigos me disseram para não fazer isso.

- Bom te ver também menino-jegue...

Ele sorriu para mim.

- Megan, fique quieta. - disse Jake.

Ignorei os protestos e me sentei. Notei que Jake apertava o Velocino contra mim.

Nesse meio-tempo, Tyler estava começando a ter problemas com os carneiros.

– Para baixo! – ele lhes disse quando tentaram escalá-lo, procurando comida. Alguns estavam farejando o ar em nossa direção. – Não, carneirinhos. Por aqui! Venham para cá!

Eles obedeceram, mas era óbvio que estavam com fome, e começavam a perceber que Tyler não tinha nenhuma guloseima para eles. Não iriam aguentar muito tempo com tanta carne fresca por perto.

- Temos que ir embora... - disse Jake. – Nosso navio está...

Vingança da Rainha Ana estava muito, muito longe. O caminho mais curto seria pelo precipício, e tínhamos acabado de destruir a única ponte. A outra possibilidade era por entre os carneiros.

- Tyler! - gritou Jake. – você pode levar o rebanho para o mais longe possível? 

- Os Carneiros querem comida... - disse Tyler.

– Eu sei! Eles querem comida humana! Tente afastá-los do caminho. Dê-nos tempo para chegar até a praia. Depois nos encontre lá.

Tyler pareceu indeciso, mas assobiou. 

– Venham carneirinhos! Ahn, comida humana por aqui!

Ele correu para a campina, os carneiros no seu encalço.

- Mantenha-se dentro do velocino. - disse Jake para mim. - Só para o caso de você ainda não estar completamente curada. Dá para ficar de pé?

Eu tentei, mas senti tontura imediatamente e cai.

– Ohh. Não completamente curada. - disse Hansel.

Clarisse abaixou-se ao meu lado e apalpou meu tórax, o que fez me gemer.

– Costelas quebradas – disse Clarisse. – Estão se recompondo, mas com certeza estão quebradas. 

– Como você sabe? – perguntei.

Clarisse me fulminou com o olhar.

– Porque eu já quebrei algumas, nanica! Vou ter de carregá-la no caminho.

Antes que eu pudesse discutir, Clarisse me ergueu do chão como um saco de farinha e me levou até a praia. 

- Eu posso andar! - exclamei.

- Quieta ai, peixinha.

Jake e Hansel vieram logo atrás de nos.  Assim que chegamos à beira d'água, Jake disse:

- Megan, pode chamar O Vingança da Rainha Ana

Me concentrei no Vingança da Rainha Ana.Ordenei-lhe que levantasse a âncora e se deslocasse até mim. Depois de alguns minutos ansiosos avistei o navio dobrando a extremidade da ilha. 

– Chegando! – gritou Tyler.

Ele estava aos pulos trilha abaixo para juntar-se a nós, os carneiros cerca de cinquenta metros atrás, balindo de frustração porque o amigo ciclope saíra correndo sem alimentá-los.

– Eles provavelmente não nos seguirão dentro d'água – disse Jake aos outros. – Tudo o que temos de fazer é nadar até o navio.

- Com Megan nesse estado? - perguntou Clarisse.

- Clarisse... Me coloque na água. - interrompi.

- O que?

- Só faça! - falei.

- Megan mesmo a a água te cure um pouco, seria temporário, apenas enquanto estivesse na água. - disse Jake.

- Podemos fazer isso! - insisti. Eu estava começando a me sentir confiante de novo. Estava de volta ao meu ambiente, o mar.

Clarisse me colocou na água, devagar. Me senti melhor no mesmo instante, mas o velocino ainda estava sobre meus ombros, sabia que se eu tirasse os pés da água, cairia de novo. Mesmo assim, eu estava mergulhada apenas até os tornozelos.

Jake segurava nos meus ombros, Tínhamos acabado de atravessar a entrada da ravina quando ouvimos um tremendo rugido e vimos Polifemo, arranhado e esfolado, porém ainda muito vivo, o traje de casamento azul-bebê em farrapos, andando na nossa direção com uma pedra em cada mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas Do Olimpo - O Mar De Monstros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.