What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

To achando bonito que vocês estão mantendo a média de reviews, continuem assim.
Pra quem não curte a Samantha: capítulo que vem ela dá nas canelas.



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Brittany Lopez-Evans nasceu naquela mesma noite, em uma cesárea tranquila. Não quiseram arriscar um parto normal, já que Santana já quase havia perdido o movimento de uma das pernas no acidente, e a menina veio ao mundo de maneira calma e rápida.

_ Ela é tão linda tia Sant. – Charlie balançava as perninhas, sentado no colo de Rachel, que estava em uma cadeira de rodas para poder visitar a irmã. Caleb também estava no colo da morena, sentadinho, com o braço da tia a sua volta e o tio o velando, caso ele tentasse se balançar para fora.

Brittany tinha os poucos cabelos castanhos e olhos escuros, além de ser incrivelmente fofinha. Quinn não saia do lado da cunhada e da sobrinha, e mesmo de longe, Rachel babava na pequena. Sam era a personificação de um pai babão, sendo zoado ocasionalmente pelos cunhados.

_ Bom, nós queríamos chamar a Rachel e o Finn para serem os padrinhos dela. – disse Sam, depois de algum tempo. Os dois ergueram os olhos, que estavam em Charlie e Caleb no colo da morena, e sorriram – Vocês aceitam?

Rachel concordou com a cabeça, enquanto Finn ia até o amigo, lhe abraçando. Depois foi até a latina, beijando sua testa. Ela passou Brittany para os braços de Finn, que a pegou com o jeito impecável de um pai que criou o filho sozinho. Rachel observou isso e sorriu, pensando no quão incrível deveria ter sido vê-lo com Charlie, aprendendo a cuidar do garoto.

Quinn pegou Caleb, e desceu Charlie, enquanto Puck colocava uma cadeira ao lado da cadeira de rodas de Rachel, e Finn sentava ali, aproximando Brittany de Rachel, para que a morena pudesse vê-la. Sorriram um para o outro, antes de observarem a pequena, que estava quase adormecida.

_ Com licença. – uma voz conhecida chamou suas atenções para a porta. Eles se viraram, dando com Samantha, já sem a roupa de enfermeira, indicando que seu turno havia acabado – Vim conhecer a mais nova integrante da família e...

Ela travou ao ver a morena na cadeira de rodas. Rachel avaliava a loira silenciosamente, enquanto ela parecia fazer o mesmo. Finn começou a se sentir desconfortável, e trocou olhares com Puck e Sam.

_ Sam, você viu que a mamãe pode sair da cama? – Charlie não percebeu o clima pesado, e correu até o lado da mãe, apoiando a cabeça em seu ombro. Rachel virou o rosto na direção dele, sorrindo e deitando a cabeça sobre a sua – Mas ela ainda não consegue falar e nem andar. Eu que vou ensinar.

_ Menos garotão, bem menos. – os tios e pais riam da animação do garoto, mas Samantha parecia não partilhar dos risos. Ela ficou um tempo aérea, até virar-se para Finn.

_ Essa é a Brittany, amor? – ela frisou a última palavra, fazendo Rachel se encolher. Finn a encarou irritado, assim como os demais presentes.

_ Você ainda vai ser namorada do papai, agora que a mamãe acordou? – perguntou Charlie, deixando todos mais desconfortáveis. Rachel beijou a cabeça dele, e ele a olhou. Ela fez um sinal com o rosto como se quisesse dormir, e ele entendeu – Papai, acho que a mamãe está cansada.

_ Então vamos levá-la de volta. – disse Finn, se aproximando da cadeira – Quer falar tchau pra Britt?

Ele aproximou bastante a menina do rosto de Rachel, que conseguiu lhe dar um beijo. Charlie também beijou o rosto da priminha, que logo estava novamente no colo da própria mãe. Finn sentou Charlie no colo de Rachel novamente, e começou a empurrar a cadeira para fora. Samantha fez menção de segui-los, mas Quinn sutilmente a segurou.

_ Algum problema? – o tom de voz da enfermeira era doce, mas não condizia com seu olhar. Quinn por outro lado, nem se importou em tentar fingir.

_ Não podemos te impedir de ver o Finn, mas eu quero você longe da Rachel. – ela foi direta – Se Finn quiser continuar ou não namorando você, o problema é dele. Mas a Rachel está se recuperando, acabou de conhecer o próprio filho, e o que menos precisa é de você atrapalhando, entendeu?

_ Você acha que eu faria algo contra ela? – perguntou Samantha, e Santana riu da cama.

_ Não diretamente. Mas só o amor aqui já foi bastante coisa, não? – a enfermeira fuzilou a latina – É sério Samantha, você sabe que gostamos muito de você, e somos gratos por todo o bem que fez a Finn e Charlie. Mas agora as coisas mudaram, e eles precisam de tempo e espaço para se habituar e entenderem como as coisas serão daqui para frente. E com você em cima, pressionando as coisas e tentando se impor em um papel que não é seu, só vai dificultar tudo e machucar mais todo mundo.

_ Vocês sabem que não vou desistir do Finn sem lutar? – perguntou Samantha, se soltando de Quinn.

_ Sabemos, porque você o ama. Só esperamos que você não jogue baixo com a saúde da minha irmã para isso. – pediu Puck. A loira passou os olhos por todos eles, antes de sair do quarto. Quinn fechou a porta suspirando.

_ Noah, conversa com o Dr. Jones. – pediu Santana, e ele a encarou – Eu gosto muito da Samantha, mas tenho medo que ela possa fazer Rachel voltar a piorar.

_ Amor, ela já está proibida de ficar no andar da Rachel durante o horário de trabalho. – Sam explicou e todos ficaram surpresos – Rory que me contou. Aparentemente, Dr. Jones começou a perceber sinais que a Rachel estava acordando já há um bom tempo. Porém, não queria nos dar falsas esperanças. Mas o hospital sabia sobre o namoro da Sam e do Finn, e resolveu trocar ela de andar. E sutilmente, pediu que ela não ficasse no andar de Rachel, a não ser quando estivesse em visita com Finn.

_ Mas ela tem estado no andar da Rachel o tempo todo nessas últimas semanas. – lembrou Quinn, tentando distrair Caleb, que estava resmungando de sono.

_ Sim, mas reforçaram a segurança do andar por conta de Shelby, como Puck pediu. E o segurança também está instruindo a ficar de olho em Sam. – contou o loiro, sentado ao lado da esposa.

_ Eles acham que ela pode fazer mal a Rachel? – perguntou Santana e ele deu de ombros.

_ Já vimos casos absurdos nesse mundo, eles só querem estar o mais precavido possível. – explicou Sam – Mas agora vamos deixar isso quieto, está bem? Rachel está acordada, Charlie está feliz, eles estão juntos, nossa princesinha nasceu... Vamos tentar ficar felizes, pelo menos por hoje.

Os demais assentiram, enquanto observavam a menininha semi-acordada no colo da latina. Ela começava a fazer caretas e soltar resmungos, e todos imaginaram que ela estava com fome. Quinn e Puck se despediram depressa do casal e logo, a família Evans estava a sós.

_ Você vai ficar fungando meu cangote enquanto eu amamento ela? – Sam riu da esposa, se levantando e indo sentar no sofá – E eu mandei você sair?

_ Amamenta ela logo Sant, ela está com fome. – a morena o encarou como se dissesse “eu sei que minha filha está com fome” e ele riu. Ela baixou a camisola, deixando que a pequena mamasse, e sorriu para o rostinho da filha – Ela até parece com a Britt né?

Santana apenas assentiu. Os dois haviam conversado muito sobre o fato de que teriam de se lembrar que a pequena Brittany não era a Brittany que os dois haviam amado. Mas eles amariam essa tanto quanto haviam amado a primeira, e sabiam que o amor que sentiam por ela nunca acabaria ou seria trocado, talvez apenas dividido, caso algum dia ela quisesse irmãos.

~*~

_ Papai, podemos ficar com a mamãe hoje? – Finn virou-se para o filho, que estava na cadeira, enquanto ele e a enfermeira arrumavam Rachel na cama. Ele olhou a morena, que parecia querer isso tanto quando o garoto (e ele mesmo), mas tentava não demonstrar. Ele olhou a enfermeira, que concordou.

_ Tudo bem campeão. – Charlie começou a pular animado, e Rachel sorriu – O papai vai conversar com o Dr. Jones, enquanto a Louise arruma as coisas para nós. Está bem?

Louise era uma senhora de cinquenta e tantos anos, que havia passado a cuidar de Rachel depois que Samantha fora mudada de andar. Ela tinha um netinho da idade de Charlie e outro da idade de Caleb, e os dois garotos adoravam os carinhos dela.

Ele foi até a sala do médico responsável pela ala de traumas e o encontrou na porta, conversando com a filha. Mercedes não gostava muito de ninguém da família deles, já que Sam a havia trocado por Santana, mas o pai não demonstrou nenhuma mudança na cordialidade e tratamento que havia tido ao longo daqueles mais de quatro anos.

_ Oh Finn, como vai? – perguntou o homem. A filha encarou o rapaz e saiu, deixando os dois homens a sós – Recebi as boas notícias. Muita coisa em um dia hã? Rachel conhecendo Charlie, Brittany nascendo. Vocês devem estar todos muito felizes.

_ Você não faz ideia. – o homem garantiu, sorrindo e mostrando as covinhas – Mas eu gostaria de conversar com o senhor.

_ Algo errado. – o senhor indicou a sala, e Finn entrou, sentando-se no lugar de sempre, enquanto o médico sentava em sua própria cadeira.

_ É só que, queria ver a possibilidade de trocarmos Rachel de quarto.

_ Algo errado com o atual?

_ Não, é que... Bom, agora que Rachel e Charlie estão juntos, creio que não vão querer se separar. Ele inclusive pediu para ficarmos aqui hoje, Louise está arrumando as coisas. – Dr. Jones assentiu sorrindo – Mas eu sei que isso não será coisa de uma noite, e que Rachel ainda tem um longo tratamento pela frente. Então queria ver um quarto talvez com mais espaço, para que eu e Charlie possamos passar as noites aqui. Quem sabe poder ficar com ela a noite o convença a voltar para a escola.

O médico assentiu, começando a digitar algo no computador. Finn esperou pacientemente, vendo-o imprimir uma série de papéis e lhe entregar. O professor folheou as páginas, encontrando diversos horários e telefones.

_ O que é isso?

_ São os horários das fisioterapias de Rachel. Não serão os mesmo que ela está habituada, mas são ótimos. – Finn arqueou a sobrancelha – E há o telefone de algumas enfermeiras, que podem passar o dia com ela.

_ O que isso quer dizer? – ele ainda não estava entendendo, e o médico riu.

_ Finn, lembra-se o que conversamos quando Charlie era pequeno, sobre Rachel não precisar ficar internada? – o homem concordou, os olhos começando a brilhar – Apesar de ainda estar um pouco fraca e debilitada, Rachel não tem motivos para continuar internada. Claro que aqui a fisioterapia e tudo mais poderia ser mais intenso, porém, falando do ponto de vista psicológico, estar em casa, com a família, fará o processo de recuperação ser bem mais rápido.

_ Mas como ela irá fazer a fisioterapia no nosso apartamento? – ele perguntou e o médico sorriu.

_ Pode se tranquilizar. O fisioterapeuta irá ao local, verá como é o espaço e de que maneira poderá trabalhar. A enfermeira irá acompanhar de perto a saúde de Rachel, e me informará de tudo. Todas as que eu listei são de grande confiança minha. – o Dr. Jones sorriu, assim como Finn – Você pode contar a ela e Charlie, assim ele se convence a ir à escola amanhã. De manhã faremos alguns exames de rotina, mais para determinar coisas como alimentação e vitaminas, e no começo da tarde você já pode levá-la. Claro que algumas coisas terão de ser providenciadas, como uma cadeira de rodas temporária, e uma para dar banho. Mas a enfermeira lhe dirá tudo que precisar.

_ Muito obrigado Dr. Jones. O senhor não sabe o quão isso me deixa feliz. – Finn apertou a mão do médico, que sorriu. Porém, logo o homem estava sério e isso assustou Finn – Algo errado?

_ Finn, Mercedes esteve aqui para conversar comigo sobre Samantha. – o rapaz suspirou, concordando – Eu não sei como está o relacionamento de vocês, porém eu me sinto na obrigação de avisar que essa situação, você namorando ela, pode não fazer bem à Rachel, você sabe, não é?

_ Sei. – admitiu Finn – Mas não sei o que fazer, para ser honesto. Não quero magoar a Sam, eu gosto muito dela. Mas agora a Rachel está de volta, eu e ela podemos afinal ser uma família.

_ Você sabe que está apenas adiando o inadiável, certo? Sam vai sofrer de toda a maneira Finn, e é melhor que ela sofra do que Rachel, você e Charlie. – o médico era compreensivo e Finn concordou, se levantando e apertando a mão do médico.

_ Novamente obrigado. – o homem assentiu, vendo o mais novo se afastar com um suspiro. Sabia o quão difícil era a situação dele, e se compadecia disso. Mas as vezes o amor nos fazia ter que tomar atitudes das quais não podíamos nos arrepender.

Finn encontrou Charlie já em uma cama de armar, conversando com Rachel animadamente, falando sobre seu quarto e todo o apartamento em que ele e Finn viviam. O homem encostou-se à porta, observando a interação das duas pessoas que mais amava em todo mundo.

_ Eu quero que você conheça nossa casa logo mamãe. – disse Charlie com um suspiro, e Rachel sorriu triste.

_ Amanhã está bom para isso? – os dois viraram o rosto para Finn, que sorria. O homem caminhou, sentando-se na ponta da cama de Rachel – Acabei de conversar com o Dr. Jones e ele me deu uma ótima notícia: a mamãe vai para casa conosco amanhã.

Os dois pares de olhos chocolate brilharam intensamente, enquanto o sorriso de Finn se alargava. Sabia que as próximas semanas seriam longas e trabalhosas, que teriam de se adaptar a uma nova realidade. Mas se a recompensa fosse o brilho daqueles olhos, ele estaria disposto a qualquer coisa. 


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Notas finais do capítulo

Me amem e comentem.
BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIJOS E TCHAU