.::PRIMEIRO CAPÍTULO::.

You take a deep breath

(Você respira fundo e)

And you walk through the doors.

(Passa pelas portas.)

It´s the morning of your very fist day.

(É a manhã do seu primeiro dia.)

You say hi to your friends

(Você diz oi para os amigos)

you ain’t seen in a while.

(Que não vê há algum tempo.)

Try and stay out of every body’s

(Tenta ficar fora do caminho de todos.)

(...)

Your very first Day.

(Seu primeiro dia.)

Take a deep breath girl.

(Respire fundo, garota.)

Take a deep breath as you.

(Respire fundo quando)

walk through the doors.

(estiver passado pelas portas.)

Fifteen – Taylor Swift

Respire fundo Helena! Está tudo bem, tudo o que tem que fazer é girar a maçaneta... E ENCONTRAR ELE! Droga! Eu tinha conseguido passar quase todas as semanas das férias sem pensar nele, agora, só a ideia de imaginar ele com aquela vaca, faziam com que as minhas pernas ficassem bambas e minhas mãos suadas. Não vou negar que pensei nele, é claro que pensei, e não pensar era quase impossível, já que toda vez que o Gabriel me chamava para um banho de piscina ou pescar em sua casa, ele fazia questão da presença do Rodrigo. Tanto que já na ultima semana de férias, resolvi cortar relações com qualquer coisa ou pessoa que me lembrasse a ele.

-Vai entrar ou vou ter que te atropelar?- perguntou um garoto atrás de mim, assustada por alguém ter me pegado em um momento tão vulnerável me virei para trás lentamente e pela quentura em meu rosto, já imaginava o que havia acontecido... Eu havia corado.

Eu, realmente não esperava encontrar um garoto de cabelos negros, que por sinal pareciam bem macios, de olhos azuis... Ou seriam verdes?Opa, opa, opa... Eu estava diante mesmo do mini filhote de Damon Salvatore?Ok, se você nunca assistiu The Vampire Diares ou Diários do Vampiro, por favor, fuja, minha prima é capaz de te matar!

-Oh garota! Eu sei que sou um gato, ok? Minha mãe e as garotas vivem no meu pé por causa disso, não preciso de mais uma. Será que dá pra sair da frente, tipo assim, agora?- me despertei com sua pergunta, ele podia até ser bonitinho, mas pelo visto era um idiota e de idiotas minha vida já estava cheia. Um idiota que por acaso nem mesmo esperou que eu formulasse a minha resposta “muito da educada”, ele apenas me “atropelou” entrando na sala de aula.

Sim! Algum problema, qual é? Eu também não gostaria de estar aqui, mas isso que dá ainda ter 15 anos, liberdade zero. Bom pra quem ainda não adivinhou, sim eu estou no inferno, ou como muitas a chamam, a nossa adorada escola.

Entrei com tudo na sala e logo passei meus olhos rapidamente na sala, a procura dele. Como sempre ele estava com o Gabriel, e claro muitas vadias em volta dele. Caminhei até uma mesa próxima a dele, mas antes que eu chegasse Isabela fez o favor de se sentar na mesma e me olhar com um olhar superior. Agrh! Tudo nela me irritava, desde seu cabelo perfeitamente cacheado parecendo um maçarão, até seu corpo perfeitamente magro e esquelético. Seu jeito de andar se esfregado nos garotos chegava a ser nojento, mas principalmente... Ela havia tido o que eu mais queria, Bela, como gostava de ser chamada, já tinha namorado com o Rodrigo, claro que ele nunca chegou a beija-la de verdade, esse namoro não durou nem uma semana e não chegou nem na pratica. Uma coisa que admirava nele, o fato de nunca ter beijado antes, pode até parecer estranho por ele andar sempre cercado por essas patricinhas metidas, mas é a verdade, ou pelo menos era no que eu queria acreditar.

Com um suspiro puxei uma mesa próxima a Beatriz, minha melhor amiga desde a terceira série. Ela apenas me olhou com uma expressão séria e olhou pra mim com um meio sorriso.

-Vai desistir do príncipe encantado tão cedo?- perguntou com uma sobrancelha arqueada e depois se virou pra frente, ela sabia quando eu precisava pensar. A verdade é que Beatriz me ajudou em um momento muito difícil da minha vida, e logo depois de um ano juntas, o Rodrigo apareceu, acreditem se quiser... Eles são irmãos, o que é mais um motivo pra ela odia-lo. O que eu achava uma bobagem já que o outro motivo, era por minha culpa, ou melhor dos meus sentimentos.

-Olha se não é a garota da porta?- ouvi aquela voz extremamente rouca fez com que uma careta se formasse em meu rosto e um frio muito incomum subisse por minha espinha. Olhei para o meu lado rapidamente e percebi tarde demais onde havia me sentado, ok se ele quer guerra, guerra ele vai ter.

-Olha se não é um idiota- disse com meu melhor sorriso irônico. Ele apenas me avaliou e passou os olhos por meu corpo, o que fez o que me encolhesse um pouco e logo depois voltou seus olhos pra algo além de mim.

-Acho que seu namorado não está gostado muito de eu está “próximo” de você- disse com um sorriso aberto, coisa que eu ainda não havia visto nele. Mas calma ai... Que namorado?

- Que namorado?- me virei rapidamente para trás e encontrei o olhar doce e castanho esverdeado dele, que agora pareciam fogo na brasa, ok... O que está acontecendo?

-O que? O loiro ali também é seu namorado?- perguntou apontando para Gabriel, que olhava de mim para Rodrigo com um sorrisinho nos lábios balançando a cabeça devagar, ele era uma das poucas pessoas que sabiam da minha, “pequena” e “modesta”, paixãozinha pelo Rodrigo.

-Claro que não idiota, e de onde você tirou que eles são meus namorados?- disse me voltando para o garoto pálido de cabelos negros, a minha frente.

-Bom se ele não, com toda certeza quer ser!- disse se virando pra frente e mandou um ultimo olhar pra antes, antes do professor entrar na sala e começar as apresentações.

Seria mentira se eu falasse que realmente prestei atenção na aula, o que realmente não aconteceu. As palavras daquele garoto estranho ainda martelavam em minha cabeça, de quem ele estava falando? Eu me recusava a imaginar que era o Rodrigo? Mas também não era o Gabriel, que desde de sempre teve um precipício pela Bea. A aula voou tão rapidamente que nem me toquei quando a campa bateu anunciando o fim da aula e entrada de um novo professor.

-Sei que você não é digna dessa informação, mas meu nome é Nathaniel- disse me estendendo a mão, ok... Eu em toda minha vida pensava que era a única pessoa nessa escola que sabia o significado da palavra educação, nunca ninguém, apenas eu, havia se apresentado com um aperto de mão e aquele gesto simples e pequeno mudou “um pouco” da minha concepção sobre ele, e foi apenas por esse motivo que...

-Não que isso seja do seu interesse, mas meu nome é Helena- disse apertando sua mão, senti um par de olhos queimando minhas costas e o mais entranho era a origem dele. Eles vinham da direção em que Rodrigo de encontrava.