Nas Asas Da Escuridão escrita por Nyx


Capítulo 17
Conversa de Garotas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Antes de tudo gostaria de agradecer a todos os comentários.
E agradecer também a quem está lendo somente.
Estou muito contente. :)
Este capítulo foi um pouco difícil para mim.
Eu tentei passar nele um pouco do que está acontecendo com a Camilla e o Gabriel, um pouco dos sentimentos confusos dela.
E nada melhor para ela se expressar do que uma conversa com a melhor amiga.
Mas, enfim, estou sempre aberta à criticas e sugestões.
E se preparem para os capítulos futuros.
Provavelmente irão querer me matar.
Espero que gostem.
Bjs,
Pri



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–Você deve ter perdido todo o juízo! Já viu que horas são? Sua mãe já me ligou umas cinco vezes. –Kelly estava agitada.

Por que ela estava tão preocupada? Resolvi olhar no relógio. Deus! Sete da noite! Por isso minha mãe estava preocupada. Geralmente quando ela chegava em casa às quatro, eu sempre estava lá. Ainda mais em uma segunda feira.

–Falei que você estava comigo fazendo trabalho e que já estava indo. Isso foi às cinco da tarde. O que aconteceu com o seu celular?

Eu não estava conseguindo raciocinar. Eu só sabia que queria falar com a Kelly. Eu estava transbordando de felicidade. E eu só ia conversar com ela sobre isso.

–Vamos dormir na minha casa? –eu perguntei.

–Por quê? Eu ia ao cinema com o Miguel. –ela fez um beicinho.

–Por favor amiga, eu quero conversar com você.

–Não podemos conversar amanhã?

–Aconteceu!

Ela me olhou assustada. Não entendendo.

–Aconteceu o que Camilla?

–Com o Gabriel.

Ela soltou um grito estridente e começou a pular pela sala da casa dela. Gabriel tinha me deixado ali há poucos minutos. Queria contar para a Kelly, mas agora eu ia ter que ir pra casa.

–Ai amiga, deixa eu ligar para o Miguel. Claro que vou para sua casa. Vamos indo de uma vez. Vou pegar minhas coisas e avisar minha mãe.

Nada como a curiosidade feminina. Peguei meu celular. Doze chamadas perdidas. Eu tinha perdido mesmo a noção da vida, porque não ouvi aquele bendito celular tocar nenhuma vez.

Quando dei por mim, já estávamos chegando na porta da minha casa. Respirei fundo e entrei.

Meus pais me passaram um sermão daqueles. E estipularam vários horários. Eu não podia mais sair na semana. Só aos finais e com horários demarcados. Se Gabriel quisesse, podia vir a minha casa duas vezes durante a semana e só quando meus pais estivessem em casa. Eu fui concordando com tudo. Nada ia estragar aquele dia tão perfeito.

Eles pareciam ter ficado satisfeitos com meu comportamento calmo. Geralmente eu teria entrado em guerra, mas hoje não. Talvez amanhã eu quisesse reivindicar alguma coisa.

Logo depois do jantar, subi correndo com a Kelly para o meu quarto.

–Me conta tudo! Como foi? –ela estava impaciente e achei graça.

Eu deitei na minha cama e comecei a sorrir, lembrando dos acontecimentos.

Tinha sido tão lindo, que eu não tinha palavras para descrever. Foi mais do que eu esperava.

O que eu sabia era que a primeira vez não era tão boa assim. Algumas meninas sangravam e não gostavam. Mas pra mim foi tão bom... Gabriel foi tão carinhoso comigo. Só de lembrar, minha pele se arrepiava toda de novo.

Eu não tinha sentido nenhuma vergonha. E isso me assustava um pouco. Era certo pra mim me entregar daquele jeito. Agora eu era dele incondicionalmente. Talvez fosse pelo o que nós fomos um para o outro no passado. Estávamos mesmo ligados.

Lembrar do Gabriel terminando de me despir, beijando meu corpo, dizendo que me amava, ver o corpo dele... Era demais para mim!

–Me conta! Depois você lembra. –Kelly estava ansiosa e percebeu onde minha cabeça estava.

–Foi mágico! Foi mais do que eu poderia imaginar. –e tinha sido mesmo.

–Mas você tanto fez que conseguiu, hein sua danadinha. Porque Gabriel deve ser tipo Miguel, à moda antiga. –ela riu.

–Pois é amiga. Eu não sei o que acontece comigo quando estou com ele. Eu quero me entregar completamente. Desde o primeiro dia.

–Deve ser essa ligação que vocês têm. O relacionamento com o seu outro “eu”.

–Para de ser boba. Não existe esse outro eu. Só a Camilla.

–E como que você abordou o arcanjo respeitador?

–Eu simplesmente fui eu, e resolvi admitir pra mim mesma e para ele que eu o amo.

–Ai que lindo! Estou feliz por você. Sempre te disse que um dia seu verdadeiro amor ia chegar.

–Eu posso te fazer uma pergunta íntima? –eu perguntei.

–Claro amiga, não temos segredos.

–Bem, quando você teve sua primeira vez com o Miguel, você sentiu algum desconforto?

–Porque você está me fazendo esta pergunta? –eu tinha uma dúvida sobre isso.

–Só uma coisa que quero saber de você.

–Ah, amiga. O que posso te dizer? Foi maravilhoso. Foi um pouco desconfortável sim, mas o Miguel me tratou tão bem que eu não liguei na hora. Você sentiu esse desconforto?

–Não! Não senti desconforto nenhum.

–Como assim não sentiu desconforto?

–Sei lá. Era como se eu soubesse. Como se meu corpo o reconhecesse. Foi uma loucura! –Kelly fez uma cara de malícia pra mim.

–Se a sua primeira vez foi isso tudo, a tendência é piorar.

Nós rimos juntas.

–Mas você está bem? –Kelly se preocupou.

–Estou ótima! Numa tranquilidade... Acho que só aquelas meninas da escola em cima do Gabriel é que vão me tirar do sério.

– Vão mesmo! Até todo mundo entender que vocês estão juntos...

–Eu queria ter ficado lá com ele – eu suspirei.

–Agora vai ser meio difícil, com esse novo horário que seus pais te colocaram.

–Nem me lembre.

–Amiga, nós temos os melhores namorados do mundo! –Kelly deitou no colchão que eu tinha colocado para ela ao lado da minha cama.

_Sim, temos. Se não fosse essa confusão toda, seria mais que perfeito.

–É mesmo. Às vezes eu fico preocupada com você! É um fardo muito grande.

–Eu sei. Eu tinha minhas dúvidas se eu ia conseguir dar conta do recado, mas eu tenho Gabriel ao meu lado e nada mais importa. E minha avó acreditava em mim também. Se ela achava que eu ia ser capaz de inteirar humanos e anjos, então eu vou tentar. Uma coisa eu tenho certeza: Deus não quer mais sofrimento entre suas criações.

–Amiga, eu tenho medo por você, mas realmente está bem assessorada. E eu também e é meio excitante esta situação.

–Amiga, você é mesmo uma louca! -eu ri.

–E vamos dormir, porque toda essa conversa me deixou com saudade do Miguel!

–Sua assanhada!

Ela deitou e se cobriu. Resolvi fazer o mesmo. Ia ser difícil. Ainda mais com tantas lembranças que me deixavam sem fôlego.

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Senti uma respiração perto do meu ouvido. Meu coração se acelerou. Mesmo de olhos fechados ainda, eu sabia perfeitamente quem era.

–Eu senti a sua falta. –ele se enfiou debaixo das cobertas comigo e me abraçou.

Meu corpo logo reagiu. Nossa, será que seria assim toda vez que nos encostássemos?

Ele me beijou e eu perdi o controle. Enfiei as minhas mãos por dentro da camisa dele.

–Ah, não! Podem parar com essa pegação! –Kelly disse, batendo na gente com o travesseiro dela. –Eu estou aqui. Sr. Gabriel, pode voltar para sua casa e esperar o dia amanhecer. São três da madrugada. Eu quero dormir!

Nós dois rimos. Ele me deu um último beijo e saiu pela janela.

–Nunca mais venho dormir na sua casa! –Kelly me bateu mais uma vez com o travesseiro dela.


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Notas finais do capítulo

E então?
O que acharam?



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