- Alô... – atende Sara em meio a bocejos.

- Ei pequena... Bom dia!

- Bom dia Brás!

- Desculpe se a acordei, queria falar com o Grissom. Ele já estar acordado?

- Não, ainda não... – ela olha de lado vendo seu amado largado de bruços na cama.

- Vou passar a ele... Espere só um momento – continua ela.

- Não querida, não precisa. Apenas o avise que o xerife o quer junto na reunião com o prefeito.

- Tudo bem... E para que horas estar marcada?

-  As 13 horas...

- Passarei o recado.

- Então te vejo mais tarde, obrigado.

- Até a tarde.

Depois dessa conversa rápida, Grissom ainda dormia profundamente. Era uma cena linda aos olhos de Sara, aquele homem enorme e para muitas pessoas serio, em casa se transformava, era tão carinhoso, tão doce e atencioso.

Dando vários beijos em seu pescoço e passando as mãos pelas suas costas, Sara tentava o acordar.

- Humn...  – gemia ele ainda de olhos fechados.

- Querido... já estar na hora de levantar.

- Ainda é cedo, vamos voltar a dormir juntinhos... – ele a puxa em um abraço ficando com os corpos bem colados.

- O Brás já ligou e ... -  Ele a interrompe com um beijo.

- Ligou... Porque o xerife quer você junto a ele na reunião com o prefeito daqui 3 horas. – ela termina de dizer ainda em meio ao beijo.

-  Humm... - resmungar ele fazendo uma careta tirando uma enorme gargalhada de Sara.

- O dia começou bem...  Com todos meus planos indo por água a baixo.

- Posso saber que planos eram esses?  - Pergunta Sara ainda abraçada a ele.

-  Era supressa... Mas deixamos isso para amanhã. Você vai gostar, com certeza!

- Não vai me dar nenhuma dica.

- Não... e você não vai me ganhar com esse biquinho!

- Ahhh...- diz ela desapontada -  Acho que ainda não te dei bom dia hoje.

- Ainda não... – Sara o agarra dando um longo e profundo beijo o tirando o fôlego.

- Bom dia! – Diz  ela com um enorme sorriso  e se afastando para se levantar da cama.

- Bom dia... Ei volta aqui! Como você faz isso e sai assim...

- Vou tomar um banho, mas aceito companhia... e você tem que se arrumar para dar tempo de comemos juntos antes do seu compromisso.

Depois do banho e um café juntos, Grissom seguiu para a reunião enquanto Sara ficou em casa arrumando as coisas e esperando o inicio de seu turno.

Sozinha e deitada o sofá com a companhia de Hank, seus pensamentos iam longe. Já havia alguns dia que uma certa  suspeita pairava em sua cabeça, suspeita essa que seria comprovada ou não antes do inicio de seu turno. A ansiedade a tomava conta, as horas não passavam então ela resolveu passear antes de buscar o que tanto esperava.

Pegou o carro e saiu, um tempo depois seguiu para uma clinica de exames.

- Boa tarde, em que posso ajudar.

- Boa tarde, eu vim buscar os resultados do exame que fiz.

- Seu nome, por favor...

- Sara Slide.

-  Só um momento... – a recepcionista sai e volta com um envelope na mão – Só preciso que assine aqui.

- Obrigada. – Sara assina e sai.

Seu coração estava acelerado e sua respiração rápida, no carro ela olhava aquele pequeno papel em sua mão. Ali poderia ter uma resposta que mudaria toda a sua vida, com cuidado ela abriu o envelope e começou a ler.

“  Taxa de Hormônio HCG  presente no sangue (mUi/Ml)=   1.700 

Taxa comparativa para resultado:

Não gestantes: menor que 10

10 a 500 de HCG =  0 a 2 semanas de gestação;

500 a 5.000 de HCG  = 2 a 3 semanas;

5.000 a 10.000 de HCG = 3 a 4 semanas;

10.000 a 50.000 de HCG = 4 a 5 semanas;

(...)                                                                                         ”

      

- Eu estou esperando um filho...  não... não acredito!!!

Os olhos de Sara já estavam marejados e lagrimas de felicidade escorriam pelo seu rosto. Depois de um tempo foi se acalmando, mais ainda não tinha caído a ficha que crescia um ser,  fruto do seu amor em seu ventre não podia está mais feliz.

A primeira coisa que pensou foi em ligar para Grissom lhe dando a noticia, porém seu celular estava desligado com certeza ainda estava em reunião. Naquele momento não sabia o que fazer para onde ir então seguiu até um parque perto dali e deitou-se na grama sentindo o ar puro e acabou se pegando observando crianças correndo e começou a imaginar que dali a alguns anos seria ela que estaria ali com seu filho.

Aquela parecia a melhor sensação do mundo, mais o medo também a tomava conta. Medo de algo novo, medo de como lidaria com isso.  Em meios aos seus pensamentos pode ouvi seu celular tocando e era ele. Seu coração disparou na hora e se acalmou ao ouvir sua voz.

- Sara, sinto muito mais teremos que desmarcar nosso almoço... ainda estou preso aqui. Mais consegui escapar para te ligar.

- Ahhh... Ai te contar uma coisa importante... – Sara para de falar ao escutar alguém o chamar do outro lado da linha.

‘ – Grissom... vamos estamos só o esperando! – dizia Ecklei

 - Estou a caminho... só um minuto’

- Sara, o que você dizia...  – Diz Grissom voltando a falar com Sara.

- Depois conversamos, estão te chamando... pode voltar a reunião. Não é nada que não possa esperar.

-  Queria estar em casa, já estou ficando estressado com isso tudo! Muito puxa-saquismo para o meu gosto.

- Imagino... Te vejo no laboratório então. Beijos.

-  Beijos.

Só pelo tom da voz de Grissom, Sara já sabia que aquela reunião não estava sendo nada fácil, então deixaria para tocar no assunto no horário do turno quando ele estiver-se mais calmo. Aqueles dias não havia muitos casos para ser solucionados, aparentemente a taxa de crimes mais complicados tinha sido reduzida.

Depois que almoçou Sara foi para o laboratório, mesmo sendo ainda cedo para o começo efetivo de seu turno. Andou rapidamente pelos corredores na esperança de ver seu amado antes do serviço, foi até sua sala e ainda estava trancada, depois encontrou Brás no corredor.

- Ei Brás... Você se o Gil já voltou?

- Não... Acho que teve algum problema com a reunião, alguma coisa que o prefeito não gostou. Eles estão tentando ajustar os erros no programa que seria proposto para reapresentá-lo amanhã.

- Isso deve demorar! – Sara faz uma cara triste ao ouvir a resposta de Brás mais isso não escondia a cara de felicidade dela.

- Deve mesmo. E essa carinha feliz ai, posso saber o motivo?

- Tive uma noticia boa...  logo saberá.

- É bom te ver com esse sorriso... Eu estou indo na cafeteria que ir junto? Ainda é cedo para o trabalho.

- Obrigada, mais acabei de almoçar. Vou ficar na sala do Gil até todos chegarem, talvez ainda o veja antes do turno.

Depois de quase uma hora, Grissom saiu da reunião e voltou para o laboratório, encontrando Sara em sua sala.

- Oi... – Ele entrou e se jogou ao lado dela no sofá.

- Nossa a reunião foi tão ruim assim? – ela lhe dar um selinho

- Pior que você imagina...  -  ele massageava suas têmporas.

 - Pelo mesmo acabou...

- Pior que não, o projeto para a prefeitura investir mais no laboratório não foi aceito por causa de erros burocráticos. Ecklei me deixou responsável por refazer essa parte até o fim do dia.

- Eu te ajudo, com isso...  – ele sorrir em resposta e fecha seus os olhos em cansaço.

-  Gil... Preciso te contar uma coisa ....  – Continua ela.

- Hunm...  Pode dizer. – ele permanecia de olhos fechados massageando suas têmporas.

- Eu... eu... – ela não sabia como soltar uma noticia daquela.

- Diga...  – ele abriu os olhos encontrando os dela, isso a deixou ainda mais sem fala.

- Eu estou g...  – Quando ela começou a falar Ecklei entrar na sala que estava de porta aberta.

- Grissom... trouxe alguns documentos para você olhar...  Ei Sara tudo bem?

- Tudo bem Ecklei...  – Diz Sara meia desapontada de não conseguir dar a noticia a Grissom.

- Vou deixar aqui na mesa, só te lembrando preciso disso até o fim do dia. Tenho que apresentar isso amanhã cedo.

- Estará pronto... mais não adianta me chamar porque não irei em outra reunião!

- Só faça isso... por favor. – Ao dizer isso Ecklei sai da sala os deixando aos sós de novo.

   Grissom olha para Sara, para retornarem a conversar mais logo depois da saída de Ecklei, Brás entra na sala trazendo os casos.

- Grissom seus casos...

- ... – ele só suspirar em resposta.

- Deixa comigo, eu levo para o pessoal e nos mesmos nos dividimos. – Diz Sara pegando as duas pastas da mão de Brás.

- Certo, então. Deixa-me voltar, tenho um suspeito para interrogar agora. Hoje o dia está intenso!

- Não me diga... – responde Grissom se sentando em sua mesa.

- Eu também vou, tentarei terminar o mais rápido possível isso. Ai se ainda precisar de ajuda...- Sara já se dava por vencida, não conseguiria contar o que queria naquele momento.

- E sobre o que estávamos conversando...

- Terminamos depois.

- Tem certeza!

- Tenho sim... se concentre nisso ai – ela lhe dar outro selinho e sai.

Os dois casos não eram muito complicados, e os CSIs se dividiram dois em cada um. Não demorou muito e eles já haviam solucionado os dois casos, sendo que só o caso que Sara e Nick haviam ficado faltava ser finalizado apesar de já saberem que era o culpado do assassinado.

Quando Sara voltava com os depoimentos dos vizinhos da vitima, Nick espera o resultado do DNA para confirmar o assassino, apesar dele já confessar o crime. No caminho de volta ao laboratório Sara avistou uma enorme loja de bebês e resolveu passar nela e olhar as coisas. Caminhou pelos corredores de carrinhos, fraldas, mamadeiras, roupas... tudo mais lindo que o outro, até que uma funcionaria a abordou.

- Conseguiu achar o que procurar?   - Sara leva um susto com a voz da senhora atrás de si.

- Me desculpe não quis assustá-la. – Continuou – A Sra. Precisa de ajudar para achar algo?

- Não... estava só olhando...

- Está de quantos meses?

- O que?  - Sara se assustou com a pergunta.

- Desculpe de novo rsrsrs...  já estou acostumada, jovens como você sempre vem aqui e olham tudo com tanto carinho. Aposto que estar esperando o primeiro filho.

- Estou... na verdade acabei de descobrir, hoje mais cedo.  - Sara rir.

- Meus parabéns... deve estar ainda de poucas semanas, sua barriga ainda não cresceu mas daqui a pouco estará enorme.

- Obrigada... é meio estranho tudo isso. – Agora Sara se via confidenciando sua vida a uma estranha.

- No começo é mesmo...  deixa eu me apresentar sou Dora.

- Prazer,  Sara.

- Então como foi a reação do papai?

- Bem... na verdade ainda com consegui contá-lo... Trabalhamos juntos só que hoje o dia está meio tumultuado para ele.

- Entendo...

- Queria contá-lo... tentei contá-lo. Mais não sei como dar uma noticia dessa.

- Quando esperei meu primeiro  também não sabia como contar para o meu marido, então deixei um bilhete na cama.  Rsrsrsrs   quando ele chegou do serviço ele o achou...  lembro da sua felicidade como fosse hoje.

- Que lindo... talvez eu faça isso!

- Mesmo depois de tantos anos de casados e outros  dois filhos. Ele ainda guarda o bilhete na sua carteira.

- Dora, Você me deu uma boa idéia...

- Foi!?

- Sim...

Sara  andou pelo corredor de sapatos e começou a escolher um para comprar, Dora continuava atrás dela.

- Não sei qual comprar! Azul... rosa... verde... vermelho...

- Pegue um de cor neutra... ainda vai demorar para saber o sexo.

- Esse aqui então...

Ela escolheu um sapatinho branco cheio de bichinhos bem pequenos bordados de um lado. Foi ao caixa e pediu um papel para escrever um bilhete. Comprou outra caixa para colocar o presente para ele não desconfiar antes de ler o bilhete, o colocou junto ao presente e embrulhou  a caixa de uma forma bem bonita sem deixar transparecer o que se tratava.

Assim que chegou ao laboratório foi direto a sala dele, por sorte ele não estava. Ela entrou rapidamente deixou o presente sobre a mesa, e ainda deixou um recadinho sobre ele dizendo:

  Gil... tentei de varias formas de contar algo que descobrir hoje,  algo que me encheu de alegria.       Então abra o presente... e descubra.

 Sara.

Depois disso ela voltou a resolver as coisas de seu caso, o quanto mais rápido termina-se melhor, poderiam comemorar depois. Sua ansiedade só foi aumentando porque a qualquer momento ele poderia achar o presentinho.

Sara anexou os depoimentos ao caso que ela e Nick haviam solucionado para finalizar o caso e voltou a sala de convivência a procurar de noticias de Nick.

- Nossa! Sara você demorou....  – Diz Nick.

- Tive que parar em um lugar, e os resultados saíram.

- Já... como pensávamos deu positivo.

- Fim de caso, então.

- Só estamos esperando o Grissom... Para ele nos liberar mas o Ecklei está o segurando em sua sala.

- É... ele está tentando resolver os problemas no projeto de investimento o laboratório. Será que demoram?

- Ahh acho que não, tem um tempo já que ele está lá – Diz Catherine.

Os CSIs ficaram jogando conversa fora, enquanto Sara  lia uma revista  forense, o assunto a chamava tanto a atenção que ela acabou esquecendo por aquele momento sobre a supressa para Grissom.

Já Grissom acabará sua conversa com Ecklei e voltava para sua sala, estava exausto doido para ir embora para casa e descansar. Ao entra em sua sala ele logo notou um embrulho sobre a mesa. Leu o recado que Sara havia deixado. E abriu o embrulho com muita curiosidade.

Era uma caixa feita de tranças de alguma palha ou cipó, algo bem natural. A Abriu devagar e viu um outro bilhete em cima de algo dizendo:

“ Agora dentro de mim batem 2 corações por você!    Parabéns... papai. ”

E logo debaixo do bilhete um lindo sapatinho branco todo portado com bichinhos, bem delicado. O pegou em suas mãos, mal cobrir sua palma e os analisou com muito carinho.

Quando leu aquilo, ele não acreditou, não teve reação. Seus olhos brilhavam como nunca. O amor de sua vida o daria um filho... era quase inacreditável. Ele precisava de uma confirmação, aquilo não podia ser brincadeira.

Pegou o telefone e discou seu número, mais o cancelou antes de completar a chamada. Ela estava no prédio, ele queria a ver pessoalmente, a ver lhe contando a verdade. Ele pegou o bilhete e a caixa e saiu pelo corredor a procurando. O primeiro que viu foi Hodges.

- Você viu a Sara?

- Vi mais cedo, ela estava indo encontrar com os outros...  – ele nem esperou terminar a frase e saiu.

Chegou rapidamente à sala de convivência encontrando todos lá reunidos.

- Grissom... Graças a Deus! Achei que dobraríamos o turno de novo. – Diz Catherine sem receber resposta.

- Ei cara tudo bem?  - Diz Greg percebendo o jeito estranho de Grissom.

Ele não desviava o olhar de Sara, e até então não havia ouvido nada que os outros lhe disse. Sara já sabia do que se tratava e já começava a se emocionar. Devagar ele foi entrando na sala indo de encontro a Sara.

- Grissom... tudo bem? – Agora era a vez de Nick, mais dessa vez ele o escutou e respondeu.

- Sim... estou ótimo!  – caminhou até perto dela.

- É verdade?   – Ele a mostra o bilhete como os olhos marejados.

- S...sim. sim...  – Sara já deixava algumas lagrimas escorrem em seu rosto enquanto ele sentava ao seu lado e a puxava para um abraço apertado.

- Você está me fazendo o homem mais feliz desse mundo! Te amo... te amo  - Diz ele em sussurros no seu ouvido.  -  Que ele seja muito bem vindo!!!  - ele  a beijava e com uma das mãos acaricia sua barriga .

- Ehh... Vocês podem explicar para nos o que estar acontecendo. – Diz Greg fazendo os dois voltarem à realidade de onde estavam e ficarem meio constrangidos.

- A Sara está me fazendo o homem mais feliz do mundo...  – Diz Grissom com um enorme sorriso e olhares desconfiados de seus amigos.

- Eu vou ser pai!!!