Kuro Silent Hill escrita por LuluMichaelis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Estava eu de boas, acordando mais um dia de férias, quando resolvo dar uma olhada no youtube, quando topo com um remix de silent hill. Resolvi ouvir um pouco, parecia ser legal...e era. Por alguns segundos, esta maldita kurofã resolveu fechar os olhos e começou a imaginar sebastian e ciel em silent hill (me chamem de estranha o quanto quiserem...). Abri meus olhos e por alguns minutos deixei pra la. Mas depois resolvi escrever essa bizarrice. Bom, espero que gostem.
A propósito, este é o remix --> http://www.youtube.com/watch?v=dOe3EKcsoUg



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Era uma noite de nevoeiro extremamente denso, Ciel acordou com dor de cabeça nesse estranho local. Mas por que diabos ele estaria ali? Era o que se perguntava, e onde estaria Sebastian?

Enquanto isso, em um local um pouco mais distante a acorrentado, acordava Sebastian, preso a correntes das quais por algum acaso não conseguia se soltar. Era como se ele estivesse fraco.

Ciel andou um pouco, tentando encontrar alguma referência para tentar descobrir onde estava. Deveria estar em sua mansão, pensou ele. Afinal, era o único local do qual se lembrara estar da última vez. Mas o nevoeiro começou a baixar, não era sua mansão, era uma estranha cidade abandonada. 

Sebastian, ainda acorrentado, olhava em volta e tentava descobrir onde estava, e onde estaria seu jovem mestre. Como, quando, onde e por que estaria acorrentado? Essa e muitas outras perguntas invadiam sua cabeça. Ele só sabia que estava preso em uma sala ensaguentada, cheia de pedaços de corpos pendurados.

Ambos do nada ouviram uma alta e estranha sirene. Algum toque de recolher? pensou Ciel, mas aquela cidade parecia estar bem abandonada, não parecia que algum ser vivo moraria por ali. Até que avistou algo se aproximando no final da rua, ainda com um pouco de nevoeiro. - Talvez ele conheça este lugar - pensava ele. Mas ao se aproximar um pouco e tentado pedir informação, ele viu que aparentava ser um homem pálido coberto por uma manta meio branca e suja de sangue, lembrando o avental de um açougueiro, o que mais chamava atenção era o estranho capacete em forma de pirâmide cobrindo completamente sua cabeça aparentemente pesada, e carregava com ele uma grande faca que arrastava pelo chão, e andava como se estivesse sofrendo com aquilo, mas em sua outra mão havia algo...um corpo, seria ele um assassino? Ciel pensou nisso até que recordou de um filme que havia visto, o mesmo pertencia também a um jogo de terror. Ao se lembrar disso, ele correu, mas logo se cansou, e por não conhecer o local por completo, deu de cara com um beco. Cabeça de pirâmide se aproximava, e Ciel decidiu tirar seu tapa olho, chamando Sebastian, achou que se Sebastian aparecesse tudo estaria resolvido, ou ao menos ele estaria a salvo. Mas nada aconteceu. Por que Sebastian não veio? Ciel apenas notou uma vidraça ao seu lado, e se assustou com algo - N-não pode ser - Ao ouvir o barulho daquela grande faca sendo arrastada cada vez mais alto, Ciel se desesperou, mas olhou para o outro lado e vou uma porta, rezou para que estivesse aberta, e para sua sorte estava. Entrou rapidamente. O barulho havia sumido - talvez o cabeça de pirâmide tenha ido embora - pensou.

Sebastian então, era o mais enrascado, ao contrário de seu mestre, ele não teria chances de fugir, além de sentir algo estranho. Pelo vidro da porta, ele viu o cabeça de pirâmide passando pelo fim do corredor, mas não parecia tão interessado em Sebastian, não ainda. Mas logo ele voltou, talvez agora tenha notado a presença do demônio, e devagar vinha se aproximando até que já estava diante de Sebastian. - acorrentado desse jeito será mais difícil - seus olhos brilharam de raiva, mas só por um segundo. Por algum motivo sentiu seu poder simplesmente se esvair, não conseguia nem ao menos invocar sua aura demoníaca, e muito menos se transformar. O que estava havendo? Enquanto parecia assustado, mas preferia manter a calma, cabeça de pirâmide faria um ataque certeiro. Sebastian aproveitou essa chance para tentar esquivar e colocar a corrente na frente, talvez assim seria solto... ufa, ao menos algo funcionou. Aproveitou enquanto cabeça de pirâmide estava parado por causa do golpe, e saiu correndo o máximo que pode. Ao entrar em uma sala para se esconder, sentiu uma pequena dor, era apenas um corte no seu braço, talvez quando segurou a corrente na frente a grande faca n tenha acertado somente ela. Mas o problema era que aquele corte doía mais que o normal. - Mas por que ele não conseguia usar seus poderes de demônio? - pensava - quando ele apareceu achei que ainda não tivesse atacado o jovem mestre, bom...nem sei mesmo se ele está aqui, não consigo sentir presenças. Mas depois do que aconteceu comigo, talvez... - Sebastian olhava para sua mão esquerda, ao pensar em alguma coisa, removeu a luva e...

Ciel estava completamente cansado, se sentia um inútil sem seu mordomo... além de estar com fome e sede. Ao se lembrar do que havia estranhado quando se olhou na vidraça, ele notou um espelho um pouco quebrado, mas seria útil. - olhei muito rápido. Talvez tenha sido apena impressão minha - pensou. Mas quando se olhou no espelho quebrado ele pôde confirmar e contrariar seus pensamentos. - Onde está o contrato?

- Onde está o contrato? - Pensava Sebastian, dessa vez bem assustado. Não se lembra de ter devorado a alma de seu mestre, ou ao menos de ter morrido. Só sabia que tudo aquilo era muito, mas muito estranho. O fato de não conseguir usar seus poderes, o contrato com seu mestre ter desaparecido, além daquele corte ainda não ter cicatrizado, parecia que ele havia sido rebaixado a um simples humano naquele lugar. Por mais que quisesse mantar a calma, não suportava nem o fato de estar ali, pela primeira vez ele só queria voltar pra sua rotina de mordomo demônio. Já que não conseguia sentir presenças, havia a possibilidade de cabeça de pirâmide estar por perto. Decidiu tentar sair de lá o mais rápido possível.

O pequeno, ainda assustado por não possuir mais a marca do contrato, não conseguia nem ao menos pensar direito. Estava em um lugar completamente estranho, que só conhecia por um filme e jogo e mesmo assim não o ajudava muito, além de estar com um pouco de frio, fome e sede. Só desejava que Sebastian estivesse ali, o mantendo calmo. Enquanto tinha tais pensamentos em sua cabeça, ouviu novamente o barulho da grande faca se arrastando. Desesperado, olhou em torno da sala, até que viu um armário, e entrou rapidamente nele. Cabeça de pirâmide entrara na sala, procurando enquanto aquela grande faca era arrastada pelo chão...aquele barulho estava cada vez dando mais medo em Ciel. O jovem tentou ao máximo manter-se calmo e não fazer nenhum barulho sequer, até que cabeça de pirâmide saiu do local. Ciel preferiu ficar naquele armário por mais um tempo.

Enquanto isso, Sebastian corria, e cada vez que ouvia o barulho da espada, dava um jeito de se esconder. Ao menos ainda tinha suas habilidades de luta corpo a corpo, mas era inútil lutar, sem seus poderes achava que não teria nenhuma chance, não queria arriscar morrer ali, talvez seu jovem mestre estaria por perto. Em alguns momentos ele encontrava o cabeça de pirâmide estuprando algum daqueles corpos, depois de assistir tal cena, preferia não ser morto por aquilo de modo algum. Até que finalmente estava fora daquele lugar... se sentiu livre mas se deparou com a cidade abandonada. Pra não correr o risco de encontrar aquilo novamente, se escondeu em uma das casa...

Ciel pensava em sair daquele armário, mas ouviu um barulho, a porta atava sendo aberta. Ciel se assustou, não havia ouvido o barulho que sempre ouvia quando cabeça de pirâmide estava se aproximando, talvez fosse outro monstro. Olhou por uma das aberturas no armário e viu que era Sebastian, que sorte. Ciel saiu o mais rápido, e o abraçou.

- Jovem mestre? O que faz aqui? - disse Sebastian vendo que o menor tentava esconder suas lágrimas de medo o abraçando forte. - Esse estado é estranho vindo de você, pare com isso.

Ciel não sabia que reação ter, estava assustado, chorando, tremendo, mas também feliz de ao menos seu mordomo estar ali. Mas quando se acalmou ainda sentia algo tremendo, pensou que não poderia ser Sebastian mas era mesmo ele, por algum motivo, Sebastian mostrava um pouco de medo. Ciel ergueu seu rosto, e seu mordomo estava sorrindo, mesmo tremendo. - Não precisa ficar sorrindo, da pra sentir você tremendo.

- Desculpe, mas a situação por qual passei não foi tão agradável - Disse Sebastian apalpando a cabeça de Ciel - Mas agora acho que dá pra relaxar um pouco - disse isso até que ouviram o barulho da grande faca sendo arrastada, dessa vez também ouviram os granidos de sofrimento do cabeça de pirâmide. 

Ciel rapidamente tampou seus ouvidos, queria que tudo aquilo fosse um sonho, não queria estar naquele lugar, não com aquela criatura os caçando por todo canto.

Sebastian verificou seu paletó, não havia nenhuma faca. Olhou para o espelho e o quebrou, pegando os cacos para ao menos se defenderem. Cabeça de pirâmide entrou no local se aproximando dos dois para atacar - já que não há mais como fugir, vamos lutar - disse pegando os cacos e tentando ao menos distrair a criatura antes que atacasse. - jovem mestre, aproveite pra fugir 

- Pra onde? - berrou Ciel. Ele ainda tremia e percebeu que Sebastian não estava lutando normalmente. - e o que houve com você? 

Sebastian se aproximou de Ciel, enquanto cabeça de pirâmide tirava os cacos que ficaram presos em seu corpo. - Resumindo: não consigo usar meus poderes de demônio, e você já deve ter notado que não temos mais a marca do contrato, então não ouse me dar ordens por aqui. Agora fuja, os pedaços de vidro estão acabando.

- Isso também não te da o direito de me dar ordens, seu idiota - disse Ciel. Sebastian já estava ficando sem paciência com aquilo, atirou os últimos pedaços de vidro, pegou Ciel no colo e saiu pela janela. Mas ainda haviam pedaços de vidro na janela e isso machucou sua perna.

- Que ótimo, uma perna machucada e carregando um pirralho inútil. - sussurrou Sebastian olhando os ferimentos. Ciel também havia sido um pouco machucado.

- Ei, eu ouvi isso. E nesse estado não tem como você lutar, e o pior é que sou mesmo inútil com isso... precisamos pensar em algum jeito de sair daqui. - disse ciel se levantando. Mas a criatura com a grande faca se aproximava, e Sebastian mal podia se levantar com aqueles ferimentos. 

- Esqueça, estamos encurralados, se você correr logo vai se cansar e você nem ao menos tem uma arma pra se proteger. Vai morrer rapidamente - disse Sebastian prevendo não só a morte do Ciel como a sua própria morte.  Mas antes que o cabeça de pirâmide preparasse o ataque, aquela sirene tocou novamente fazendo ele se afastar. Ciel caiu no chão. O barulho daquela sirene piorou sua dor de cabeça e ficava cada vez mais alta, além da neblina ter voltado a ficar densa.Sebastian tampou os ouvidos do pequeno, mas não funcionou muito... logo aquilo também irritara seus ouvidos e Sebastian tentou aguentar pra ao menos proteger seu mestre.

- Estamos sem o contrato... vai mesmo continuar me protegendo? - perguntou Ciel

- Até o fim, my lord - respondeu Sebastian que logo caiu inconsciente no chão. não demorou muito para que o mesmo acontecesse com Ciel. 

O pequeno acordou em sua cama assustado e suando. - um pesadelo - pensou ele. Logo virou-se e viu que Sebastian estava acordando ao se lado - Eh? Sebastian? O que faz aqui? - notou que o demônio também estava suado. Por um instante pensou que tiveram tido o mesmo pesadelo, mas pareceu muita idiotice. Ele se levantou e olhou no espelho seus olhos, o contrato estava lá, tudo havia sido um mero sonho ruim.

- Uma pequena anotação, nunca mais veja um filme de terror antes de dormir, ainda mais resolver jogar depois disso. - disse Sebastian olhando para seu contrato na mão e com seus olhos de demônio brilhando, sorriu como se estivesse aliviado por ainda estar com seus poderes.

Ciel se virou rapidamente ao ouvi-lo, e também sorriu - Você não tem o direito de me dar ordens, mas também...concordo com você. - Ciel voltou pra cama, dessa vez queria dormir mais tranquilamente - Aquele pesadelo pareceu tão real.

Sebastian apenas sorriu e quanto tentou se levantar sentiu sua perna cambalear, quando sentou na cama e levantou um pouco a pena da calça, haviam cicatrizes. Preferiu não comentar nada com seu mestre.

- Sebastian... - disse Ciel - fique aqui até eu dormir... é uma ordem.

Sebastian deitou-se na cama e o abraçou sussurrando em seu ouvido - Yes, my lord. - Antes que Ciel desse uma resposta, o demônio já estava dormindo.

- Só espero que da próxima vez que eu tiver um pesadelo, você ao menos esteja lá pra mim - pensou Ciel, fechando seus olhos.


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