Digimon Another Word escrita por Sei
Notas iniciais do capítulo
Ai esta o capitulo 2, desculpe a demora e por favor deixe um review após ler, os comentários são muito importantes.
O mundo
Com sua armadura branca, aparecia nos céus de Vermelion. Uma grande lança em sua mão direita, e um escudo em sua mão esquerda, a capa vermelha balançava ao soprar do vento. Dukemon, um dos Royal Knights mais poderosos, apareceu na frente deles.
- Parece que o problema já foi resolvido e um novo apareceu.
Sua voz saiu firme e forte enquanto olhava para Zulu e seu parceiro, e depois para Asura e sua parceira. Sem dizer mais nada, desceu aterrissando lentamente no chão. Erguendo sua grande lança na direção de Ogun, disse o nome de sua técnica.
- Lança Real!
Uma grande rajada de luz saiu de sua lança, se dirigindo para seu alvo, destruindo tudo no caminho. Ogun tentou defender com suas chamas, mas o poder do cavaleiro era forte de mais e tudo que pôde fazer foi se esquivar.
- Zulu! Vamos nos retirar por enquanto, continuar isso não seria divertido.- Cerberosmon alerta seu mestre.
- ...... Que seja – Zulu pareceu contrariado a tomar essa decisão – vou matar pelo menos um.
Com sua digisoul começou a queimar tudo ao redor, criando assim uma distração e atirando suas chamas no Koromon.
- Se ele for atingido por isso ....- Asura corre e usa seu corpo para proteger o Digimon.
- Onda da Escuridão!
Mais uma vez Asura é salvo pelos morcegos de sua parceira. Com uma expressão de irritação, olhou para Zulu.
- Por que você fez isso?
- Por quê? Eu não preciso de motivos, matar é apenas divertido. Todos vão morrer mesmo.
- .... – Dukemon estava em silêncio, ficou curioso esperando a resposta do outro garoto.
- Todos vão morrer. – Asura encostou na tatuagem que cobria metade do seu pescoço, chegando em sua bochecha. – Sim, isso é uma verdade, mas é por essa verdade existir que todos tentam viver ao máximo – O garoto fez uma pausa respirando fundo e com um sorriso continuou – Porque viver é divertido, experimente também.
- Viver é divertido? – Zulu parecia não entender.
- Portais das Trevas!
Ogun abre dois portais de um mundo escuro, um acima dele, outro atrás de seu mestre, onde ambos entram em seguida. A seguir toda a tensão do lugar desapareceu. Dukemon caminhou até Asura, por sua vez, Anita o olhava com desconfiança.
- Não me olhe assim. Eu, Dukemon, não pretendo lutar contra vocês.
- Então... – Asura começou a falar, mas foi interrompido pela garota, parceira de Koromon.
- GREEEYYY – Ela corria desesperada para seu Digimon.
- Não se preocupe, ele está bem.
- Obrigada por salvar ele – Estava em prantos enquanto pegava o Grey no colo.
- E agora Asura? – Perguntou Anita.
- Vamos para casa. Sabe que não nos damos bem com multidões – Se referindo as pessoas.
- Você é como disseram
- Existem muitos rumores sobre mim – Asura estava despreocupado. – Você pode abri um portal para Gate para mim? Eu só tenho uma chave de portal sobrando, não quero desperdiçar com isso.
- Asura. – Anita estava preocupada com o Royal Knight.
- Não vejo problemas, mas você terá que fazer um favor a esse Dukemon.
- Um favor?
- Certo. Mandarei um mensageiro até você.
Dito isso Dukemon aponta sua lança pra o chão. Letras no alfabeto digimon aparecem e uma luz branca se ascende.
- Não vou dizer obrigado já que vou ter que pagar por isso – Asura suspira caminhando até o portal. – Vamos Anita. – Assim que os dois entram desaparecem junto com a luz.
- Você mostraria agora a este Dukemon, que nossa decisão de matar indiscriminadamente milhares de digimons do atributo trevas, foi errado... - Susurrou o Royal Knight.
- Mestre Dukemon, como posso agradecer aqueles dois por salvar meu precioso parceiro. – A garota com seu Koromon no colo tinha se acalmado um pouco, mas ainda se sentia nervosa ao dirigir a palavra a alguém tão importante quanto Dukemon.
A cidade de Gate é mais uma ilha flutuando no vasto céu. Sua aparência é toda futurística, com uma grande cúpula em seu centro e centenas de outras cúpulas ao seu redor. Cada cúpula é uma casa, ou algo diferente. O portal que leva para a Central, este é o coração de Gate. Aqui existem 231 portas ao redor da Central, todas um portal e todas são iguais. O destino é escolhido por um painel ao lado de cada porta. A quantidade numérica alta é para evitar filas em torno de poucas portas, não faz diferença escolher uma porta especifica. No centro há uma redoma onde ficam os funcionários e atendentes da cidade, e também é o único modo de viajar para outras cidades. É claro, tirando as pessoas e os digimons que tem autorizações especiais e podem abrir portais onde quer que estejam.
O portal aberto por Dukemon levou a dupla até Gate, de lá pegaram uma porta e assim foram para casa. Como caçador de recompensas, Asura ganhava dinheiro o suficiente para se sustentar, alugando uma casa de pequeno porte com apenas um quarto e banheiro. Sendo apenas um cômodo, tudo se encontrava junto: cama, geladeira, um pequeno forno elétrico, uma estante, um pequeno armário de roupa e outras coisas. O quarto todo era branco. O teto tinha uma forma circular e uma luz azul clara.
- Estou cansado, este foi um trabalho exaustivo. – Asura deita na cama.
- Ficou exaustivo porque você parou em Vermelion – Rebateu a Digimon.
- O que está feito está feito. Logo nosso dinheiro vai chegar, aí vamos sair. – O garoto contou seu plano com um largo sorriso.
- Vamos guardar dinheiro, não quero passar fome o resto do mês. – Anita era quem tinha bom senso na dupla.
- Não seja tao severa. – Replicou com um sorriso inocente.
- Nós estamos no vermelho, só temos macarrão instantâneo. – Sua resposta ficou mais sólida abrindo o armário onde as embalagens do macarrão caíram.
- É nutritivo.
- Então coma tudo sozinho. – Numa explosão de raiva jogou um pacote na cara do garoto.
- Relaxa, podemos dar um jeito.
- Você é muito despreocupado. – Anita virou o rosto fingindo estar zangada, afinal a forma despreocupada dele lhe preocupava, um dia poderia acabar mal por causa desse seu jeito de viver.
Depois de um tempo resolveram comer um macarrão enquanto esperavam o dinheiro do último trabalho. Asura preparava o macarrão e Anita foliava uma revista sentada na cama. Sem avisar a porta se transforma em luz e dela sai um Deva.
- Eu odeio essa mania de vocês de entrar nos lugares sem bater.
- Pare de reclama, moleque. – O Deva senta na cama enquanto seu parceiro Leomon fica em pé diante a porta, com os braços cruzados.
- Então Law, por que veio pessoalmente em minha humilde casa?
- Vim entregar isso. – O Deva tinha aparência mais velha do que há cinco anos, alem de estar cego do olho esquerdo, com uma cicatriz de queimadura no mesmo olho.
- Devo sentir-me honrado? O poderoso Deva veio aqui pessoalmente entregar meu pagamento? – Asura tinha um largo sorriso cínico.
- É por isso que eu não gosto de crianças – O Deva devolveu o mesmo sorriso. – Dukemon me mandou para lhe entregar sua missão.
- Aquele cara não perde tempo. – Suspirou desanimado.
- Está vendo, por ser pão duro e economizar na chave de portal vamos ter que trabalhar de graça. – Anita não foi nem um pouco gentil.
- Mas se eu tivesse gasto a chave do portal, não poderíamos sair pra gastar o dinheiro do trabalho. – Asura explicou seu plano com um sorriso.
- ERA ISSO QUE VOCÊ TINHA EM MENTE!! – Anita virou de costas para todos, visivelmente irritada, foliando a revista bruscamente com sua mão esquerda.
- Pelo visto você precisou evoluir ela novamente. – Law retomou a conversa.
- Não tinha jeito, Zulu não é alguém que possa ser subestimado.
- Eu sei, o alto escalão não vai ficar satisfeito com essa noticia.
- Foi por isso que eles puseram o bloqueador no meu Digivaice.
- Como você está contaminado pelo vírus, o bloqueador não é capaz de impedir as digievoluções perfeitas, apenas da forma mega. E mesmo que seja na forma perfeita, o alto escalão não gosta nada disso.
- Não me interesso para o que eles pensam. – O garoto sentou ao lado de sua parceira com um copo de macarrão.
- Oe, olha como você fala, o único motivo de eles não forçarem a degeneração de seu digimon é porque...
- Eu estou contaminado com o vírus certo? – Asura terminou a frase dele com um sorriso divertido.
- Isso não é engraçado, Asura. – Leomon tomou a palavra. – Esse vírus é capaz de lhe dar um poder incrível, mas ao mesmo tempo destrói seu corpo. Você não vai passar ou chegar aos 20 anos.
- Ele vai. – Anita que até então parecia brava, se intrometeu na conversa, abraçando seu parceiro de forma possessiva com seu longo braço direito. – Eu não vou deixar ele morrer.
- ......- O Deva suspirou antes de continuar. – O vírus X afetava originalmente Digimons, os mesmos criaram anticorpos chamados de anti-x
- Entende isso? – Leomon perguntou. – Quando o mundo real e o Digimundo se uniram em um, humanos foram contaminados pelo vírus, que sofreu uma mutação se tornando o Duble-x.
- Como algo assim nunca tinha acontecido, os contaminados ficaram obcecados pelo poder e começaram a usar desfreadamente, iniciando uma guerra, a X-war. Nesse tempo alguns digimons usaram humanos para digievoluir para sua forma mega e esse foi o surgimento do lord das trevas. – Tinha muita seriedade nas palavras de Law.
- Que chato. – Asura ouvia entediado comendo o macarrão.
- Pode ser chato, mas isso tudo tem haver com vocês dois, então preste atenção. – Leomon lhe deu um sermão.
- Belzebumon, Brbamon e Belphemon Modo Fúria, apenas um desses é o suficiente para gerar caos no mundo, mas os 3 estavam sobre o comando direto de Daemon, o que piorou as coisas junto com a X-War. O mundo quase terminou.
- Esta parte eu sei, quase todos os contaminados pelo vírus morreram por causa do mesmo, pondo o fim a X-war enquanto os Royal Knights confrontavam os lords, e já que estamos aqui, é certo afirmar que eles venceram.
- Oe, então realmente existe um cérebro nessa cabeça, e não só digisoul.
- Quem diria, os Devas sabem fazer piadas. – Asura começou a rir.
- Acho que você não deveria esta rindo. – Anita comentou para ele.
- ......- O silencio de Law e Leomon dizia tudo.
- Que seja. – Isso não importava pra Asura.
- Mas você conhece a informação que está liberada para todos.
- O que você que dizer com isso? – Anita se interessou pelo assunto.
- Mesmo 7 dos Royal Knights reunidos não foram o suficiente para conter os 4 Lords, resultando no sacrifício de 2, assim conseguiram abrir um portal para o mar negro, onde prenderam Daemon e Belzebumon Modo Explosivo.
- Assim os Royal Knights foram capazes de eliminar os Lords restantes, certo? – Asura concluiu.
- E não foi só isso, foi nessa época que a lei de extermínio foi criada, ninguém naquela época queria arriscar o surgimento de outro Lord Demônio e os Royal Knights restantes estavam com ferimentos das últimas batalhas.
- Isso não lhe dão o direito de ceifar vidas. – Asura mostrou irritação pela primeira vez na conversa. – Alem do mais, essas coisas foram tudo a 500 anos, o passado não me interessa, eu apenas tenho olhos para o meu futuro e o de Anita.
- Tem gente que pensa como você, como também tem gente pensa diferente.
- “Se funcionou até hoje porque deveríamos mudar?“ – Leomon expos o outro lado.
- Que palhaçada. – Esse assunto realmente o irritava. – Vamos deixar isso de lado, qual a missão de Dukemon?
- Vai ter que recuperar um Digi ovo, foi roubado por um grupo de terroristas. Os dados da missão estão aqui, junto com o seu pagamento. – Jogou um cristal roxo que Asura pegou no Ar.
- Espero que isso não me dê trabalho. – Colou o cristal sobre o digivaice e foi absorvido pelo mesmo.
- Quem sabe, é um grupo pequeno.
- Asura.
- Diga Leomon. – Olhou pro digimon com um sorriso, já havia recuperado seu bom humor.
- Por que você não Degenera Anita até um nível onde ela possa escolher outra forma evolutiva? Como vocês dois firmaram um contrato, a Digisoul de vocês estão ligadas, e você é capaz de controlar as evoluções dela.
- Diga Leomon, você pediria pro Law nascer de novo? – Asura respondeu com um sorriso.
- Isso não..
- É a mesma coisa. – Asura que tinha terminado o macarrão, colocou o copo no chão e acariciou o rosto de Anita, sem nem mesmo olhar para ela. – Anita é minha Anita por ser assim, eu não vou mudar porque os outros dizem que ela não pode ser ela mesma.
- Asu... – Anita murmurou com um sorriso gentil.
- Vamos Anita, quero me livrar deste trabalho o quanto antes. – Asura estava animado.
- Vamos. – Sua parceira compartilhou de seu entusiasmo.
- Crianças têm energia alem da conta..- Law resmungou irritado com tanta animação por um trabalho.
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