Para amarte necesito una razón Y es difícil creer que no exista Una más que este amor

_Haviam dois meses que Johnny, Jannett e Dani foram morar sozinhos. Uma nova família. O que me fez lembrar de que não era possível ser feliz sem estar ao lado de quem se ama, como quando eu estava longe do Lestat, ou melhor, quanto ele estava longe de mim... Meu mundo simplesmente parecia ter acabado. Mas havia uma esperança.

Sobra tanto dentro De este corazón Que a pesar de que dicen Que los años son sabios Todavía se siente el dolor

 Eu estava lendo o livro que ganhara do tio Jazz na semana passada,. O Nome do Vento. Um livro excelente (n/a: Estou lendo esse livro e estou amando), quando Lestat se aproximou de mim com duas passagens nas mãos.... Mas antes disso, meus olhos encontraram os seus, e eu pude constatar que não poderia viver sem eles, de forma alguma... Meu paraíso estava ali...

Porque todo el tiempo que pasé junto a ti Dejó tejido su hilo dentro de mí

- Surpresa!

- Para onde vamos?

- Surpresa é surpresa.... Mas vou te dar uma dica... Conhece Portugal?

- Hm...- Fique constrangida em admitir que não. – Não!

- Vocês viajam pouco demais por serem vampiros. De que serve a eternidade desta forma? – Fiz cara de ofendida

- Eu conheço muitos lugares... O Rio de Janeiro... Volterra....Milão... Paris....

- e ?

- Forks? – arrisquei para uma gargalhada silenciosa, afinal estávamos na casa de meus avós.

- Muito engraçado.... Vou te fazer conhecer o mundo... os lugares mais lindos esquecidos pela humanidade.

- Nossa... Pra que tudo isso?

- Não posso querer te dar o mundo?

- Pára Lestat... Estou ficando sem graça... mas...

- Mas..?

- Eu aceito!!!

Y aprendí a quitar al tiempo los segundos Tu me hiciste ver el cielo aún más profundo Junto a ti creo que aumenté más de tres kilos Con tus tantos dulces besos repartidos

          Respondi quase como um sussurro antecedente ao beijo. Inebriante, mesmo eu sendo o que sou, não conseguia deixar de ficar fascinada pela beleza de meu namorado, pelos seu corpo...

Desarrollaste mi sentido del olfato Y fue por ti que aprendí a querer los gatos

- NESSIE!!! – Droga, esqueci que papai estava em casa....

- Eu perdi alguma coisa? – Lestat me olhou confuso.

Despegaste del cemento mis zapatos Para escapar los dos volando un rato

          Claro que ele me olhou. Não posso dizer que somos um casal puritano, mas nunca chegamos perto de... vocês sabem... Lestat tinha medo de me machucar, de diversas formas, mas eu gostava de fazer cortes em meu corpo para... incitá-lo, para não dizer outra coisa, porém nunca trocamos mais que carinhos e beijos calorosos. Bem, um dos motivos para eu não tocar no assunto é que eu não sabia exatamente o que esperar do momento e de sua reação, e outro motivo era o medo. Não de que ele fosse me machucar, ou que eu não fosse gostar, mas das conseqüências que isso traria. Nós conhecíamos a possibilidade que eu tinha de engravidar, e sabíamos também que os métodos anticonceptivos conhecidos não impediriam os genes vampiricos de seguir seu trajeto. Porém o principal motivo é que meu namorado-vampiro é meio que mais puritano que eu, se bem que de puritana eu não tenho nada. Papai não gritou comigo neste momento porque eu já estava no avião indo para Portugal.

Pero olvidaste una final instrucción Porque aún no sé como vivir sin tu amor

- Acho que você já pode me dar a segunda dica....

- E o que você quer saber?

- O nome da cidade?

- Hum....- Ele disse enquanto beijava a ponta da minha orelha. Movimentos suaves demais para que os humanos ao nosso redor pudessem perceber. – Você está querendo saber de mais ... principessa..... – Já fazia muito tempo que ele não me chamava assim... Eu estremeci ao som sedutor de sua voz.

- Por favor? – Tentei ser igualmente sedutora... acredito que tenha dado certo, uma vez que ele ponderou e disse:

- Santarem. – Nunca ouvi falar...  Mas permaneci no meu direito de ficar calada. Apenas beijei a palma de sua mão, que antes segurava meu queixo com delicadeza e doçura.

- Estamos chegando... Eu prometo. – Ele tornou a dizer diante do meu silencio.

Y descubrí lo que significa una rosa Me enseñaste a decir mentiras piadosas Para poder verte a horas no adecuadas Y a reemplazar palabras por miradas

          Fiquei inerte em seus olhos até o avião pousar em solo português, acredito que tenha levado uma meia hora desde nossa ultima conversa com palavras, pois na maior parte de nossas conversar elas não eram necessárias.

          Do aeroporto fomos direto para o hotel, era a hora do crepúsculo, o horário seguro para aqueles como nós. Pelos vidros escuros da janela do carona do carro alugado, pude ver a paisagem rústica da cidade: ruínas lindas dos tempos de guerra na Europa... O ar quente que estava presente na brisa era a única prova de que o dia havia sido quente, uma vez que o anoitecer trouxe consigo o frio de uma hora sem sol.

          Ao chegar na porta do quarto, Lesta apenas beijou minha mão como um bom cavalheiro e disse:

- Te espero no bar, por favor desça assim que estiver pronta. Enlouquecerei se tiver que esperar muito.

          Eu pretendia perguntar o que ele quis dizer, mas antes que eu tivesse a oportunidade ele saiu de minha vista. Me virei abrindo a porta antes atrás de mim, e ao fazê-lo, em cima da grande cama luxuosa do quarto rústico do hotel construído há 200 anos, estava um lindo e delicado vestido dourado longo, com um cartão e uma rosa vermelha em cima. No cartão, com sua letra quase tão antiga quanto o hotel, estava escrito:

“Por favor, junte-se a mim.

Com amor,

Lestat”

          Ao pé da cama estava um par de sandálias igualmente dourados, trançadas por fitas de cetim, parecidas com as que eu usei em meu aniversario de 17 anos. Sobre a linda penteadeira tubular de aproximadamente um século e meio, alguns acessórios estavam presentes para compor minha roupa para esta noite. Me peguei imaginando que Lestat estaria aprontando para esta noite.

          Tomei um banho não muito demorado na banheira de água quente, e vesti o lindo vestido que meu namorado perfeito escolhera para mim, porém rejeitando um acessório que deveria estar em meu colo. Não ousaria substituir por nada o colar de diamante de sangue que Lestat me dera em uma situação mais, como posso dizer, tempestuosa.

Y fue por ti que escribí más de cien canciones Y hasta perdoné tus equivocaciones

          Descí de forma elegante pelo elevador panorâmico que dava de frente para o bar. Lestat me esperava com um copo de uísque na mão, o qual ele imediatamente soltou ao me ver, vestindo um smoking preto, elegantíssimo. Meu cabelo estava preso para um lado só, e eu me senti em um daqueles filmes românticos lindos, como o Titanic. Só que o meu filme particular era muiiito melhor.

          Lestat veio ao meu encontro, pegando minha mão e beijando novamente na porta do elevador. O toque de sua boca gélida me fez estremecer por dentro. Seus olhos caramelo estavam mais profundos esta noitedo que em todas as outras noites. As palavras não eram necessárias novamente, então ele me guiou para fora do saguão do hotel até o carro. Não me contive.

- Onde estamos indo?

- Você está muito linda está noite minha principessa... – Seus olhos nem sequer espiavam a rua a nossa frente.

- Uma dicazinha?

- Vamos jantar! – Fiquei mais confusa do que já estava, mas decidi ficar quieta para não estragar o momento.

          Somente quando senti o carro parar, me libertei de seu olhar. Lestat desceu e abriu a porta para mim. Fiquei estática frente ao castelo que estava. Era um monumento lindo, em ruínas, mas lindo. Na frente do castelo dois violinistas nos esperavam, juntamente com um homem de cabelo grisalho, mas muito bem apanhado. Assim que desci do carro o homem veio nos recepcionar nos mostrando a direção e então os violinistas começaram a tocar.

Y conoci más de mil formas de besar

          O homem, que eu deduzir ser um mètre, nos conduziu por escadarias igualmente rústicas, até o topo de uma muralha. A muralha de Santarem, ou o que sobrou dela. Antes do beiral, no centro do que sobrou do ataque do tempo ao monumento centenário, estava uma linda mesa redonda de ferro dourado com tampo de vidro, dois pratos, dois jogos de talheres e duas taças. No centro da mesa tinha um lindo arranjo de rosas vermelhas e velas, longas. Finas e já acesas, iluminando o local só não possuído pela escuridão total devido a lua imponente que estava no céu.

          Não consegui emitir som algum. Poderia até dizer que linda lua prateada que nos presenteou com sua bela e ilustre presença naquela noite, e que como num beijo, refletia no mar, foi colocada ali propositalmente pelo homem que agora segurava, pelas costas, minha cintura. Sim um homem. Não um vampiro ou qualquer outro ser mítico. Lestat mais do que tudo era um homem, o amor da minha vida, a razão da minha existência.

          Após um breve momento, senti uma de suas mãos saírem de minha cintura.

- Feche os olhos. – Sua voz doce me ordenou. Não havia a menor chance de eu não obedecer à voz de um anjo. E então apenas alguns segundos depois a voz novamente cantou para mim.

- Agora abra-os. – E eu o fiz.

          À minha frente, em uma caixinha de veludo roxa já aberta, estava um lindo anel. Um lindo anel de noivado. O anel era único e perfeito. Mais um solitário diamante de sangue. Com as nossas iniciais incrustadas dentro. O aro que dava sustendo ao diamante solitário que abrigara dois corações era de ouro branco cravejado de pequenos diamantes. O brilho da peça rara poderia facilmente ser comparado ao beijo da lua com o mar. Aos poucos, senti meus olhos se encherem de lágrimas, nos mesmos segundos em que ele pronunciara as palavras mágicas, girando meu corpo para ficar de frente com o seu, e se pondo de joelhos.

- Renesmee Carlie Masen-Cullen, Do you marry me?

Y fue por ti que descubrí lo que es amar

          Ao invés de responder, levei minha mão direita a boca, tentando abafar o som do soluço que meu peito emocionado havia produzido. Apenas assenti com a cabeça, ainda incapaz de abrir a boca sem emitir algum som grotesco.

          Lestat então pegou o anel da frágil caixinha de veludo roxa e com os dedos gélidos, frios e compridos de sua mão direita o colocou no terceiro dedo de minha mão esquerda. Lentamente vi o lindo anel deslizar por meu dedo, até chegar a base. Ao terminar, ele olhou novamente em meus olhos, beijando a aliança. Eu não me contive ao vê-lo se levantar e me joguei em seus braços. Nada mais importava.

Lo que es amar