Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 38
Ligação.


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiramente eu quero agradecer as divas Redhead winchester e a Nanda, por terem me mandado aquelas recomendações, eu simplesmente amei do fundo do meu core. Eu li e li de novo. Obrigada suas lindas :3

Em segundo, a maioria das que comentaram pediram para que eu postasse o capítulo completo, e eu disse que ele estava gigante, eu disse, então, aqui está o capítulo enorme, provavelmente será o maior de toda a fic. Pode ser que se interessem a partir da ligação que um dos personagens receberá, acho :3

Esse capítulo estava pronto desde segunda, mas só postei hoje porque estava com preguiça e esperando uma quantidade boa de reviews, o que não aconteceu, maaas pelo menos passaram dos quinze, mas não chegou aos vinte... Ok, Ok!

Desfrutem das 7.034 palavras... Pode ter muitos erros, mas depois eu confiro novamente.

Capítulo para a Redhead winchester e Nanda, boa leitura u.u



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A frase escapou da minha boca, eu não ia dizer isso, quer dizer, eu iria dizer isso, mas não desse jeito. Mas eu não queria dizer isso para o Luther, eu não queria que ele tivesse a confirmação, se ele já tinha raiva porque eu e ela somos próximos, agora que eu assumi que sou apaixonado por ela... Eu sou apaixonado pela Emily... Que merda eu to fazendo da minha vida? E por que eu disse isso ao Luther? E eu sou apaixonado pela Emily?!

Ele ri.

- Precisava apenas de uma confirmação, eu já sabia. Amigo.

- Não, quer dizer, eu gosto, mas...

- David, isso está escrito em sua testa. Mas se isso foi um erro? Por que está com ela ainda?

- Eu não gosto dela, eu apenas...

- A quer? Ou não quer assumir novamente?

- Luther, eu não sei o que eu disse, isso só escapou acidentalmente da minha boca, eu não a amo.

Minha mente estava realmente uma confusão, eu mal sabia o que estava falando.

- Por favor, David. É o seguinte, eu não estou mesmo a fim de brigar mais com você, muito menos por isso, eu sei, você ama a Emily. Mas fica tranquilo, ela é minha.

- O quê? – Pergunto

- Isso ai, você pode está caído de amor por ela, mas o único que quem ela vai amar vai ser eu.

- Você está louco, você não sabe nada da Emily, não sabe nem o que ela está passando, não sabe o risco que ela está correndo.

- O risco que ela está correndo é cair na sua, David. Eu sei o que quer com ela, mas não precisa fazer drama para falar que você sabe mais do que eu, eu sei que você quer que eu me toque e pense que não sei nada dela, mas fica tranquilo, eu sei o bastante para ficar com ela.

- Mas eu gosto... – Não tinha certeza do que eu iria dizer, eu realmente estava confuso, mas eu diria que uma garota nunca me deixou assim, como a Emily deixa, eu não estou mais me entendo. Agora dá para saber por que eu evitava me apaixonar. As garotas me deixam confuso, ou melhor, a Emily me deixa confuso.

- Agora você gosta? Faça-me o favor David, a Emily vai ser minha você falando que a ama para Deus e o mundo, mas ela é minha.

- Você não vai conseguir conquista-la.

- Eu já consegui outras, por que não conseguiria a Emily?

- Porque ela não gosta de caras como você.

- E iguais a você ela gosta? – Ele ri – David, eu me lembro muito bem lá no começo de todas as confusões, você queria que a Emily se apaixonasse por você e depois a jogasse fora.

- Isso foi antes de me apaixonar por ela.

- O que você realmente sente por ela? Eu sei que amor não é, eu sei que os seus planos de fazê-la se apaixonar por você ainda estão em prática. Mas olha quem foi o idiota na historia, caiu certinho na própria armadilha do “amor”.

- Eu a amo de verdade – Tudo bem, eu estou mesmo confuso, eu não sei mais o que dizer. Eu amo a Emily... Achei que nunca iria dizer isso. Ah! O amor.

- Que se ferre isso, eu quero a Emily. E você é apenas mais um obstáculo que me impede de ficar com ela, mas fica tranquilo David... – Ele se aproxima – Eu apenas empurro obstáculos, e tenho o que quero. – Ele me dá um empurrão, eu não caio, apenas cambaleei para trás e ele deu as costas saindo dali.

Eu não sei o que ele iria fazer, mas eu não podia deixa-lo fazer nada com a Emily, agora que eu acordei para a vida, não posso perder a chance de ficar com ela, eu vou ficar com a Emily, e não vai ser o Luther que vai me impedir.

Quem diria, eu ia mesmo me apaixonar pela Emily.

- Eu ouvi tudo – Olho para trás e Renata estava lá.

- Alguém já te disse que escutar a conversa dos outros é falta de educação?

- Ah David, me poupe, eu apenas queria que caia essa sua ficha. Eu conheço a Emily, eu sei que ela está apaixonada por você, mas se você quiser mesmo ficar com ela... Tem um garoto indo lá agora... E ele pode dizer coisas que a Emily acredite.

- Como assim?

- Vai falar que a ama ou vai ficar fazendo cena enrolando?

- Eu não vou falar que a amo.

- Cala a boca, David. Vá logo falar com ela, antes que eu lhe bata.

- Mas...

- É o seguinte, eu e você sabemos o que o Luther quer com ela, é claro que se ele for lá agora ele consegue de um jeito e de outro, e vou dizer outra, ele é muito gostoso, a Emily não vai recusa-lo para sempre. E pelo que eu estou sabendo... – Ela ri – Você sabe muito bem como seduzi-la.

- Raissa para com isso, você está careca de saber que eu e a Emily não fizemos nada.

- Não vamos tocar nesse assunto, vá dizer que a ama logo.

- Mas eu...

- VAI LOGO – Ela grita tão alto que boa parte do internato deve ter escutado, não é exagero.

É a verdade, eu preciso falar com a Emily. Ou não... Mais para sim.

- E meu nome é Renata – Ela grita. Eu não me importo e continuo andando.

Com certeza o Luther estava indo falar com ela, e ele já devia está enchendo a cabeça dela, então eu andei todo o internato, fui a quase todos os corredores, até que eu cheguei perto de um do quarto dela, eu vi os dois pouco longe. Aproximei-me, não muito, mas cheguei mais perto.

- Emily? – Eu a chamo, Luther e ela olham para trás, ele me fuzila

- Oi? – Ela responde

- Preciso conversar com você. É algo importante. – Digo, eu sabia que o Luther deveria está falando merdas com ela, mas dessa vez, eu vou conseguir falar com ela, só basta coragem.

- Por favor, Emily... Eu preciso – Luther diz. Dessa vez eu o fuzilo.

Ela fica parada, encarando nós dois, pelo jeito estava confusa, mais confusa do que eu estava. Mas eu precisava falar com ela, pelo menos agora que eu estou decidido que vou falar a verdade para ela.

- É, eu não posso falar com os dois ao mesmo tempo, e vejo que os dois tem algo importante para falar.

- O meu é mais importante. – Eu digo.

- O quê? É uma coisa que vai gostar de saber Emily – Luther diz – E vai desiludir se estiver caindo nos braços de alguém – Ele me lança um olhar ameaçador, mas não a ponto de me fazer ter medo dele, pois o que eu menos tenho, é medo dele.

Eu sabia o que ele queria, queria dizer mentiras para a Emily, e se eu não consegui fazê-la falar comigo, ela vai acreditar.

- Calma os dois, eu só posso falar com um.

- Emily, é sério, eu preciso falar com você, é muito importante, eu preciso te dizer a verdade, eu preciso que me escute! – Dramático? Um pouco, mas eu preciso convencê-la.

- Eu vou falar com voc... – Antes que ela terminasse, Luther a segura e a faz olhar em seus olhos.

- Entende porque eu sempre fico com raiva? Você sempre dá ouvido a ele, e não a mim, eu preciso que me escute Emily, pelo menos dessa vez, apenas dessa vez, eu preciso.

Ela não diz nada.

- Emily, eu... – Começo, mas ela me interrompe.

- David, ele está certo, eu vou falar com ele. – Ele sorri, mas disfarça quando Emily o fita.

- Mas...

- Daqui a pouco a gente se fala David, eu vou conversar com o Luther. – Ele a puxa, eu iria gritar, mas então ela com certeza desconfiaria mais ainda do que ele pode dizer, mas talvez ele só tente convencê-la de que ele a ama, só isso, talvez ele não pode querer “queimar minha fita”...

Ou talvez não.

                                     [Emily]

Assim que eu decidi que iria falar com o Luther, ele me leva para o seu quarto. Eu não sabia o que o David queria dizer, mas eu acho que o Luther estava certo, eu deveria ouvi-lo pela menos uma vez, já que todas às vezes eu dava atenção para o David. Tinha que dar atenção ao Luther pelo agora.

Chegamos ao quarto, ele entra fechando a porta. Fico parada esperando, ele para em minha frente e suspira.

- O que você quer falar de tão importante?

- Emily, eu gosto de você! – Balanço a cabeça negativamente.

- Por favor, Luther, diga o que realmente quer.

- Emily, eu... Eu não sei, eu apenas queria ficar com você.

- Ah Luther, por favor, o David quer falar algo importante comigo, e é isso que você queria dizer? Que quer ficar comigo?

- É isso, está vendo. Você sempre o prefere a mim.

- Mas o que isso tem a ver? Ele tem algo importante para dizer, e você apenas quer que eu fique com você, quantas vezes eu vou precisar dizer que eu não quero nada mais sério com você?

- Mas com o David, você quer.

- Eu não quero nada com ninguém, e se você for mesmo ficar nessa enrolação, eu vou sair daqui.

- Não! Tudo bem! Calma...

- Estou calma, quero que diga logo o que quer.

- Quero te dizer a verdade.

- Verdade? – Ele suspira mais uma vez, e se aproxima mais.

Ficamos alguns segundos em silêncio, pelo que parecia, ele tinha mesmo algo para dizer, e eu estava apenas esperando alguma reação sua.

- Emily, o David não é quem você pensa! – Franzo o cenho.

- O quê?

- O David não é bem esse garoto que você ver aqui todos os dias com você.

- O que está querendo dizer Luther?

- Que ele está te enganando.

- Faça-me o favor Luther, eu não vou acreditar nisso – Vou andando até a porta.

- Lembra-se da aposta? – Eu paro e depois de poucos segundos viro-me de volta para ele.

- O que é que tem?

- Pois bem, ele está assim com você por ela.

- Mas ele já conseguiu o beijo, não tem motivos.

- É ai que você está enganada. A aposta não era só um beijo, nós não somos tão idiotas, é claro que tinha algo mais pesadinho por trás de tudo isso.

- Como assim Luther?

- A aposta era para ele te beijar, fazer você ficar apaixonada por ele, ele conseguir te levar para a cama e adeus Emily. – Fico apenas fitando o Luther.

- Isso é mentira. – Digo sem ter outra coisa a dizer.

Isso era mentira, o David não iria fazer tudo o que faz hoje por uma aposta, é impossível. Ele me ajudou tanto, eu duvido que seja apenas por uma aposta que ele está amigável comigo.

Ou não.

- Por que eu mentiria? Emily acorda! É o David, é claro que ele iria fazer isso.

- Mas ele me ajudou em tudo.

- É o David, Emily... Ele faria de tudo para ter apenas mais uma garota aos seus pés, ainda mais essa garota sendo você. Você não acha que ele está assim com você por que te ama né?

Depois de um bom tempo absorvendo tudo, eu digo.

- Bom... Eu achei que ele gostasse de mim, pelo menos como um amigo – Ele começa a rir.

- Faça-me o favor. É claro que tudo isso não passa de uma cena Emily. Pensa comigo, ele e você se odiavam, ele gosta de ter todas as garotas aos seus pés, e o que ele não faria para ter mais uma aos pés dele? Ou seja, a garotinha marrenta, que sempre teve respostinha na ponta da língua, e que o ignorava, é claro que ele quer te usar.

- Mas foram quase cinco, seis meses sei lá, ele não é capaz de fazer isso comigo Luther. – Ele revira os olhos, eu confesso que estava a ponto de deixar lágrimas escapar, mas eu não iria chorar pelo David, eu nunca choraria por ele. Muito menos se isso realmente fosse verdade, mas pelo que parece, é mesmo.

- Ele ficaria anos. Mas ele iria te levar para a cama. Ele já tentou, não foi? – Coro um pouco.

- Bom... É que...

- Não precisa dizer mais nada, eu sei que sim. Viu? Tudo se encaixa, ele faz o papel de doce menino e te conquista, te usa, e fim.

- Isso não faz sentido, quando eu ouvi os dois brigando não comentaram sobre nenhuma aposta, ele que disse que você que queria me usar, não faz sentido Luther, nada se encaixa nessa sua historia.

- Ah Emily! Cenas, eu confirmo que eu participei da maioria delas, eu era amigo do David, é claro que eu iria ajudá-lo, apesar de não apoia-lo tanto. Mas pensa em tudo. Quando se beijam? Ele não tenta te levar para a cama?

- Luther, para com isso. O David não iria fazer isso comigo.

- Está cega de amor por ele, o seu amor se recusa a ver isso, ele fez, você querendo ou não ele te usou e vai continuar te usando até conseguir o que quer. Fica comigo Emily, ele não presta,

- Não. Isso não. Não é verdade!

- Eu não vou repetir tudo novamente, se quiser acredite, se não... Acredite nele, nas palavras doces que ele te diz, você sabe como ele é, ele nunca diria isso a alguma garota, a menos que queria conseguir algo dela. No seu caso, seu corpo.

- Por favor, para. Eu não vou acreditar!

- Tudo bem, não acredite, mas a intenção dele era te usar Emily, eu lembro logo quando eu inventei essa aposta, ele me disse que queria que você se apaixonasse por ele, e depois te largaria por ai, e eu disse que o “resto” era comigo, ou seja, eu iria ficar com você. Eu te amo, Emily.

- Não ama nada seu idiota.

- Eu te digo isso e você me chama de idiota?

- Ele é um idiota. Você é um idiota. Todos vocês são idiotas – Começo a bater no Luther.

- Mas foi ele.

- Você sabia que essa era a intenção dele, e depois de meses vem me avisar isso, eu estava quase caindo na do David e você me conta isso agora? – Grito.

- Desculpa – Ele segura meu braço – Não estamos brigados de verdades, quer dizer, mais ou menos, eu falei com ele para não fazer isso com você, para ele parar, que eu te amava de verdade, e ele não quis parar, ele quis continuar te usando, por isso estamos brigados.

- Não! – Respiro fundo segurando as lágrimas – Eu vou matar o David, ele vai morrer. Hoje ele vai pagar por tudo isso.

Saio do quarto batendo a porta e andando tão rápido que se tivesse pessoas no caminho eu passava por atropelava e ainda passava por cima.

Eu quero mesmo matar o David, no começo não fez sentido, mas agora que ele encaixou todas as peças vai muito mais sentido. Ele já tentou me levar para a cama milhares de vezes, e é verdade, ele queria me usar. Como eu sou idiota.

- David, abra essa porta – Grito batendo forte na porta que estava trancada. Bato muitas vezes. Muitas mesmo.

- Ei! Calma! – Ele diz assim que abre a porta – O que foi?

- O que foi? O que foi é que você vai morrer, seu idiota – Começo a empurra-lo, a bater, e tudo mais.

- Emily, para. Me explica o que foi! – Ele começa a se esquivar de mim, e eu continuava batendo.

- Para de ser fazer de cínico, você é um idiota, eu quero que morra David, MORRE!

- Para! Para Emily – Ele consegue segurar meus braços. – PARA! – Ele grita e olha nos meus olhos – Me diz o que é.

- Por que você fez isso comigo? – Ele franze o cenho.

- Isso o quê?

- Suas intenções comigo David, não era de me ajudar, era de me usar.

- O quê?

- Me diz você, por que me enganou esse tempo todo? Por que fez isso? Apenas por uma noite de prazer? É isso? Você é um idiota. Te odeio!

- Para de gritar, me diz o que está rolando.

- Eu descobri tudo.

- Tudo? Tudo o que?

- Como assim tudo o que? Tudo.

- Eu quero saber o que é.

- Sobre a sua aposta com o Luther, você estava fazendo isso tudo para me levar para cama, eu estava caindo direitinho na sua, você queria me conquistar e depois me jogar fora.

- Hã? – Ele franze o cenho.

- Não vou repetir, o que tem a dizer sobre sua defesa? Diga logo, era isso mesmo que você queria? – Digo séria – Me usar David?

- Eu não sei do que está falando.

- Ainda tem a cara de pau de me dizer que não sabe do que eu estou falando.

- Claro! Eu não sei mesmo do que está falando.

- O Luther me contou da aposta, que desde o começo a sua intenção era me fazer ficar caidinha por você, e depois me deixava para lá, me conquistando, e eu odeio assumir, mas estava conseguindo, e ainda bem que o Luther abriu meus olhos, pois agora eu sei que você não passa de um belo idiota.

- O que está falando? Espera... Estava se apaixonando por mim?

- David, eu quero saber o que você quer mesmo, me diz, apenas me usar?

- Não! – Ele diz quase gritando.

- David, você estava naquela aposta inútil. Por favor, David. Estávamos indo tão bem, e não quero que minta para mim, isso é verdade? Você queria mesmo apenas me usar? – Ele suspira e eu sacudo a cabeça negativamente. – É isso?

- Emily, promete que não vai surtar? – Eu grito.

- É isso mesmo? Eu sabia! – Eu ia começar a dar o maior show, mas ele segura meus braços e para me segurar, me encosta à parede, colando seu corpo ao meu. - Me solta seu idiota – Olhamos um nos olhos do outro – Por que fez isso comigo David?

- Eu não fiz, eu não estava tentando fazer isso com você. – Ele suspira novamente – Emily no começo essa realmente era a minha intenção, eu queria apenas me aproveitar de você, nos odiávamos e é claro que eu iria querer você aos meus pés, eu era egoísta.

- Era? Pois eu acho que ainda é.

- Não sou. Eu gostava de ter todas aos meus pés, mas eu não me importo com isso mais, eu não ligo para a qual esteja interessada em mim.

- Não estamos falando das vadias que ficam atrás de você.

- Tudo bem, olha só, minha intenção era essa sim, eu não vou mentir para você, mas o Luther deve ter contorcido tudo, eu queria mesmo te usar e depois fingir que nunca encostei os dedos em você.

- E por que eu acreditaria em você?

- Porque eu não sabia com quem eu realmente estava me envolvendo.

- O quê?

- Eu pensava que era mais uma daquelas que se fazia de difícil para conseguir tudo no final, eu pensava que você queria apenas chamar atenção, mas eu me envolvi e muito com você e eu descobri que você só usava aquela garota que na verdade nunca existiu para se proteger, você tinha e ainda deve ter medo de se apaixonar e depois tudo acabar como aconteceu com o Guilherme. Eu estou esse tempo todo com você, eu te ajudei em tudo, acha mesmo que eu iria gastar esses meses todos investindo em uma garota apenas para no final fingir que nada aconteceu entre nós? Acorda Emily, a aposta foi apenas o beijo, e eu consegui, mais nada.

- Se teve a do beijo, porque não teria de me levar para a cama?

- Porque eu não sou o Luther, eu não quero te levar para a cama forçada, tudo bem que eu já tentei, mas eu não sou tão idiota. Emily, eu te ajudei. Eu estive com você, acha mesmo que eu faria isso tudo para nada?

- Não sei, é você, e eu sei que faria de tudo para ter somente mais uma aos seus pés.

- Eu até poderia mesmo fazer.

- Está vendo.

- Mas não com você, Emily! Não com você! Pelo menos não depois de realmente te conhecer.

- E por que não? Por que se preocupou tanto comigo? Por que fez tanta questão de está ao meu lado em todas as ocasiões, por que pagou um advogado para mim? Por que tenta me proteger do Félix? Por quê? Faz tanto sentido. É pela aposta.

- Na verdade Emily... A resposta dos seus tantos porquês, é porque... – Ele respira fundo. – Bom...

- Não tem resposta. – O empurro e me afasto mais dele.

- É por que... – Meu celular começa a vibrar em meu bolso.

- Cala a boca David. - Sem dar mais atenção ao David, eu o pego e olho na tela quem era a ligação. Era do Félix.

Meu corpo todo se congela, minhas mãos começam a soar.

- Quem é? – Não respondo, o celular vibra mais algumas vezes e depois para. – Emily quem é? – Levanto o olhar.

- É... – Olho mais uma vez para o visor novamente ele começa a vibrar e meu coração dispara.

- Emily, quem é? É o Félix? – Sem olhar para o David, e atento e levo até o ouvido.

- Alô? – Digo assim que solto o ar dos meus pulmões.

- Se tiver alguém do seu lado não diga que sou eu.

­- O que é?

- Calma princesinha. Calma, estamos um tempo sem se falar não é? – Olho para David que por gestos perguntava quem era, eu fazia outros para ele ficar em silêncio.

- Diz logo o que quer...

- Bom, eu quero muitas coisas... Muitas coisas mesmo, acho que não daria conta de todas. Mas... Acho que pode dar conta de apenas uma... – Ele não diz mais nada

- Diz...

- Sabe, muitas informações chegaram aos meus ouvidos, até as que não deviam. Ah... ­– Ele ri de alguma coisa – Tinha informações suas também, sabia? – Ele ri novamente.

- Por favor, diz logo o que você quer.

- Eu quero tratar dessas informações, mas a sós, apenas eu e você.

- Eu sei o que quer, e eu não vou a lugar algum.

- Não vai? – Ele ri mais uma vez – Lembra da última vez que não veio a um lugar que eu pedi? Isso mesmo, o seu lindo amor foi destruído. Pois é, venha aonde eu quiser, porque se não vier... Eu vou ai... E o estrago vai ser bem maior.

- Você não vai fazer nada.

- Não vou fazer nada?

- Não!

- Não? E se eu te disser que eu estou com a sua irmãzinha bem aqui? – Mais uma vez meu corpo se congela, eu devia está pálida.

- VOCÊ NÃO VAI FAZER NADA COM ELA.

- Emily quem é? – David grita.

- Opa! O David está aqui também? Pois eu acho bom ele não está com você quando chegar aqui, ou os dois vão visitar a morte mais cedo.

- Você não está com a Lara!

- Emily é o Félix? – David pergunta.

- Garoto esperto, mas então, eu estou sim com ela, e acho bom você não abrir a boca para falar que sou eu, e nem que estou com a sua irmã, se quiser ela viva, venha até a nossa velha cabana, sabe? Aonde policias nem David tem acesso.

- Eu não vou a lugar algum.

- Não? – logo escuto um grito, que parecia de uma criança, ou seja, era a Lara. Uma lágrima escorre.

- Por favor, não faz nada – Começo a chorar.

- Se quiser sua irmãzinha viva, venha até aqui, sem David, sem policia, sem ninguém. APENAS VOCÊ MOORE! E acho bom adiantar, a qualquer momento eu posso puxar a corda que estou segurando e alguém morrer enforcado. Dá um gritinho vai ­– Ele faz alguma coisa e logo mais um grito pode ser escutado.

- Eu estou indo, não faça nada com ela – Digo chorando.

­- Ótima escolha, o tempo está correndo. E venha sem seu príncipe encantado.

- Não faz nada, eu já vou – Enxugo as lágrimas.

- TIC TAC. TIC TAC. – Desligo o celular com os olhos cheios de lágrimas.

- O que aconteceu? Era o Félix? Onde ele está? Me diz Emily, onde ele está? Vamos logo lá! – Ele puxa meu braço, levando-me até a porta.

- Não! – O puxo de volta. - Não era o Félix.

- Por favor, Emily, eu sei que era ele.

- Não!

- Então por que está chorando? E por que disse aquelas coisas?

- É com a Lara, está tendo um problema lá em casa e ela está correndo um pouco de perigo, eu vou até lá.

- O quê? Não faz sentido. Não quero que vá a lugar nenhum sem mim.

- Vou sim, fica ai David.

- Emily, eu não sou idiota, eu sei que é o Félix. E daqui você não sai, não sem mim.

- Por favor, é só mais uma briga com meu pai e minha mãe, para ver com quem fica com a Lara, eu vou lá, mas, por favor... Não vem.

- Emily, está mentindo? – Respiro fundo e olho em seus olhos.

- Eu prometi que falaria quando ele me ligasse, não foi?

- Mas...

- Então, confia em mim! Eu vou está bem. Você já fez o que pôde. Isso agora é apenas entre família. – Vou até ele, segurando seu rosto e o abaixando o aproximando até o meu – Eu acredito em você, eu sei que não faria isso comigo – Ele sorri – Eu gos... Eu... – Não digo nada, apenas selo nossos lábios para um rápido beijo. Seria rápido se ele não tivesse segurado em volta de minha cintura me puxando para mais perto. Levo minha mão para o seu pescoço, para puxa-lo mais para baixo, mas antes que o beijo ficasse melhor, eu me afasto e digo olhando em seus olhos – Obrigada, por tudo.

Dou as costas e saio do quarto, olho rapidamente para trás e ele estava olhando em minha direção.

- Eu gosto de você David... Muito mais do que devia – Digo para mim mesma.

Saio do internato. Eu passei fácil pelo porteiro, não tive muita dificuldade, apenas uma mentira aqui e uma lá.

Eu não sei por que disse aquilo para ele, só me senti na obrigação de dizer. Talvez hoje seja o meu fim. E não posso simplesmente ir embora sem ao menos o agradecer. Eu queria voltar correndo e contar tudo ao David, pedir para que ele viesse comigo, para que ele me ajudasse, mas não iria colocar a vida da minha irmã em perigo, eu sabia que ele não engoliu a historia da Lara, mas eu acho bom que ele não tenha vindo atrás. Já basta a minha, não queria botar a vida de mais uma pessoa em perigo.

Eu estava correndo, por sorte hoje não era um dia muito movimentado, o que significava que ninguém iria ver o estado que eu estava. O que é bom, não queria dar justificativas as pessoas que passavam olhando para mim.

O caminho todo eu fui imaginando as piores coisas que o Félix poderia fazer comigo, ou até com a Lara, eu estava mais preocupara com ela, o que é claro, já que com ele, eu tenho como resolver, já entre ele e a Lara, ele não pode fazer nada com ela, não pode mesmo, eu morro, mas ele não faz nenhum mal a minha irmã.

Demorou mais alguns bons dez minutos – ou mais – para que eu chegasse ao local combinado, o lugar era totalmente abandonado, uma cabana velha e suja, foi lá que eu vi a briga do Guilherme e do Félix, que dessa vez seria minha e dele.

Eu estava com medo, pela primeira vez eu realmente estava com medo do Félix, eu poderia morrer ali mesmo, estava no meio do nada, ele também poderia aparecer do nada e me dar um tiro, ou seja lá como ele quer me dar um fim.

Eu olhava para o lado e para o outro, eu estava tomando cuidado até onde eu pisava, eu devia está pálida de medo, e quanto medo eu estava naquele momento.

Olhei para os lados, até que eu avistei a cabana, me aproximei mais um pouco.

- Lara? – Perguntei tremendo de medo – Félix? Por favor, Félix, me dá algum sinal que está aqui! – Estava cada vez mais próximo – Lara? Você está bem? – Grito – LARA? Félix?

Olhava para o lado e para o outro e nada.

- Por favor. FÉLIX? LARA? – Estava quase chorando. E a cada passo que eu dava, ficava mais próxima da cabana. – Lara, eu... AAH! – Gritei quando uma mão me puxou para trás e logo tampando meu rosto com alguma coisa, eu estava sentindo um cheiro forte, um cheiro muito forte, eu estava ficando mole... Não estava conseguindo ficar mais de pé. Meus olhos começam a ficar pesados... E logo caio na escuridão...

                                          ...

Escuto gritos, muitos gritos. O que me faz acordar, a minha cabeça doía, e aos poucos vou abrindo os olhos. Tento soltar minhas mãos, mas elas estavam prestas, meus pés também. Assim que abro os olhos por completo, examino todo o local, era a cabana. Do nada, lágrimas insistiam em cair, sem motivos. Ou com muitos motivos.

Olho para os lados e nada de Félix ou Lara.

- Lara? Lara, você está aqui? – Mais alguns gritos, e eu me desespero, logo, de uma das portas aparece Félix. Com alguma coisa na mão.

- Sentiu saudade amorzinho? – Meu corpo se estremece por completo, começo a me desesperar.

- Cadê a Lara? – Grito.

- Lara? – Ele ri – Não tem Lara.

- Como assim? O que você fez com a minha irmã?

- Eu não sei nem cadê a sua irmã.

- O que fez com ela Félix? – Ele bufa e revira os olhos, ele abre a mão e me mostra um gravador – Isso é a Lara – Ele aperta um botão e logo os mesmos gritos que eu escutei no telefone, escuto reproduzindo ali.

- Seu idiota! – Grito novamente, ele se aproxima de mim e logo me dá um tapa no rosto, é claro que eu gritei e o que é obvio, doeu. – Por que fez isso? – Começo a tentar a me soltar.

- Me xingue de novo e farei pior.

- Você é um idiota Félix – Ele me dá mais um tapa. - Ai! – Ele ri.

- É o seguinte, você me entregou. O que eu disse para você se me entregasse?

O observava, sem dizer uma palavra, se eu confirmasse o que ele me disse, é claro que ele faria o que havia dito.

- Eu perguntei o que foi que eu disse – Ele pega por trás de minha cabeça, puxa meus cabelos entortando meu pescoço para trás.

- Para Félix! Para! – Peço quase chorando.

- O que foi? Vai chorar agora é? DIZ O QUE FOI QUE EU TE DISSE.

- Você sabe, não preciso que eu diga – Ele bate em meu rosto novamente.

- O que eu falar, é para fazer Emily. – Logo algumas lágrimas escapam dos meus olhos.

- Ah, a menininha vai chorar... – Ele pega uma cadeira qualquer e senta em minha frente.

- O que é que você quer? Se for para me matar que me mate logo e pare com esse drama todo.

- Tá com pressa de morrer Emily? Calma tá? Cada coisa tem o seu tempo, e se eu for te matar, vai ser na hora que eu pegar isso aqui – Ele levanta a camisa e pega a arma que estava em sua calça e leva até minha cabeça – E aponto aqui – Eu fecho os olhos e pressiono os lábios.

- Félix, seja lá o que for fazer. Adianta!

- Pressa de morrer? – Abro os olhos e ele tira a arma da minha cabeça.

- Talvez.

- Muito bem, mas antes... Vamos acertar as contas.

- Não temos contas – Digo tentando soltar minha mão. – Eu te entreguei mesmo, desculpa, eu fui pressionada a fazer isso, minha mãe também foi uma das culpadas.

- Então quer que eu mate a sua mãe?

- NÃO! – Respiro fundo – Não quero que mate ninguém a não ser a mim mesma, foi eu não foi? Então, me desculpa, mas a única culpada por tudo sou eu.

- Ah! – Ele sorri – Ela pensa que se fazendo de mocinha vai se livrar de mim – Ele passa os dedos por meu rosto – Mas se engana – Mais um tapa, e eu fecho os olhos esperando a dor passar. – Eu te disse que iria te dar o fim Emily – Ele levanta segurando a arma – Eu te disse o que eu iria fazer se dissesse que foi eu, mas o que fez? Me entregou, vadia – Ele me bate mais vezes, mas não só no rosto, em várias partes do corpo, e eu chorava de dor, até que ele segura meu pescoço e aperta, eu arregalo os olhos e os fecho, fico tentando respirar – Poderia está apenas presa Emily – Ele solta e eu começo a respirar aceleradamente – Mas a sua escolha foi essa, escolheu sofrer.

- Você é um monstro – Lágrimas caiam sem parar. E ele ria.

- Eu matei minha própria mãe – Ele senta novamente – Entre outras pessoas importantes, por que não seria um monstro – Ele diz em voz de deboche – Com você? Você sabia desde o começo com quem estava se envolvendo, o que poderia fazer? Ficar em casa com as pernas para cima, esperando os empregados te servirem, usando roupas de marcas e tudo mais. Mas me escolheu, escolheu pertencer a um grupo de pessoas que já mataram outras.

- Até onde eu saiba você foi o único que matou alguém.

- Eu? – Ele ri – O Guilherme já matou uma pessoa também, ele nunca te disse? – Fico perplexa.

- Ele nunca fez isso.

- Por que acha que ele dizia que era “perigoso” para você? Por que acha que ele tentava ao máximo não deixar você se aproximar dele? Ele era mesmo perigoso Emily, se duvidar era pior que eu. Mas o que aconteceu? A linda e doce Emily Moore fez que o seu coração amolecesse, fez que ele deixasse tudo o que fez no passado se apagar, e simplesmente dar atenção apenas a você.

- Ele nunca matou ninguém. – Grito.

- Pergunta a ele – Ele ri – Ah é! Você o matou.

- Não matei ninguém, foi você – Grito novamente.

- E é por isso que está aqui – Ele me bate mais algumas vezes, mas não doeu tanto quanto as outras e eu ainda tentava me soltar, mas era impossível. – Por ter me entregado, sua imbecil! – Mais um tapa, e eu volto a chorar.

- Para, por favor, me dá logo o fim e para com isso, eu já entendi o que quer. Quer me fazer aprender o que eu fiz com você, eu te entreguei mesmo, eu disse que foi você, eles estão atrás de você, mas se quer que eu continue me deixe viva, mas, por favor, para com isso e me dá logo um fim Félix. BASTA!

- Tudo bem – Ele levanta. - Foi você quem pediu! – Ele pega a arma novamente – Ah! Não se esquecendo que você não é a única que eu irei dar o fim.

- Como assim?

- O David.

- O quê? – Pergunto assustada.

- Eu sei que ele sabe de tudo, eu sei que você deve ter contado tudo a ele, e depois de você, a próxima vítima será ele – Começo a me desesperar e a me balançar na cadeira.

- Não vai fazer nada com ele, por favor, me mata, faz o que quiser comigo, mas não faz nada com o David! – Ele ri.

- Ah Emily, tentando proteger o amado. É uma pena que isso não me importa.

- Não faz nada, por favor...

- Ok! Mas...

- EMILY? – Olhamos para a porta, mesmo estando fechadas. Não podia ser, isso é muito irreal, ele não pode ter feito isso.

Félix aponta para a porta e atira.

- NÃO! – Eu grito.

- Cala a boca sua vadia – Ele tampa a minha boca, eu começo a me mexer.

- Emily? – Escutamos novamente. E Félix volta a atirar pela porta.

- Fica quieta – Ele diz, eu mordo sua mão e ele grita.

- DAVID! DAVID! – Eu grito. Félix aponta a arma para a porta – Não faz nada, por favor... – Ele vai para trás da porta, e depois escuto vários empurrões nela, eu me desespero, Félix estava com a arma apontada para mim e fazia sinal para que eu fizesse silêncio.

- Emily? – Ele empurra a porta mais uma vez. Até que ela abre. Ele me vê amarrada, e anda até mim.

- David vai embora, por favor.

- Cadê ele? Emily, ele te fez isso? Está toda roxa – Ele vem até mim e passa a mão pelo meu rosto, desvio o olhar e Félix estava lá, apontado com a arma. – Eu sabia que era ele, porque não me disse? Sabe o risco que está correndo? Cadê ele? Fala comigo.

- Vai embora. – Eu digo baixo, ele passa a mão mais uma vez por meu rosto e vai para trás da cadeira tentando desamarrar a corda.

- Então o príncipe está tentando dar uma de herói? – Félix diz e David levanta.

- Abaixa essa arma Félix, podemos resolver isso na conversa – Félix ri.

- David, meu querido amigo David. A Emily é minha agora, só que minha prisioneira e também... Refém, ela vai ter que dá tchau ao príncipe.

- Para com isso Félix – Ele mantinha a arma em nossa direção.

- Bom, a menos que os dois não morram e finjam que nunca viram isso. Eu não faço nada.

- A gente não vai fazer nada – David diz. Félix ri.

- Idiota! – Ele diz – Você é o príncipe, ela é a princesa... Eu sinto muito, mas esse conto de fadas não terá um final feliz – Ele aperta qualquer merda na arma a fazendo preparar para atirar.

Eu abaixo a cabeça e fecho os olhos. Mas sou obrigada a abri-los novamente quando escuto Félix gritar por algo.

- O que foi? – David ri – Acabou as balas? – Sorrio.

- Não pense isso, elas estão bem aqui – Ele coloca a mão no bolso, mas antes de coloca-las na arma, David se aproxima dele dando um empurrão e depois indo para cima. Ele é louco.

- David, para! – Eu grito.

Não demorou para que os dois estivessem rolando no chão se batendo, socos e chutes era o que mais tinha naquela hora e o David era o que mais estava levando, o que era obvio.

- FÉLIX PARA COM ISSO, DAVID PARA – Eu gritava, mas nenhum me dava ouvidos.

David bate na mão de Félix fazendo a arma cair perto da porta, quase passando por baixo dela. E então ele continua a bater nele, assim como Félix.

- POR FAVOR, PAREM – Eu tentava de tudo para me soltar, mas era impossível. Mas estava ficando aos poucos mais folgada.

- Seu idiota – Félix diz dando um belo de um soco no David o fazendo bater contra a parede, ele se aproxima dele o segurando pela camisa e o levantando. - Escuta aqui filhinho de papai. Você não pode nada comigo, o seu plano de dar uma de super herói acaba aqui, você não conseguiu salvar a mocinha, e é agora que os dois vão ir embora, vão visitar o submundo – Félix dá outros socos e o solta deixando-o caindo com tudo no chão.

- David, por favor, David! – Grito e Félix ia em direção a arma para pegá-la novamente, David estava pouco mole, seu rosto estava todo machucado e o do Félix também.

- Por favor, Félix! – Ele não me dava ouvidos.

Olho para David que faz um sinal para que eu fique em silêncio. Ele levanta com dificuldade, mas silenciosamente, levanta indo para um dos cantos da cabana, ele volta com um pedaço de madeira na mão, eu sorrio, Félix botava as balas na arma.

- Vai – Digo sussurrando. Ele assente, David sem querer faz barulho na hora que pisa em um dos lugares soltos no chão, Félix se vira, mas é na mesma hora que David bate a madeira com tudo em sua cabeça. Eu sorrio, abro o sorriso para ele e ele para mim.

Ele vinha em minha direção.

- Rápido, ele é cabeça dura, literalmente, logo vai acordar – Ele vem para trás de mim.

- O que ele fez aqui? Está muito apertado.

- Continua está folgado.

Ele continua tentando folgar a corda, que aos poucos ia, mas estava muito difícil.

- Acho que em cima daquela mesa tem uma tesoura, vai logo lá – Digo e ele solta minha mão. – David? – Ele se vira para mim – Obrigada!

- O que é que eu não faço por você. – Rimos enquanto ele procurava a tesoura em uma mesa.

- Adianta – Digo, e ele continuava a procurar, olho para o chão e o Félix se move. – David adianta, vai rápido.

- Não to achando, não tem nem faca por aqui – Ele diz sem se virar.

- Rápido David, vai...

- Calma!

Félix se move mais uma vez até que ele abre os olhos e olha diretamente para mim.

- Ai meu Deus! DAVID POR FAVOR, SE VIRA – Ele não me dá ouvidos.

- Calma! – Olho para Félix que sorri e se estica pegando a arma.

- David, David, se vira esquece essa faca, DAVID, DAVID!

- CALMA, ELA ESTÁ POR AQUI!

Sem se levantar. Félix pega a arma e levanta o braço apontando para o David.

- DAVID, POR FAVOR, SE VIRA – Peço com os olhos cheios de lágrimas.

- Achei! – Ele diz sem se virar.

- É O FÉLIX, DAVID! – David se vira e arregala os olhos assustado. – Félix... NÃO!

Ele sorri e atira.

- DAVID!


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Notas finais do capítulo

tuts o/ tuts o/ quero ver o/ tuts o/ tuts o/ tuts o/
Oi gente, tudo bem?
Eu estou ótima, obrigada por perguntar. Para você que aguentou ler todo de uma vez só, o que achou? Félix é um amor de pessoa não é? Eu sei que sim. Eu o amo... O David é um fofo né? Dando uma de super herói, ele diz que ama a menina e leva um tiro por ela... Sorry amores... Sorry, mas eu não disse que iria matar alguém... Só digo isso. hehe.

Bom, podem me xingar, sério mesmo, podem me xingar a vontade. Eu deixo u.u
O próximo capítulo pode demorar para sair, mas se comentarem eu posso dar uma adiantada nas coisas, estou em semana de provas e falta um mês e poucos dias para minhas aulas encerrarem, e digamos que eu não quero ficar as minhas férias no colégio ahsuahsuhasa. Bom, gente, não me matem, mas me xinguem. Eu juro que sou legal :3

Recomendações, reviews e favoritos são todos bem vindo em meu coração ♥

Beijos !