My Oath To You escrita por Begin Again


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Oi, um pouco atrasada :)
I never meant to break your heart...



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Samantha caminhava ao lado de Anne pelo Central Park, o clima era quente e ensolarado o que indicava que o índice de chuva a tarde era grande. Samantha com sua mão agitada para todo tempo tocar as mãos da loira que conversava gesticulando sobre seu professor que acabara de mandar uma mensagem dizendo que iria ligar para ela a qualquer momento para dar instruções sobre o contrato da residência no hospital. Conversavam sobre coisas aleatórias durante o percurso animado e tenso por parte da loira, a morena fazia sua parte e tentar fazer sua amada rir de qualquer maneira que pudesse para diminuir sua ansiedade que pouco se mostrava, mas sabia que muito se sentia.

Ao lado direito observaram vários bancos para fora do quiosque de Steve então com o pedido no olhar de Samantha a loira concordou com a cabeça em se dirigirem para lá.

— Ei, Steve?

— Olá garotas, como estão? – disse o homem de boné preto saindo com um saco de pipoca que parecia estar quente.

— Estamos...

— Bem. – completou a loira corada.

— Ótimo. – respondeu o homem.

— O que está acontecendo por aqui, Steve? – perguntou a morena.

— Dia de limpeza, vou atender os clientes aqui fora hoje. Acho que vai querer esse saco de pipoca Samantha, acabei de fazer.

— Eu não vou negar que as quero. – falou rindo e o homem entregou o saquinho para a morena.

— Olhe, sua namorada é muito boa com crianças, olha. – apontou o homem.

Samantha olhou para seu lado desentendida e a loira não estava ali, procurou do outro lado e lá estava ela preocupada com um menino caído embaixo de sua bicicleta, o sol beijava cada canto do lugar refletindo nas folhas das arvores e também nos cabelos loiros atrás da orelha o que a fazia mais bonita. A morena observava toda a ação da loira, ela levantou o menino e o levou para uma torneira e lavou o machucado no braço delicadamente, mesmo assim, o menino reclamava. O choro do menino já havia parado ele estava calmo e foi embora com um sorriso agradecido para Anne levando sua bicicleta sem subir nela. Anne veio em sua direção com um sorriso satisfeito e pálido, a morena suspirou. Samantha comia as pipocas do saquinho como se fossem as últimas que poderia comer, o que a fazia rir.

— Não entendo seu deleite por essas pipocas, elas são boas, mas não serão as últimas, Sam. – falou se aproximando.

— Como eu não entendo seu tamanho altruísmo.

— Touché. O garoto machucou o cotovelo e disse que sua mãe iria brigar com ele, ela não pode ser tão dura assim com crianças. – falou com um de seus olhares que não gostavam de ser contrariados.

— Ela é só mãe, Anne.

— Mas, ele é uma criança, é quase seu destino se machucar.

— Sim, mas pode evitar. – a morena respondeu enquanto colocava mais algumas pipocas na boca.

— Não pode, Sam.

— Sim, pode.

— Isso não vai chegar a lugar nenhum. – a loira disse e riram.

— Ei, Steve. Nós já vamos.

— Já? Obrigado por virem.

— Tenho que voltar para o trabalho.

— Samantha sempre muito ocupada. – se dirigiu à loira.

— Sempre. – respondeu a loira com um sorriso.

— Tchau. – disseram juntas.

— Tchau garotas.

Se andassem mais um pouco estariam fora do parque o que significava que as duas teriam que se separar, gostariam de ficar juntas um dia inteiro, não seria uma má ideia, mas logo Yako estaria ligando desesperadamente para saber onde a morena estaria e isso poderia causar um desastre, por ser Yako no comando. Samantha avistou um banco próximo à rua e puxou a loira para sentar ali. Só se veriam no dia seguinte, nenhuma das duas poderia aguentar a saudade. Anne pegou algumas pipocas ainda restantes no saquinho e as colocou na boca, Samantha observava cada movimento com atenção e seus pensamentos começavam a perturbar. Anne com seus olhos azuis apertados com os raios de sol era algo quase alucinante para a morena ficar longe de seu corpo ou sua boca. Tinha medo que suas ações assustassem de alguma maneira a loira, então a chamou para um simples beijo. Seus lábios se selaram o gosto doce de suas bocas se dividiu em sabores específicos como de maça verde e morango, conforme seus lábios se tocavam lentamente espasmos percorriam o corpo de Samantha que repulsava seus desejos inapropriados, involuntariamente a mão da morena que não segurava o saquinho de pipocas percorreu a coxa esquerda da loira e seguia subindo para sua cintura que Samantha pôde notar que era mais definida do que pensava, sua mão parou ali por um momento enquanto o ritmo do beijo aumentava, aquela sensação era muito intensa quase impossível de ser interrompida, então, a morena com seu pensamento libidinoso, subiu sua mão mais um pouco encontrando o exterior do busto de sua amada, que lhe deu um sinal vermelho ao sair do beijo.

— Me desculpe. – falou a morena com os lábios ainda vermelhos do beijo intenso.

— Esta tudo bem. – respondeu a loira já corada.

— Eu não quero forçar nada Anne, isso foi um deslize, eu falo sério. – disse a morena jogando o saquinho no lixo ao lado.

— Eu sei que você tem suas necessidades e eu também, só não quero ser precipitada, Sam, desculpa. – disse pausadamente.

— Está tudo bem, Anne. Espero o tempo que for por você.

— Eu te amo.

— Te amo também, mas agora tenho que ir. – falou a morena olhando para o celular.

—Nos vemos amanhã? — Mal posso esperar. – disse a morena roubando um selinho rápido da loira.

****

Havia mais meio período previsto de trabalho, suas forças foram revigoradas pelo o encontro com Anne, sabia que não agiu bem naquele momento que não agiu por vontade própria, mas realmente Anne era a única mulher que tenha provocado tudo isso nela. A loira prometeu avisá-la quando recebesse a ligação de seu professor com as informações sobre a residência e estava muito feliz por ela, finalmente realizando o que queria para o resto da vida. Subiu o elevador e parou no andar definido e Yako que estava acertando papéis em uma mesa próxima, papéis que se tratava de contratos de outras empresas relacionados a um novo homem que Dorkey teria exigido um posicionamento em um cargo de diretor de carregamentos. Samantha pediu para que Yako pesquisasse e a informasse sobre tudo daquele tal homem, pois não poderia se arriscar em colocar naquela empresa alguém que não conhecia.

— Ele não foi preso, mas já foi parado por policiais ao o encontrar com drogas e álcool no carro, ele não é casado, mas tem um filho com uma adolescente no Sul, foi dispensado por outra empresa por não respeitar horários.

Ele não é apto para o cargo, senhorita Klein. – a japonesa falou tudo rapidamente, até parecia estar tudo ensaiado.

— Você não da opinião aqui Yako, eu sim. Agora poderia, por favor, me colocar na linha com Dorkey?

— Imediatamente, desculpe srta. Klein.

Samantha se sentou abrindo a agenda eletrônica, observou que uma reunião importante estava próxima e teria que se preparar. O barulho do telefone invadiu seus ouvidos e se apressou em atender.

— Sr. Dorkey?

— Srta. Klein. Como posso ajudá-la? – a morena pôde ouvir barulhos ecoados de tosse vindo do homem.

— Gostaria de dizer que o novo diretor que o senhor indicou como apto para o cargo não se encaixa com os pré-requisitos da empresa.

— Quero que dê uma chance a ele, esse senhor é filho do falecido Grouché.

“Como se isso ajudasse em sua falta de irresponsabilidade” – pensou.

— Claro, mas se ele trouxer problemas...

— “Se” ele trouxer problemas Srta. Klein você faz o que deve fazer, mas agora a senhorita vai contratá-lo.

— Ele terá acesso a várias coisas Sr. Dorkey.

— Pelo o que eu sei Srta. Klein eu ainda sou dono da empresa e farei o que quiser com ela.

— Não posso deixar que faça nada de errado quando ela estiver em meu comando.

— Aprecio seu tamanho respeito pela empresa... – o homem não completou a frase pela tosse repentina. — De uma chance a ele.

— Sim, senhor.

— Ligue quando precisar.

— Obrigada. Samantha bufou.

— Ele está muito velho para esse tipo de escolha.

— Yako! – a morena gritou para a assistente.

— Marque uma entrevista com esse novo diretor para amanhã.

— Mas, senhorita... – disse a mulher entristecida.

— Yako, só faz o que eu pedi. Está bem?

— Tudo bem, senhorita.

A japonesa ia se retirando e ao chegar atrás da porta ela se abrir repentinamente e o material de vidro bateu com força em sua cabeça, a morena ouviu um barulho e correu para ajudar a assistente.

— Yako?

— O que aconteceu? – perguntou Quinn entrando pelo o espaço que tinha na porta e o corpo da oriental.

— Você a machucou, não está vendo?

— Mas, eu nem entrei na sala e...

— Quinn, me ajuda a levantá-la! – disse a morena erguendo a assistente.

— Claro. – disse a amiga deixando a pasta que segurava no chão.

As duas levaram a assistente desmaiada até a poltrona na sala de Samantha.

— Pega água para ela Quinn, vai!

— Ok! – falou e saiu um pouco desorientada.

— Yako, ei, acorda! – Samantha dava tapinhas no rosto da assistente.

— Hm? – a menina gemeu.

— Ainda bem! – Samantha suspirou aliviada.

— Aqui a água. – Quinn entrou quase derrubando o copo no chão.

— Ah! Ainda bem que acordou, me desculpa oriente, não queria...

— Está tudo bem, vamos, temos trabalho a fazer. – todas riram com a fala da assistente.

**

Samantha finalmente chegou em casa depois de um dia cheio, passando pela porta com duas sacolas de sapatos novos deslizou a mão pela sua camisa de tecido fino e abriu três botões, sentou no sofá e tirou seu salto, observou seus pés incharem e não deixou de rir de si mesma, respirou fundo e com seu movimento assustou com a campainha tocando duas vezes, não estava esperando ninguém em especial, a não ser que Anne estivesse atrás daquela porta, encheu seu coração de esperança e ao abrir encontrou uma mulher impaciente e um pouco ansiosa.

— Lola?

— Olá, Samantha.

— Como vai? – perguntou a morena apreensiva.

— Não vai me convidar para entrar?

— Claro, entre. – disse coçando a nuca e dando espaço para a mulher passar.

— Estou muito melhor agora.

— Desculpe Lola. O que realmente quer aqui? – a morena deixou escapar um pouco do seu lado mais sério.

— Vim ver como está e te dizer pessoalmente que precisa de mim.

— Preciso para que? – indagou a encarando com os braços cruzados.

— Verônica está preparando algo, algo grande Sam, posso protegê-la.

— Eu não tenho medo dela nem de suas ameaças. – disse ignorando.

— Sam, você não entende... Ela tem contato com pessoas de “status”, pessoas que estão prontas para acabar com você.

Samantha paralisou. Como aquela estúpida modelo poderia criar algo tão grandioso contra ela? Tem mais alguém envolvido nisso, não só um, talvez, muitos.

— Sam, eu trabalhava para ela não posso negar, mas ela não me dava todas as pistas e pelo o que eu soube ela tem um novo aliado. – falou a mulher deixando sua bolsa no sofá.

Samantha não respondeu, estava atormentada, teria que pensar e também planejar algo, se aliar à Lola? Ou apenas não se deixar abater por ameaças, mas agora tinha Anne e não poderia aceitar que Verônica fizesse algo de mal com a mulher de sua vida.

— A empresa Sam... Também pode ser um alvo.

— O que a empresa tem com isso tudo? – falou com seus olhos já marejados.

— Eu te disse, ela tem contatos e quando ela descobrir sua nova namorada isso poderá ser um alvo também.

— Anne? Não...

— Eu estou aqui para ajudá-la, Samantha.

A morena sentiu seu estômago pesado poderia passar mal bem ali, ao pensar em Anne sendo ameaçada por aquela psicopata era tudo que não queria para sua vida, logo agora que começaria uma carreira.

— E como faria isso? – disse se sentando no sofá.

— Vou apanhá-la pelos cantos, convencer pessoas que conheço a abrirem os olhos e saírem de lá, ela acabou com a minha vida e posso acabar com a dela junto a você, com sua permissão, quanto mais pessoas do nosso lado, melhor.

— Ok, eu vou pensar nisso, Lola.

Lola sentou no sofá do lado de Samantha e pegou em sua mão em forma de apoio.

Um barulho que veio da porta fez com que as duas olhassem para lá em sincronização. Uma loira estática com o rosto molhado de lágrimas passarem por ali algumas vezes não fazia nenhum movimento, as lágrimas caiam como se fossem pesadas, a morena se levantou para ir até ela, mas a loira deixou a sacola com um embrulho em cima da mesa e saiu dali praticamente correndo.

— Anne!

Samantha pegou suas chaves e desceu pelas escadas do prédio como nunca antes tinha feito, sua respiração era rápida como seus batimentos tensos. Ela entendeu tudo errado.


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Notas finais do capítulo

E ai? Sam deve confiar em Lola? ou não? Me falem o que acharam do capítulo! Tensão aumentando com elas em... hahah. E ainda espero seus números para o grupo do wpp ;) Bjs até mais.