My Oath To You escrita por Begin Again


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores. Demorei, mas postei. Esse vai ser meu lema hahah Desculpem pela demora again e espero que gostem ;)



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— Yako estou atrasadíssima. Poderia fechar minha sala? - disse Samantha procurando a chave do porsche dentro de sua bolsa.

— Sim Senhorita Klein.

— Obrigada. - já ia se retirando quando lembrou.

— E Yako, pegue os papéis que estão sobre a minha mesa e arquive todos.

— Vou fazer imediatamente.

— Obrigada mais uma vez. - falou e sorriu para a assistente.

— Bom encontro! - gritou para a morena que acenou entrando no elevador.

Não sabia se seria capaz de sair com outra pessoa sem que Anne possuísse seus pensamentos, queria se auto testar, não poderia viver daquele jeito se algo desse errado entre elas, seu corpo pedia por alguém, era quase incontrolável. Lola parecia ser uma pessoa decente e bem apessoada, iriam a apenas uma festa e Samantha prometeu a si mesma não exagerar na bebida, iria apenas deixar rolar, além disso, precisava de um pouco de diversão.

Naquele momento dentro do carro imaginou como Anne a imaginava. Uma mulher solitária? Ou talvez uma mulher altruísta e interessante? Gostaria muito de saber, não que fosse fazer alguma diferença, mas apenas adoraria saber. Enquanto chegava no prédio Anne relutava em aparecer, a luz de seus olhos brilhavam como a luz da rua.

Entrou em seu quarto e um vestido já estava estendido em sua cama, havia comprado para essa ocasião e de manha tinha deixado sobre a cama para não amassar, a peça era curta e exibia totalmente suas curvas esculpidas pela malhação, era inteiramente branco e com pedrarias modernas o que deixava Samantha mais elegante do que nunca. Estava realmente atrasada e Lola já havia ligado duas vezes, passou uma maquiagem casual com um delineador bem marcado e tudo se encaixava no look, o relógio já dava nove horas então pegou uma bolça pequena e deslocou-se para o estacionamento.

No trajeto para o local da festa, havia uma multidão que seguia para o lugar, como achou que seria uma festa um tanto quanto íntima estranhou o volume de pessoas, o pequeno bar se localizava a algumas quadras para trás do quarteirão onde Anne morava, poderia reconhecer a árvore e também uma pequena praça em frente o lugar que aconteceria a festa. Estacionou seu carro em uma esquina próxima, e enfim ligou para Lola.

— Aonde você está? - a mulher foi logo dizendo.

— Estou aqui fora.

— Então entre, vou te ver quando entrar.

— Ótimo.

A morena guardou o celular na pequena bolsa e atravessou a rua para entrar na área do evento. Ao entrar apertou os olhos, pois por todos os lados haviam luzes de neon, o lugar não estava totalmente cheio, mas estava a caminho disso. A música era contagiante e muito alta, não conseguia achar Lola no meio daquelas pessoas estranhas, mas como ela disse que iria conseguir encontrá-la, foi para o bar. Na bancada havia duas bartenders que rodavam as bebidas e colocavam uma espécie de fogo dentro delas, aquilo chamou sua atenção.

— Quer uma bebida? - a bartender loira disse com um sorriso de canto.

— Não, obrigada. Isso é incrível, digo, as bebidas.

— São não é mesmo? Amo fazer isso.

— Muito interessante.

Samantha vidrada em uma bebida que era como uma torre cheia de cores, se assustou com a pegada firme em sua cintura.

— Ei, como vai? - Lola depositou um beijo na bochecha da morena. — Você está linda por sinal. - abriu um sorriso que

Samantha poderia chamar de super atraente.

— Obrigada. Você também. - não ligou de olhar a mulher dos pés a cabeça.

— Então, quer dançar?

— Espera, vamos sentar um pouco. - Samantha puxou a mulher para onde havia mesas de dois lugares a música ali era mais alta e deveriam falar mais alto e bem perto do ouvido.

— Poderia saber o motivo do convite?

— Ela me avisou sobre as perguntas, eu não sei, estava precisando disso para tentar refrescar a mente.

— Desculpe, ela quem?

— Ninguém importante. - a mulher dessa vez ficou nervosa e ansiosa. — Podemos dançar agora?

— Vamos.

A mulher então pegou Samantha pela mão e colocou em seu ombro a puxando para a pista, a morena reparou que o número de pessoas dobraram ali, aquele grupo de pessoas que estavam na rua provavelmente teriam chegado. Quando elas chegaram no meio da grande sala a música mudou e era bem mais rápida que a outra, Lola sempre a apertava firme e com desejos a cada toque daquela dança, todos pulavam e se divertiam inclusive Samantha. Estavam dançando a sétima música e a morena tomado três drinques, não iria beber muito, então decidiu que deveria tomar aquela bebida com fogo e tratou chamar Lola para o bar.

— Eu realmente preciso dessa bebida.

— Tudo o que quiser. - riram.

Lola pediu a bartender uma daquela bebida, e depois virou-se para Samantha.

— Nunca tinha dançado tanto.

— Confesso que nem eu.

— Muito trabalho deixa a pessoa muito séria. - disse e fez cócegas na barriga da morena, que riu.

— Falando em trabalho, você trabalha muito tempo na Z's?

— Alguns meses sou assistente do Sr. Trad.

Agora Samantha lembrava da mulher em algumas reuniões.

— Ah! Sim.

A bartender chamou e Lola lhe entrega o dinheiro.

— Aproveita, eu já volto.

— Está bem.

Samantha a seguiu com o olhar até não a enxergar mais entre as pessoas. Bebeu aquela bebida mais rápido que esperava, e Lola voltou com outra bebida escura.

— Essa daqui também é muito boa. Experimenta. - entregou o copo para a morena.

Pensou várias vezes antes de dar um gole, não poderia beber muito, era só mais esse disse para si mesma e pegou o copo da mão da mulher e bebericou três vezes com uma careta. Lola a olhou depois de beber com um olhar mais que sedutor e puxou a morena de volta para pista. Desta vez a dança era cheia de apertos por parte de Lola, lá estava ficando mais quente que jamais foi ou era. Depois de dançarem mais três músicas Lola, pegou nos dois ombros de Samantha e puxou para a parte de trás do evento onde havia sofás grandes com almofadas gigantes, quando chegaram o casal que estava ali saiu com o anúncio que pelo que Samantha podia ver partiu de Lola.

— Bem Sam, posso te chamar assim?

— Pode, claro.

— Posso fazer uma massagem?

— Eu não... - enquanto se atrapalhava nas palavras, Lola se apressou com suas carícias por toda a extensão das costas da morena sempre com seus toques firmes. Samantha já estava relaxada, foi então que sua visão começou embaçar e dar voltas, era estranho, pois não tinha bebido nada de mais, com a aproximação de Lola podia sentir que ela estava bebada, pensou nas bebidas e seu estômago embrulhou. Lola aparentemente bêbada deposita vários beijos em seu pescoço, Samantha gostaria de agir com aquilo, mas parecia errado e Anne invadia sua mente que naquela hora parecia flutuar, ela tinha bebido algo a mais, algo que não tinha notado.

— Vamos Sam, se entrega para mim. - Lola disse sussurrando.

A morena engole seco, sua cabeça da mais milhares de voltas e naquele exato momento seria fácil perder o controle. Ao olhar para o lado levou um enorme susto com Lola apontando uma faca que tinha tirado do meio das almofadas.

— Ei, o que é isso? - rapidamente se afasta da mulher.

— Eu tenho que te machucar, mas...

Lola estava mole, não seria capaz de machucar ninguém naquele estado.

— Lola espera, me dá isso. - disse tentando se concentrar na imagem da mulher que parecia não ficar em um só lugar.

— Não Sam, é o meu trabalho e...

Em segundos Lola cai em choros estéricos, as lágrimas despencavam uma após a outra, Samantha se aproximou e esticou seu braço para a mulher, com isso sem perceber Lola também estende seu braço que continha a faca, assim o sangue escorre pelo resto do braço de Samantha, o corte não parecia fundo, mas a dor era imensa.

— Sam? Te machuquei. Eu não queria... - a mulher cai novamente em choros.

— Quem te mandou fazer isso? - disse tirando mechas de cabelo do rosto da mulher desolada.

— Verônica. Me desculpe. - diz limpando as lágrimas.

Samantha estava com raiva, mas suas em suas condições não deveria gritar ou se exaltar só queria sair daquele lugar o mais rápido possível, então ajudou a mulher.

— Vem, vou pedir um táxi para você.

— Tenho que ir com você. - disse a mulher com um bico.

— Infelizmente não vai dar, minha visão não está boa e...

— Culpada. - disse enquanto era levada para fora com dificuldades pela morena.

Atravessaram a rua e Lola segurava em Samantha com força, suas pernas estavam moles, decidiu colocar Lola em um banco da praça que se localizava em frente.

— Meus pais não ficariam orgulhosos de mim.

— Me escuta. - segurou o queixo de Lola para cima. — Não se envolva com aquela mulher, ela é uma pessoa horrível e traiçoeira, ao contrário de você, faça o que gosta e seja feliz, está bem?

— Sim. - disse deitada no ombro da morena.

Alguns minutos se passaram e um táxi apontou no final da rua e foi esse que Lola apanhou. Samantha avisou o motorista da situação da mulher que já dizia seu endereço, Samantha pagou a corrida e o motorista acelerou bruscamente, então voltou a sentar no banco enquanto apertava o corte para estancar o sangue que surgia em grande volume.

****

Anne voltava para casa sozinha aquela noite. Essa não era a primeira vez que isso acontecia e não seria a última, como amava andar a noite e observar os cantos da bela Manhattan, negou várias vezes depois que Kevin e ela terminaram os estudos trazê-la de volta para casa, além de não aguentar mais sua voz e seus choros por piedade. Depois de passar alguns quarteirões a frente de sua casa resolveu voltar passando por uma velha praça que sua mãe a trazia quando criança, nada tinha mudado a não ser algumas mãos de tinta no playground e também aos bancos associados a praça. Ao se aproximar da próxima rua um poste iluminado piscava várias vezes como em um cenário de terror, já era tarde e tudo além da praça estava as escuras, a não ser por uma pessoa sentada em um banco que estava sem as novas mãos de tinta, a pessoa estava parecendo estar mal então se apressou até lá. Alguns passos de distância conseguiu notar bem a pessoa e seu coração parecia querer pular para fora do peito. Ela está machucada.

— Sam! - a loira correu e diminuiu a distância entre elas.

— An? - a sua visão completamente embaçada e sua cabeça dando voltas reconheceu a voz.

Anne chegou e colocou suas mãos em seus braços e costas em um gesto preocupado e instintivo.

— O que aconteceu com você? o que está sentindo? - sua voz saiu trêmula ao ver sua amada naquele estado.

— Eu... Me machuquei. An, não me deixa aqui.

— Não vou te deixar, aonde seu carro está? - disse tirando um lenço da bolsa e apertando o ferimento.

— Na esquina. - falou com a mão na cabeça.

— Você está com a chave ai, certo? Vamos até lá, consegue?

— Eu coloquei ela na bolsa. Vamos.

Samantha era alguns centímetro mais alta que a loira, mas passou seu braço em seu pescoço, a loira então pegou em sua mão e passou seu braço na cintura da morena. Atravessaram a rua e alguns rapazes que saíam da área do evento ofereceram ajuda, mas Anne negou e agradeceu com um sorriso forçado, mais alguns passos e chegaram ao carro. Anne abriu a porta do passageiro e colocou Samantha lá sempre com sua mão no rosto, fechou a porta e correu pela frente do carro em direção a outra porta, entrou e deu partida no porsche.

— Você nunca me disse que sabia dirigir. - falou a morena com um sorriso fraco.

— Eu sei dirigir só não tenho um carro. - olhou para a morena com o mesmo sorriso que tinha recebido.

Anne seguiu para sua casa, lá tinha tudo o que precisava para fazer a sutura no braço da morena e também remédios, ignorou o fato de seus pais estarem lá, Samantha precisava de ajuda e não ia levá-la a um hospital sendo que ela estava prestes a virar uma.
Parou o carro em frente de sua casa e correu para tirar a morena do porsche, depois de finalmente conseguir apertou um botão na chave para trancar o carro e carregou Samantha até a porta, abriu com cuidado, com um pouco de dificuldade e a levou para seu quarto.

— Sam vou tirar um pouco de sangue para saber o que fizeram você beber, está bem? - a morena concordou com a cabeça.

Anne limpou o lugar machucado e logo constatou que era um corte com algum tipo de metal, tremeu ao pensar em Verônica e o que ela poderia ter feito. Depois do ferimento ser bem limpo e desinfectado começou a sutura devagar, mas precisa. Ao detectar o que Samantha havia tomado, que por sinal era uma droga para fazer o indivíduo ter alucinações e visão conturbada, era algo fácil de conseguir, deu um remédio para curar os sintomas, colocou na seringa e aplicou no braço no qual não estava machucado, sabia que logo a morena estaria dormindo então a entregou um pijama. Samantha nem esperou a loira se retirar e removeu o vestido em um instante, deixando a mostra seu belo corpo e uma lingerie branca que deixava sua pele morena luminosa, o que fez a loira corar. Samantha deitou na cama já com o pijama limpo e foi coberta por Anne que logo depositou um beijo doce e calmo em sua bochecha.

A loira tomou um banho rápido e preparou suas coisas para dormir no sofá essa noite, ao imaginar que a morena estava em seu quarto a deixava nervosa, se cobriu e deixou que o sono a levasse.


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Notas finais do capítulo

Só digo que se preparem para o próximo capítulo, vou dar o meu melhor para que seja especial para SamAnne e vocês :) Obrigada mesmo por acompanharem e espero que me digam o que acharam desse cap. da Lola etc. Qualquer coisa me mandem ask no tumblr, vocês são muito fofos :D Bjs.