Darkness escrita por Kaah


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Parece que eu tenho leitores, mas ainda não tenho tenho nenhum review. Isso é meio chato pessoal, é desse jeito que as pessoas param de postar. Espero ter algum retorno de vocês (:



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Era o Pablo, meu irmão.



– Ai seu idiota, quer me matar do coração é? – Coloquei a mão no coração, mais aliviada por que não era outra coisa.



– O que foi maninha? Ta com medinho do bicho papão? – Debochou da minha cara. – Eu só estava esperando você acordar pra saber o que tinha acontecido com você. – sentou-se na minha cama.



– Como assim, o que aconteceu? – Perguntei curiosa, querendo saber o que ele tinha visto.



– Não sei, me diz você. Quando eu cheguei você estava deitada no chão com um corte na cabeça e tudo ao seu redor quebrado. Pensei que tivesse morrido. – E agora? O que eu iria explicar a ele sobre o que aconteceu? Pensa rápido Mel. Você não quer ir para o psiquiatra de novo, pensa. A já sei.



– Como é? Tudo quebrado? Ai minha cabeça – coloquei a mão na cabeça fingindo dor – eu só me lembro de sair da escola e –fingi tentar lembrar – não me lembro do resto. – O olhei com uma cara de desentendida. E ele parece ter acreditado. Ótimo.



– Deve ter sido a pancada, amanhã vou te levar ao médico então. – Falou preocupado, e eu logo entrei em pânico, mas não deixei transparecer, por que se ele percebesse eu estaria ferrada.



– Não preciso de médico, ele vai dizer que não tenho nada, foi só uma pancadinha, depois eu me lembro do que aconteceu, alem do mais, você sabe que eu detesto médicos.



– Até parece que você está escondendo alguma coisa de mim. – Ele me encarou duvidando. Mas depois disse – ok, você que sabe, mas se essa dor não passar já sabe não é? Não adianta choramingar que vai sim ao médico nem que seja arrastada.



– Ta bom, ta bom. – o olhei entediada e ele riu.



– Agora que você está melhor eu já vou e daqui a 15 minutos você desce pra comer alguma coisa ta?!



– Ok. – Ele se levantou da minha cama indo em direção a porta. E novamente escutei algo me chamando, logo me assustei, mas pensei que fosse o Pablo, então perguntei. – O que disse? – Ele se virou para mim com uma das sobrancelhas arqueadas.



– Nada. Ta ficando louca menina? – Debochou de mim como sempre, idiota.



– Não, esquece isso. Já vou descer, pode ir. - Acho que estava ficando perturbada com isso. Eu cheguei em casa de tarde e só acordo agora sem saber direito o que aconteceu. Preciso fazer alguma coisa para me livrar disso ou ficarei louca. – Pensei.



Olhei tudo a minha volta me lembrando do que aconteceu e algumas coisas ainda estavam quebradas, essa era a segunda vez que isso me acontecia, de fazer as coisas por ato involuntário, mas as vozes, essas vozes sempre ouço quando estou sozinha, e a cada dia aumentam mais. Mas não quero contar a ninguém, pois vão me chamar de louca. Então vou continuar sofrendo sozinha, como sempre. Fiquei alguns minutos pensando um pouco, mas decidi descer, afinal, minha barriga estava dando sinais de vida, pois roncou. Desci com certa dificuldade, pois estava com o corpo doendo um pouco. Assim que desci dei de cara com meu pai.



– Oi pai. – Falei sem graça.



– Oi. – Ele me olhou sério e subiu as escadas. Ele sempre foi assim, sério, calado, então isso já era de costume. Fui em direção a cozinha. Chegando lá tinha o meu prato preferido, lasanha, melhor que remédio pra dor é a lasanha da minha mãe. Coloquei um pouco num prato, peguei coca e fui para a sala. Quando chego lá, encontro minha mãe que logo me bombardeia com suas perguntas.



– Mel você está bem? O que aconteceu aqui? Quando cheguei te encontrei deitada no chão com um corte na cabeça. Fala pra mim, bateram em você? Se for isso me fala quem foi que eu vou agora a policia denunciar. Fala logo garota. – Pronto to ferrada, e agora?



– Não sei mãe, to tentando me lembrar até agora, e não me vem à cabeça o que pode ter acontecido. – eu fiz uma cara de como se tentasse lembrar, como fiz com meu irmão, mas na verdade eu apenas queria inventar uma boa desculpa pra minha mãe. – Como eu já contei ao Pablo, só me lembro de ter vindo da escola e... Só.



– Tem certeza querida? Você não esta escondendo nada de mim? – Ela me olhou desconfiada.



– Lógico mãe. Você acha que eu mentiria pra você? Eu só não consigo me lembrar. – Menti novamente.



– Ok então. Quando se lembrar de alguma coisa já sabe não é? – Falou preocupada.



– Sim mãe. – Ótimo, eu tenho uma mãe super protetora, se ela soubesse o que realmente se passa na minha vida, nem sei o que ela faria. – Então, to subindo. – Dei um beijo nela e no meu irmão, que estava assistindo TV e subi para meu quarto, não sei como, mas assim que deitei na minha cama peguei no sono. Cai como uma pedra. Dormi tanto que acordei atrasada para ir para a escola, ótimo.



Acordei já eram 06:45, levantei num pulo, vesti uma roupa qualquer como sempre, lavei meu rosto e escovei meus dentes, nem deu tempo de comer nada, peguei meu material e rumei à escola, mas dessa vez correndo, quando cheguei lá acho que tinha algo de errado, pois de longe todos já riam e apontavam para mim, e como sempre a nojentinha da Patrícia já veio até mim.



– Nossa, caiu da cama foi? – Perguntou debochada e todos que estavam ao meu redor estavam tirando fotos minhas. Não a deixei continuar falando, pois se continuasse ali voaria em seu pescoço. Entrei correndo na escola e fui direto ao banheiro para saber o que tinha acontecido comigo.



Fui à frente de um espelho que dava pra ver o corpo todo e percebi qual era o motivo de tudo aquilo. Minha blusa estava ao contrario, meus sapatos estavam trocados, meu cabelo estava todo desgrenhado, pior que as outras vezes e a calça, que vergonha, a calça era do meu pijama, como eu não vi isso? Eu quero morrer. Percebi a mancada que dei e imediatamente liguei para minha mãe. Que no terceiro toque atendeu.



– Alo mãe?



– Oi Mel. O que aconteceu? Está chorando? – Pois é eu estava mesmo chorando, imagina sair de casa do jeito que eu estava.



– Mãe me ajuda. – Continuei aos soluços.



– Fala logo menina. O que aconteceu?



– Tem como a senhora trazer uma calça, um par de tênis e uma escova?



– Pra que isso? – Perguntou curiosa.



– Por que eu acordei atrasada. E nem percebi que havia trocado os sapatos e fiquei com minha calça do pijama. – Ela começou a rir pelo outro lado da linha. Obrigada por rir mãe. – mãe, isso não é engraçado.



– Nossa pensei que fosse outra coisa. – Falou ainda rindo. – Ok, em 10 minutos eu estarei ai.



– Ok mãe, vem logo, que eu to perdendo aula.



– Ok, já estou indo. Beijos. – E desligou. Mas a minha vida é um lixo mesmo viu. Quando não é uma coisa, é outra. Eu estava pensando até que vejo alguma coisa nos espelhos. Cocei os olhos e quando olhei já tinha sumido, fiquei ali assustada até minha mãe chegar. Em menos de 10 minutos ela bate na porta.



– Mel, você ta ai? – Ela perguntou do lado de fora do banheiro.



– To sim mãe, entra. – Destranquei a porta e ela entrou. E lógico, se assustou com minha aparência e depois começou a rir.



– O que foi isso, passou um tsunami aqui? – Perguntou, divertida.



– Para mãe, e me ajuda a me arrumar, por favor. – Falei já sem paciência.



– Ok vamos logo com isso, aqui estão as coisas que você me pediu. - Ela me entregou uma sacola com as coisas, eu tirei aquela calça, arrumei minha blusa do lado certo e coloquei os sapatos que ela trouxe e dei pelo menos uma arrumada no meu cabelo, eu não era lá essas coisas, mas estava pior que uma bruxa, disso eu tenho certeza. Terminei de me vestir, estava pelo menos um pouco mais apresentável e já poderia sair daquele banheiro, que sinceramente estava me dando arrepios.




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Notas finais do capítulo

Bem, por hoje é só. (:
Bjs



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