A Dream Come True escrita por malu
Notas iniciais do capítulo
Olá gente, esse é o segundo capítulo. Espero que curtam. É bem mais comprido do que o último capítulo :)
– Não acredito que você fez isso comigo! Não posso acreditar que você me traiu!
– Não, Henry, eu não te traí. Nós não estamos mais juntos, lembra?
– Mas eu ainda te amo e sei que você corresponde.
– Corresponde? Como assim? – perguntou Luke confuso.
– Não! Não correspondo, não mais!
Acordei com o barulho do despertador e lembrei do sonho na hora. Não acredito que sonhei que meu ex me viu ficando com o Luke! Ai meu Deus, eu e meus sonhos, só pode ser essa ansiedade insuportável.
Levantei, lavei o rosto, escovei os dentes, me vesti (link da foto roupa) e desci para tomar café.
– Bom dia! – disse minha mãe. – E aí? Ansiosa para o primeiro dia de aula?
– É, vamos dizer que sim.
– Ah, para de mau-humor! Tá um lindo dia lá fora!
– É, lindo e muito quente também. Tá parecendo até o Brasil.
– É porque estamos em pleno verão aqui.
– Pois é – disse enquanto tomava um gole do meu leite achocolatado. – Mãe, cadê o Tanner? O primeiro dia de aula dele também não é hoje?
– É, mas é de tarde, então deixei ele dormir mais um pouco. Aliás, vou precisar que você o busque na escola todo dia, ok?
– Ah, não acredito – dei uma mordida em minha torrada.
– Sem reclamar. Eu levo ele quando for te buscar e você busca ele às 5h30pm.
– Ok, ok – dei meu último gole no leite e levantei. – Mãe, já vou indo então, tchau!
– Tchau! Bom primeiro dia de aula!
– Valeu! – já falei conectando meus fones ao meu celular.
Andava pela rua fitando meu celular a procura de uma música animada para começar o semestre. Já mudei de escola tantas vezes que nem fico mais nervosa, muito menos em entrar assim, no meio do ano. De repente, trombei em um menino de skate e caí no chão sentada.
– Ei, você não olha por onde anda, não?
– Desculpa, eu estava distraído – disse o menino também caído no chão que logo levantou a cabeça.
– Luke? – disse assim que o identifiquei.
– Laura? – disse ele abrindo um grande sorriso com direito a covinhas.
Ele se levantou e segurou minhas duas mãos e me ajudou a levantar.
– Você está bem?
– Sim – respondi checando meus braços para ver se não estavam arranhados ou algo do tipo.
– Tem certeza?
– Tenho – ri de leve. – E quanto a você? Está bem?
– Sim, já caí tanto de skate que acho que estou imune – disse e rimos.
Ficamos nos olhando por uns dez segundos sorrindo até que um outro garoto passou muito rápido seguido de mais dois garotos também de skate e gritou:
– Vamos, Luke! Se você for parar pra falar com cada garota que vê na rua só vamos chegar na praia amanhã.
– É... esses são os meus amigos da minha banda que eu falei ontem.
– É, eles são sempre assim tão apressados?
– Quando se trata de praia, sim – rimos.
– É, eu tenho que ir – falei. – Não posso chegar atrasada no primeiro dia de aula né? A propósito, você não vai também?
– Pra escola? Não. Eu e os garotos estudamos em casa.
– Nossa, que sorte.
– Nem tanto, eu sinto falta do colégio. Desculpa, mas eu não perguntei sua idade.
– 15... e você têm...?
– 16, faço 17 daqui a dois dias.
– Parabéns! – disse a ele. – Então acho que somos do mesmo signo, porque fiz aniversário no último dia 30.
– Câncer?
– Sim.
– É, somos – rimos.
– Eu realmente preciso ir – falei.
A conversa com esse menino flui demais. Poderia ficar dias aqui.
– Eu também... ué, cadê meu skate?
Olhei em volta e apontei para o meio da rua, um carro estava prestes a atropelar seu skate.
– Para! Para! – ele gritou e saiu correndo em direção ao skate, me deixando rindo.
O cara do carro parou, abriu a janela, o xingou de alguma coisa e passou.
– Tchau! – gritei a ele do outro lado da rua ainda em meio a risos.
– Tchau! Boa aula! – ele disse já subindo no skate.
Segui caminho até a escola meio com pressa pois já estava atrasada.
Cheguei na escola e fui a recepção pedir por meus horários. Procurei por minha sala e quando entrei a aula já estava no começo.
– Com licença, professor.
– Laura, não é? A garota nova.
– Isso mesmo, desculpa o atraso.
– Não tem problema.
Entrei e me sentei na carteira vazia relativamente no meio da sala escutando alguns cochichos dos alunos sobre mim.
A aula começou e não conseguia parar de pensar no Luke. Devia estar tão avoada, tão sorrindo pro nada que até o professor percebeu.
– Laura.
– Oi – disse voltando do transe.
– Você pode me dizer o que acha que o autor quis dizer com essa frase?
– Qual frase?
– A na lousa.
Escutei os risinhos dos alunos.
– Ah, certo... É... Acho que ele quis dizer que às vezes, ou muitas vezes, as crianças podem sentir e perceber as coisas muito mais do que os adultos.
– Muito bom. E o que você acha sobre a opinião da Laura, Alfie?
Todos riram e eu olhei em volta procurando onde estava o garoto e porque todos riam, quando percebi que era o garoto dormindo no fundo da sala que nem tinha ouvido o professor o chamar.
– Alfred! – disse o professor em voz alta.
– Eu, oi, o que?
– O que você acha sobre a opinião da Laura sobre a frase no quadro?
– Ah, eu acho... que tá certa, talvez.
– Aham, ok... Então Laura, continue seu raciocínio. Por que você acha que as crianças percebem e sentem melhor as coisas?
– Porque os adultos geralmente estão muito preocupados com seus trabalhos, dinheiro, enquanto as crianças estão sempre com suas mentes abertas.
– Muito bom!
O sinal tocou e eu peguei novamente meus horários para ver qual era a próxima aula e sala que devia ir. Esse sistema americano é meio complicado porque não são os professores que vão à sua sala, você vai à sala deles.
– Oi, você sabe qual é a sala do professor de matemática? – perguntei a uma menina que estava no corredor.
– É no próximo corredor. Eu vou com você, também tenho essa aula agora.
– Ah, obrigada – sorri.
Yay, será que fiz minha primeira amizade na escola?
– Qual é o seu nome? – ela me perguntou.
– Laura e o seu?
– Zoe. Você é dos EUA mesmo? Tem um sotaque diferente.
– Ah, na verdade eu sou brasileira, mas já morei na Austrália e aqui nos EUA também, só que em Dallas. Por isso o meu sotaque é assim, todo misturado.
– Ah, entendi – entramos na sala. – Então, como é lá no Brasil? Parece ser um país lindo.
– E é mesmo – disse nem percebendo que o professor já havia começado a falar.
– Ei, você, de regata – me chamou o professor.
– É, você mesmo. Aluna nova, não é?
– É.
– Pode parar de falar e prestar atenção por favor?
– Claro. Desculpa.
Justo nessa hora meu celular apitou. Ótima hora.
– Já vi que vai me dar trabalho – disse o professor.
– Mil desculpas professor, eu esqueci de desligar.
– Ok, agora desliga e guarda na mochila por favor.
– Sim, senhor.
Guardei o celular e uns cinco minutos depois peguei o celular quando o professor estava distraído e era uma mensagem do Luke:
"Podemos almoçar juntos hoje? Eu te busco na escola se você quiser. Quero te conhecer melhor e sei um restaurante que acho que você vai gostar."
"Claro, te espero na saída ;) Beijos"
No recreio fiquei com Zoe e ela me apresentou a alguns amigos dela que foram bem legais comigo.
Assisti as últimas aulas olhando para o relógio como se as horas fossem passar mais rápido por isso.
Quando finalmente o último sinal tocou, dei tchau para Zoe e fui direto para o portão do colégio e olhei em volta à procura de Luke.
– Procurando alguém? – escutei alguém dizer atrás de mim.
Me virei e lá estava ele com uma rosa e um grande sorriso no rosto.
Só pode ser brincadeira, pensei. Nunca tinha recebido flores, nem do meu antigo namorado em Dallas, aquele nunca me deu nem uma flor de plástico, e esse garoto chega no segundo dia que me vê e já me faz isso? Acho que estou sonhando.
– Nossa, muito obrigada – peguei as flores sorrindo que nem uma idiota.
Eu provavelmente estava toda vermelha e tinham algumas pessoas em volta olhando e comentando. Escutei coisas do tipo, "Não é aquele garoto daquela banda?". Então a banda era conhecidinha? Eu nem cheguei a perguntar a ele o nome da banda.
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Então é isso! Comente e acompanhe a história logo aí embaixo, me deixaria muuuito feliz e inspirada em continuar a fic. Mostrem aos seus amigos, essa fic está só no começo e ainda vai rolar muita coisa, então fiquem ligados! Obrigada e até o próximo capítulo. Beijos ♥