Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 25
Culpas




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Snape's pov

Quando abro a porta de Longbotton, meu corpo esfria, a verdade e que não sabia se ria ou ficava mais furioso. Talvez apavorado. Kate estava sentada no peito de Longbotton, esse com as mãos nojentas na garganta dela e uma pequena garrafa de poção enfiada na boca.

Uma luz azul sai deles. Reconheço a magia de uma poção imediatamente. Kate estava fazendo uma coisa muito perigosa consigo mesma.

Dou dois passos largos na direção deles e agarro Kate pela cintura e a tiro de cima dele, as mãos do homem caem inertes no chão. Seus olhos reviram e treme. Aquilo não era certo.

— Sev! Eu dei demais! - ela tira minhas mãos de sua cintura e cai de joelhos perto dele. Seu rosto esta azul, exceto pelo olho, que esta roxo e inchado e o pescoço que está roxo - Ele vai morrer! E eu também.

Realmente Neville começa a tremer no chão, convulsionando, espuma saindo da boa e pele frágil se quebrando. Overdose.

— Qual poção? - Afasto ela, ignorando que esta mais azul a cada minuto e posso jurar que seus ossos estão ficando mais aparentes

— Katherina, qual a poção?

— Veleidade! - grita, tosse, sim. Fazia sentido. Fazia todo o sentido. E eu podia curar. Minha filha cai no chão, sangue escorrendo pela boca.

Kate' pov

Abro os olhos e me convenso que é um espelho diante de mim. Mas era uma sensação que eu conhecia bem. Minha irma parecia saudável e corada, dormia ao meu lado no travesseiro.

— Ela só dormiu agora, quis sair logo do hospital para cuidar de você. A maldição saiu completamente de seu corpo - Severus estava sentado ao lado da cama. Parecia cansado. Me sinto mal pro deixá-lo tao estressado nos últimos dias - A greve acabou. Você esta de volta ao time. Foi tudo perdoado. E acho que você vai ganhar uma medalha por salvar Neville. Falando nele, Longbotton está bem. Graças a vocês. Principalmente a você. Katherina - seu rosto fica duro - Sabe o que eu faria se você tivesse morrido? Tem noção do meu sofrimento? Do de sua irmã?

Me sinto pior, meu rosto pesa, meu pescoço dói e sinto que meu peito martelando, ah, não. Era só meu coração acelerado. Sinto vontade de chorar, morrer não era tao atraente ali.

— Ele salvou a Bi. Sev, eu devia isso a ele, chegou a me pedir ajuda, ate me deu a dica do elfo. E eu me sinto culpada do sofrimento dele. O sofrimento dele... Eu podia sentir o sofrimento dele no ar... - lembro do que ele disse - Sev...

O ex comensal da morte parecia doce. Beijou minha testa e apenas observa. Nao fala nada, sinto que quer me explicar como não é minha responsabilidade, mas sabe que eu não vou me convencer, não ali. Nao agora.

Me concentro em Bi, ela sempre alivia a sensação de morte dentro de mim.

Observo Neville na cama. Ele parece bem miserável. Pior que eu. Passo minha mão por seu cabelo, Sentindo a aspereza dos fios maltratados, me pergunto se a poção fazia a pessoa ficar tão desesperada para causar mal ao alvo que se descuidava de si mesma.

Sento o corpo grande e quente Sev parar atrás de mim, e me apoio em seu peito, retirando a mão, mas sem tirar os olhos do rosto pálido do professor de Herbologia.

Seus dedos envolveram meus ombros, sua presença me acalma mais do que tudo. Mesmo sendo frio como se tivesse morto e cheira a ervas.

— Você não precisa ficar aqui, querida - murmurou, tão gentil o quanto podia - peço para Pomfrey chamar você quando Longbotton acordar

— Preciso sim, Sevie. Neville merece isso. O Neville Longbotton de verdade, não o monstro das últimas semanas. O que salvou a vida da minha irmã e o mesmo que hesitava antes de quase me matar.

— O que faz você crer que eles não são a mesma pessoa? - Suas mãos apertaram meus ombros. Sei que se preocupa, e isso me faz sentir bem.

— Porque não são - eu não sabia explicar, mas ele não era um monstro, simples assim, vi isso nos seus olhos quando ele caiu em si - sabe, Sev, o mundo faz tanto mal a certas pessoas... É como o Neville, os país dele foram tirados dele, não, não tirados... Tem diferença, sabe? Minha mãe, ela foi embora, ela morreu colocando Bi e a mim no mundo, mas não é como se ela não tivesse escolha, ela sabia dos riscos. Os país do Harry, foram tirados dele, foi violento, cruel... Foi horrível, mas não foi como Neville. Alice e Frank foram arrancados dele, quase como um rasgo, foi pior que um assassinato, foi além de cruel... Imagino como foi crescer imaginando a dor tremenda que foi causada a seus país, seus país!, a ponto de a mente deles não aguentar. Eu imagino como era vê-los naquele estado, apenas um vislumbre borrado do que foram. É muito difícil não se amar um pai e uma mãe, a não ser que seja algo grave, realmente grave, e Neville devia amá-los, se sentir orgulhoso, talvez até indigno do que eles eram. É triste - notei que estava chorando - E o mais triste é que eu sou neta do monstro que causou tudo isso, por isso não me importei que ele não gostasse de mim, não consigo odiá-lo, Sev, ele quase me matou e tudo que eu quero é ajudá-lo... Entende?

O rosto do meu tutor estava bondoso.

— Não. Porque eu não consigo entender sua bondade. Deus sabe o quanto você é irritante e perigosa - ele segurou meu rosto - mas é tão boa que nem consegue senti raiva de alguém que a maltratou por um crime que nem é seu! Eu não entendo, de verdade, estou orgulhoso de você por ser tão boa. Fique aqui, se precisa tanto, mostre a ele que você é exatamente o oposto de Belatriz Lestrange.

Me enterrei nele, me sentindo segura.

— Sev, você é um ótimo pai - ele pareceu surpreso - você é nosso pai, o nosso pai aqui de Hogwarts, o melhor que poderíamos ter.

Ele suspirou, satisfeito.

— Quer que eu fique com você?

Neguei com a cabeça.

— Fique perto de Bi, faça-a se sentir segura também.

Ele sorriu e me deu um beijo na testa, sua capa Esvoaçou um pouco, deixando-o tão Severus Snape. Percebo que esta sendo bem comum ganhar um beijo na testa. Seja lá o que deu nele... Adorei.

Tentei ficar acordada para estar alerta se algo acontecesse, mas o sono me laçou rapidamente e eu dormi com o rosto no colchão.

Acordei com um toque no meu cabelo. Abri os olhos e os ergui para Neville, que estava pálido e parecia fraco. Uma mexa do meu cabelo estava enrolada em seus dedos.

— Seu cabelo é bonito.

Estremeci, pensando em tudo que passará em suas mãos. Tentei não repulsa-lo. No fundo podia ver seu jeito doce ali.

— Professor, oi.

Ergui a cabeça, seus dedos deslizaram pela mexa, mas não a soltou, apenas a segurou na ponta. Brinca com a ponta, seu dedo pálido destaca o vermelho

— Oi, Srta. Stevenson, porque você está aqui? Achei que nunca mais fosse querer me ver. Provavelmente vou ser demitido mesmo. Eu não ia me importar, se não estivesse aqui.

— É claro que eu estou aqui! É minha culpa que esteja numa maca. E não vou deixar que seja demitido - Ele riu tentou se sentar, mas eu o segurei no lugar, ele estava fraco e nem reagiu quando empurrei-o para a cama - Fique quieto. O que quer?

— Água.

Servi um pouco de água em um copo e dei a ele. Toma calmamente, me observando.

— Obrigado. Mas você devia estar na sua aula.

— Horário livre - na verdade deveria ser aula dele - Faz dois dias que te esperamos acordar... Está com fome? Posso pedir aos elfos...

— Não! - ele me sentou de volta no lugar, não tão frágil quanto poderia estar - Fique, quando acordei achei que era Hermione, mas você é ruiva. Então me senti bem melhor em saber que você não me odeia.

— Acho que nunca o odiei. O detestei, mas odiar nunca.

— Então, está aqui para cuidar de mim? Mostrar o quanto eu fui merda, desculpe - acenti - por machucar você?

— Você estava alterado... Isso soou esquisito, mas você não é um merda, é meio que minha vítima, sei lá quem quer me matar, mas viu você como um meio. Foi um efeito colateral do fato de nós sermos quem somos. E eu exagerei na dose da poção, Sev quase me da uns tapas, por não ter contado nada e ainda por ter quase matado você.

Ele riu, era um som bonito, ele parecia outra pessoa. Lembro do Neville que eu conheci antes de vir para Hogwarts,

— A culpa não é completamente sua - ele olhou para frente - Na verdade ela é mais minha por ser um imbecil rancoroso. Já descobriu quem esta tentando te matar?

— Ele é ruivo - volta a me olhar sobrancelhas arqueadas - E eu vou quebrar ele quando encontrar ele, sentar a mão na cara barbuda. Sei que ele é assim porque minha cobra me disse.

— Esse foi o conjunto de palavras mais esquisito que já ouvi.

— Kate? - olhamos para o fim do corredor, perto da porta, esta Bi e Hermione. Bi esta rosa, e não é um rosa bom. É um rosa raiva. Eu já deveria ter previsto isso. Depois que ela acordou eu contei tudo que já deveria ter contado antes: todos os terrores que passei nas detenções e tudo que mais que enfim... Minha cobra disse.

Eu tento sorrir, a verdade é que não sabia o que esperar. Neville era seu novo alvo dr ódio total? Ou era apenas algo passageiro que poderia ser aliviado?

Ela simplesmente caminha ate mim e agarra minha mão.

— Vamos, Kate - começa a me carregar para fora, não fala nada a Neville e Hermione, apenas passa pela professora ignorando-a, meio furiosa, meio muito zangada.

— Tchau, professor! - grito por cima do ombro e ele acena de leve, Hermione sorri para mim e eu sacudo a mão para ela

Bi continua a me arrastar ainda por num tempo, sinto que ela esta decepcionada comigo, zangada também sem dúvidas.

— Qual é, Biiii! - reclamo - Ele não é malvado, você sabe disso nós conhecemos Neville Longbotton você sabe ele é um cara legal.

— E ele quase matou você! Ele nos odiava antes, por isso a poção deu certo, Kate eu não conseguiria sobreviver se ele tivesse... - ela esta ofegante - Se você fosse...

Ela avança em mim, tapas e socos por todo lado, conheço sua raiva normal, a raiva de quando eu brigava com um de seus amigos, eu mostrava que era mais inteligente que ela na sala de aula. Aquela raiva ali era diferente, era algo mais desesperado e tenso, não queria realmente me machucar e queria quebrar minha cara ao mesmo tempo.

— Ele não é bom!

Seguro seus pulsos e a abraço, aquilo era loucura demais. Ela relaxa e me abraça, sinto que quer chorar, mas não o faz, me pergunto o que deu nela, entendo seu desespero, mas aquilo era uma reação desnecessária.

— Fica longe dele, por favor? - ela me encara os grandes olhos azuis meio marejados - Ele não é bom.

Povo.: Beatrice

Kate tinha ficado assustada comigo. Mas por mim tudo bem, ela não entendia, e eu não queria que ela entendesse. Estremesso só de pensar em como ela ficaria.

Depois que ouvi Kate gritar meu nome no campo não lembro de muita coisa, não doeu, não me fez sentir mal. A única coisa que me fez mal foi o sonho.

Durante meu "coma" houve uma greve, Kate quase morreu e salvou a vida de um traidor. Mas eu mao estava apar da situação, obviamente. Tudo o que eu sabia era o que estava vendo.

Eu estava na frente de uma casa, o céu era escuro de nuvens pesadas, meio esverdeado ate, os portões de ferro estavam enferrujados, os jardins eram decrépitos e horríveis, supostamente deviam ter moitas em forma de dragões e serpentes, mas as plantas estavam secas e apenas os galhos mortos denunciavam o que o formato deveria ser.

A mansão a minha frente estava tao acabada quanto o resto, parte estava caída, talvez um incêndio, a outra parte estava coberta de musgo e com uma aparência de que ia cair a qualquer momento.

Escuto passos em algum lugar a minha esquerda e ando ate o som, tendo ao máximo não chamar atenção. Um homem esta de costas para mim. Seu cabelo é ruivo. Lembra o do Kate na cor, o vermelho vivo com aparência de rebelde. Ele anda empertigado, costas eretas e sinto seu caminhar arrogante.

A seu lado esta alguem de capuz a quem não vejo nem o rosto e nem consigo ler o andar.

Elas estão em Hogwarts, meu senhorsua voz é fria e grossa, poderosaKatherina é poderosa, herdou muitas coisas de Salazar, a outra Beatriz tem muito dos Black.

O sangue Black nos causou problemas demaisUm arrepio sobre e depois desce minha coluna. tinha ouvido falar de vozes poderosas o bastante para quebrar taças, mas aquela... Ela podia quebrar não vidro, mas também gelo, talvez a realidade espaço-temporal, era fria, poderosa, baixa e meio sussurrante, mas ainda clara e firmeSangue que permitiu uma mistura em nossa familia... Sangue fraco!

Sim... Katherina é nossa garota... Se ela sobreviver a provação que eu coloquei estará provado. A outra vai morrer logo. Nosso amigo em Hogwarts tem me dado muitas informações. Ele diz que quando a gêmea morrer, será fácil trazer Kate para nós. Então teremos o sangue que precisamos. O menino não sofrerá com o necessário.

Sei das suas intenções... - ele ri. Meu peito parece afundar com aquele somSeu moleque imprestável vai ficar bem agora não é?

Os sons vão ficando confusos e sinto que vou acordar logo, ou talvez esteja morrendo, o que é bem provável. Acordo com a mão na de Severus.

O amigo que eles falaram... Só podia ser Neville, tinha que ser. Por mais que Kate acreditasse naquela historia de poção do mal. Ela esquecia que aquela poção só aumentava o mal. E uma professor, um homem inteligente não se deixaria enganar a ponto de tomar uma poção, uma poção diária ainda por cima.

Sim. O traidor era Neville Longbotton. E eu ia provar.


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