Confiar escrita por Mrs Dewitt


Capítulo 31
• Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Então, prontos?



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- Pensou que eu te mataria, Draquinho? – Belatriz riu alto. – Você não merece morrer. Não merece que lhe seja concedida a dádiva de uma morte indolor. Você vai pagar por sua traição, Draco. Com cada gota do seu sangue. – Ela sorriu, mas Draco não pode ver.

Não tinha sido a Avada Kedrava. “Se concentre em viver, Draco” Ele pensava “Ela não te matou”. O garoto se segurava para não chorar de dor. Ela tinha realizado um ‘Sectusempra’. O sangue empapava sua camisa branca, os cortes ardiam, a pele latejava. Ele sentia o batimento cardíaco nos cortes. Se forçou a levantar a cabeça.

- Não pode me torturar se eu estiver morto titia – Ele tentou sorrir sarcástico. Belatriz torceu o nariz e balançou a varinha. Os cortes se fecharam. O garoto suspirou, aliviado.

- Não é só isso, Draquinho. – Ela balançava a varinha entre os dedos. – Quero que você sinta o que é dor. Até que você prefira a morte. – Ela riu maleficamente. – Crucio.

Draco jogou a cabeça para trás e gritou com toda a força que pode reunir. Ele sentia como se milhares de lâminas quentes perfurassem seu corpo, como se cada um de seus membros estivesse sendo puxado em uma direção diferente. E aí, parou.

- Não foi divertido? – Belatriz abaixou a varinha, ela sorria. O garoto respirava ruidosamente. – Agora, quero tentar um feitiço diferente. Vamos mexer com suas... Emoções. – Ela saboreou a última palavra, como se fosse um rico queijo, ou um delicado vinho branco. Apontou a varinha e murmurou alguma coisa. Draco não pode ouvir, da distância em que estava.

De repente, Hermione estava deitada no chão de pedra a seus pés.

- Hermione?! – Draco olhou para a garota, assustado.

- Draco? Eu... Onde eu estou? Eu... – Ela se curvou para trás abruptamente, gritando de dor.

- NÃO! – Draco gritava, olhando da tia para Hermione, e de Hermione para a tia. – PARE! PARE POR FAVOR!

Belatriz riu. Hermione caiu no chão, arfando.

- Crucio.

Hermione começou a gritar novamente, o rosto desfigurado. Seus gritos atravessam Malfoy, lancinantes. Lágrimas se formavam nos olhos do garoto, enquanto ele gritava pedindo que parasse.

- O quê foi, Draquinho? Você se preocupa com ela? – Belatriz andou em direção a Hermione, deitada semiconsciente no chão, e pisou com força na perna da garota. Os pelos da nuca do garoto se arrepiaram com o ruído de ossos quebrados. Com certeza ela tinha quebrado a perna da morena. Hermione gritou. Belatriz riu novamente. – Então acho que você não gostaria que eu fizesse isso. Sectusempra! – Cortes se abriram nas costas da garota, que gritou novamente. O sangue empapou seu pijama e escorreu para o chão.

- NÃO! PARE COM ISSO, ME MATE! ME MATE, MAS NÃO FAÇA MAL A ELA! – Draco tentava se desvencilhar das correntes que o prendiam, o rosto empapado de suor.

- É isso que você ganha por ter abrido mão do Lord das Trevas. – Belatriz abaixou a varinha e riu. – Você seria um grande Comensal, Draco. Tem talento, sabe disso. E tem a marca. – Ela empurrou a manga do garoto com a varinha, tomando cuidado para não tocá-la. A marca negra se destacava palidamente na luz esverdeada. – É uma pena que eu tenha que fazer isso. Se pelo menos você...

- O quê está acontecendo aqui, Belatriz? – Narcisa entrou no cômodo. Ela olhou primeiro a irmã, depois o filho. – Draco! – Ela correu em direção a ele, tentando abrir a fechadura das correntes.

- Não faça isso, Ciça! – Belatriz avançou em direção a irmã. – Ele fez a escolha dele, e agora tem que pagar por isso.

Narcisa se encolheu perante as palavras da irmã, mas continuou forçando as fechaduras. Belatriz bufou e balançou a varinha. Draco caiu com o rosto no chão. Era gelado e duro. Ele ficou deitado, tentando recuperar o fôlego, até que se lembrou de Hermione. Ele se levantou e olhou em volta. A garota estava deitada no meio da sala, mas parecia estranha. Estava mais pálida. Draco podia ver através dela. E, como fumaça, a imagem da garota se desfez.

- O quê... O quê aconteceu com ela? – Draco respirava com força, a cabeça girando. “Só mais um pouco” Ele pensou “Não posso desmaiar agora”. – O QUE ACONTECEU COM ELA?

- Era uma ilusão, Draquinho. – Belatriz riu. – Uma miragem, um fantasma. Chame como quiser. – Ela riu mais alto e começou a subir as escadas. Parou e se virou para trás. – Não terminou, Draco. Sua mamãe não pode te proteger para sempre.

O garoto suspirou aliviado. “Não era real. Ela está bem, está segura”. Ele mergulhou feliz na inconsciência, satisfeito só por saber que a morena estava longe dali.

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Hermione se levantou assustada. Olhou ao redor. Estava no quarto do Largo Grimmauld, a luz entrando fraca pelas cortinas da janela. Gina dormia na poltrona, em frente a lareira. Ela olhou o relógio na cabeceira. Eram 4:27 A.M. Hermione encostou a cabeça no travesseiro, mas não conseguia mais dormir. Se enrolou no roupão e desceu as escadas até a cozinha. Ao abrir a porta encontrou Harry sentado, uma xícara de café ao seu lado. A mesa cheia de papéis. Ele levantou os olhos do jornal que segurava, e o abaixou.

- Oi Mione, Bom dia.

- Bom dia Harry – Ela se serviu de café e se sentou ao lado do garoto.

- Por quê acordada a essa hora?

- Não consegui mais dormir. E aí, o quê são essas folhas todas? – Ela gesticulou em direção a mesa.

- São anotações de pergaminho. Dei um pulo na biblioteca. Tem uma planta da casa dos Malfoy, eu fiz uns mapas à mão das ruas ao redor, alguns feitiços que talvez possam ser úteis. – Ele pegou a xícara de café e levou aos lábios. – E um monte de planos que não dariam certo. – Ele tomou um gole.

- E quando você foi a Biblioteca? – Ela bebeu seu café também. Faltava açúcar. Andou até a pia e colocou mais.

- Hoje.

- Que horas hoje, Harry. – Ela se sentou de novo, rindo.

- Entre uma e duas horas da manhã. – Ele bocejou.

- Que horas você dormiu? – A voz da garota subiu uma oitava. Ela pigarreou baixo.

- Não dormi. – Ele bocejou novamente. – Mas tomei muito café.

- Vai dormir então, Harry. – Ela se levantou e começou a ajuntar os papéis. Ao ver que o moreno ia reclamar, disse – Não quero saber. Não vai poder salvar ninguém se não for dormir agora.

- Tudo bem então. – Harry se levantou e se espreguiçou. Murmurou um ‘Boa noite’ e andou em direção à porta. Hermione riu.

Ela se sentou novamente e reorganizou os papéis. A maioria era realmente inútil, mas uma coisa ou outra podia ser utilizada. As informações úteis viraram uma pilha a direita. A esquerda uma pilha de papéis que possivelmente viraria combustível para a lareira. Depois de um tempo, ouviu passos na escada.

- Mandei você dormir, Harry. – Hermione disse, levantando o rosto de umas folhas com anotações pequenas que ela tentava decifrar. – Há, é você Gina. Bom dia. – Elas sorriram.

- Bom dia, Mi. – Ela pegou uma caneca do aparador e se serviu. – O quê você tá fazendo?

- Organizando a bagunça do Harry. Mas... – Ela levantou os olhos brilhantes para a ruiva. – Eu tenho um plano.


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Notas finais do capítulo

Como tá muito quente aqui, eu não consigo usar meu cérebro. Perdõem pelas notas tão curtas u.u