Hermione acordou cedo na outra manhã. Tivera sonhos muito estranhos, não sabia como reagir a eles. Sonhou que Dumbledore havia retornado como Inferi, sob o comando de Voldemort, e que eles haviam pegado Draco, mas do nada não era mais Draco e sim Rony... Ela sacudiu a cabeça. “Foi só um sonho”. A garota riu sozinha, enquanto se vestia. Saiu do seu dormitório e foi até o de Gina. Ela já estava acordada.

- Oi Gina, Bom dia! – Hermione se sentou na cama da amiga, Gina estava colocando uma camiseta.

- Bom dia Hermione, ora, Dumbledore morreu! – Gina fungou. – Não é um bom dia. E ainda vão mandar os alunos pra casa mais cedo. É nosso último dia em Hogwarts.

- Como assim? – Hermione empalideceu.

- Como assim como, Mione? A escola precisa de um diretor, e o nosso morreu! – Lágrimas começaram a correr pelo rosto da ruiva. – E não vamos poder nem ir ao velório dele, jogaram os alunos dele em Hogsmeade! É o nosso diretor, mas não querem que nos despeçamos do nosso diretor! – A garota se sentou ao lado de Hermione, chorando. Ela a abraçou. Só não chorou também por que, ao passar a noite chorando, não tinha mais lágrimas para chorar.

- Hey. – Ela passou a mão pelos cabelos da ruiva. – Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Temos toda a Ordem da Fênix ao nosso lado, e Dumbledore sempre vai estar aqui. – Ela colocou a mão sobre o coração da garota. Gina assentiu, e se afastou da garota.

- Você vai a Hogsmeade hoje? – Gina perguntou à amiga.

- Draco vai me levar a algum lugar, mas vou encontrar ele em Hogsmeade, sim. – Ela sorriu.

- Por isso um ‘Bom dia’, né Mione. – Gina riu, a morena concordou. – Você vai assim? – Ela apontou Hermione. A garota vestia calça jeans, um moletom vermelho, all star, usava uma touca vermelha e segurava sua capa preta no antebraço esquerdo. Hermione assentiu.

- Sim, por quê? – Ela levantou uma sobrancelha. – Draco nunca me diz aonde nós vamos, mas sempre tem tudo que precisamos numa mochila. – Ela riu. – Vamos?

Gina e Hermione desceram até o Salão Principal para tomar café. Encontraram Rony e Harry já sentados na mesa. Ronald estava ocupado devorando uma enorme pilha de panquecas. Harry mexia desanimadamente uma colher dentro de uma xícara de café. Gina se sentou ao lado do namorado, Hermione ao lado dela.

- Oi Harry. – Ela deu um beijo na bochecha do garoto. Ele corou.  – Vamos a Hogsmeade hoje?

- Pode ser, Gina. – Ela cutucou o garoto, mas no final deixou que seus pensamentos voassem em direções desconhecidas, e que Harry tratasse de voltar ao bom humor sozinho.

As garotas conversavam animadamente, e depois se levantaram e andaram até a fila que Filch organizava. Harry e Rony a seguiram.

- Granger. – Alguém colocou uma mão no ombro da garota, ela se virou e viu Draco Malfoy. – Tenho que falar com você sobre umas coisas lá dos monitores, vai direto pro Cabeça de Javali. Tomara que não demore muito, tenho coisas mais importantes pra fazer do que essas tarefinhas de monitores.

- Então por que é monitor, Malfoy? – Hermione cruzou os braços. – Dê o cargo pra alguém que queira.

- Tenho meus motivos. – Malfoy sorriu e se afastou, voltando para o começo da fila; de onde saíra.

Hermione se virou para a amiga e fez uma careta. Gina riu. Passaram por Filch e andaram até o Cabeça de Javali.

- Tchau gente! – Hermione abanou. – É só eu acabar essa baboseira e já volto.

- Sei. – Gina riu, enquanto enlaçava o seu braço com o do namorado e se virava. Hermione riu também.

A garota entrou no pub e viu Draco Malfoy sentado na mesma mesa em que estava sentado, quando foram à praia. Ela se sentou ao lado dele.

- Oi Malfoy.

- Granger. – Ele sorriu. – Vamos? – Hermione estremeceu. “Aparatar?”

- Ok. – Ela se levantou e andou até a porta dos fundos do pub, e passou pela porta antes de Draco. Alguns minutos depois, o garoto passava pela porta.

Draco estava com um olhar estranho.

- Granger, a gente tem que conversar. – Hermione franziu o cenho.

- Que foi?

- Não dá mais, acabou. – Draco cuspiu as palavras.

- Por que não? – Hermione se assustou.

- Porque não, Granger. Você não entende? Eu sou rico, lindo e com boa posição social. Você é só uma Sangue-Ruim imunda, que me impediu de cumprir o meu dever para com o Lord das Trevas. Me arrependo de todos os segundos que passei com você. Se pudesse, voltaria no tempo, para nunca ter que tocar em você. – Ele fez uma expressão de nojo.

- Isso é... Sério? – Hermione riu. – Não está tirando com a minha cara? Sério Draco. Me assustou.

- Parece que a Sabe-Tudo não tem capacidade de discernir mais a verdade da brincadeira. Deixe-me te ajudar. O que eu estou falando agora é verdade. Tudo que aconteceu entre nós foi uma brincadeira. Um teatro. Eu não quero nada com você, Granger. Nunca quis. – Draco sorriu cínico. Lágrimas corriam pelo rosto de Hermione.

- Você não pode estar falando sério, Draco. Eu... Nós... – Hermione segurou a mão do garoto.

- NÃO TOQUE EM MIM, SANGUE-RUIM. – Malfoy afastou a mão da garota. – Nunca mais toque em mim. Já te disse, acabou. Volte pro seu Teletubbie laranja.

Draco voltou ao pub e fechou a porta na cara de Hermione. O rosto da garota estava gelado e molhado, vermelho. Ela se sentou no chão e começou a chorar. “O quê... o quê aconteceu? Num dia ele está normal, feliz. Mas agora isso? Eu não... não entendo”.  Ouviu passos, e levantou o rosto. Gina, Harry e Rony passavam pela porta.

- Hermione! – A ruiva se ajoelhou ao lado dela. – O quê foi?

- Eu... Eu... Não posso te explicar. – Ela levantou o rosto para Rony.

- Aconteceu o que eu acho que aconteceu? – Harry murmurou, fitando Hermione. A garota concordou. Harry tirou a varinha do bolso da capa e andou em direção á porta do pub.

- Não Harry! Não faz isso. Não faz nada. – Harry franziu o cenho, mas tirou a mão da maçaneta. Gina ajudou a amiga a se levantar.

- Vamos, Mi. Vamos pro três vassouras. – Ela passou o braço pela cintura de Hermione, e andaram até o Três Vassouras.

Entraram, e sentaram numa mesa a um canto. Harry pediu Cerveja Amanteigada para todos. Hermione se sentou ao lado de Gina, que tentava entreter a amiga com assuntos não muito interessantes. A morena virou o rosto para a janela e estacou. Gina viu a expressão da amiga e seguiu seu olhar, ela também parou. Draco Malfoy agarrava Pansy Parkinson em frente a janela dos Três Vassouras.

- O quê foi? – Harry viu a expressão das meninas, e seguiu o olhar delas. – Esse fuinha desgraçado. Desculpe Hermione, mas agora nem você vai me impedir de ir lá enfeitiçar aquela cara nojenta.

Harry se levantou e andou até a porta , ele a abriu com violência. Seu rosto estava vermelho de cólera. Hermione não conseguiu reagir. Harry levantou a varinha e disse algo. Draco se separou de Pansy, que ficou dando risinhos, e disse alguma coisa. Harry cuspiu mais alguma frase. Draco riu e lhe respondeu. Um feitiço voou da varinha de Harry e atingiu Malfoy no peito. O garoto tombou na neve.