Raphaella definitivamente não gostava da vida dela. Era disléxica; Tinha TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade); Tinha frequentes déjà vus; Seus sonhos? Todos estranhos. Pareciam visões sobre o seu passado ou das pessoas que vivem ao seu redor. Sem contar o fato de que, muitas, disse MUITAS vezes, se sentia sendo perseguida por pessoas estranhas. Quando estava no 2º ano, um menino apareceu na sua sala, e fez apenas um dia de aula com eles. Ele era muito mais alto do que os demais. Seus colegas de classe, tinham cerca de 1,20 m, mas aquele menino tinha 1,60. Aquilo era normal para um menino de 7 anos? Todos da sala acharam que ele era apenas super desenvolvido, mas Raphaella podia jurar que ele tinha apenas um olho bem grande no meio da testa. Tentou, tentou esforçadamente apagar aquilo da memória, o que, infelizmente, não aconteceu. Como alguém assim poderia gostar da vida? Não, não poderia. Felizmente, ela tinha amigas. Boas amigas. Aliás, uma amiga. Joanne. As duas viviam juntas há muito tempo. Desde os 12 anos. O que seria 4 anos, já que as duas já tinham dezesseis. Mal sabia ela que desejaria ter essa vida novamente...