Kingu escrita por Van senpai, Amaterasu Mordekaiser


Capítulo 6
As chamas de Doragon


Notas iniciais do capítulo

Finalmente saiu não? Ficou bem maior que eu esperava. Mas enfim, aqui esta o capítulo seis de Kingu!



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Antes uma lágrima de derrota do que a vergonha de jamais ter lutado”

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O vento fresco batia nas copas das arvores, fazendo com que suas majestosas folhas dançassem até chegarem ao chão, pousando graciosamente, seus cabelos alaranjados se remexiam com a brisa que batia, a pequena criança olha de cima do grande morro a vista de sua aldeia, nunca viu a civilização a fora das paredes rochosas daquele vulcão inativo. Sua curiosidade lhe matava a cada minuto para poder ver novos horizontes, mas sempre que perguntava o que havia a resposta vinha de forma automática.

Um dia você saberá.

Diziam eles com um sorriso no rosto, o pequeno alaranjado nunca entendeu tais palavras quando criança, então visualizou sua imensa casa ao longe, sorriu com tal visão, fora naquele lugar no qual passou a maior parte de sua vida, seja treinando com seu irmão ou brincando com seus amigos.

Mas então por um momento pensou estar delirando, mas não, sua mente estava completamente sã do que estava vendo. Via sua tão adorada aldeia tomada pelas chamas, pessoas corriam desesperadas sendo consumida pelo fogo, sua carne derretia com o contato das chamas sobre seu corpo, o grito de desespero era algo assustador, o pequeno garoto avança as ruas adentro de sua aldeia, indo em direção onde ficava sua casa, suas pernas corriam como nunca tinha feito em sua vida, nem nos piores treinamentos em que tinha passado.

O alaranjado para de correr, seus olhos encharcados de agua viam seus pais no chão, mortos, enquanto seu irmão lutava contra outra pessoa, tinha a mesma cor de seus cabelos, um sorriso macabro mantinha-se em seu rosto enquanto decepava o braço direito de seu irmão, o mesmo cai no chão tentando estancar o enorme sangramento de seu braço.

– Por que...? Porque você fez isso? – Perguntou seu irmão erguendo sua cabeça com muita dificuldade ao homem de cabelos alaranjados, a brisa que antes era majestosa agora havia se tornado macabro, seu manto negro balançava conforme o vento passava.

–O fim de vocês será para um bem maior. – Respondeu o alaranjado, em suas mãos uma enorme corrente flamejante repousava em cada uma de suas extremidades havia lâminas, que assim como a corrente, estavam ateadas em fogo.

– Você traiu a sua própria raça, Kasai! – O garoto de cabelos negros avança contra Kasai, mesmo não tem um dos braços, mas em um rápido, Kasai efetua um corte vertical usando sua lâmina direita, tudo o que aconteceu em seguida foi à criança ver seu irmão caído no chão sem sua cabeça.

– Não é traição para aquilo que nunca chegou a se tornar uma família para mim. – Disse Kasai se virando e dando de cara com a criança que o via com seus pequenos olhos completamente transbordados de medo. – Quem é você criança? – Perguntou o homem ao pequeno alaranjado.

– D-Draig...! – Disse o pequeno tremendo de medo, as lagrimas escorriam pelo seu rosto, o terror havia lhe paralisado todas as extensões de seu corpo.

– Lembre-se desse dia, Draig. – Falou o homem envolto pelo manto negro dando as costas para a criança. – Eu não vou te matar, mas um dia vou atrás de você novamente, até lá fique forte. – Der repente o homem some dali como se nunca tivesse aparecido e tendo feito uma carnificina, deixando somente o pequeno garoto vivo, o último domador de dragões existente pela face da terra.

– Não! – Grita Draig acordando, gotas de suor lhe desciam pela testa, seus cabelos alaranjados grudavam por causa da umidade. – Malditos pesadelos! – Reclama o alaranjando se alevantando da cama e rumando ao banheiro, já devia ser de manhã.

No dia anterior foi uma surpresa para todos quando Matheus trouxe novos integrantes do grupo houve-se uma grande festa, Rin havia levado muito a sério e pôs as suas habilidades culinárias aprendidas com Sarah, à mesma ajudou no que pode com os preparativos, mesmo tendo levado algumas fraturas não muito graves dos golpes de Woo. Mesmo Rafaela não tendo recuperado completamente suas memórias sobre Matheus ou qualquer outra ligação com o mundo dos Reis, a mesma tentou ao máximo se integrar no grupo, Yuki passou a maior parte do tempo afastado dos demais, de vez em quando conversava com Rhuan sobre a sua Turner. Van e resto dos novos Reis não sabiam do que se tratava toda aquela agitação, observaram que na sala de esta, algumas pessoas desconhecidas, mas que logo foram apresentadas por Matheus e Vagner.

– Ei Draig, esta ai? – Pergunta alguém do outro lado da porta do quarto do alaranjado. – Aqui é o Van, o Matheus mandou todos nós ir para a sala dele daqui a cinco minutos, ele disse que era algo muito importante. – Advertiu Van do outro lado da porta do garoto.

– Está bem, já estou indo para lá! – Afirmar o alaranjado, ele pode ouvir os passos de Van se distanciando de sua porta.

O domador de dragões vestiu roupas normais e saiu de seu quarto visando o escritório do Rei do Vento, ontem mesmo pode ver os irmãos, Matheus e Vagner, conversando sobre algo haver com a queda do selo que protegia Sora ou algo assim, o jovem desconhecia tal assunto, mas mesmo assim, ele não pode mentir que sentiu a forte energia vinda do centro de Sora, onde ficava o maior prédio de toda cidade, o edifício das empresas Kurato, desconfiou ainda mais quando a mulher ruiva que chegou junto de Matheus se apresentou como a presidente de tal empresa, Draig nunca ouviu dela nem mesmo no curto espaço de tempo em que esteve na cidade, pois Kurato era uma das mais importantes empresas de todo Japão se não do mundo inteiro. Enquanto rumava em direção ao escritório, um de seus pensamentos se voltou para o dia do extermínio de todo seu povo, essa lembrança lhe invadia a mente a todo o momento se transformando em pesadelos em todas as suas noites, era algo perturbador rever a morte de seus pais e a dor de seu irmão, mais o que sentia em excesso era a sede de justiça, a justiça de ir atrás de Kasai, o atual Rei dos Dragões e faze-lo pagar pelo que fez.

O garoto para em frente à porta do cômodo onde provavelmente todos os integrantes atuais da Kuroi Tenshin estariam, ele toca a maçaneta fria e a gira, empurrando-a logo em seguida, dando de cara com todos presentes, sentados estavam Rin, Rafaela e Yuki, no outro sofá estavam Luiz, Rhuan e Arthur, enquanto os que estavam em pé eram Van e Vagner, Matheus encontrava-se sentado atrás de sua enorme mesa.

– Já que o Draig chegou, podemos começar. – Disse Matheus, o alaranjado fecha a porta atrás de si e se aproxima de Van, ficando ao seu lado.

– Por que fomos reunidos aqui Matheus? – Pergunta Luiz, olhando para o Rei.

– Vim aqui informar a vocês que teremos algumas modificações. – Responde ele de forma calma. – Vocês não irão mais treinar juntos, como aqui nesta sala se encontram três Reis, então cada um irá treina-lo. – Matheus olhou rapidamente para Vagner e Sarah, mesmo dizendo isso nem o próprio Rei sabia o do porque deste pedido.

– Porque teremos que treinar separadamente? – Questiona Van um pouco surpreso pela revelação.

– Cada um de nós têm especificações e dar atenção a todos vocês, que tem vetores diferentes em si, seria muito complicado tentar evoluir todos ao mesmo tempo. – Vagner responde a pergunta do garoto. – Por isso vamos treina-los separados, pois então poderemos dedicar a somente um único vetor, tendo progressos maiores se treinássemos todos juntos.

Todos ficam calados pela resposta de Vagner, Draig entendeu o recado, treinar junto realmente não renderia em nada em suas habilidades, pois eles teriam que dividir suas atenções entre os novos Reis, isso dificultaria as coisas fazendo com que evoluíssem pouco. O garoto de cabelos laranja olhou para seus companheiros, Van pelo que via até agora dominava o elemento vento, viu por experiência própria na luta contra Kumo, Luiz era o gelo, sendo que usa mais força do que a própria energia fazendo com que seus movimentos fossem lerdos, mas poderosos, ao contrario de Van que tinha que controlar sua energia através de Dann aplicadamente, podendo seus golpes variar entre rápidos e lentos, fortes e fracos, agora pensando em suas habilidades viu que realmente não haveria melhorado quase em nada, suas habilidades continuavam as mesmas desde que treinara com seu tio, seus movimentos longos requeria um ótimo administração de energia e deu seu elemento, o fogo, mas para ter tal controle sobre o fogo, Draig teria que ouvir a voz de Doragon, algo que até agora ele nunca conseguiu, também tinha o novo Rei que chegou ontem, nenhum dos três se aproximou dele.

– E quem ira treinar com quem? – Perguntou Rin curiosa, pois nem ela mesma sabia dessa ideia.

– Como Rhuan terá que sair novamente para buscar mais informações e trazer a Turner de volta de Yuki, eu irei treinar o Arthur e o Yuki. – Diz ele. – Como Vagner tem o seu vetor secundário sendo a agua, Draig e Luiz serão ótimos para treinar, pois os dois tem a desvantagem e terão que trabalhar nisso para evoluírem. – Matheus olhou para os dois jovens, havia um pouco de pena em seu olhar, mas não era muito perceptível, mas então visualizou Van encostado na parede. – Sarah tem um ótimo controle de energia, sendo que ela também tem um de seus vetores o vento, então Van irá treinar com ela até poder conseguir controlar a energia de si mesmo.

Novamente o silêncio se apoderou do local, Vagner mantinha suas expressões impassíveis, Sarah observava algo pela janela atrás de Matheus, parecia alheia a conversa. Os garotos olharam entre si, alguns olharem temerosos se encontram. Draig olhou para o Rei das Sombras, ele não sabia que seu vetor secundário era um elemento que levava vantagem contra o seu e também não era preciso ser um gênio de química para saber que gelo também é composto de agua, então ambos levavam desvantagem. Van olhou para a Rainha despercebidamente, algo nela fazia-o se sentir em um Deja vú, como se já a conhece-se.

– E somente isso por enquanto, vocês rapazes, hoje tiraram um dia de folga, para amanhã trabalhar duro ao tentar treinar suas habilidades ao limite. – Recita por fim Matheus, suspirando.

Pouco a pouco a sala foi se esvaziando, deixando somente Matheus, Vagner, Sarah e Rafaela no local.

– Eu também estou curioso, por que você pediu para treinar o Van, Sarah? – Perguntou Matheus alevantando-se de sua cadeira e contornando a mesa, a Rainha se encontrava sentada no sofá do escritório.

– Ele me relembra muito o Tsubasa. – Responde ela, serena. – Também tem algo que tenho que ensinar a ele.

– O Todoroki, sua baixinha? – Questiona Vagner entrando na conversa e tirando sarro de Sarah, uma veia soltou em sua testa, mas para no fim a mesma se acalmar.

– Você lembra-se que ela tem uma segunda evolução não é? – Pergunta ela retoricamente. – Tsubasa a criou, mas ele não pode termina-la, mas antes dele morrer, Tsubasa me ensinou a como usa-la, mesmo de forma incompleta. – Ela e cortada por Rafaela.

– Então você quer ensinar isso para o Van? – Supôs a Turner de Matheus.

– Sim, para realiza-la necessita de muita energia, quando a uso, essa técnica consome muito de mim, quase me fazendo ir à exaustão. – Informa ela, relembrando-se dos dias que passou com Tsubasa para aprender tal técnica, Sarah uma vez quase havia pensando em desistir. – Mas o que você falou sobre o garoto ter bastante energia, para ele vai algo fazer de ser fazer na pratica só ira faltar ele entender a teórica. – Sarah alevanta-se do sofá rumando para a porta. – Ei Matheus. – Chama ela.

– O que?

– Vê se não faz nada de idiota! – Responde ela amostrando a língua para o irmão de forma infantil, o mesmo cria uma gota em sua cabeça. – Então já vou indo, amanhã será um longo dia. – Assim Sarah sai do cômodo, deixando somente os três ali.

– Eu também tenho que ir consultarei alguns livros algo que possa usar para o treinamento daqueles dois. – Fala Vagner saindo do escritório, deixando Matheus e Rafaela sozinhos.

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– Então... O que vamos fazer? – Pergunta Luiz para os três.

Haviam se passado somente meia hora após os anuncio de suas paradas temporárias de seus treinamentos, todos os novos Reis decidiram então sair da mansão, “respirar um ar fresco” como sugeriu Yuki, o menos enturmado no grupo. Os garotos andavam pelas ruas de Sora, como aquele dia era quarta, a movimentação era reduzida pela metade por causa do extremo trabalho que aquele dia tinha a oferecer.

– Não sei tudo que a gente fez foi somente treinar e treinar... – Verbalizar Van colocando sua mão direita em seu queixo, pensando, então seus olhos visualiza uma lanchonete logo à frente. – Que tal irmos ali? – Propôs ele, todos os outros garotos olharam para onde Van apontava.

– Estamos sem ideias mesmo e esta quase na hora do almoço, melhor aproveitarmos. – Afirma Draig andando rumo ao estabelecimento.

Os outros apenas seguem os dois.

O local parecia quase vazio, pouca movimentação se residia na pequena lanchonete, seu visual parecia bem organizado e muito bem trabalho, mas em horário de almoço lugares como aquele enchia que chegavam a lotar as mesas, algo extremamente chato para a maioria das pessoas. O grupo senta-se em uma mesa vaga, não demorou muito para uma atendente chegar.

– Olá, bem vindos ao Kimaza Lanchonete, o que gostariam de pedir? – Perguntou à garçonete, a maioria dos garotos quase não ouviu a pergunta da jovem, pois todos estavam ocupados demais olhando para seu corpo, bustos um pouco avantajado, longo cabelo castanhos claros presos em duas Marias-chiquinhas, curvas que fariam muitos homens começarem a deixar litros de baba por suas bocas, olhos castanhos, dando-a um ar bastante inocente em suas opiniões próprias, em sua roupa esta um pequeno crachá, nele estava gravado “Matsumi”, deveria ser o nome da garota. – Senhores? – Questionou ela novamente tentando os tirar do transe.

– Ah... Ah sim, nós veja quatro Sundaes, por favor! – Respondeu Van após sair do transe, a garçonete anota seu pedido então retorna a atendente. – Ei vocês, já poderem parar de babar já! – Avisa o garoto de cabelos negros e arrepiado para os outros.

– Como eu nunca vi uma beldade como essa pela cidade? – Perguntou-se Luiz em voz alta, indignado por nunca ter visto a garçonete antes. – E também nunca tinha ouvido falar dessa lanchonete.

– Nem eu, dever ser alguma que abriu recentemente. – Responde o portador de Dann. – Enfim, vamos já que estamos reunidos aqui, vamos nós apresentar direito para nosso companheiro aqui. – O garoto apontou para Yuki, o recém-chegado na Kuroi Tenshin. – Eu me chamo Van, como pode perceber recentemente, esse o Draig. – Disse ele apontando para o alaranjado que estava sentando ao seu lado. – O que está ao seu lado é o Luiz. – Apontou para o loiro de cabelos longos preso em um rabo de cavalo.

– E um prazer em conhecê-los. - Responde Yuki de forma serena.

Um tempo depois todos começaram a se enturmar melhor, conversavam animadamente, por um momento, eles haviam esquecido que suas vidas não poderiam ser normais, de ser um adolescente normal, andar com pessoas normais sem pô-las em risco por causa do mundo em que viviam, um mundo onde uma provável guerra seria travada para decidir o destino de toda a humanidade, algo que desde o inicio dos tempos já existia, mas, naquele breve momento, eles eram apenas pessoais normais e não Reis.

– Desculpe-me a demora, aqui esta seu Sundae. – Avisou Matsumi trazendo uma bandeja com quatro taças com Sundaes. – Espero que estejam do seu agrado. – Disse ela.

Van foi o primeiro a prova o Sundae, quando o conteúdo gelado chegou a sua boca ele pareceu não acreditar no sabor que estava sentindo, parecia um sabor vindo diretamente do céu.

– Quem fez isso? Está ótimo! – Elogiou o garoto comendo outra colherada de seu Sundae, os outros garotos fizeram o mesmo e também tiveram a mesmas reações que a de Van.

– Muito obrigada, esse Sundae é uma especialidade do Kazumo-san. – Responde ele, atrás do balcão sai um homem de idade média, de vinte e nove e trinta anos, tinha um bigode um tanto engraçado, vestia um avental branco e nela estava estampado o nome do estabelecimento, o mesmo dá um singelo sorriso ao elogio do garoto e em seguida retorna a cozinha.

– Vocês já tem uma cliente frequente agora! – Declara Luiz tomando uma colherada do Sundae de morango.

– Se quiserem mais alguma coisa podem me chamar. – Falou a garçonete se distanciando da mesa dos garotos.

Passou-se alguns minutos, todos já estavam em sua segunda taça, aqueles Sundaes era divino, um sabor melhor que o outro a cada provada, talvez tenha se tornado um vicio agora, assim como o vicio do Matheus por pizza. Durante esse meio todos eles haviam se conhecido melhor, não profundamente, mas já haviam criado um laço de confiança.

Então der repente o celular de Van começou a vibrar em seu bolso, o garoto o retira para em seguida o abrir, era uma mensagem.

– Tenho que ir, a gente se na mansão. – Disse Van se alevantando e retirando uma pequena quantia de dinheiro de sua carteira, era o pagamento de seu Sundae.

– Aonde vai? – Perguntou Luiz estranhado a pressa do amigo.

– Tenho que ir ali, então até. – Van saiu do estabelecimento apressadamente.

Em seguida foi à vez do celular de Draig.

– Você também? – Questiona Yuki percebendo a coincidência dos celulares de Van e Draig tocarem.

– O numero é desconhecido. – Respondeu o alaranjado, era uma mensagem de texto, os olhos do jovem pareceram surpresos com o conteúdo. – Tenho que ir, pague pra mim Luiz, obrigado eu te devo essa! – Assim como Van, Draig partiu rapidamente do lugar, deixando somente Yuki e Luiz, confusos.

Logo depois da partida do alaranjado e do portador de Dann, Matsumi chega à mesa dos garotos, mas estranhou a falta de duas pessoas no local.

– Aonde foram os seus amigos? – Matsumi perguntou confusa, ela não havia notado a partida dos dois jovens.

– Não sei e nem quero saber! – Declarou Luiz voltando sua atenção ao seu Sundae de morango. – Ei me traga mais uma dessa! – Pediu o loiro, sendo atendido rapidamente por Matsumi.

Longe do estabelecimento Kimaza, Draig andava pelas ruas pouco movimentadas, olhou novamente para a mensagem de texto enviada por alguém desconhecido, talvez fosse alguma armadilha, mas não acreditou em tal ideia, ele confiava em suas habilidades atuais. Passou os olhos rapidamente pela tela de seu celular, relendo o texto.

A oito quadras de onde esta, em um beco próximo a um bar movimentado por bêbados, uma garota correndo perigo, se você realmente se diz o domador de dragões e melhor correr, só te restam dez minutos.

– Como ele sabia que eu sou um domador? – Questionou-se Draig guardando seu celular no bolso e aumentando o ritmo dos passos, não sabia se realmente aquela mensagem era verdade, não havia sentido qualquer alteração ou sinal de energia pela cidade, mas ignorou esta parte de seu pensamento, se realmente haveria uma garota em perigo ele iria salva-la.

O garoto já havia passado seis quadras, ele tinha menos de três minutos e nada de encontrar a garota ou qualquer outa coisa que comprovasse que o texto era real, mas então ele chegou ao seu destino, parou em frente a um pequeno bar, bem movimentado por sinal, deveriam ser empregados que haviam faltado seus trabalhos para curtirem uma pequena farra com os amigos. Ao lado do bar havia um beco, aguçando os sentidos, principalmente a audição, podia-se ouvir o som de latas de lixo caindo no chão, Draig ruma em direção ao pequeno beco, dando de cara com uma visão não muito boa.

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Van andava na direção dos apartamentos escolares, riu relembrando-se do tempo em que vivia por lá até então mudar para a mansão Kuroi Tenshin, em sua cintura Dann balançava a cada passo que realizava, o garoto ainda não havia achado uma razão para sua espada estar daquele jeito, nem mesmo Vagner havia achado uma reposta para tal questão, mas até então ninguém ligado ao mundo dos Reis ou alguém que pode manipular a energia conseguiu enxerga a lâmina, isso era bom, pelo menos não teria um monte de gente pergunta sobre seu “cinto”.

Olhou novamente para seu celular e releu a mensagem, fazia tempo que não a via, desde o dia que Kumo tentou o matar em Uingusu, resultando na destruição da mesma.

Preciso que venha ao meu apartamento, por favor, rapidamente!

– Yumi

O garoto fechou a tela de seu celular e o guardou, voltou a rumar para o prédio da loira, já havia visitado ela algumas vezes antes do ocorrido, não muitas vezes, somente quando Van era obrigado por Rose a entregar algumas coisas que os professores a pediam, mas a garota mandava o pobre Rei para entrega-las. Van parou de andar, sentiu a sensação de estar sendo seguindo por alguém ou por algo, virou-se rapidamente, mas deu de cara com a rua vazia sem qualquer sinal de vida, estranhou isso, naquela hora era que devia estar cheio de pessoas para aproveitarem o almoço, sua intuição o dizia para não deixar sua guarda baixa.

Voltou a andar após isso, mas sempre olhando pelo canto do olho para todas as direções possíveis, algo em si não estava normal.

Após alguns minutos finalmente tinha chegado ao prédio onde a garota residia, relativamente ela não morava muito longe da mansão aonde o garoto agora vivia, do térreo dela podia-se ver as reformas do colégio Uingusu. Subiu as escadas calmamente, por alguma razão seu coração palpitava, não sabia dizer se era algo bom ou ruim, a espada em sua cintura parecia de alguma forma inquieta, sua energia oscilava a cada segundo, Van estranha tal atitude de sua espada, mesmo tendo visto Dann somente uma única vez.

Van para em frente a portado quarto da garota, ofegante, ter subidos sete andares cansava muito, respirou fundo, puxou o máximo de ar possível para seus pulmões e bateu na porta. Por breves segundos nenhuma ação, mas então o som da porta sendo destrancada é ouvida, o garoto a abre vendo a sala completamente sem luz, as janelas estavam fechadas, Van deu alguns passos para dentro do apartamento, realmente era quase impossível ver qualquer coisa sem luz, o som da porta se fechando logo atrás dele, o mesmo se vira rapidamente, mas já era tarde demais.

– Yumi...? – Chamou o garoto, sua mão estava a poucos centímetros da bainha de sua espada, mas então algo o agarra por trás, fazendo-o cair no chão.

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A Rainha olhava para o céu vasto e azulado, a brisa fraca lhe batia em seu delicado rosto fazendo com que algumas mechas de seu cabelo negro balançassem de forma majestosa, Sarah então visualizou a cidade, queria ter vindo antes de tudo aquilo acontecer, do exilio de seus dois irmãos, de ter pelo menos salvado Tsubasa, mas nada pode fazer, pois naquele momento ela se encontrava presa a sete chaves, uma forte prisão feita pelo próprio Tsubasa para prender terríveis criaturas. Seus olhos cinza ficaram escuros, sentiu-se inútil ao tentar ajudar um de seus irmãos, mas no fim tudo resultou na morte do antigo Rei do Vento. Seus pensamentos se voltaram a seu salvador, Carlos, o homem que criou sua relíquia, seu Turner, arriscou sua própria vida para tira-la daquela prisão, mas não a tempo de poder salvar Tsubasa. Sarah ainda se remoía de culpa.

– Se eu não fosse tão imprudente, talvez Tsubasa ainda estivesse vivo, então ele poderia dar um jeito nesse ideal louco do Gadved. – Disse Sarah para si mesma enquanto olhava para Sora. – Mas parece que o Rei do Vento mesmo depois de morrer nós deixou algumas surpresas.

Uma hipótese surgiu na cabeça da Rainha há alguns dias, quando ouviu o relato de Vagner sobre o despertar dos primeiros novos Reis, o garoto chamado Van, o Rei das sombras disse pode ver as asas de Tsubasa no jovem, algo hipoteticamente impossível, pois os Reis têm asas diferentes entre si, mas por alguma razão Van o tinha e também tinha quase as mesmas habilidades de Tsubasa, só haveria duas explicações logicas para isso. Mas então der repente Sarah é obrigada a interromper sua linha de raciocínio por uma forte ventania vindo de suas costas e um som grave que parecia querer estourar seus tímpanos, olhou para cima e pode visualizar três helicópteros passando por cima da Kuroi Tenshin, indo em direção à cidade. Aquilo daria em problema.

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O braço direito de Draig formigava, parecia estar queimando com suas próprias chamas, seu olhar se fixa na imagem em sua frente, jogada no chão uma garota de longos cabelos rosa e olhos vermelhos estava apavorada, fitava o garoto a sua frente com medo, usava um colete negro, cabelos castanhos claros, atrás de seu colete se destacava as seguintes letras. U.D.D.R.

– Seres como você só iram trazer desgraçar para Sora! – Disse o jovem, em sua mão direita havia uma faca de combate, em único movimento reto ele desce a lâmina em direção à garota.

A jovem grita por sua vida e esperou o seu fim chegar, mas nada aconteceu, abriu seus olhos lentamente visualizando outro garoto de cabelos alaranjados segurando o pulso do jovem de colete.

– Mas que? – Indagou o garoto da U.D.D.R. surpreso. – Quem é você?!

– Eu sou Draig e você vai voar agora! – Revela o domador de dragões apertando com força o pulso do garoto, o mesmo geme de dor fazendo-o soltar a faca, então rapidamente Draig o joga para longe, o garoto e arrastado no chão até parar no começo do beco. – Ei, você esta bem? – Pergunta ele para a garota, ela apenas afirmar com um aceno com a cabeça.

Por puro instinto, Draig flexiona seu troco para a direita, desviando de um tiro. O alaranjado olha para trás, o mesmo garoto que antes fora jogado com tamanha força estava de pé, segurando em suas mãos uma submetralhadora MP5.

– Unidade Bravo, suporte! – Diz o garoto de cabelos castanhos claros pelo comunicador. – Acabo de encontrar um dos nove alvos! – Em seguida ele aponta sua arma para Draig.

Que droga!” – Pensou o jovem, olhou de relance para a garota atrás de si, a queimação no braço voltou, fortemente. – “A gente foi proibido de usar nossas habilidades fora da mansão, mas isso é uma emergência!” ­– O garoto alevantou o punho direito, concentrou a maior parte de sua energia nela e em seguida socou o chão, uma enorme onda de fogo se formou a frente do ser armado, impedindo qualquer tipo de contanto visual.

– Ei garota se levant... – Draig fora impedido de continuar com sua fala, balas começaram a passar pela barreira flamejante do garoto. – Droga não tem tempo para pedir! – Rapidamente o alaranjando toma a garota em seus braços e realiza um pulo o fazendo parar no telhado de um estabelecimento ao lado do bar.

O aprendiz de Rei começa a correr pulando de telhado em telhado com a garota em seus braços, novamente a queimação voltou, olhou de relance para seu braço e viu uma pequena mancha negra crescendo, ignorou tal fato visto continuando a pular, por puro reflexo ele para bruscamente de pular um tiro passou a centímetros de seus pés, o garoto virou seu rosto para a direção de onde veio o tiro, vendo ao longe, um atirador de elite.

– Merda, merda, merda, merda, merda! – Praguejou Draig enquanto corria pelos telhados.

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O garoto abria seus olhos vagarosamente, viu a coloração acinzentada do teto, tentou alevantar-se, mas sem sucesso, parecia que algo pressionava seu tronco, Van abaixou sua cabeça para dar de cara com uma cabeleira loira, respirou o cheiro daqueles cabelos.

Yumi?” – Pensou Van, tentou se alevantar novamente, sem sucesso. – “Porque ela esta encima de mim?”.

A cabeleira loira se remexeu no peito do garoto.

– Já acordou V-a-n-senpai? – Disse a loira em um tom malicioso, Van petrificou aquela sem duvida alguma não era Yumi, ela nunca usaria este tipo de tom de voz com ele.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa à porta do apartamento se abriu com agressividade, deixando a luz diurna iluminar o lugar onde se encontrava revelando quem estava encima de si. Por um momento o garoto novamente petrificou, era uma garota de longos cabelos loiros, olhos azuis tão claros quanto o céu, em seu rosto se encontrava um sorriso malicioso.

– Mas... O que? – Sussurrou Van para si mesmo, olhou para a porta e viu o que parecia ser a copia da garota que estava encima de si.

– Elena saia já de cima do Van-senpai! – Disse a loira da porta se aproximando do sofá onde estavam deitados e retirando a outra loira a força. – O que você pensa que esta fazendo? Hein? – Questionou a loira de olhos verdes para a outra loira chamada Elena, seu tom era raivoso.

– O que você nem iria conseguir fazer Yumi-chan! – Respondeu Elena para Yumi, as bochechas da mesma foram cobertas por uma coloração avermelhada. – Eu só peguei seu celular emprestado e também sabe que isso vai ser inevitável Yumi-chan! – Argumentou Elena.

Van parecia alheio à conversa das duas, não sabia o que realmente estava acontecendo ali, mas uma pontada de curiosidade o acertou, ele queria saber o que era o “inevitável” que Elena havia dito.

– Vocês poderiam me explicar o que esta havendo? – Perguntou Van mudando de posição no sofá, sentando-se nele.

As garotas se ajeitaram rapidamente, Elena se distanciou dos dois para abrir as janelas e dar uma iluminação ao lugar, já Yumi sentou-se ao lado de Van.

– Aquela idiota ali é a minha irmã gêmea, Elena. – Apresentou Yumi a sua irmã que estava agarrada no braço direito de Van.

– Eu não sabia que você tinha uma irmã Yumi. – Comentou o garoto olhando pelo canto dos olhos a garota grudada em seu braço.

– Van-senpai é tão quentinho. – Disse Elena de forma manhosa esfregando seu rosto no braço do garoto, deixando Yumi vermelha.

– Pare já com isso Elena! – Grita Yumi apontando seu dedo indicado para sua irmã, à mesma se afasta do Rei, sem muita vontade. – Desculpe-me fazer você vim até aqui Van-senpai. – Desculpou-se a loira de olhos verdes.

– Ei, ei! – Pronunciou-se Elena alevantando-se do sofá, indignada. –Yumi se sente ai! – Manda ela, Yumi se senta. – Van-senpai, você pode não percebe, mas eu consigo enxerga a sua espada! – Revela à loira.

– Mas como...? – Van estava surpreso.

– Você é um Rei, Van-senpai? – Perguntou Yumi de forma séria.

O silencio tomou conta do lugar, a brisa fresca que vinha das janelas abertas fazendo o cabelo negro de Van balançar suavemente, todos ficaram calados até mesmo Elena, seus olhos não mais demonstravam surpresa, fitava Yumi seriamente.

– Sim, eu sou um Rei. – Respondeu ele de forma séria, Elena observou a espada na cintura do garoto. – Como você sabe sobre... – Fora cortado pela loira de olhos azuis.

– Somos Turners, Yumi veio para Sora a pedido da Rainha para ser sua Turner, por isso ela começou a estudar no mesmo colégio que você, mas Van-senpai ainda não havia despertado por isso ela não pode te contar, mas agora que você se tornou um Rei ela pode dizer e como eu sou irmã gêmea dela, compartilho do mesmo sangue eu também serei sua Turner! – Cada palavra que Elena dizia acertava a mente de Van com um golpe certeiro, Yumi ficava mais e mais vermelha a cada palavra pronunciada por sua irmã, a loira começou a se aproximar do garoto de forma perigosa. – E sua espada é um dos... – A garota não pode continuar a falar, pois fora pega por Van em seguida se jogando no chão puxando Yumi junto. – Nossa, que rápido. – A citou de forma maliciosa.

– Fique quieta. – Sussurrou Van para a garota.

Em seguida uma forte ventania tomou conta do local, fazendo alguns moveis irem ao chão por causa de sua força, o som estrondoso de hélices era insuportável, uma intensa luz vasculhava o local em busca de alguém, os três permaneciam no chão, imóveis.

– Saiam do apartamento lentamente e ninguém sairá ferido. – Disse alguém do megafone do possível helicóptero. – Repito, saiam do apartamento lentamente e ninguém sairá ferido! – Repetiu o piloto.

– Preste atenção vocês duas. – Disse Van para as duas. – Quando eu levantar vocês duas vão correr como nunca correram em direção à porta! –Sugeriu ele, as duas responderam com um aceno de cabeça, “eles” haviam atacado mais cedo do que elas esperavam.

O garoto levanta-se cuidadosamente, não queria deixar seu plano de atordoa-los visível, o jovem ergueu seus dois braços para o alto, a luz do helicóptero virou-se para ele, o piloto olhou para o rosto de Van e seus olhos se arregalaram, foram segundos que mais se comparava há anos, o dedo do condutor do helicóptero ia em direção ao botão vermelho, o braço direito de Van descia em direção à bainha de Dann, as garotas se alevantaram e em seguida correram para a porta. Naquele momento o mundo pareceu andar devagar, o coração do garoto batia rapidamente toda vez em que chegava mais perto da bainha suor descia pelo rosto do piloto enquanto seu dedo parecia ir em direção ao botão lentamente. E como se tudo voltasse a sua velocidade normal, Van segura Dann e o puxa de sua cintura, o piloto pressiona o botão vermelho localizado no mache a mini torreta acoplada embaixo do veiculo aéreo começou a girar, uma pequena onda elétrica passa pela lâmina de Van, fazendo-a retornar a forma de uma espada, então como se tudo acontecesse em um piscar de olhos, milhares e milhares de projeteis saiam da torreta visando acerta os três, Van faz com que Dann girasse rapidamente em sua mão direita, as balas que iam a sua direção eram impedidas pela rotação da espada, fazendo com que as capsulas acertassem a lâmina e impedisse de continuar sua trajetória.

– Vamos Dann! – Em um movimento diagonal usando sua espada, Van criar uma pequena massa de ar que se dirigiu em direção ao helicóptero, a força do vento fez com que a parede do apartamento fosse completamente destruída, acertando-o e em seguida o fazendo perde altitude.

– Encontramos um dos nove alvos! Eles estão na ala dos colegiais! – Informou o piloto tomando controle novamente dos controles do veiculo.

Aguia um aqui e a central, inicie a perseguição, reforços estão a caminho. – Respondeu uma voz feminina vindo do fone. – Você tem permissão para matar! Repito, atirar para matar Águia um! Cambio desligo. – Disse por fim desligando o comunicador, o condutor subiu ganhando altitude com seu veiculo, pensou que no tempo em que estava tentando retomar o controle do helicóptero seria o suficiente para os três tentarem fugir, então começou a rodear as proximidades do prédio a procura dos rastros deles.

Van parou para respirar profundamente, se não estivesse atento desde o primeiro momento em que havia entrado no apartamento talvez ele não tivesse notado o som das hélices helicóptero e o resultado seria outro. Sem delongas ele voltou sua atenção para a porta do local, deu alguns passos rapidamente em direção á porta, após atravessa-la olhou para o extenso corredor do andar virou sua cabeça para a direita, vendo que no fim do corredor havia três outros garotos vestindo coletes negros, portavam armas militares em suas mãos, todos estavam cercado as gêmeas as mesmas quase não tinham mais espaço para recuarem.

Mas que droga esta acontecendo?” – Questionou-se o garoto se aproximando sorrateiramente dos três armados, viu estampado em suas costas as siglas “U.D.D.R”.

– Deixem-nos em paz! – Gritou Yumi para os três, mas seu grito fora em vão, eles avançaram ainda mais deixando pouco visível o que estava em suas costas.

– Só falta achar o garoto. – Disse um deles. – Mas enquanto ele não esta vamos nós divertir um pouco com essas duas, os reforços não iram demorar muito... – Antes mesmo de ele terminar de falar o garoto cai no chão, desacordado, atrás dele estava Van.

– O garoto! Ch... – O segundo garoto de colete recebeu uma joelhada em seu estomago, fazendo-o perde o ar em seus pulmões, o terceiro que estava ao lado mirou sua submetralhadora em direção ao Rei, mas o mesmo em um rápido movimento cortou a arma do garoto em duas para em seguida o receber com um soco em sua cara, o fazendo cair no chão desacordado e com sangue escorrendo de seu nariz.

As garotas pareceram aliviadas em ver Van, o garoto pega um dos armados que agora tentava buscar ar para seus pulmões, o garoto usa seu braço esquerdo e pega pelo pescoço o prensando na parede.

– Quem são vocês e o que querem? – Perguntou o portador de Dann de forma ríspida e fria. – Me responda!

– Espero... Que... Você... – Respondia o garoto puxando ar a cada palavra dita. – Morra! – Gritou o garoto, Van o acertou um soco em seu estomago novamente o fazendo cuspir sangue em seguida, a parede atrás de si rachou.

– Vou te pergunta mais uma vez! – Gritou novamente para o garoto de colete negro. – Quem são vocês! Responda agora! – Van levantou-o mais ainda, o garoto estava sendo mais e mais sufocado.

– Nós... Viemos... De vocês... – O garoto lhe responde com muita dificuldade, as duas gêmeas somente observavam o interrogatório brutal de Van. – Vocês... São um... Perigo... Para Sora... E para... O mundo!– Enfim o garoto desmaia o Rei o solta, o garoto cai no chão.

Então, como se um estalo acertasse sua mente uma das peças deste grande quebra-cabeça se juntou, olhou para o garoto caído no chão, buscou no fundo de suas memorias e lá encontrou talvez uma resposta. Lembrou-se das feições dele, ele era um dos alunos de classe alta de Uingusu, assim como Rose, um dos considerados “gênios”. Uma hipótese talvez, mas não queria pensar naquilo agora, teria que levar as duas para a mansão Kuroi Tenshin lá seria talvez o único lugar seguro já que praticamente toda Sora estava deserta. Pois seus olhos sobre as irmãs, ele não compreendeu totalmente o que o garoto quis dizer sobre eles serem uma ameaça para a cidade.

– Vamos sair daqui logo, talvez aquele helicóptero volte. – Diz Van para as duas, as garotas acenam positivamente, concordando com o garoto.

Os três se dirigem para as escadas do prédio, mas quando estava prestes a descerem os primeiros degraus o som de múltiplas pessoas subindo era ouvido, de acordo com o som, todos estavam armados talvez eles fossem os reforços que um daqueles três desacordados falou.

– Van-senpai! – Pronunciou-se Yumi para o garoto, o alertando sobre a chegada de mais pessoas.

– Droga, eles também deve estar vindo do outro lado. – Disse o garoto voltando para o corredor, Elena e Yumi o acompanhavam estavam esperando alguma ideia de Van.

– Pule garoto - Disse uma voz em sua cabeça, Van fechou seus olhos por um único momento e quando voltou a os abrir ele se encontrou novamente naquele lugar quando batalhava contra Ray, a sua frente estava Dann. – E a sua única chance de se salvar agora.

– É muito alto, eu não sei se vou aguentar o impacto até o chão. – Respondeu Van ao gigante a sua frente.

– Apenas pule, eu farei o resto. Confie em mim. – Falou Dann, o garoto novamente fecha os olhos e os retornar a abrir, vendo que tinha voltado ao mundo real.

– Eu tenho uma ideia, afastem-se! – Pediu Van para as duas, ambas estavam tensas tudo que podiam fazer era confiar no Rei, o coração das loiras palpitava a cada momento em que se encontravam naquele corredor mais os garotos de colete negro chegavam.

Em um único movimento usando Dann, o Rei destrói a parede a sua frente, criando um enorme buraco dando vista para metade do setor dos colegiais, olhou para a vista, um pouco temeroso.

– Venham logo! – Disse ele se abaixando. – Yumi se segure nas minhas costas, Elena fique na minha frente! – Elena nem sequer pensou duas vezes ela sem pestanejar se dirigiu a frente do garoto, o mesmo a toma em seus braços, como uma noiva. – Vem logo Yumi! – A garota corou novamente, ela nunca teve um contato tão próximo de Van, mesmo naquela situação de vida ou morte ela sentia-se envergonhada, mas com muito esforço ela prendeu seus braços ao redor do pescoço do garoto e grudando-se as costas dele.

E com você agora Dann” – Pensou Van jogando-se do buraco que acabará de fazer, sentiu-se quando lutou contra Kumo, aquela incrível sensação de poder voar, atrás dele estava os outros integrantes da organização, alguns os olhavam como se fossem loucos ao tentarem pular de tamanha altura, por um momento o garoto havia se esquecido de tudo e todos, queria somente sentir aquela sensação de liberdade até percebe que estava caindo aos poucos. – “Droga, droga, droga!” – Então por um momento seus olhos enxergaram o além, tudo fora dominado por uma cor azulada e na sua frente se encontrava vários círculos, o mundo parecia parar naquele momento.

Agora voe Van!” – Gritou Dann em sua mente, então como se tudo fosse algo normal ele se impulsionou para frente, sentiu em suas costas uma enorme força vinda do próprio vento sua visão por um breve momento modificou-se da normal, todo o mundo tinha se tornado uma coloração azulada, em sua frente se mantinham arcos como se mostrassem um caminho a se prosseguir, em um único impulso o garoto se moveu entre os arcos embranquecidos. – “Isso garoto e o caminho das asas” – Falou a voz de Dann então sua visão voltou ao normal, mostrando que o garoto estava praticamente voando em direção a um prédio próximo a do apartamento das gêmeas.

Então essa e uma habilidade de um Rei...” – Disse para si mesma Yumi abrindo os olhos e por um breve segundo desfrutou daquele momento, o sentimento de ser livre e poder fazer o que quiser.

A rainha tinha razão, esse garoto realmente vai longe.” – Elena sorriu internamente, pode sentir a leve brisa bater em seu longo cabelo loiro, ela nem em um momento sequer reclamou da ordem de sua rainha e aquilo realmente valeu a pena.

Van então tocou seus pés no concreto firme do prédio fazendo com que o tempo voltasse a transcorrer normalmente, o seu coração começou a bombardear sangue para todo o seu corpo e como se um choque passasse por cada canto de seu corpo o garoto retornou a correr. Atrás de si o mesmo helicóptero que antes o havia atacado agora estava em sua encosta, o perseguindo incansavelmente.

Grupo 1, grupo 2 e grupo 5, os alvos estão se dirigindo para o meu da cidade! Repito! Os alvos estão indo em direção à cidade, peço apoio! Cambio! – Transmitiu o condutor do helicóptero em seu rádio para as unidades mais próximas.

Grupo 1 na escuta, começando a perseguição! Cambio! – Respondeu uma voz jovem.

Grupo 2 na escuta, confirmando apoio Águia 1! Cambio! - Confirmou uma voz feminina, a líder do grupo 2.

Grupo 5 negando apoio Águia 1, já estamos em uma perseguição de outro dos nove alvos! Cambio! – Informou o líder do quinto grupo.

Por um momento sua respiração falhou, então o que o comandante disse sobre os nove alvos era verdade.

Entendido Grupo 5! Grupo 1 e 2, detenham-no o máximo que puder, vou tentar acerta-los de cima! – Reportou o piloto, tendo uma confirmação positiva dos dois grupos.

Parecia que aquilo não teria fim, um enorme helicóptero de combate estava o perseguindo e atirando contra ele, se estivesse sozinho o garoto ainda conseguiria dar um jeito de contornar aquela situação, mas estava segurando em seus braços e em sua costa a suas alto intituladas “Turners”, visualizou as ruas no qual passava percebendo um Rhino blindado se aproximando em alta velocidade no prédio onde se encontrava naquele momento, algo do teto do veiculo algo como uma torreta giratória imergiu apontando para Van, o garoto aumenta a velocidade de seus passos, mas era alto totalmente inútil escapar daquilo. Seria aquele seu fim?

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O alaranjado ofegava pesadamente por pouco havia conseguido despistar os homens que estavam em sua procura, olhou novamente para o lugar onde se abrigou, um velho armazém abandonada na área industrial de Sora, nem se deu conta do qual longe estava da cidade e até mesmo da mansão, virou sua cabeça para poder a visualizar a garota encostada na parede, ela havia ficado um bom tempo sem dizer uma palavra sequer. O local era bastante calmo e silêncio não pelo fato de ser abandonado na maioria do tempo o usava para guarda equipamentos entre outas coisas, mas estranhamente aquele setor estava vazio sem qualquer sinal de vida aparente. Draig aguçou seus sentidos ao máximo por instinto, algo estava errado, muito errado. Fechou o celular logo após ver que a mensagem que enviou para os outros fora mandada com sucesso.

– Qual é o seu nome? – Perguntou o domador de dragões para a rosada, a mesma se assustou com a pergunta repentina do garoto. – Não se assuste eu sou amigo. – Disse ele.

– M-meu nome é Inori. – Respondeu ela gaguejando. – E qual é o seu? – Questionou ela para o garoto.

– Eu sou Draig. – Se apresentou ele olhando em sua volta. – Parece que eles não vão nos achar... – Antes mesmo que Draig pudesse acabar de falar, um Rhino arrombou o imenso portão do armazém, o veiculo parou logo após ter conseguido entrar no local, as portas se abriram revelando três jovens com o mesmo colete do garoto do beco usava, os garotos apontaram suas armas em direção a Draig e Inori, lentamente foram andando em direção aos dois.

– Não se movam caso não queiram morrer! – Avisou um garoto de cabelo prateado carregava em suas mãos um submetralhador militar.

Não havia outro meio de escapar daquela situação, o armazém era grande mais não o suficiente, não havia lugares para se proteger dos projeteis das armas empunhadas pelos três, também havia a garota atrás de si, Draig não a conhecia de lugar algum nem mesmo neste curto período de tempo que passou em Sora, mas seu coração palpitava e seu braço formigava insanamente parecia que suas chamas queriam ser acesas. Olhou para os três á sua frente de forma séria, se conseguisse ser rápido o suficiente Inori não iria se machucas, mas caso não conseguisse a garota que acabou de conhecer seria provavelmente morta. A mão do garoto começou a abrir lentamente, dela pequenas chamas se formaram, agiria na hora certa.

– Virem de costas bem lentamente! – Ordenou outro garoto de colete.

Se esta me escutando Doragon, eu preciso de sua ajuda.” – Disse Draig mentalmente esperando alguma resposta, mas tudo que conseguiu foi o silêncio de sua mente.

– Virem-se! – Gritou novamente o prateado.

Pode ouvir seu coração bater lentamente, sentiu seus nervos se acalmarem como se estivesse sobre alguma sedação, como se o mundo andasse em câmera lenta. Então em um piscar de olhos as chamas invadiram todo o armazém não havia sequer um canto que não estivesse sobre o domínio do fogo do alaranjado, os garotos se viram cercados e desvantagem, o contato visual que antes tinha agora era impossível em meio a todo aquele fogo.

– Eu não sei quem vocês são e o que querem com a Inori. – Ouviu-se a voz de Draig entre as chamas. – Mas quando eu estiver aqui vocês não irão chegar perto dela! – O garoto imergiu dentre as labaredas em sua mão direita girava sua corrente, Doragon.

Os três nada podiam fazer enquanto eram incinerados pelos ataques da corrente coberta pelas chamas de Doragon, seus gritos poderiam ser ouvidos a quilômetros de distancia do armazém, parecia que eles não estavam prontos para aquilo. E como se fosse a um piscar de olhos as chamas desapareceram, mas suas marcas permaneciam no local demostrando sua força.

– Isso foi rápido... – Comentou consigo mesmo Draig, olhou para trás vendo Inori segura o garoto havia tomado cuidado para não feri-la com suas chamas.

Draig iria dizer algo para a garota a sua espera, mas o som de hélices dominou totalmente o local, o garoto olhou para cima e viu algo cair do céu perfurando o teto de aço do armazém até cair no chão fazendo uma cratera no local de sua queda, era uma enorme caixa de aço negro mecânico em seguida o som do possível helicóptero se distancio do local até não pode ser mais ouvido. Tanto o domador quanto Inori pareceram surpresos com o acontecido, ambos fixavam seus olhares na enorme caixa de aço negro que estava bem no meio do armazém, seus instintos de dragão o dizia para se preparar o mais forte possível, o som das engrenagens trabalhando era ouvido vindo direto da enorme caixa. A tensão era algo inevitável, ninguém sabia o que sairia de dentro daquela caixa.

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– Chegamos! – Gritou Luiz entrando pela porta da mansão a primeira a aparecer fora Rin, mas sua expressão não era de felicidade. – O que houve? – Questionou ele confuso assim como Yuki. – Onde esta o Rhuan?

Do segundo andar Matheus, Rafaela, Vagner e Sarah apareceram rapidamente, seus olhares demostravam uma expressão preocupada.

– Onde estão Van e o Draig? – Perguntou Rin angustiada verificando parcialmente os dois garotos. – Rhuan-sama partiu há muito tempo. – Respondeu ela a pergunta de Luiz.

– Eles saíram antes de nós, porque toda essa angustia Rin? – Yuki estava confuso, tentava pensar em algo que aconteceu para deixar todos daquele jeito.

Matheus foi o primeiro a descer as escadas, seu olhar antes demostrava preocupação agora se mantinha frio e sério.

– Estamos sendo caçado agora Luiz, alguma organização esta atrás da gente sem motivo aparente. – Respondeu Matheus. – Vocês dois conseguiram chegar aqui por pura sorte, mas parece que o Draig e o Van não tiveram tanta sorte assim.

Os dois jovens se entreolharam temerosos.

– E quem é o inimigo? – Pergunta Yuki.

– Sora. – Vagner o respondeu ao garoto. – Nós somos algo semelhante a uma doença para Sora então alguém se alto denominou um glóbulo branco e que nós exterminar. – Explicou o Rei das Sombras.

Luiz foi o primeiro dar as costas para eles, seu olhar visava á porta em sua frente quando deu seu primeiro passo fora impedido por Sarah.

– Aonde pensa que você vai? – Questiona a mulher para o portador da Rebellion.

– Estou indo atrás do Van e do Draig! – Respondeu ele, sério. – Enquanto estamos aqui eles devem estar sendo caçados por esses malucos que acham que tem o direito de acabar com a sua própria salvação! – Gritou ele indignado, mas o que recebeu foi uma tapa da Rainha.

– Você esta apenas agindo por puro impulso Luiz, não pensamos em ter mérito pelo que fazemos o mundo não acreditaria mais em uma história como essa, somos apenas lendas, uma parte da história esquecida por toda humanidade, mas mesmo assim lutamos para salva-los e não pedimos nada em troca! – Retrucou ela seu tom derivava de um irritado e triste, Matheus e Vagner abaixaram a cabeça por um pequeno momento, as palavras ditas por Sarah eram verdadeiras, eram apenas contos de uma história há muito tempo esquecida.

O silêncio se instalou no local, ninguém ousava dizer sequer uma palavra, Luiz apenas permanecia imóvel em seu lugar a vermelhidão de seu rosto tornou-se visível.

– Então vamos apenas ficara parados aqui? – Questionou Luiz virando seu rosto para poder olhar a mulher.

– Confie em seus amigos Luiz. – Disse ela passando pelo garoto como se nada tivesse acontecido ali.

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Não sabia há quanto tempo estava percorrendo aqueles prédios, parecia que aqueles que o perseguiam não iriam se render tão facilmente, Van não podia fazer nada apenas correr era sua opção viável, olhou para frente onde se encontrava mais e mais prédios, aquilo não teria fim.

Droga, o que eu faço?” – Pensou consigo o garoto, institivamente Van pula mais alto que normal, desviando-se de vários projeteis que iam a sua direção.

– V-Van-senpai, não podemos nos esconder em algum lugar? – Gritou Yumi para o garoto por causa da força do vento que Van fazia com sua velocidade atual, o mesmo continuava a correr sem parar.

– Eles estão na nossa cola, não posso fazer nada agora! – Respondeu Van. – Não posso deixa-las em risco mais que já estão!

– Van-senpai cuidado! – Avisou Elena tarde demais.

Van virou sua cabeça para visualizar o que Elena havia dito para sua surpresa o helicóptero havia disparado um míssil em sua direção, o garoto rapidamente acelerou seus passos fazendo com que sua velocidade comparada a do míssil. O tiro acertou o concreto sobe seus pés fazendo com que Van fosse jogado brutalmente para frente, a força do impacto o fez ser jogado e o deixando completamente sem equilíbrio, olhou para o prédio seguinte o impacto seria algo iminente e avassalador ao ser que entrasse em contato com ele. Van analisou todas as possibilidades prováveis para uma saída daquela situação, mas seu resultado chegou a uma única conclusão, não havia escapatória do choque, alguém iria se ferir severamente. Então o garoto fez a única coisa que lhe passou pela cabeça, como não conseguiria mais usar a mesma habilidade que realizou há minutos então só restava somente um jeito, Van agarrou Yumi de suas costas e a colocou do lado de Elena, a loira o olhou surpresa e ao mesmo tempo assustada, o portador de Dann virou-se de costa para o concreto, as duas irmãs olharam para ele aflitas, mas Van apenas apertou seus braços entre elas fazendo com que todo o dano que veria a seguira ser somente dele. O garoto abriu seus olhos apenas mais uma vez visualizando o helicóptero o mirando, mas como se obra do destino algo ou alguém interceptou o veiculo aéreo, um borrão negro passou rapidamente na frente do piloto em seguida tudo que se pode ver era o helicóptero se partido em dois e algumas explosões, como se tudo voltasse a transcender novamente Van sentiu o duro concreto bater em suas costas a força do impacto fora tanta que o garoto perdeu os sentidos, sua visão ficou completamente negra.

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Draig permanecia atento a qualquer movimento vindo daquela enorme caixa negra mecânica, Inori estava ao lado oposto do garoto, o deixando em uma enorme desvantagem caso algo dentro daquele objeto for inimigo. As mãos do alaranjado tremiam seu próprio instinto o dizia que algo ruim iria acontecer. Der repente uma parte da caixa se jogada perto de Draig, a força posta no objeto fora tanta que nem mesmo ele havia visto o objeto passa ao seu lado e acertar a parede atrás de si.

Que força...” – Comentou o alaranjado consigo mesmo, algo começa a sair de dentro da caixa, os olhos de Draig demostraram surpresa. – “Mas o que é isso?” – Se perguntou o garoto vendo o ser que acabará de sair do interior da caixa, uma gota de suor desceu sobre seu rosto.

O som de algo metálico tocando o chão foi ouvido, no meio da escuridão que residiam de dentro da caixa, seus passos sonorizava estranho como de aço em contato com o chão, andou calmamente para fora do objeto visando o alaranjado, seus cabelos brancos balançavam com o vento vindo do buraco no teto, em sua costa era visível uma bainha.

– Terceiro alvo, domador de dragões, eliminação imediata! – Disse o ciborgue, mas diferente de um robô normal ele tinha uma voz humana. – Modo de combate “Anti-Domador de dragões" ativado. – O ciborgue de cabelos brancos retira de suas costas uma Katana de ferro, em sua lâmina pequenas ondas de choque passam em toda sua extensão.

– O que é voc... – Antes mesmo que Draig pudesse completar sua pergunta ele flexiona sua cabeça para trás, pode ver a lâmina passar a centímetros de sua garganta, o garoto pula para trás ganhado uma boa distancia entre eles. – Droga, ele é rápido, muito rápido, isso vai ficar difícil. – O domador pousou seus olhos na garota que tentava se esconder em algum lugar, o garoto faria a mesma coisa quando era pequeno, mas os tempos mudaram ele prometeu a si mesmo enfrentar os seus medos, aquele momento seria a prova de tal promessa.

As chamas se acenderam em volta de Doragon, Draig começou a gira-la rapidamente fazendo com um circulo de fogo com tamanha rotação feita pela corrente, em um rápido movimento ele joga o circulo em direção ao ciborgue, à velocidade colocada no ataque fez com que todo o trajeto feito pelo fogo deixa-se uma marca visível no piso. O inimigo em um simples ataque vertical com sua lâmina cortou o circulo de fogo a fazendo se dissipar no ar, em um piscar de olhos o garoto-maquina já não estava mais ali, como se fosse por puro reflexo Draig se joga para o lado direto, o som agudo da lâmina de aço do ciborgue era ouvido nitidamente, o garoto olhou para o lado vendo seu inimigo realizando um corte reto no ar onde o mesmo se encontrava há segundos atrás, estava tão impressionado com a velocidade do inimigo que não percebeu o chute que levará o fazendo ser arremessado até a parede do armazém, a entortando com a força exercida no golpe.

– Resultado da analise, terceiro alvo não apresenta maiores problemas. Analise geral: Fraco. – Informa o ciborgue dando pequenos passos em direção.

Draig consegue sair do buraco com muita dificuldade, respirou e inspirou várias vezes, tocou em suas costelas parecia que uma delas estava quebrada, isso era ruim. Cuspiu um pouco de sangue, aquela luta seria desumana, sua agilidade não conseguiria ser igualada ao do ciborgue e aquela Katana que tão facilmente cortou um dos ataques que recém aprendeu foi partida e m dois como se fosse manteiga. Ergueu-se com dificuldade, pode ver o seu inimigo andando calmamente em sua direção, ele parecia prever os ataques com cálculos rápidos até mesmo o havia avaliado em menos de um minuto de luta, Draig teria que luta serialmente caso pelo menos tentasse acerta um golpe nele. O garoto estende sua corrente flamejante o máximo que pode e pôs toda sua força em um ataque horizontal, mas o golpe fora impedido pelo ciborgue que a ergueu seu braço esquerdo fazendo com que a corrente enrolasse em seu braço, as chamas faziam o aço chegarem a um calor absurdo, mas parecia que seu material era bem resistente para aguentar o fogo de Doragon. Em um único movimento o ciborgue puxa a corrente de Draig o fazendo ir em direção ao inimigo, o garoto-ciborgue ergue sua Katana seus cálculos o mostravam que o movimento a seguir iria finalizar de uma vez por todas o alaranjado, assim fazendo um dos últimos domadores de dragões existentes desaparecerem.

Mas cálculos não funcionavam contra o imprevisível.

Faltando apenas alguns centímetros para o contato de Draig com a espada do ciborgue, o garoto usa toda sua força para puxar Doragon, o ciborgue por um breve momento se surpreendeu com o domador, aquele movimento não estava previsto em seus cálculos, a força fez com que o mesmo inesperadamente se desequilibrasse levemente, mas aquilo era o bastante para Draig. O aprendiz de Rei realiza uma joelha no rosto do ciborgue o fazendo cambalear alguns passos para trás, o garoto aproveita a brecha que criou e começa uma sequencia de golpes, o som de seus punhos envoltos pela chama de Doragon entrando em um contato agressivo com o metal do ciborgue. No momento onde iria realizar um gancho de direita no embranquecido o mesmo segura seu braço e contra-ataca com um chute em seu estomago, Draig perde os sentidos por breves segundos, aquele chute foi como se uma barra de ferro acerta-se seu corpo a uma incrível velocidade, o garoto se recompõe rapidamente o dando chance de se esquivar de um soco vindo a sua esquerda, fechou seu punho direito fortemente e o guiou em direção ao queixo de aço do ciborgue o fazendo ser levantado no ar.

Os segundo pareciam avançar vagorosamente diante de seus olhos, pode ver claramente o garoto de cabelo branco continuar a subir no ar, seu punho estava dolorido e talvez até quebrado, mas aquilo era algo relevante no momento, o ciborgue branco cai no chão duro fazendo o concreto abaixo de si rachar. Alguns minutos se passaram sem qualquer sinal de que o embranquecido voltaria a levantar novamente.

– Acabou? – Se perguntou Draig arfando pesadamente, somente alguns golpes daquele maldito ciborgue o fizeram sentir como se cada extensão de seu corpo desmoronasse em apenas um sopro. – Inori! Inori! – O chamou pela garota, a ruiva saiu de uma coluna que sustentava o lugar, ela parecia em boa aparência.

Draig suspirou aliviado por saber que a garota estava bem. Pousou seus olhos sobre a ruiva no qual arriscou sua vida para mantê-la a salva, mas pode ver Inori olhar apavorada para ele, o mesmo sentiu-se confuso pelo estado dela.

– Draig! – Gritou Inori tarde demais para poder avisar o alaranjado sobre o que o aguardava.

O garoto só pode sentir a dor aguda e terrível que lhe invadiu, seus olhos demostravam surpresa os abaixou e viu a lâmina de aço atravessando seu estomago, seu corpo não se movia conforme sua ordem parecia totalmente desligado. Seus sentidos foram se esvaziando lentamente, pode sentir quando seu corpo entrou em contato com o chão, sua respiração falhava a cada tentativa de inspirar tudo que pode ver era o ciborgue que saiu de dentro daquela caixa negra andar em direção á ruiva, tentou mexer seu corpo, mesmo que fosse a menor parte dele, mas tudo parecia ser em vão. Então sua visão fora coberta por um manto negro. Havia perdido os sentidos.

O garotinho chorava sem parar á sua frente estava sua família que jazia sem vida no chão, não havia mais ninguém junto dele, ninguém para ampará-lo daquele medo que o dominava, daquela tristeza que o assolava cada canto de seu pequeno corpo. O pequeno alaranjado fez a única coisa que lhe passou na cabeça, se ajoelhar e atar a chorar como não houvesse um amanhã.

– P-papai! M-mamãe! – Disse o garoto entre os soluços, mesmo estando com a verdade em sua frente ele preferia acreditar que aquilo tudo fosse uma simples mentira, que fosse um pesadelo que logo passaria. – I-irmão! –As lágrimas vertiam sem parar, estava sozinho agora, só havia restado aquele pequeno garoto em meio às chamas que consumiam sua vila.

– Não fique assustado pequenino. – Respondeu uma voz doce e acolhedora, o garoto abriu seus olhos e percebeu que não mais se encontrava em sua vila destruída, o lugar era totalmente branco, um branco sem fim aparente. – Eu estou aqui pequeno Draig, não precisa sentir medo. – Disse novamente a voz, Draig olhou para todos os lados a procura da dona daquelas palavras tão calmas e serenas, mas o que não a encontrou.

– Q-quem é você? – Perguntou à criança engolindo o choro, sua voz tremulava.

– Meu nome é Doragon. – Respondeu à voz, o garoto olhou para sua frente vendo chamas começaram a se juntar tomando a forma de algo, então do meio de todo o fogo uma mulher com um longo cabelo branco, olhos vermelhos como sangue, vestia uma túnica de cor igual ao de seus olhos.

– Do-Doragon...? – Questionou ele confuso com a aparição da mulher, a mesma sorri se agachando em frente ao pequeno Draig.

– Sim, meu nome é Doragon e partir de hoje eu tomarei conta de você, pequeno Draig. – Disse ela sorridente Draig a observava ainda confuso. – Suas perguntas serão respondidas mais tarde, mas agora vamos dormir. Certo? – Perguntou ela, sua presença era acolhedora e quente, o garoto apenas balançou a cabeça e fechou os olhos.

Faz muito tempo... Muito tempo em que vi Doragon, naquela vez eu era apenas uma criança que chorava em frente aos corpos mortos de sua família... Mas ela estava lá para me amparar e cuidar de mim... Doragon, se você esta ai, me ajude mais uma vez... Por favor, eu lhe peço.

Draig abriu seus olhos lentamente e de primeira vista reconheceu aquele lugar branco, depois de anos ele havia voltado aquele lugar. Olhou para todos os lados a procura de alguém, mas nada encontrou a não ser a solidão.

– Doragon... Ajude-me! – Gritou ele para aquela imensidão branca, mas não houve resposta. –Eu sei que você esta ai Doragon! Você sempre esteve me protegendo desde que eu era apenas uma criança! – Gritou novamente para o nada. – Mas eu estou aqui lhe pedindo um único favor! Talvez o meu único! Não ligo se morrer logo em seguida, mas eu preciso de seu poder! Doragon!

O eco de sua voz podia ser ouvido imensamente naquele lugar, minutos se passaram lentamente, mas nunca uma resposta foi dada, o garoto cai de joelhos no chão. Ele não conseguiria proteger aquela garota.

– Aquele pequeno garoto agora e um jovem, parece que nem se passaram vários anos, pequeno Draig. – Respondeu aquela mesma voz doce e acolhedora, uma mão pouso no ombro de Draig, o mesmo se vira para dar de cara com aquela mulher de longo cabelo branco, Doragon. – Pareceu que agora será sua vez de proteger alguém não é? Então eu o ajudarei pequeno.

Então toda aquela imensidão branca fora tomada pelas chamas que se espalhavam rapidamente, o fogo começou a rodear Draig, o mesmo apenas observava aquelas chamas o cercarem em um circulo. Então elas avançam contra ele.

O ciborgue estava preste a chegar perto de Inori segurava firmemente sua Katana de aço, antes havia verificado todos os sinais vitais do garoto caído no chão, tendo o resultado de que ele havia morrido. Parte de sua missão estava completa agora só faltava eliminar a garota que estava com ele. Mas então o mesmo parou de andar, seu scanner informava que o ar havia esquentado rapidamente pode sentir até mesmo seu corpo a temperatura no local, então como se um estalo passasse sobre sua cabeça o ciborgue se vira, surpreso com o que estava testemunhando com seus olhos.

Um tornando de fogo rodeava o corpo inerte de Draig no chão, o teto havia derretido com a temperatura das chamas fazendo com que o tornado subisse aos céus. Lentamente o domador de dragões se alevanta do chão, em suas costas enormes asas feitas de suas chamas estavam abertas demostrando o tamanho de seu poder naquele momento, no braço direito algo semelhante a uma espada feita puramente de chamas se formou e em seu braço direito um grande circulo flamejante se assemelhando a um escudo se revelou. O tornando se dissipou ao bater das enormes asas flamejantes.

– Agora você esta com sérios problemas! – Se pronuncio Draig abrindo seus olhos agora vermelhos e sua pupila em forma de fenda, como se fosse às de um dragão.

Antes mesmo que o ciborgue pudesse fazer qualquer movimento o alaranjado já havia sumido de seu campo de visão, seu scanner nada detectou nem mesmo sequer o rastro de energia que o garoto havia deixado a velocidade de Draig agora batia de frente com a do garoto-ciborgue. A pressão de ar de seu lado esquerdo aumentou, o ciborgue tentou se esquivar do provável golpe que iria receber, mas não havia sido rápido o suficiente, a lâmina flamejante o acertou com um corte vertical seu rastro fez o aço do peitoral do ciborgue quase chegar a derreter. O inimigo de cabelo branco saltou para trás tomando um distancia segura do garoto para longo em seguida partir rapidamente em direção ao alaranjado empunhando sua Katana, Draig empunha seu braço esquerdo usando seu escudo para se defender de um ataque horizontal percebendo sua chance ele contra ataca com um corte vertical usando sua lâmina, mas o ciborgue flexiona seu tronco para o lado oposto da rota do golpe se esquivando e revidando com um chute no estomago do alaranjado, o fazendo se arrastado por alguns metros.

Mesmo aumentando meu poder ele ainda consegue ver meus movimentos e revidar a altura” – Analisou Draig, mesmo tendo todo o poder de sua arma ela não era o suficiente. – “Meus ataques não fazem efeito, o que esse ciborgue tem?” – O garoto ergue novamente seu escudo feito das chamas de seu dragão defendendo-se da Katana do inimigo que por pouco não cortou seu braço.

– Cara você é muito chato! – Grita o garoto colocando força em seu braço esquerdo e conseguindo com perfeição o ciborgue largar a Katana, agora ele estava desprotegido e sem chances de poder contra atacar. – Minha chance!

O alaranjado desfaz sua espada flamejante a fazendo retornar ao estado de chamas, as mesmas se junta no punho do garoto, Draig aproveita sua chance e acertar um soco no estomago do ciborgue o fazendo ser levantado no ar pela força posta no ataque, sem perde tempo o portador de Doragon levanta voo indo em direção ao inimigo e o acertado um golpe em seu queixo com o punho esquerdo o fazendo ir cada vez mais para cima, Draig o pega pelo pescoço e acumula toda sua força em seu braço direito e o joga em direção ao Rhino, o ciborgue logo em seguida ao entrar em agressivamente em contato com o veiculo o mesmo explode fazendo o fogo se espalha pela entrada do armazém. Mas sua sombra podia ser vista se erguendo no meio do fogo andando calmamente como se não tivesse levado qualquer dano. O alaranjado ainda permanecia no ar observando o ciborgue sair em meios às chamas sem qualquer arranhão, ele ergue seus braços para o alto juntando uma enorme quantidade de chamas de suas asas e formando uma gigantesca bola de fogo.

– Engole essa! – Exclama o garoto jogando a enorme esfera em chamas em direção ao ciborgue, o mesmo parou de andar alguns segundo e empunhou sua Katana, ondas elétricas começaram a transcorrer a lâmina e em um único corte reto ele parte a esfera flamejante em duas.

Draig pousa no chão ofegante, não sabia que aquele poder todo o deixava exausto, mas não iria desistir ainda havia uma carta em sua manga.

– Ativar versão dois ponto zero. – Se pronunciou o ciborgue em suas costas começaram a se formar asas metálicas e robóticas, sua lâmina mudou de uma cor prateada para vermelho sangue, assim como todo seu corpo. –Preparando gerador de energia principal, concentrando núcleo vermelho em um último ataque. – Ondas elétricas de coloração avermelhada começaram a percorrer toda a extensão da Katana.

– Vamos Doragon, vamos usar aquele ataque! – Gritou o alaranjado fazendo todo seu corpo se coberto pelas chamas de Doragon. – Todoroki: Doragon no Jigoku no honõ!*– E rapidamente parte para cima do ciborgue de cabelos brancos deixando um rastro de chamas e de destruição por onde passava o ciborgue também partiu para cima do alaranjado empunhando sua Katana agora avermelhada para o garoto, o contato entre aqueles dois era iminente e destrutivo.

Ambos visavam somente uma única coisa, acabar um com o outro o mais rápido possível. O punho de Draig entrou em contanto com a lâmina vermelha do ciborgue, uma enorme cratera no chão foi aberta e a maior parte do armazém foi destruída pela força que ambos os golpes realizavam, os dois forçavam seus golpes o máximo que podiam, o punho de Draig competia com a força da Katana do ciborgue, então tudo explode em enorme clarão de luz branca.

Abria seus olhos lentamente, todo seu corpo clamava para não se levantar de jeito algum, mas uma razão em sua mente o impedia de realizar tal desejo então com uma enorme dificuldade o garoto se ergue do meio da cratera, não existia mais um armazém ali tudo era somente um enorme buraco, então se lembrou da garota.

– Inori! – Gritou ele a chamando, observou todos os ângulos possíveis, mas não a via. – Inori!

– D-Draig! – Gritou uma voz fraca, mas audível o garoto se vira para a direção de onde veio à resposta vendo a mesma do lado de fora da cratera.

Ela esta bem, que bom.” – Pensou ele aliviado em perceber que a garota não havia se machucado, mas outra questão passou sobre sua mente. – “O armazém não tinha lugar algum para se proteger então como ela”... – Seus pensamentos foram cortados quando outra pessoa apareceu ao lado de Inori, olhou surpreso para aquela pessoa na qual tanto tempo não via.

– Ei Draig eu pensava que você tinha morrido, mas você e tão difícil de matar que nem isso pode acontecer! – Respondeu a pessoa ao lado da ruiva.

– Allan?! – Exclamou surpreso o a aparição de seu velho amigo.

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Todo seu corpo estava preste a se despedaçar em qualquer movimento que tentara fazer, abriu seus olhos lentamente visualizando o buraco no teto onde de onde provavelmente caiu, mas antes mesmo que pudesse fazer algo, alguém o arrasta pelo chão e aponta uma arma para sua cabeça.

– Eu quero uma boa explicação para tudo isso Van! – Exclamou a garota.

– Rose... – Sussurrou Van supreso.

–-------------------------------------- Kingu: Kuroi Tenshin -------------------------------------------


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Notas finais do capítulo

Rugido: As chamas infernais do Dragão*Reviews são muito bem vindas!