*TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM*

Joguei um sapato no despertador, que parou de tocar.

Voltei a dormir.

Finn PDV.

Fui até o quarto da Abbi.

Finn – Abbi,o café tá na mesa! Você vai se atrasar pra escola!

PENSEI que ia ver a Abbi já quase arrumada.

A pessoa ainda estava morgada na cama.

Finn – Abbi, levanta!

Ela nem se mexeu.

Finn – Abbigail Jespen! Você vai se atrasar!

Ela levantou a cabeça e olhou pra mim.

Abbi – Finnick Jespen, escuta bem... I. DON’T. GIVE. A. FUCK!

E voltou a enfiar a cabeça no travesseiro.

Hora de usar a artilharia pesada.

Tirei a coberta de cima dela.

Peguei seu pé e fui arrastando ela.

Abbi – EU NÃO QUERO IR PRA ESCOOOLA!

Marzia saiu do quarto (ah, é! Esqueci que ela veio dormir aqui).

Marzia – O que tá...

Finn – Marzia, pega a câmera! Eu quero filmar isso.

Abbi parecia ter pegado no sono DE NOVO!

Marzia ligou a câmera.

A arrastei até o Box do banheiro e a joguei lá.

Marzia – Ah, ela parece um anjinho dormindo...

Finn – Por pouco tempo!

Abbi PDV

Senti uma coisa muito gelada no meu corpo.

Achei que era só sonho.

Mas comecei a sentir uma piscininha se formar embaixo de mim.

Acordei no susto.

Abbi – AAAAAAAAAAAAAAH!

Olho pro lado e vejo Marzia segurando uma câmera e Finn se acabando de rir.

Detalhe: eu estou no banheiro.

Depois de dois segundos eu raciocinei o que aconteceu.

Abbi – SEU VIADO! EU VOU TE MATAR!

*30 minutos depois*

Depois dessa prova de amor fraterno, tive que me enfiar dentro de uma roupa (bermuda fardada, camiseta preta de capuz do Venom e all-star).

Engoli uma torrada e saí com um pedaço de maçã na boca.

Abbi – TCHAU!

Eu tenho exatamente dez minutos e 20 quadras pra andar até a escola.

Isso vai precisar de um pouco de talento...

Dei uma olhada em volta pra ver se tinha alguém olhando.

Prendi a mochila e pus o capuz.

Eu vou realizar o meu primeiro Parkuor fora do Brasil (Yay!).

Só peguei impulso e fui.

Bells PDV.

Bells - MARSHALL, ANDA LOGO!

Marshall – Calma, eu tava só arrumando o cabelo!

Por que eu não posso ter um irmão normal?

Ele finalmente saiu de casa.

E agora ele tinha um moicano.

Bells – Você resolveu fazer moicano JUSTO AGORA?!

Marshall – Eu não podia ir com metade do cabelo raspado pra escola! Isso é coisa de bicha!

Bells – Coisa de bicha é ficar meia hora no banheiro arrumando o cabelo.

Marshall – Você não estava com pressa?

Bufei e saímos andando.

Não que eu goste de chegar cedo na escola. Mas se eu receber outra detenção, minha mãe me mata!

Senti um vento passando por mim.

Quando vejo é um garoto de capuz que passou por mim na velocidade da luz.

Ele dava umas escaladas nas paredes.

Mas, a pergunta é do que ele tá correndo?

Marshall – Cara, você viu o maluco dando uma de Homem Aranha?

Bells – Vi sim. Coisa de louco, né?

Ambre (AMBREGA!) PDV.

Ambre – Mas, Naaaath! É só uma saidinha rápida.

Nathaniel – Você sabe que depois de entrar na escola só pode sair depois das aulas.

Dei língua pra ele.

É só uma saída pra comprar um lanche decente!

Porque esse sanduíche de atum da mamãe é uma droga.

Desde que ele foi promovido a representante, eu tenho que chegar mais cedo na escola junto com ele.

Geralmente eu dou uma desculpa e fico em casa. Mas dessa vez não colou.

Agora, eu tenho que ficar aqui esperando a Li e a Charlotte.

E o Castielzinho, CLAAAARO!

Olho em volta e vejo o fofito.

Fiquei um pouco surpresa, ele quase nunca chega cedo.

OOOH será que ele veio me ver?

Ambre – Oooi, Castielzinho!

Castiel – Me deixa, garota.

Ambre – Por que veio mais cedo?

Castiel – Não é da sua conta.

Ambre – Tá óbvio que você veio me ver!

Castiel – Pra que eu acordaria cedo pra te ver? Nem se eu fosse maluco!

Ambre – Por que você sempre banca o difícil?

Antes de ele me responder uma pessoa de capuz preto veio até ele.

Era pequeno e ofegante.

?? – Eu... Cheguei! Pode *bufa* entregar...

Ele abriu um sorriso irônico.

Castiel – Foi tirar o pai da forca, Harley?

?? – Faz favor e para de me chamar de Harley!

Tem algum Harley na escola?

Ambre – Desculpa, mas só são permitidos alunos na área.

O fulano riu na minha cara.

?? – É sério isso?

Ambre – É melhor você sair antes que eu chame o representante.

Ele tirou o capuz e... ARGH!

Aquela ratinha de novo?

Abbi – Falaí ,Ambrega!

Ela não parava de rir da minha cara.

Abbi – Mas voltando pro assunto. E a minha pulseira?

Ele enfiou a mão no bolso e tirou uma pulseira.

Era uma corrente fina e dourada, com um pingente que eu não conhecia o símbolo.

Castiel – O Dragon mastigou um pouquinho.

Abbi – Melhor do que eu esperava que estivesse... Valeu, Strider.

Ele DEU essa pulseira pra ela?

Como assim?

Tipo, COMO ASSIM?!

E... Strider? Harley?

ELES SE DERAM APELIDOS?

Abbi PDV.

Sai de lá colocando a minha pulseira.

A cara da Ambrega foi impagável.

Ela parece ter uma quedinha pelo tomate.

Entrei na sala de aula.

–-----------------------------------------------------------------------

Bells – Abbi, empresta as suas anotações?

Abbi – Pra que?

Bells – Eu não prestei atenção nenhuma na aula. Eu DETESTO física!

Abbi – Beleza, mas me devolve depois.

Marshall – Não sei como você não gosta de física! É a única matéria que eu consigo aplicar na vida real!

Abbi – E Gramática?

Marshall – A única que eu GOSTO de aplicar na vida real!

Bells – Vocês são dois nerds! Onde se vê Física no dia-a-dia?

Marshall riu.

Marshall – Lembra do Homem Aranha que a gente viu mais cedo?

Bells – Sim.

Marshall – Ele usa várias leis de Newton pra fazer aquelas manobras. Ou você acha que é só sair pulando por aí?

Abbi – Homem Aranha?

Bells – Pena que você não viu! Um cara muito loco que ia escalando umas paredes, correndo, pulando na velocidade da luz.

Abbi – Uma pena mesmo. Eu faço Parkuor e até agora não conheci ninguém que fizesse por aqui.

O professor liberou a classe pro recreio (sim, eu estou no Ensino Médio e ainda falo recreio. Dane-se! Se eu quiser chamo de “hora do lanchinho”!).

Tirei meu Toddynho da mochila.

Bells – Você só toma isso?

Abbi – Basicamente... Eu sou movida à Toddynho.

Bells – Tá um golinho?

Abbi – Nope, é só meu.

Tirei também um pacote de biscoito da mochila.

Depois de alguns minutos eu vi o Kentin de longe.

Abbi – Ô KEEEN!

Ele virou pra mim meio assustado.

Abbi – EU TROUXE BIIIIXXXXXCOITO!

Falei a palavra mágica!

Ele veio até mim, já estendendo a mão.

Kentin – É biscoito de que?

Abbi – Morango.

Kentin – Me dá!

O Ken pode ter mudado muito, mas continua sendo o MEU Ken.

...Ok, isso soou muito estranho.

Abbi – Ah, posso te perguntar uma coisa?

Kentin - Sabia que você não ia oferecer biscoitos sem segundas intenções... Pode perguntar.

Abbi – Você ainda se refere a mim como Harley?

Kentin – NÃO! Isso é ridículo, de onde você tirou essa ideia?

Abbi – O tomate ouviu você se referindo a mim assim e ele não parou de me chamar assim ontem.

Kentin – Ontem? Mas era feriado.

Abbi – Eu encontrei ele na praia.

Kentin – Vocês foram à praia juntos?

O Kentin devia estar pensando besteira.

Abbi – NÃO! Eu fui com as meninas e encontrei ele por lá.

Tentei explicar a história inteira pra ele.

Kentin começou a rir um pouco da minha cara.

Kentin – Você (hahaha)... Eu não acredito! Ainda não superou o medo de cachorros?

Abbi – Aparentemente, não. Mas, cara, o Dragon é enorme.

Ele parecia que ia ter outra crise de risos.

Abbi – Mostra esses dentes que eu faço você perder!

Kentin – Ah, por que você tá tão mal humorada?

Abbi – Sei lá! Deve ter sido porque o Finn me acordou com água gelada.

Kentin – Eu tenho um jeito de melhorar essa cara. Você ainda sente cosquinha?

Ele fez aquele sorriso besta outra vez.

Abbi – Sim, mas por que você - *finalmente entende a indireta* -... AAAH, NÃO! NEM A PAU! PODE TIRAR ESSE SORRISO DA CARA.

Ele colocou as mãos na minha cintura e começou a me fazer cosquinha.

Abbi – Nããão (hahaha)! Seu traidor! ISSO (HAHAHAHAHAH) não vale (HAHAHAHAHAHAHAHHA)! PARA! SÉRIO! EU VOU (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA) Morrer!

Ele devia estar se divertindo com aquilo.

De repente ele parou (Eu já tinha deitado no chão de tanta cosquinha).

Olhei pra cima e vi um tomate familiar.

Abbi – Que foi, Strider? Nunca viu ninguém ter um ataque de cosquinha?

Castiel – Levanta do chão. Você já está pagando mais mico do que o normal.

Abbi – Ui, ok senhor sério.

Sentei de novo, arrumei minha camisa e meus óculos.

Abbi – Por que você é tão estraga prazeres?

Ele olhou torto pro Kentin.

Peraí, ele tá com raiva do Kentin? Por quê?

Castiel – Deixa as coisas íntimas pra um lugar mais reservado, moleque.

Abbi – Coisas íntimas? Ele só estava me fazendo cosquinha!

Ele não parava de olhar torto pro Kentin.

Será que ele tem que incomodar até os meus amigos?

Me levantei e fiquei cara a cara com ele.

Abbi – Você tem algum problema com isso, Tomate?

Ambre PDV

Charlotte – Ele deve só ter encontrado a pulseira dela.

Li – E por que ele daria uma pulseira pra ela? Eles se conhecem há, tipo, um dia.

Ambre – Verdade. Mas eu não deixo de ficar com raiva daquela ratinha! Quem ela pensa que é pra me chamar assim?

Charlotte tentava me acalmar.

Li dava uma olhada em volta procurando o Castiel.

Li - Olha ele ali!

Ela apontou pra um canto.

Castiel estava discutindo feio com a ratinha.

Os dois já estavam vermelhos de raiva.

Bells, Ally, Marshall e Alexy estavam observando a briga.

Não consegui prestar muita atenção na discussão, apenas quando ele disse:

Castiel – Por que você não volta pra sua mãezinha, hein? Deve ser uma completa idiota que nem você!

Ela parou um instante e vidrou o chão.

Por um segundo achei que ela fosse chorar (eu adoraria ver isso).

Mas, ela levantou com a cara ainda mais vermelha de raiva.

Levantou a mão e deu um soco na cara do Castiel.

Deve ter sido forte, porque ele cambaleou um pouco.

Abbi - Você pode falar o quanto quiser de mim... MAS VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR DA MINHA MÃE, OUVIU?! NA PRÓXIMA VEZ QUE FIZER ISSO, PODE TER CERTEZA QUE EU QUEBRO A SUA CARA, SEU BABACA!

Ela gritou com a voz trêmula e saiu andando pra dentro da escola, limpando o rosto com o antebraço.

Ela deu um SOCO na cara do MEU Castiel?

Abbi PDV

AQUELE FILHO DE UMA MULHER MAL AMADA!

QUEM ELE PENSA QUE É PRA FALAR DA MINHA FAMÍLIA DESSE JEITO?

E logo agora que eu comecei a pensar que ele era uma pessoa legal.

Os corredores estavam praticamente vazios (lógico!).

Fui até umas escadarias que ficavam bem no fundo da escola e sentei lá pelo segundo ou terceiro degrau.

Eu simplesmente ODEIO quando alguém fala sobre a minha mãe.

Motivos pessoais, sabe?

Castiel PDV.

Podemos dizer que a direta dela é forte...

Ally – Pra que você foi apelar pra falar da família, animal?

Castiel – E eu lá ia saber que ela ia me dar um soco? Essa garota faz boxe ou o que?

Marshall – Cara, ficou roxo!

Bells – Lógico, né, imbecil!

Todo mundo do pátio estava olhando pra mim.

O Castiel acabou de ser nocauteado por uma anã loira.

O Kentin estava me olhando torto.

Castiel – O que você tem comigo, moleque?

Kentin – Eu só estou zangado pelo o quê você falou com a minha amiga.

Castiel – Fala sério, ela é tão superprotetora assim com a mãe? Como que a mulher aguenta?

Kentin – A mãe dela não tem que aguentar.

Castiel – Como assim?

Kentin – A MÃE DELA TÁ MORTA, Ô IDIOTA!

A atenção se voltou pro Kentin.

Bells – Tipo, sério?

Kentin – POR QUE RAIOS EU BRINCARIA COM UMA COISA DESSAS?!

Bells – Se você fosse igual ao Marshall.

Marshall – Putz, Castiel... Agora você se superou...

Castiel – Como eu ia adivinhar que a mãe dela morreu, hein?

Ally – Você REALMENTE está tentando parecer inocente?

...

Ok , ISSO eu não consigo responder.

Ally – Agora, vai pedir desculpas pra Abbi... OU O SENHOR TEM ALGUM OUTRO ARGUMENTO?!

Castiel -... Eu odeio quando você está certa.

Ally – O que é uma pena, porque eu SEMPRE estou certa.

Castiel – Beleza! Eu vou pedir desculpas pra ela! Mas eu ainda acho que estou certo.

Marshall/ Ally/ Bells/ Ken – VOCÊ NÃO ESTÁ CERTO!

Castiel – OK, EU ESTOU ERRADO! FELIZES EM OUVIR ISSO?!

Fui andando pelo corredor da escola.

Sério que eu vou ter que procurar essa menina DE NOVO?

Ah, mas agora eu tenho um macete!

Peguei meu celular e liguei pro número dela (que foi a Bells que me deu, diga-se de passagem).

Começou a tocar aquela músiquinha de videogame outra vez.

Foi só ir seguindo o som.

Até que eu encontrei uma baixinha sentada na escadaria com a cabeça enterrada nos joelhos.

E com o celular ainda tocando.

Castiel – Ei, não vai atender ao telefone?

Ela não se deu nem o trabalho de olhar na minha cara.

Abbi – Eu gosto dessa música, agora VAZA!

Castiel – Eu vim te pedir desculpas.

Abbi –... Quem mandou você fazer isso?

Castiel – Todo mundo.

Abbi – E por que você veio?

Castiel – Olha, eu pisei na bola, ok? Estou admitindo isso!

Ela me ignorou.

Castiel – Você escutou? Eu estou me desculpando AO VIVO E A CORES.

Abbi - ...

Castiel – Eu já pedi desculpas, o que você quer que eu faça?

Abbi - ...

Castiel – Pelo menos olha pra mim?

Ela tirou a cara dos joelhos.

O rosto estava um pouquinho vermelho e os olhos ligeiramente inchados.

Pois é, eu consegui fazer uma menina que eu conheço há menos de uma semana chorar.

Abbi – Pronto, olhei pra você. Agora vaza!

Castiel – Por que você ficou tão puta comigo? Além de eu ter falado da sua mãe?

Abbi - ...

Castiel – O Kentin me disse... Eu não sabia, tá?

Abbi – Tá...

Castiel – Mudando de assunto... Você faz boxe, garota?

Ela ficou meio confusa.

Apontei pro meu olho roxo.

Castiel –Tá doendo até agora.

Abbi – Eu fazia MMA...

Castiel – Cara!

Sentei do lado dela.

Castiel – E você fazia isso com todo mundo na escola?

Abbi – Digamos que eu peguei várias detenções por causa disso...

Castiel – Deixe-me adivinhar... Eles te chamavam de baixinha e você metia a mão na cara deles?

Abbi – Eu metia o pé naquele lugar logo.

Castiel – Se você usava a mesma força que você usou em mim, esses caras nunca vão ter filhos.

Ela riu.

Abbi – Eles nunca suspeitavam que eu tinha força pra derrubar alguém.

Castiel – E VOCÊ ACHA QUE EU SUSPEITEI?

Ela começou a rir de novo.

Ela olhou pro meu olho roxo.

Abbi – Coloca gelo ou ai ficar com essa coisa na sua cara o resto da sua vida.

Castiel – É especialista em machucados agora é?

Abbi – Eu me metia em muitas brigas, lógico que sei sobre machucados. Esse olho roxo deve durar uns dois ou três dias.

Castiel – Parece que eu vou ter que vir de óculos escuros pra escola.

Abbi – Faz isso e a Bells vai te zoar pro resto da vida!

Castiel – Por que?

Ela se levantou.

Abbi – É melhor você nem saber. Agora vem que eu te levo pra enfermaria.

–-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

A enfermeira ficou perguntando onde que eu arrumei esse olho roxo.

Abbi – Eu abri a porta na cara dele.

Castiel – Verdade!

Enfermeira – Tá, sei...

Depois de um tempo ela me liberou.

Abbi PDV.

A enfermeira resolveu colocar uma gaze no olho do Castiel.

Essa mulher deve ter algum problema mental.

A aula já devia ter começado.

Por MILAGRE o professor não trancou a porta.

Lógico que foi só nós dois entrarmos na sala que todo mundo ficou olhando pra gente.

A Ambre estava fervendo de raiva.

Eu até que eu gostei dessa reação dela.

–-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Bells – FINALMENTE ACABOU A AULA!

Marshall – DEUS É MARAVILHOSO!

Ally – É assim todo santo dia!

Enfiei o meu livro na mochila.

Abbi – Fala sério, Ally . Eu to morrendo de felicidade pelo fim da aula!

Ally – Mas, eles tem que gritar tão alto?

Marshall – Fala sério, Allice! Me deixa ser feliz!

Ally – NÃO ME CHAMA DE ALLICE! É ALLY!

Marshall – ALLICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS!

Ally – Idiota...

Marshall – Sou tão idiota quanto o chapeleiro maluco!

Ally – Concordo. Mas ele não é idiota, é maluco.

Marshall – Então você não pode me chamar de idiota!

A Ally devia estar queimando os neurônios pra entender a lógica maluca do Marshall.

Acho que ela já devia ter desistido de entendê-lo.

Bells chegou perto de mim.

Bells – Eu ainda vou ser madrinha do casamento desses dois!

Ela se virou pro Marshall e para a Ally.

Bells – EU QUERO DAR O NOME DOS MEUS SOBRINHOS, TÁ?

Ally – SOBRINHOS DA SUA IMAGINAÇÃO, NÉ?

Bells – VAI SER GINA E RONY!

Ally levantou o dedo do meio para a Bells.

Lysandre – Isso não é muito próprio para alguém fazer.

Lysandre disse isso de trás de nós.

QUANDO QUE EELE COMEÇOU A OUVIR A CONVERSA?

Bells – QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?!

Lysandre – Desculpe-me. Ah, Abbi, fiquei sabendo da confusão com o Castiel.

Abbi – Nah, ele ficou com um olho roxo. Mas a gente resolveu as coisas.

Lysandre – Que bom. Bella?

Bells – Oi.

Lysandre – Queria saber se você havia planejado alguma coisa pra mais tarde.

Bells – Eu ia jogar videogame com o Marshall...

Lysandre – É que eu ia em uma lanchonete e queria saber se-

Bells – SIM!

Lysandre -...

Bells – Quero dizer... Eu adoraria ir lanchar com você!

Marshall foi se meter na conversa.

Marshall – Mas a gente ia jogar Battlefield 4.

Bells – Você joga com a Ally!

Ally – Licença?

Bells – Você é mais que bem vinda lá em casa!

Ela empurrou o Marshall pra Ally (figurativamente E literalmente).

Bells – Eu volto antes do jantar!

E foi-se embora com o Lysandre!

Marshall

AQUELA FILHA DA-

Marshall – Ela devia estar zoando, pode ir pra casa!

Ally - ...Você realmente tem Battlefield 4?

Marshall – E GTA V.

Ally – BORA!

Ela puxou a minha mão e saiu andando.

Marshall – EEEI!

Ally – A Bells disse que eu sou mais do que bem vinda! E eu não tenho nada a perder mesmo!

Marshall – VOCÊ NÃO PODE IR NA MINHA CASA!

Ally – Tá com medo de eu matar mais que você no Battlefield?

Marshall – Isso é uma aposta?

Ally – Se eu ganhar você vai ter que tirar uma foto de vestido!

Marshall – Se eu ganhar você vai me dizer o tamanho do seu sutiã!

Ally – Apostado! Mas eu vou ganhar mesmo!

Marshall – Nunca conte vantagem!

Mesmo sentindo que eu VOU perder (de um jeito ou de outro!), acho que eu fiz bem em ir jogar com ela.

Abbi PDV.

WHAT THE FUCK JUST HAPPENDED?

A ALLY SAIU COM O MARSHALL E A BELLS SAIU COM O LYSANDRE.

E ELES SE ESQUECERAM DE MIM!

O universo me AMA!

Castiel – LYSANDRE CADÊ VOCÊ?

O tomate recentemente caolho apareceu.

Abbi – Saiu com a Bells.

Castiel – E cadê o resto?

Abbi – Ally e Marshall foram jogar Battlefield 4 e eu estou aqui!

Castiel – Você tem uma sorte...

Abbi – Tenho mais que você, senhor caolho.

Castiel – Tomate, Strider e agora caolho... Você não se decide?

Abbi – Nooooope! Agora eu vou pra casa, tchau.

Castiel – Vai me deixar sozinho?

Abbi – ISSO!

Castiel – Eu vou te acompanhando até em casa.

Abbi – Por que?

Castiel – Porque eu não tenho absolutamente NADA pra fazer. E os meus pais estão em casa... Eles vão ter um ataque ao ver esse olho roxo aqui.

Abbi – Beleza, só não me incomoda... Não, pera! Isso é impossível!

Castiel – Você devia fazer stand – up...

Abbi – Eu sei disso! É meu segundo plano!

Castiel - Você vai morrer de fome se fizer isso!

Dei uma risada forçada.

Tive que ficar conversando com ele durante o caminho (porque ele não parava de me encher o saco!).

Abbi – Você não sabe calar a boca?

Castiel – Me aturar é a única coisa que você pode fazer depois de me deixar um olho roxo, Harley.

Finn PDV.

Finn – Maaarzia, você tem certeza?

Marzia – Claro! Ela deve estar conversando com alguém, só isso!

Finn – Mas, ela tá demorando!
Marzia – Finnick, ela tem 16 anos! Deixa a menina crescer!

Finn – E se ela estiver , sei lá, fugindo de casa?

Ela fez um carinho na minha cabeça.

Marzia – Fica calmo, senhor irmão responsável. Ela não deve demorar muito.

Finn – Ok, mas eu vou ficar esperando lá fora por precaução!

Marzia – De novo?

Finn – Ela está aqui há menos de uma semana. Pode ter se perdido, com aquele senso de direção maravilhoso dela!

Saí e fiquei parado na porta de casa.

Depois de um tempo consegui vê-la de longe (tipo de uns 10 metros).

A Marzia estava certa...Ela estava conversando...

COM UM CARA!

Ela estava andando junto de um moleque alto de cabelo vermelho (VER-ME-LHOOOOO!), com um pedaço de gaze no olho esquerdo (?).

Ele estava rindo e ela com aquela cara de saco cheio.

Mas ele falou alguma coisa e ela teve uma crise de risos.

COMO ASSIM?

Desde quando a Abbi tem crises de risos (COM UM CARA!).

Quem é esse , hein?

Quando chegou mais perto, ela acenou pra mim.

Tentei acenar o mais natural possível (para não mostrar o quão PUTO eu estou).

Abbi – Oi, Finn.

?? – É seu pai?

PAI?!

Finn – Eu sou IRMÃO dela. E você, quem é?

Abbi – Ele é meu amigo.

Finn – Eu perguntei pra ele. Ok, amigo da Abbi, qual o seu nome?

?? – Castiel, Seu Finn.

ESSE GAROTO TÁ ME TIRANDO DO SÉRIO.

Finn – PRA VOCÊ É SENHOR JESPEN!

Ele mostrou indiferença.

Castiel – Ok, senhor Jespen...Ei, Harley, te busco aqui amanhã?

Abbi – Eu por acaso te pedi pra me buscar?

Castiel – Isso não foi uma resposta válida.

Ela bufou.

Abbi – Amanhã. Ás 7:30. Não se atrase, Strider.

Castiel – Beeeleza.

E foi embora.

Peraí... ELE VAI VOLTAR AMANHÃ?!

Abbi PDV.

Entrei em casa.

Finn parecia que ia explodir.

Finn – QUEM. ERA. ELE?

Abbi – Meu amigo, eu já disse.

Marzia estava sentada no sofá, contendo o risinho.

Marzia – Bom, eu falei que ela tinha que crescer.

Finn – MAS NÃO PODIA SER PEGANDO O CARRO PRA DIRIGIR, AO INVÉS DE SAIR COM UM CARA?

Abbi – Eu não to saindo com ele. Ele só quis vir comigo da escola até aqui.

Finn – E por que ele vai vir amanhã?

Abbi – Porque eu quis que ele visse. Algum problema com isso?

Finn – POR ONDE EU COMEÇO?!

Deixei o Finn do vácuo e fui pro meu quarto.

Meu celular bipou duas vezes

“Ei, Abbi. Aqui é a Ally, só queria te mandar a foto do Marshall de vestido. Me diz se ele não tá DIWA?”

A mensagem veio acompanhada de uma foto do Marshall com um vestido roxo brilhante (tomara que caia) e justinho. Com MAQUIAGEM e com o cabeço penteado para baixo.

Ele estava fazendo biquinho com a Ally de gravata do lado.

Quase caí no chão de tanto rir.

A segunda mensagem era da Bells.

“ADIVINHA QUEM TÁ NAMORANDO? EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEU! TUTS TUTS QUERO VER!”

Reenviei a foto do Marshall pra Bells.

Deitei na minha cama e peguei no sono logo depois.