O Testamento escrita por Vitória Linhares


Capítulo 5
Capitulo 5




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De mãos dadas, eu minha mãe saímos pra cumprimentar o pessoal. Ao sair da sala me deparei com um homem baixinho e moreno, ao lado de uma garota muito bonita, com cabelos parecidos com os meus, até a cintura, o que dava um aspecto jovial, já que sua feições eram quase infantis de um jeito angelical. Ao seu lado tinha uma montanha, que eu acho que era o meu irmão Emmet, ele tinha um sorriso sincero em seus lábios e ao mesmo tempo brincalhão. Ele e a garota estavam de mão dada, então tive certeza de que era Alice. Ela estava vestindo um vestido muito bonito de mangas compridas, com enfeites nas mangas e no busto, bege e preto, ela estava parecendo uma fadinha, já Emmet estava de jeans, jaqueta e botas, estava usando uma touca e tinha óculos escuros nas mãos.

Por um breve momento ficou um clima estranho na sala, até eu sentir que meus pés já não encostavam mais no chão.

–Não acredito que tenho mais uma irmãzinha, estou tão feliz em te conhecer. – Emmet disse me rodopiando em seus braços.

–Não..... consigo .... respirar – disse sufocada.

–Emmet põe ela no chão ! Mal conhecemos a nossa irmã e você já quer mata-la – disse Alice rindo com as ações de nosso irmão.

Após sentir que meus pés já encostavam no chão novamente, comecei a rir tanto que minha barriga começou a doer, e ao perceber a cara de arrependido que Emmet estava, ri mais ainda, minha mãe, o advogado e Alice me acompanharam. Emmet ainda estava meio envergonhado e depois de tanto rir, respirei fundo e me acalmei.

–Olá Emmet, e também estou muito feliz em conhece-lo, só não te pego no colo, por que é capas de você me esmagar, mas posse te dar um abraço normal se você na se importar. – disse sorrindo

Ele me puxou para um abraço e me beijou minha testa.

–Estou muito feliz em conhece-la irmãzinha, só queria que fosse em outras circunstancias, e me desculpe pelo rodopio. – Ele disse serio

–Ta tudo muito bem, ta tudo muito bom, mas agora será que eu posso conhecer minha irmã também Emmet, será que você pode solta-la. – disse Alice divertida.

Me soltando do abraço de Emmet, me virei pra Alice e abri meus braços, mas ao invés de me abraçar, ela caminhou a minha volta, olhando pra meu vestido, e após minuciosa investigação ela disse:

–Não acredito que minha irmã esta usando uma edição limitada da Dior. Até que enfim encontro alguém com o mesmo senso de estilo que eu – disse ela saltitando e batendo palmas, o que à fazia parecer mais criança ainda. Após tido isso ela finalmente me abraçou, muito apertado por sinal.

–Prontas apresentações e abraços dados, vamos ao que interessa. Senhorita Dwyer, eu sou Billy Black, advogado de seu pai, nos falamos ao telefone. – disse ele estendendo sua mão. Eu prontamente apertei sua mão com firmeza.

–Muito prazer Senhor Black, devo acreditar que o senhor conhece minha mãe. – disse seria. Ele apertou a mão de minha mãe.

–Sim senhorita, acredito que não há um advogado em NY que não conheça sua mãe.

–Senhora Dwyer, eu sou Marie Alice McCarthy Swan e esse é meu irmão Emmet Christof McCarthy Swan, e é uma honra conhece-la. – disse Alice cumprimentando minha mãe, assim como Emmet.

–Muito prazer queridos, e por favor me chamem de Renée.- minha mãe disse calmamente.- Acho melhor começarmos com essa leitura não é mesmo ¿ - ela perguntou direcionando-se a sala de reuniões.

Após todos se sentarem e os ânimos se acalmarem, senhor Black tomou a frente da sala.

–Estamos aqui para a leitura de Charlie Reginald Swan, então vamos começar.

Eu Charlie Reginald Swan, deixo por meio desde documento minha vontades a serem cumpridas após minha morte. Sei que pode parecer surpresa para alguns presentes, como minha filha Isabella e tenho certeza de que Renée também, mais é muito importante sua presença para mim, Como todos sabem, quando deixei René, eu era um garoto inconsequente e mimado e não sabia das consequências dos meus atos, e por isso eu peço perdão as duas, me arrependi amargamente por não ter tido a oportunidade de ver minha primogênita crescendo. Após alguns anos desse “abandono”, me apaixonei novamente pela mãe de meus outros filhos, Alice e Emmet ,me casei com Suzanne, e com isso acabei me tornando o homem que meu pai queria que eu fosse. Após anos de felicidade, descobri que estava doente, eu tinha um tumor estagio 4 no cérebro, ou seja, era incurável, escondi esse fato até quanto eu pude, tirei todas as providencias que tinham de ser tomadas, me despedi das pessoas, e principalmente de Suzanne e passei meus últimos dias na terra natal de minha família, o Texas. Após essa explicação quero novamente pedir desculpa ao meus filhos, Alice e Emmet, por não contar sobre meu câncer, mas achei que seria melhor assim. Agora sobre minha herança, não sei se todos sabem mais a família de meus pais eram uma das mais ricas do sul do pais, com a criação de gado, e criação e treinamentos de cavalos e é claro com petróleo. Eu deixo certificado por meio desde documento que meus filhos receberam igualmente 25% cada dos meus negócios, você devem ter percebido que sobram outros 25%, esse restante será entregue igualmente, aos meus netos que estão por vir assim que completarem 16 anos. Mas tenho uma condição para que meus filhos recebam o dinheiro e as ações do petróleo. Me arrependo todos os dias por não ter tido a oportunidade de apresenta-los uns aos outro antes, e para compensar isso, quero que como condição meus filhos morem durante um ano inteiro, na fazenda da família no Texas, o não cumprimento desse condição nenhum dos meus filhos receberam o dinheiro. Enquanto o ano passa, cada um recebera um tipo de pensão para poder arcar com sus despesas, e você verão que ela não á nada humilde. Sei que vocês irão se tornar os irmãs que eu sonhei que vocês seriam, não esqueçam que eu amo todos vocês igualmente.

Sinceramente,

Ao termino da leitura, todos estavam surpresos e com lágrimas nos olhos, Alice estava agarrada á Emmet, e chorava silenciosamente. Até minha mãe estava emotiva, eu estava surpresa e um tanto raivosa, já que teria de passar um ano longe de mamãe, mas o fato de poder conhecer meus irmãos um pouco melhor compensava.

Após alguns minutos em silencio e depois de todos colocarem as ideias no lugar, Alice parou de chorar, e Emmet ainda tinha algumas lagrimas em seu rosto, mas estava calmo. Minha mãe segurou minha mãe e quebrou o silencio.

–Então quer dizer que Charlie quer que minha filha vá para o Texas e fique um ano longe de mim, longe da faculdade e de seus amigos e família ¿ Não acho que isso seja muito legal.- disse ela triste. Apertei sua mão, para lhe passar segurança.

–Mama, eu não ligo muito de ter de ir para o Texas, eu até gostaria de passar um tempo com meus irmãos, eu quero conhece-los melhor. Não me preocupo com a herança, esse não é o principal motivo pra que eu queira fazer isso, então por favor não fique assim, claro que vai ser muito ruim ficar longe de você por tanto tempo, mais pensa assim, pelo menos vamos estar no mesmo pais. – disse para ela sorrindo.

Ela deu um sorriso fraca, e me beijou na testa. - Se é isso que você que quer querida, deixarei que faça, mas saiba que irei sentir muito sua falta . – disse me puxando para um abraço.

Alice saindo do torpor, ainda estava com uma feição surpresa.

–Eu sabia que ele estava doente, eu sentia, eu tinha falado pra mamãe mas ela apenas disse para que eu esquecesse, mas fico aliviada de que ele não sofreu tanto e que ele estava em paz no lugar onde cresceu. – ela disse chorosa.

–Eu também acho maninha. Melhor para ele não iria querer que ele sofresse, ele não merecia, foi sempre um pai presente e bom. Sinto muito Bella, de que você não teve a chance de conhece-lo, você se parece muito com ele fisicamente, tirando os olhos que são de sua mãe. E eu também iria gostar de passar um tempo com você para conhece-la melhor.- ele disse isso com uma maturidade que não sabia que havia dentro dele, ele sorriu e eu percebi que ele tinha covinhas em sua bochechas.

–Eu também sinto muito por não ter tido a oportunidade de conhece-lo Emmet. – disse triste.

–Bom, já que todos já aceitaram a condição do contrato, tenho algumas informações á dar. Os três iram ao Texas no dia 30 desse mês, ou seja, dia 30 de junho, e só poderão sair nessa mesma data no ano que vem. Se algum de vocês saírem do Texas, vocês três perdem a sua parte na herança. Hoje como é dia 21, você tem 9 dias para resolverem seus compromissos. Nos encontraremos dia 30 no aeroporto, onde um avião particular irá leva-los á fazenda de seu pai, que nesse meio tempo esta sendo administrada, por um amigo intimo de Charlie e dono de uma fazenda vizinha a de vocês. – Disse Billy

–Com licença senhor Black, o senhor poderia explicar o tamanho dessa herança que eles irão receber ¿ Quando conheci Charlie pensei que o dinheiro vinha apenas dos pais deles.- disse minha mãe.

–Já estava chegando nesse ponto senhora Dwyer. A fortuna do pai de vocês consistia em ações em uma empresa de extração de petróleo, onde ele era o maior acionista apesar de não comparecer muito na empresa, tem também a criação de gado e puros sangues no Texas. Imóveis em vários países, tais como Rússia, Inglaterra, Alemanha, Suíça, e uma ilha na América do sul, e alguns imóveis no Rio de Janeiro e no interior do Brasil, somando tudo dá mais ou menos 5 bilhões de dólares.

Puxei o ar surpresa com a quantidade de dinheiro que estava envolvido, não que isso fosse muito importante, mas mesmo assim era muito surpreendente. Pelas caras de surpresa de meus irmãos, eles também não sabiam dessa quantia.

–Eu pensei que só tínhamos o negocio no Texas, não sabia que papai tinha tanta coisa.- disse Alice surpresa.

Após mais algumas perguntas e acertos, o senhor Black se despediu e ficaram eu, meus irmãos na sala, já que minha mãe acompanhou o senhor Black até a saída. Assim que ficamos sozinhos começamos a tentar nos conhecer melhor.

–Então o que vocês fazem da vida, me contem um pouco de vocês . – eu pedi curiosa.

–Então- começou Alice- eu estou começando minha faculdade de moda finalmente, eu sou libriana, adoro animais e tudo que tem a ver com arte, seja pintura, musica, moda, não importa. Eu tenho 19 anos, não namoro e estou a procura de um companheiro. – disse Alice divertida.

–Alice como assim você esta procurando companheiro ¿ Você é muito nova, só vai namorar quando estiver com trinta anos e olhe lá.- disse Emmet nervoso. A expressão na face de Emmet me fez começar a rir fervorosamente assim como Alice.

–Ah Emmet pelamor hein, não sou mais criança.- disse Alice ainda rindo.

–Mais é minha irmãzinha e pronto. Bom voltando ao assunto principal, meu nome é Emmet- ele disse sério- tenho 22 anos e curso mecatrônica no Instituto de tecnologia de Nova York, também estou na pista, mas não estou procurando por uma companheira. – disse Emmet orgulhoso.

Fiquei surpresa por ele esta cursando mecatrônica, mas nem tanto com Alice esta cursando moda.

–Bom eu tenho 24 anos, estou cursando o ultimo semestre de Administração de empresas na Cornell, eu entrei na faculdade depois de cursar dois anos de historia da arte, sei que parece estranho mais queria fazer alguma coisa pra mim, antes de fazer a faculdade que minha mãe queria. Eu falo cinco línguas e adoro futebol americano.- disse animada.

–É isso ai Bella, high five !- disse o Emmet.

–Não acredito que você gosta de futebol e que fez historia da arte, essas coisas meio que não combinam muito bem. – disse Alice divertida.

–É eu sei, mas fazer o que não é mesmo- eu disse rindo- que tal almoçarmos juntos e continuarmos essa conversa, por que eu to morrendo de fome.- eu realmente estava com fome.

–Eu apoio sua ideia- disse Emmet levantando sua mão com uma criança.

–Eu aceito sim-disse Alice.

–Por que vocês não me esperam la fora, vou me despedir de minha mãe e encontro você daqui a pouco, pode ser ¿- perguntei.

–Claro que sim, diga pra sua mãe que adorei conhece-la. – disse Alice.

Nos dirigimos até a porta, onde nos separamos, eles indo ao elevador e eu pra sala se minha mãe. Ao chegar lá a porta de mamãe estava aberta, entrei e a encontrei sentada no sofá que ela tinha em sua sala.

–Mãe, eu vou almoçar com Alice e Emmet, esta bem ¿ Nos encontramos no jantar. – eu disse receosa.

Minha mãe olhou pra mim e percebi a tristeza em seus olhos, e la se levantou e veio para meu lado pegou minha mãos, e olhou no fundo de meus olhos.

–Filha você ficou animada por conhecer seus irmãos ¿ Ainda esta com raiva de Charlie¿ - Ela perguntou emotiva.

–Não mãe, não estou com raiva e sim fiquei feliz em conhecer meus irmãos, eles parecem ser pessoas maravilhosas. Que tal conversarmos a noite só nos duas na torre como fazíamos quando eu era criança, acho que preciso de um tempo mãe e filha.

–Ah minha menina, sim vamos fazer isso. Te esperarei em casa para conversarmos melhor. Agora se divirta com seus irmãos.- ela disse com lagrimas nos olhos, acho que pelo fato de eu ter citado a torre, que não era bem uma torre, mas sim um quarto escondido em uma porta falsa dentro de meu closet, que minha mãe havia construído quando eu era criança, ela disse que era pra ser minha Narnia particular.

–Esta bem mama, eu amo você, nunca se esqueça disso, não importa o que aconteça.- eu com segurança

–Eu também te amo filha, muito mesmo.- ela disse com lagrimas rolando por seu rosto.

–Até logo mama.

–Até querida.

Eu soltei minhas mãos das dela, e me direcionei para sua porta, e depois para o elevador. Encontrei meus irmãos conversando animadamente do lado de fora, eles se viraram quando perceberam minha presença e sorriram.

Eu acho que esse almoço pode ser um dos melhores da minha vida.


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