Uma Vida Toda. escrita por Isobel Horrys


Capítulo 8
O Olhar.




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Enxaqueca, dor de ouvido, dor de estomago e morta de fome. É assim que estou me sentindo. Olhei em volta e vi meu celular em cima da cabeceira, peguei-o e me assustei, meu Deus, já iria dar 12h00min. Como eu consegui dormir até essa hora? Porque que minha mãe não me acordou? Levantei-me da cama e fui em direção à janela pra saber como estava o tempo, quando abri a janela me deparei com o João se espreguiçando, apenas de samba canção, fiquei parada ali admirando a sena, até que ele saiu. Foquei no que eu realmente fui ver na janela e vi que o dia estava bem ensolarado.

Corri para o banheiro, fiz minha higiene pessoal, coloquei uma roupa e me olhei no espelho, era assim que eu estava.

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Desci para a sala e estranhei o silencia que estava, fui para a cozinha e nada da minha mãe, cheguei próximo da mesa e reparei que tinha um papel. O peguei e comei a ler.

“Filha, fui dar uma volta no quarteirão. Tome um café e se arrume, assim que eu chegar nós vamos à escola resolver umas papeladas suas.”

Bom, peguei duas fatias de pão de forma, uma fatia de presunto e um suco de maracujá. Sentei-me à mesa e tomei meu café. Assim que terminei fui para a sala e sentei no sofá, liguei a TV e coloquei no canal de desenhos. Passou meia hora e minha mãe havia chegado.

- Filha. –Disse abrindo a porta.

- Oi mãe.

- Já tomou seu café e se arrumou?

- Sim senhora.

- Eu vou subir colocar uma roupa melhor e pegar uns documentos, ai a gente vai. Ok?

- Ta bom Laurinha, vai lá.

Continuei assistindo meus desenhos, até que ela desceu toda contente.

- Filha adivinha... –Disse toda sorridente. – Seu pai e seu irmão vão chegar hoje de viajem.

- Serio mãe? –Explodi de alegria.

- Sim, eles iram chegar depois das 06h00min.

- Nossa que legal, não to acreditando. –Um sorriso enorme permaneceu em minha face.

Meu pai Marcos de 40 anos(Robert Downey Jr.) e meu irmão Matheus de 21 anos(http://25.media.tumblr.com/deb2084b30c534111c25817b1d1f5fc2/tumblr_mq1o2mZnxE1rpybbto9_250.jpg) estavam na Inglaterra, meu pai por trabalho e meu irmão por diversão apenas, eu estava doida para ir também, mas não podia parar meu tratamento então fiquei aqui com minha mãe, eles estão a dois anos lá. Eu estou morrendo de saudades do meu pai, sem contar do meu irmão, por mais que ele fosse chato as vezes, eu sentia falta dele.

- Filha vamos logo resolver sua matricula ai já aproveitamos e compramos algo de comer para recebê-los. –Disse abrindo a porto.

- Ta bom, vamos sim.

Entramos no carro e seguimos caminho. Demorou uma hora para chegar à escola, não estava nem acreditando que teria que fazer aquele caminho todos os dias de ônibus a partir da semana que vem. Já até estou cansada.

Chegamos à escola e fomos direto para a secretaria, enquanto minha mãe dava uns documentos para uma moça outra mulher foi me apresentar toda a escola. Era tudo grande, bonito e bem preservado. Eu pedi pra ela me mostrar a minha sala, mas ela disse que ainda não tinha sido definido. Voltei para a secretaria com ela, minha mãe estava me aguardando com uma sacola na mão.

- Nos já vamos? –Perguntei.

- Sim, já resolvi tudo.

- E que está segurando? –Disse pegando a sacola.

- Seu uniforme. –Disse entrando no carro.

- Jura? Nossa que sem graça, não acredito que terei que usar uniforme. –Disse entrando no carro e fazendo careta.

- Melhor para mim que não terei que levar tanta roupa. –Disse rindo.

- Sem graça. –Ri.

Seguimos até o supermercado, compramos varias coisas gostosas. Bolo, biscoito, pães, sorvete, sucos e refrigerantes. Meu Deus parecia que iríamos fazer uma festa e eu iria engordar horrores. Chegamos em casa 3:00, pois é ficamos 1:00 no supermercado fazendo a festa. Arrumamos um pouco a casa, afinal não precisava de muito pois mau fazíamos coisas ali desde que chegamos.

Em casa estava um tédio, então resolvi sair e ir vegetar na rua. Quando abri a porta, havia um pessoal jogando vôlei. Aproximei-me do grupo e vi que um dos meninos era o João, abanei minha mão para ele. Quando fui perceber a Gabi estava ali também, toda linda como sempre (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=89776531&.locale=pt-br), reparei também que tinha umas meninas da festa passada.

- Bela você é vizinha do João? –Ela perguntou e eu assenti com a cabeça. - Sortudo em João. –Gritou ela.

Corei na hora, meu Deus Gabi porque diabos você disse isso. Mas na verdade eu que era sortuda, sendo vizinha dele, tão lindo e tão simpático.

- Bela não ligue para ela. –Disse João ainda sem jeito. - Venha cá jogar com a gente.

Entrei no jogo, eu não era muito boa, mas sabia o básico. Passei um bom tempo jogando com eles, a Gabi era muito engraçada, quando alguém do meu time ia sacar ela fazia piadinhas para desconcentrar, eu muito boba não conseguia me segurar e caia no riso. Assim errando o saque e fazendo com que o meu time perdesse. Eu já estava ficando exausta, queria parar, mas fazia tanto tempo que não me divertia daquela forma que resolvi continuar.

De repente comecei a sentir uma dor de cabeça, fiquei tonta, até parecia que eu iria desmaiar.

- Bela você está bem? –Perguntava João em um tom de preocupação.

Eu não estava me sentindo muito bem, eu não me aguentava em pé.

- Bela! –Gritou João que me segurou antes que eu aterrissasse no chão. – Bela responde...

- Calma eu estou bem. –Disse ainda um pouco frágil e tentando me levantar.

- Calma Bela, fique sentada ou então você pode sentir esse mal estar de novo. –Disse Gabi.

- Eu agradeço a preocupação, mas já estou melhor. –Disse me levantando aos poucos com a ajuda do João.

- Eu te acompanho até sua casa. –Sugeriu Gabi.

- Não, não precisa Gabi, pode voltar a jogar, eu vou entrar e descansar.

- Bom, se você acha melhor. –Disse João. – Mas qualquer coisa, chama a gente.

- Tudo bem. –Assenti com a cabeça.

- Mais tarde eu volto aqui pra ver se você esta realmente melhor, posso? –Perguntou Gabi.

- Pode sim. – Disse me distanciando deles e entrando.

Eu não entendi porque tinha sentido aquele mau estar, eu estava se sentindo tão bem e do nada isso acontece. Acho melhor nem contar para minha mãe, ela esta tão feliz com a volta do meu pai e do meu irmão, eu não quero deixar ela preocupada.

Subi pro meu quarto direto, nem falei com ela. Entrei no banheiro e tomei um banho longo e quente, me enrolei na toalha, penteei meu cabelo e deitei na cama. Tentei descansar para aparecer mais disposta quando eles chegassem. Quando vi já estava dormindo.

- Filha. –Chamou batendo na porta. - Posso entrar? –Perguntou já entrando.

- Oi mãe. –Disse sonolenta.

- Tem uma amiga sua aqui, a Gabriela. –Falou sentando-se na minha cama. - Desce para falar com ela.

- Ta bom, diz para ela que eu já estou descendo. –Fui me levantando aos poucos, bem de vagar.

- Ok, eu aviso ela.

- Mãe... -A chamei quando ela já estava próximo a porta. - Meu pai e o Matheus chegaram?

- Não. –Disse. - Mas provavelmente chegam daqui 20 minutos. –Falou olhando para o relógio e fechando a porta.

Levantei da cama, abri meu guarda-roupa e procurei uma roupa linda. Eu queria recebê-los da melhor forma. Eu não podia esquecer de colocar o colar que tinha ganhado quando mais nova do meu pai, uma unicórnio, ah como eu adorava unicórnios.  

(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=89805843&.locale=pt-br).

Terminei de me vestir e desci ao encontro da Gabi.

- Gabi?! –Chamei-a descendo as escadas. – Cadê você?

- Estou aqui ceguinha. –Disse rindo e aparecendo na porta da cozinha.

Gabriela, como consegue ser tão linda, ela parece uma modelo, corpo, cabelo, roupa... Ela esta sempre linda, acho até estranho ser solteira.

(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=89808677&.locale=pt-br).

- Você esta melhor Bela?

- Melhor do que? O que aconteceu Bela? –Perguntou minha mãe que parou do lado da Gabi.

- Nada. –Respondi quase gaguejando. - É que eu tinha tropeçado nada demais.

- Foi isso mesmo Gabriela? –Perguntou ela novamente entrelaçando os braços.

- Foi sim. –Disse ela olhando para mim e parecendo entender o que estava expressado em meu rosto. - Bela toda desastrada caiu na frente de todos, ai queria saber se ela estava bem.

- Estou bem sim Gabi, obrigado pela preocupação. –Sorri.

- Bom, agora eu vou embora. Vagar por ai.

- Que isso moça, fique aqui. –Sugeriu minha mãe. - Você já me conheceu, fique e conheça o pai e o irmão da Bela.

- Verdade, fica aqui comigo Gabi. Vai ser legal. –Sorri.

- Bom, se vocês insistem eu fico sim. –Disse Gabi toda contente.

A puxei para assistir TV, enquanto minha mãe terminava de arrumar uns petiscos na cozinha.

- Cheguei! –Gritou meu pai abrindo a porta.

- Pai! –Gritei e fui a sua direção e o abracei. - Que saudade!

- Também estava com saudades filha.

- E eu? Não mereço um abraço também maninha? –Disse Matheus que estava logo atrás do meu pai.

- Claro que merece. –Ele soltou suas malas e correspondeu meu abraço.

- Bela você não vai apresentar sua amiga? –Perguntou meu pai.

- Então gente. –Disse soltando-me do Matheus. - Essa e a Gabriela.

- Oi Gabriela, me chamo Marcos. –Falou meu pai a cumprimentando com uma beijo no rosto.

- Prazer.

- E esse é meu irmão Matheus.   

Ele se aproximou dela e ficou a encarando, vi que seus olhos brilhavam então ele a cumprimentou com um beijo no rosto.

- É um prazer conhecê-la. –Disse ele em um tom estranho.

Eles continuaram a se encara, a chamei, mas parecia que ela não estava me ouvindo, até parecia que estavam em outro mundo.


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Notas finais do capítulo

Leitores, digam o que estão achando da história. Se manifestem.

Ass: Isobel Horrys



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