Uma Vida Toda. escrita por Isobel Horrys
Chegamos ao hospital, minha mãe foi para a recepção resolver uns papeis meus e eu fui sentar próximo ao consultório da Doutora Virginia. Minha nova doutora. Em São Paulo, quem sempre me acompanhava era a o doutor Jorge.
- Filha. –Disse minha mãe sentando do meu lado. – Hoje você fará apenas exames.
Passou-se meia hora e enfim a doutora havia me chamado.
- Bela Penegrine, entre, por favor. –Chamou a Doutora.
Eu e minha mãe nós levantamos e entramos na sala.
- Podem sentar. –Disse
- Então doutora, eu só irei fazer exames hoje? –Perguntei enquanto me sentava.
- Ola Bela, tudo bem? –Perguntou ela estendendo a mão para mim e me cumprimentando.
- Bem, fora as marcas nas minhas costas que voltaram novamente.
- Com esse ocorrido, você tem a consciência que a doença pode ter voltado né?
- Sim, eu sei. –Respondi, já dando um aperto no coração.
- Hoje faremos só alguns exames. –Disse ela levantando. –Vamos para a outra sala.
Levantamos-nos e a seguimos, até agora minha mãe não havia falado nada, sua expressão era apenas de preocupação.
Passei a tarde fazendo baterias de exames, isso porque a medica disse que seria alguns. Cheguei em casa ás 5 horas, totalmente exausta. Minha mãe entrou para a casa, ainda muda. Eu fiquei do lado de fora mesmo, queria ficar ali, espairecer um pouco.
Sentei na grama que tinha em frente de casa, coloquei meus fones de ouvido e selecionei Logo Eu do Jorge e Mateus, eu adorava as musicas deles. Dois meninos começaram a passar em frente de casa, um deles era o João, ele se virou para mim e abanou a mão. O outro garoto falou algo e continuou a andar e entrou na casa vizinha, já ele venho até mim.
- Oi Bela, você esta bem? –Perguntou sentando ao meu lado.
- Estou sim e você? –Sorri.
- Estou bem, mas quanto aquele negocio que aconteceu na lanchonete? Eu não entendi nada. –Disse ele arquiando uma sobrancelha.
- Não foi nada, como a Gabi disse era só a Valeria querendo atenção para ela. –Disse já pensando em outro assunto, não queria conversar sobre aquilo. - Olha, eu tinha esquecido de te pagar o que eu tinha comido. –Tirei um dinheiro que tinha no bolso e dei para ele.
- Você me deu cinco reais a mais, mas como não tenho trocado aqui, depois eu te dou ta?
- Tudo bem. –Assenti com a cabeça.
- Você ta com uma carinha de desanimo. –Falou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Magina, não é nada não. Só impressão sua.
- Eu sei que não é apenas impressão minha. –Ele estava com uma expressão de preocupação. - Então, 8 horas vai ter uma festa na casa de um amigo meu da escola. Quer ir comigo? –Perguntou sorrindo.
- Não. Eu vou ficar em casa com a minha mãe.
- Ah Bela, vamos! Essa é uma ótima oportunidade para conhecer o pessoal que vai estudar na mesma sala que você.
- Não. Eu faço isso na semana de aula, agora eu prefiro ficar em casa mesmo. –Disse já levantado.
- Você que sabe. –Ele se levantou. – Mas se mudar de ideia, eu vou estar em casa, é só me chamar pela janela. –Ele sorriu e sai.
Entrei em casa, a procura da minha mãe. Ela estava na janela, como se estivesse olhando o que eu estava fazendo lá fora.
- Mãe? Você estava me espionando. –Perguntei cruzando os braços.
- Estava sim. –Disse ela não se contendo e rindo. - Quem era aquele garoto?
- É o João, nosso vizinho. Conheci-o quando fui à lanchonete tomar café.
- E sobre o que estavam conversando?
- Curiosa em. –Ri. - Ele estava me chamando para ir a uma festa do amigo dele.
- E você vai né? –Perguntou chegando mais perto de mim.
- Não, eu quero ficar com você hoje.
- Bela me poupe, você já passou a noite comigo ontem, não precisa fazer a mesma coisa hoje.
- Mas eu não estou a fim de ir.
- Claro que esta, pode voltar lá e dizer para ele que você vai sim.
- Você não vai achar ruim ficar sozinha?
- Não filha, pode ir e se divertir.
Assim que ela disse, subi correndo e fui para meu quarto, abri a cortina da janela e ele estava lá, provavelmente jogando vídeo game com o amigo. Abri a janela e o chamei.
- João! –Gritei, ele logo apareceu na janela. – Você ainda vai à festa?
- Vou sim, porque? Mudou de ideia? –Perguntou sorridente.
- Pensei melhor e resolvi que vou sim. –Sorri.
- Então ta bom, 8 horas esteja lá em baixo para irmos juntos. Ok?
- Ta bom. –Disse fechando as cortinas.
Olhei para o relógio e ainda iria dar 6 horas. Abri meu guarda roupa e fiquei procurando alguma roupa bonita e que ao mesmo tempo cobrisse totalmente minhas costas. Achei algo que realmente ficaria bom.
Tomei um banho e pedi para minha mãe fazer algo legal no meu cabelo e uma maquiagem também, afinal eu não era muito boa nisso. Quando fui ver, já era 7:30, o tempo estava realmente passando rápido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Irei postar mais, logo logo. Mas leitores a onde estão vocês?
Ass: Isobel Horrys