Uma Vida Toda. escrita por Isobel Horrys


Capítulo 4
Lanchonete.


Notas iniciais do capítulo

Peso desculpa sobre a ultima postagem, ouve uns erros de concordâncias, mas estou melhorando isso.



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11:00 horas da manha  e eu ainda na cama, nem acredito que estava dormindo até agora. Peguei meu celular e vi se tinha alguma mensagem e nada, parece que meu pai e meu irmão se esqueceram de mim.

Levantei-me e fiz minha higiene matinal, vesti uma roupa qualquer e desci para tomar café.

- Mãe! –Chamei-a enquanto descia as escadas. - Tem algo para tomar café?

Achei estranho o silencia e a demora da resposta dela caminhei até a cozinha e nada. Voltei a piso superior, entrei em seu quarto e lá estava ela, ainda dormindo. Cheguei próximo dela, sentei em sua cama e comecei a chama-la:

- Mãe, acorde! Eu estou com fome. –Disse e nada dela responder.

- Filha. –Disse quase sussurrando. - Pegue dinheiro na minha bolsa e vá a algum lugar comer. –Dizia ela, abanando a mãe pra mim, como se estivesse me expulsando no quarto.

- Ok né Laura. –Revirei os olhos, levantei da sua cama e peguei sua bolsa que estava jogada ao do mesmo. - Estou indo mãe, tchal. –Disse e logo fechei a porta.

Voltei no quarto e peguei minha bolsa e meu celular, desci as escadas e já fui saindo de casa. Ao abrir a porta me deparei com aquele sol incrível, hoje o dia estava lindo.

Essa hora havia pessoas fazendo caminhada, sempre achei que deveria ser mais cedo, havia também uns garotos jogando basquete, nem dei muita bola e continuei a andar. Passei em frente a uma lanchonete que parecia estar fazia, resolvi entrar naquela mesma.

Sentei em um banco próximo ao balcão, como não vi nenhum cardápio, esperei alguém me atender. Não demorou muito e uma menina loira havia entrando na lanchonete também, ela sentou em uma mesa que estava atrás de mim e do nada gritou:

- João, cadê você? –Berrou a menina.

Assim que ela gritou, um menino lindo abriu uma porta que ficava atrás do balcão.

- Bom dia Gabriela, ou melhor, dizendo, boa tarde. –Disse. - Olá moça bonita. –Disse ele se direcionando pra mim e sorrindo.

- Oi –Sorri pra ele.

- João, vou querer o de sempre: Café e pão na chapa –Disse.

- Ok Gabi. –Respondeu. – E você, o que quer? –Perguntou a mim.

- Pode ser o mesmo que o dela. –Dei um sorrisinho de lado.

Ele entrou de novo, provavelmente deve ser a cozinho.

- Ei –Olhei pra traz e a menina estava me chamando. – Senta aqui comigo.

- Tudo bem. –Disse indo até ela e sentando de frente pra mesma.

- Sou a Gabriela, mas me chamam mais de Gabi. E você, como se chama? –Perguntou.

- Me chamo Bela.

- Bela, de Isabela?

- Não, Bela de Bela mesmo. –Sorri

- Ta bom. –Disse sorrindo. - Você é nova aqui né? Nunca havia te visto. –Perguntou ela.

- Sou nova sim.

- E a onde você vai estudar ou você já terminou o colegial?

- Ainda não terminei, estou no terceiro ano. Eu não tenho certeza, mas acho que vai ser no Objetivo. –Disse dando de ombros.

- Legal, vamos estudar na mesma escola. –Ela sorriu. - Vai ser bom estudar com alguém diferente. Eu não deveria estudar mais, só que repeti o ultimo ano.

- Nossa, deve ser bem chato.

- Pelo menos eu sei que vai ter alguém diferente como você, as meninas do segundo ano são frescas, não gosto delas e uns meninos são quietos demais ou se acham demais. –Disse revirando os olhos.

- É tão ruim assim? –Arquiei uma sobrancelha. – E esse menino que trabalha aqui? Esta lá também?

- Af, sem comentários. –Disse ela mexendo a cabeça negativamente. – O João? Ele é uma graça e vai estudar na mesma sala que a gente, ele entrou atrasado na escola, mas o pessoal vive dizendo que ele é repetente.

- Entendi.

O João apareceu novamente e segurando uma bandeja com as coisas que havíamos pedido.

- Bom, aqui esta o pão e o café de vocês. –Disse ele nos servindo.

- João, essa aqui vai estudar na mesma escola que nós. –Disse Gabi apontando pra mim. - Ela se chama Bela.

- Prazer Bela. –Disse ele, já atrás do balcão.

Foquei no meu café da manha que praticamente já deveria ser café da tarde. O café estava ótimo, sem falar no pão. Comemos o tempo todo em silencio, até entrar um grupo de amigos na lanchonete, foi então que começou a barulheira.

- João. –Chamou uma menina da voz fanha, uma que não me pareceu estranha. - João, cadê você lindo?

- Essa é uma das nojentas. –Sussurrou Gabi, a apontando com a cabeça.

- Estou indo Valeria, espere. – Gritou João.

- Oi Gabriela. –Cumprimentou Valeria que parou ao nosso lado.

- Garota nem nos gostamos, porque faz tanta questão de me cumprimentar? –Perguntou Gabi entrelaçando os braços.

- Porque sou educada garota. –Disse.

- Idai? Eu também sou educada, mas não faço questão nenhuma de usa-la com você. –Disse Gabi, dando um sorriso sarcástico.

- Ignorante. –Disse. - E quem é sua nova amiguinha? Deve ser nova por aqui, pra querer ter uma amizade como a sua. –Disse rindo.

- Me chamo Bela e sim, sou nova por aqui. –Respondi.

- Prazer Isabela, me chamo Valeria.

- Me chamo Bela, não Isabela. Se fosse Isabela, eu teria dito: Isabela. –Respondi.

- Nossa mal chegou e já ta querendo me peitar. –Disse sorrindo.

- Me poupe garota, nem te conheço. –Revirei os olhos.

- Espera ai, Luan! –Ela chamou. - Essa não é a menina que você esbarrou ontem a noite? –Assim que ela perguntou um menino saiu do meio daquele amontoado de gente.

- E Bela né? –Perguntou e logo em seguida me cumprimentou com um beijo na bochecha.

- Sim, é Bela. –Sorri, senti que minhas bochechas haviam ficadas coradas.

- Tudo bem com você? –Perguntou.

- Tudo sim e você?

- Estou ótimo.

- Luan amor, vamos logo pedir algo pra comer. –Interrompeu Valeria.

- A sua namorada esta te chamando, é melhor você ir. –Disse virando o rosto e olhando pra ela.

- Ela é só uma amiga. –Disse sorrindo.

Eu continuava olhando pra ela, quando ele disse isso à cara dela de raiva foi incontrolável. Ela até parecia não estar gostando de o ver falando comigo, mas nem me importei. Continuei conversando com ele, disse a escola em que eu iria estudar e até onde eu estava morando. A Gabi tinha se levantado e sentado em um banquinho próximo ao balcão. Luan então sentou de frente pra mim. Senti como se alguém estivesse me olhando, procurei, mas não consegui encontrar, olhei pra Valeria, talvez pudesse ser ela, mas ela só me encarou quando eu a olhei. Foi então que me encontrei no olhar do João, era ele, fiquei o encarando também, até que ele sorriu e que sorriso lindo.

Meus devaneios foram cortados quando ouvi a Valeria dizendo algo em que fez todo rir. Não estava entendendo, até ouvir ela falando o meu nome.

- Meu Deus Bela, o que é isso nas suas costas?! –Gritou ela e logo em seguida rindo alto. – Essa coisa roxa, é sujeira? Toma banho amiga.

Todos começaram a rir, inclusive o Luan. Olhei pro João e ele estava com uma expressão de como estivesse triste ou de não estar entendendo nada. Levantei e coloquei minha mão nas costas e sai dali correndo, garota estúpida, não acredito que ela fez isso.

- Espera Bela! –Gritou alguém, mas nem deu bola, continuei andando.


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Notas finais do capítulo

Leitores, a onde estão vocês?

Ass: Isobel Horrys.



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