Uma Vida Toda. escrita por Isobel Horrys


Capítulo 3
Conhecendo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/388507/chapter/3

[...]

- Pietro! Sobe aqui menino!

Acordei assustada. Meu Deus, quem será Pietro? Levantei-me da cama e quando estava chegando à porta, virei pra janela e vi um menino parado do outro lado.  Ele começou a mexer  a boca, como se estivesse falando alguma coisa e logo em seguida apontou pra mim. Foi ai que apareceu o mesmo menino que tinha me oferecido ajuda com as malas, ele ficou me olhando, sorriu e abanou a mão, nem respondi nem nada, fechei minha cortina na hora.

Sai do quarto e desci as escadas, olhei para o sofá e nada da minha mãe.

- Mãe?

- Aqui na cozinha.

- Está fazendo o que? –Perguntei assim que cheguei mais perto dela.

- Vendo se tem algo para fazer, mas pelo jeito seu pai não comprou nenhum tipo de comida pra cá. –Disse ela enquanto se virava para mim, cruzando os braços.

- Bom, esse é um bom motivo para irmos a um restaurante e aproveitarmos para conhecer a cidade. –Dizia, fazendo carinha de piedade.

- É verdade, gostei da ideia filha. –Ela sorriu. - Vá logo se arrumar então.

Sai correndo e fui direto pro meu quarto. Entrei no banheiro e tomei um banho de mais ou menos trinta minutos. Eu já tinha uma ideia de qual seria a roupa que eu usaria. Passei uma maquiagem simples e fui para sala. Como de costume, minha mãe ainda estava se arrumando. Fiquei esperando, mas logo ela apareceu.

- Conhece algum restaurante por aqui mãe? –Perguntei, já indo em direção à porta.

- Não, mas a gente procura o que estiver mais lotado, a gente entra. – Disse ela, me puxando pelo braço.

Entramos no carro e seguimos caminho. Por toda rua que a gente passava tinha alguma festinha. Devem estar aproveitando a ultima semana de férias, só pode.

- Filha olha aquele ali. –Disse ela apontando para o restaurante. - Não está vazio e nem muito cheio, o que acha?

- Pode ser aquele mesmo mãe.

Assim que ela estacionou o carro, desci do mesmo e ao subir na calçada eu rapidamente me senti no chão. Nem vi da onde tinha vindo aquele empurrão, só sabia que minhas mãos estavam ardendo, provavelmente machucadas.

- Nossa gata, desculpa. Eu não tinha te visto. –Disse, tentando me ajudar a levantar.

- Provavelmente não. –Resmunguei. - Pronto, eu já estou bem, pode me soltar. –Disse, alto e claro, pra que ele me soltasse logo.

- Tudo bem resmungona. –Disse, ele em um tom de deboche. - Foi sem querer, ok?

- Ta bom, ta bom. –Disse, enquanto eu limpava minha calça. Ao levantar meu rosto, meus olhos se encontraram com o dele, ele ainda estava ali, provavelmente rindo da minha situação.

- Eu me chamo Luan e você? –Perguntava ele, parecia meio desconcertado. - Você é nova por aqui né?

- Me chamo Bela, sim eu sou nova. –Dei um sorrisinho de lado.

- Vamos Luan, a menina não sofreu nenhum acidente grave não. –Esperneava uma garota atrás dele.

- Eu tenho que ir. –Disse virando-me.

- A gente se encontra por ai, Bela. –Disse. Virei um pouco para trás e abanei minha mão.

Minha mãe já estava um pouco na frente, quase entrando no restaurante. Cheguei perto dela e entrelacei meu braço no dela. Fomos entrando, o garçom nos guiou até a mesa, nós sentamos e começamos a olhar o cardápio.

- Filha. –Disse ela, ainda olhando para o cardápio. - Quem era aquele menino?

- Um lerdo. –Falei enquanto olhava o cardápio.

- Um lerdo bem lindo né? –Perguntou ela, baixando o cardápio e me olhando com um olhar de malicia. Confesso que me assustei um pouco.

- Não quero saber. –Fechei o cardápio e o coloquei sobre a mesa. - Por mais que seja lindo. –Disse quase sussurrando, torcendo pra que ela não ouvisse.

- Faça-me o favor Bela, você deveria arrumar um namorado. –Disse ela, sorrindo pra mim.

- Porque eu preciso de um namorado mãe? –Perguntei revirando os olhos. - Enfim, peça logo algo pra comer, estou faminta.

Ela levantou a mãe e chamou o garçom, ainda bem, eu não estava a fim de continuar naquele assunto de namoradinho. A ultima coisa que eu precisava era me preocupar com alguém.

Bom, comemos algo leve. Como o medico receitou, eu não podia ficar comendo muita besteira. Para a minha tristeza. Assim que terminamos de comer, ficamos conversando sobre a casa nova, assunto vai, assunto vem, quando olhamos para o relógio vimos que já ia da 10 horas. Nós levantamos, minha mãe pagou a conta e fomos embora.

Assim que chegamos em casa eu corri para meu quarto, gritei boa noite para minha mãe e fechei a porta do quarto.  Quando eu passei pela janela, lá estava o menino que me ofereceu ajuda, ele estava tocando violão e parecia estar cantando algo. Fiquei o observando por um momento, mas logo sai daquele transe. Fechei a cortina e me despi, tirei minha roupa e coloquei meu pijama, pulei na cama e em poucos minutos quando eu vi, já estava dormindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Leitores, a onde estão vocês?

Ass: Isobel Horrys



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Vida Toda." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.