Amor Além Da Vida escrita por Isabelle Masen


Capítulo 12
Bônus 1 - O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas aqui estou! Aí vai o bônus do acidente que me pediram, vejo vocês lá em baixo :D



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BÔNUS 1 O Acidente

http://www.youtube.com/watch?v=zW8iCG00kLs

Abri um olho com muita dificuldade, pois meu rosto e tudo em meu corpo parecia pesar uma tonelada. Eu tinha sido espancada várias vezes pelo chão. Minha boca tinha o gosto de ferro e sal que o sangue tem, e eu cuspi várias vezes até fazer meu primeiro esforço pra mover as pernas, que pesavam como bigornas. Meus braços estavam quentes e ardiam como se pegassem fogo, me deixando imóvel e indefesa. Tentei chorar de dor, mas até as lágrimas me davam uma dor de cabeça estridente. Mas não pude contê-las quando movi a mão, que estava cortada ao meio por um caco de vidro do espelho da moto.

Eu chorava de dor, chorava de confusão e de saudade. Onde estava Edward? Oh, meu Deus... Meu Edward...

–-- Edw... Ed... - tentei falar mas minha voz era sempre puxada pra dentro, e minha garganta ardia como lava de um vulcão. Estiquei os braços abertos na carne pra poder me erguer e sentar, apesar da dor. Eu preciso vê-lo, eu preciso ampará-lo e dizer que tudo vai ficar bem... Que logo alguém nos achará aqui... Eu preciso... Preciso...

–-- E... Edww... EEEEDDDDDWWWAAAARRRDDDD... - tentei gritar, mas minhas lágrimas só aumentaram com o esforço quase ridículo pra clamar seu nome. Minha voz estava alta, mas sempre nas últimas sílabas ela era sugada.

Então virei a cabeça e o avistei, à vários metros de mim, só que de braços abertos e o rosto ensopado de sangue. Perdi todo meu ar e meu chão quando vi sua respiração ir diminuindo cada vez mais, e seus olhos já se revirando pra cima enquanto se fechavam.

–-- Ed... Eee... EEEEeee... - fui engatinhando sem as pernas até ele, meu corpo todo estava trêmulo de dor e de nervoso.

Ele estava pálido, o que fez meu coração afundar. A dor de meus braços expostos, a garganta e meus dentes feridos pela barra emborrachada do capacete pareciam gritar, e eu temi que essa dor fosse a mesma da dele. Ele estava pior do que eu, isso era óbvio, mas eu não consigo suportar vê-lo dessa forma...

Uma cicatriz acima da sobrancelha, os lábios vermelhos de sangue entreabertos, o corpo estirado contra o vidro e a perna presa no pedal da moto que já começava a pegar fogo a partir do pneu. Meu coração se reduziu a um rabisco de criança e fora rasgado ao meio, e atirado ao lixo sem qualquer importância.

Toquei seu pulso com o dedo trêmulo e ensanguentado, e vi seu coração falhar quatro batidas por minuto. Engoli mas não tinha saliva, mas comecei a tremer até o pé quando considerei a possibilidade de meu namorado ter partido, ter ído de moto sem mim pro céu... Ele não!

–--EDWAAAAAAAAAAAAARD! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH! - gritei pendendo a cabeça pra trás com todas as minhas forças.

Desabei em seu peito, chorosa.

(...)

POV Narrador

As horas se arrastaram. O corpo de Edward estava em uma ponte entre a vida e a morte, e conforme os minutos se passavam, mais próximo ele estava dos portões da escuridão. Ele estava inconsciente, quase como um vegetal. Assim como Bella, que estava desabada em seu colo fitando o vazio, culpando-se por não poder fazer nada para medicar a dor do amado. Ali não havia sequer sinal de celular, cabines telefônicas, postes de iluminação ou movimentação. Ela estava sozinha. Ela também deveria estar daquele jeito, destruída de hematomas, porém por um ato nobre de seu amado, não tinha ferimentos tão graves. Naquele minuto ela já estava entregue ao vento; nada mais a importava, não havia nada para se fazer. Estava de mãos atadas.

Carlisle andava pra um lado e pro outro, preocupado com a tardança do filho. Todos os prontos-socorros estavam disponíveis, os médicos estavam com as seringas prontas e as máscaras de oxigênio e macas estavam à postos. Carlisle preferiu manter sua esposa e os amigos de Edward em casa, para que não manifestassem nenhum tipo de ataque nervoso ou agitação durante o procedimento. Tudo seria feito com muito cuidado, qualquer movimento não calculado poderia ser fatal, qualquer erro cometido ou ato esquecido poderiam acabar com a vida do jovem. Edward é a prova viva que milagres existem, pois em seu estado de saúde qualquer outra pessoa já estaria isolada em uma cama, esperando apenas a passagem da paz eterna se abrir, para assim, livrar de todo um sofrimento e dor.

Esse foi um dos motivos que levou Edward a aceitar a sua morte, a frase de Giacomo Leopardi: A morte não é um mal, por que liberta o homem de todos os males; é a maior recompensa para uma vida de dores intoleráveis. Ele sairia como o vencedor do jogo do câncer, pois a libertação divina para a paz eterna era o maior presente que lhe poderia ser ofertado após tanto tempo sofrendo, sentindo dores, sendo privado de muitos prazeres que queria deleitar, histórias planejadas que queriam ser vividas e sonhos que não poderiam ser realizados nunca. Por isso optou pela viagem com Bella: ela seria o anjo que o conceberia antes da sua partida, ela poderia realizar seus maiores sonhos regozijados. Era um modo contraditório de viver durante a morte, como estar entre uma casa e uma avalanche. E ela conseguiu. Fez ele viver intensamente até o último segundo, por vezes fazendo-o até se esquecer dos empecilhos que rondavam sua vida. Ele a amou, ele a ama e a amaria para sempre, pra onde quer que fosse, por que o amor é uma força tão poderosa que nunca poderia ser destruído com facilidade, apenas guardado. Edward nunca foi um garoto normal, não era dotado de talentos especiais e nem possuía uma inteligência extraordinária, porém recebeu um dos maiores presentes ofertados pela vida: amor. Amor por seus pais, amor por seus amigos, amor pela vida e amor por Bella. Quem não tem amor, em sua mentalidade, não aproveitou da vida o suficiente pra partir. E ele conseguiu aproveitar, assim, se sentindo pronto pra qualquer barreira.

Possibility - Lykke Li

Bella cuspiu mais sangue no chão frio da estrada ainda vazia e sem iluminação, as circunstâncias climáticas estavam tão ruins que sentia seu corpo mortificado já apodrecendo, já aquecendo-se com a própria temperatura. Tão logo começou a chover, as gotas lavavam o sangue de sua face, mas nem mesmo as puras águas do céu eram capazes de limpar sua expressão vazia. Logo o céu desabou em águas fortes machucando seus olhos, obrigando-a a esconder a face no peito lento de seu amado. Seu corpo nem sentia mais frio nem calor, enquanto Edward estava trêmulo mesmo desacordado. Ela não sentia nada, mas isso não era bom.

Quando era pequena e seu pai ainda estava sendo treinado para ser um policial, lembrou-se de uma das suas constantes histórias contadas por ele: se um dia você se machucar e sentir dor, fique feliz por isso; porém se não doer, você não sobreviverá. Ela tentava tremer, esboçar alguma reação, no entanto seu corpo protestava incisivamente, resultando em fortes facadas por todo seu corpo. Ela não duraria mais de três horas, e seu íntimo sabia disso, acusando-a de covarde a cada 5 segundos.

Até que o impremediável acontece: sente algo vibrar em seu bolso. No mesmo instante abre os olhos com dificuldade por conta da pancada que tomara, pois bateu o rosto quando a cabeça se chocou contra o capacete.

Um instinto de sobrevivência prepassou por seu corpo, e ela sentia que deveria lutar até não ter mais forças pela sua vida e pela vida de seu namorado. Unindo toda a coragem e ignorando os protestos de seus hematomas, segurou com a mão trêmula seu aparelho e, com dificuldade, levou-o até a orelha.

–-- Bella? Onde você está, eu.. O que está acontecendo? Cadê o Edward? Deixe-me falar com ele, por favor– pediu Carlisle, desesperado. Junto a ele estava toda a equipe médica aguardando pelo corpo quase sem vida de Edward.

Bella instantaneamente começou a chorar, tampouco a soluçar e pereceu em tremeliques fortes, como um peixe fora dagua se debatendo pela falta dela. Não conseguiu responder e sua voz não saía, sua garganta doía bastante. Ficou apenas ali, chorando para o celular.

Do outro lado, Carlisle não se deixou abater pelo choro intenso de Bella; imediatamente convocou toda a equipe policial da área que estava e também carros de ambulância, que se prepararam para partir para busca-lo.

–-- Bella, está tudo bem, certo? Preciso que me diga exatamente onde está– pediu, concentrado.

Bella engoliu em seco, sem saber o que fazer.

–-- Isabella, você consegue. Diga-me sua localização e eu mandarei ambulâncias para busca-los, eu irei salvar vocês. Ajude-me, diga onde está. Vamos, você vai conseguir– incentivou Carlisle e Bella olhou pro corpo inconsciente de Edward ao seu lado; as feições dolorosas, os lábios murchos porém rubros pela chuva e pela vida sendo extraída, os olhos fechados com rugas e pelas feridas do acidente; os cabelos que sempre amou secos, sem brilho. Seu semblante estava apagado, ela não mais o reconhecia. Flashbacks invadiram sua mente; suas fotos, seus beijos, suas carícias, suas surpresas, seus mistérios, seus toques, seus sorrisos, suas palavras direcionadas a ela... Cada memória estava guardada em seu coração, ainda vívidas em um corpo dissolvido de hematomas. Essas memórias gritavam como ecos em sua cabeça, e, vencida pela voracidade delas, sua mente captou: eu não vou deixa-lo morrer.

Com muita dificuldade ergueu a cabeça e conseguiu ler em um poste queimado o endereço de onde estava, há 720km da cidade. Carlisle ouviu tudo com atenção e, após tranquilizar a garota, desligou o telefone e acionou todos os veículos para partirem ao seu destino.

A última coisa que Bella fez antes de apagar totalmente foi sorrir, feliz por ter conseguido salvar quem ela mais ama da morte exorbitante. Apertou a mão de Edward com força e caiu em desmaio causado pelas dores que sentia.

Born to Die - Lana Del Rey

Trinta minutos depois as ambulâncias chegaram esbravejando o som agudo das sirens de emergência, que disputava barulho com os carros policiais. Os carros pararam um metro atrás dos dois corpos desacordados, e, cuidadosamente, tentaram transporta-los para carros diferentes, porém suas mãos não conseguiram ser desgrudadas. O médico achou que fosse pela chuva fria, mas suas mãos estavam secas. Procurou pulseiras ou quaisquer acessórios que pudessem impedir suas mãos de serem coladas, porém seus pulsos estavam vazios. Comovido e penoso, o homem gritou:

–-- Ei, Brad, reúna duas macas na maior ambulância. Eles irão juntos - advertiu.

Eles foram carregados até a ambulância e conectaram diversos tubos em suas veias, braços e pernas. Em Edward o cuidado era mais necessário, então colocaram um gesso ágil com metais em seu pescoço, sustentando-o, e uma cinta em seu quadril para expor seu abdômen para a hora da operação que o salvaria.

Com a sorte à favor dele, conseguiram chegar rapidamente ao hospital. Edward foi levado imediatamente para a sala de cirurgia já com dificuldades de respirar e com os braços magros e os músculos faciais enfraquecidos. Seu coração dava demorados intervalos a cada batida, e isso não era bom. Carlisle viu o filho cheio de hematomas e pensou que desistiria ao ver o quão ele já estava ferido, e começou a chorar, sentindo-se impotente. Quando os enfermeiros prepararam seus bisturis e seringas, ele fingiu que havia caído uma gota de soro fisiológico em seu olho e saiu trêmulo da sala de cirurgia, apoiando os braços no ferro gélido das escadas. Sentiu-se fraco e só de imaginar a culpa que carregaria se algo desse errado para seu filho ficou corrompido por sentimentos que nunca conseguiu expor pra ninguém além de seu íntimo. Pelos três anos que sabia da existência do câncer em Edward, nunca chorou e nem teve ataques de pânico como sua esposa quando descobriu; sempre pensava que ele iria partir, que precisaria superar e criar forças pra cuidar de sua esposa, no entando a vida lhe ofereceu mais uma chance e Carlisle tinha medo de falhar e destruir as três vidas: a de Edward, a de Esme e a sua própria vida. O coração de um bate pelos três, e isso era o que mais preocupava.

Seus olhos bateram no vidro da sala de onde Bella estava, fazendo-o refletir sobre o amor de seu filho pela garota. Ele sempre achou muito bonito o que sentiam, mesmo que jovens mantinham um laço incorrompível, sem limites, sem mínimo e sem máximo. Era intenso, um amor puro e verdadeiro, e mesmo se houvessem dúvidas, todas elas foram respondidas quando Bella contou onde estava para que salvassem Edward. Ele que sempre lutou por ela, sempre desejou sua felicidade, sempre a amou do seu próprio jeito e cuidou dela, nunca a deixaria passar por uma situação dessas. Seu sorriso com ela era diferente, radiante, intocável. O dela, aquele rosto bonito que quase nunca sorria na escola se tornava uma expressão puramente infantil, um sorriso espontâneo e verdadeiro. Apenas ele causava esse efeito nela, eram consequências um do outro. E Carlisle tinha certeza de que se ela tivesse acordada estaria, mesmo que à força, dentro da sala de cirurgia velando pelo corpo do namorado.

Isso fora o combustível suficiente para que Carlisle levantasse a cabeça e voltasse para a sala de cirurgia. Porém quando entrou, viu a aglomeração dos médicos tentando controlar a respiração de Edward com nebulização e máquinas conectadas ao seu peito.

–-- O que está acontecendo? - perguntou colocando a máscara branca em seu nariz, sem desviar os olhos do filho.

–-- Ele deu uma parada uma médica - respondeu.

–-- Precisamos aplicar a anestesia imediatamente - falou um outro médico aplicando de uma vez a injeção intravenosa de Benzetacil com o conteúdo da anestesia geral no antebraço de Edward, que, pela primeira vez, conseguiu se mexer, contorcendo o corpo e fechando a cara numa expressão de dor. Carlisle sorriu levemente, lembrando do medo de agulhas que o filho tinha.

–-- Vamos esperar fazer efeito - a médica disse.

–-- Não da tempo, precisamos operá-lo imediatamente - Carlisle tomou a frente, pegando sua seringa com a cura necessária e a preparou. Colocou suas luvas e pediu a tesoura para o assistente, que prontamente a entregou. Uma médica retirou a blusa de Edward, revelando todos os seus hematomas sofridos; marcas de pneus, do freio da moto, das pedras e muito sangue. Rapidamente a médica passou algodões e panos com álcool para limpar o local enquanto um dos assistentes colocava a cinta rente ao peito desnudo de Edward, que tentava respirar.

A anestesista aplicou outra benzetacil próxima ao seu pulso, dessa vez com adrenalina para reanimar os batimentos cardíacos durante o processo. Edward gemeu baixo mas logo se arrependeu por conta das dores em seu peito e do vácuo em seu estômago que puxava todos os seus órgãos como um aspirador de pó, puxando tudo para o local onde o câncer estava localizado. Sentiu vontade de se contorcer, mas não conseguiu.

Carlisle marcou o local para ser cortado com a tesoura na barriga do filho e, após jogar bastante álcool no local, deu a ordem para que cortassem a barriga de Edward, que deu um grito audível assustando a todos os presentes.

–-- Efeito da adrenalina a anestesista - justificou.

–-- Ou o efeito da agulha da benzetacil - outro concluiu e depois todos se calaram, fazendo cuidadosamente a operação que decidiria a vida de Edward.

(...) Três dias depois...

Bella descansava em um dos quartos particulares mais caros do hospital. Ela não tinha plano de saúde, mas Carlisle fez questão de pagar todas as despesas para que a garota fosse internada e bem cuidada pelos melhores na área hospitalar. Charlie quando descobriu do acidente se chocou, principalmente com as informações fornecidas pelo jornal.

"Acidente: Uma moto estava com o freio estragado, havia duas pessoas e uma está em coma induzido."

Ele passou todos os dias e noites zelando pelo sono da filha, que estava frágil a qualquer coisa, até mesmo a um simples toque na região abdominal ou em algum de seus braços.

Bella abriu um dos olhos mas logo os fechou pela claridade que a atingiu como um raio. Queria gritar para fecharem as cortinas, mas não achou sua voz.

–-- Bella? Você está acordada? - ouviu a voz do pai.

–-- Pai? - perguntou com a voz rouca.

–-- Ah, é você, querida! Vou chamar a enfermeira - disse, alegre, saindo dali em um piscar de olhos.

Bella sentou-se na maca, sentindo uma tontura repentina por ter se levantado muito rápido, mas não ligou. Comparar uma tontura inútil à um acidente perigoso é como comparar uma abelha ao sol. As lembranças do acidente a atingiram na cabeça como uma pedra pesada e ela deu um suspiro agitado, pensando unicamente no seu Edward.

–-- Olha só, a mocinha acordou - a enfermeira ruiva adentrou o local, sorridente.

–-- Onde está o meu pai? - perguntou zonza.

–-- Mandei ele ficar na sala de espera, você precisa fazer um procedimento antes de poder entrar em contato com alguém. Está sentada? Não pode fazer isso, está muito sensível - falou tocando com cuidado seus braços, afim de contê-la.

–-- Cadê o Edward? - perguntou olhando nos olhos da enfermeira, como se estivesse à hipnotizando.

–-- No quarto ao lado. Agora, por favor, deite-se - seu coração bateu mais forte quando ouviu a notícia, e não pensou duas vezes quando levantou a fim de ver o amado novamente.

–-- Preciso vê-lo - falou mas parou, impedida pelos fios que a monitoravam. Arrancou-os e só aí percebeu que vestia um pijama de plástico do hospital.

–-- Isabella, deite-se nesta maca agora mesmo! - falou tentando empurrá-la.

–-- Edward! - Bella chamou, tentando correr, mas assim que tentou dar um passo foi ao chão com a tontura forte.

–-- Eu te avisei! Venha, você precisa se deitar - falou a enfermeira carregando Bella. Acidentalmente seu braço roçou em uma de suas feridas expostas no abdômen, fazendo Bella gemer alto.

–-- Desculpa, eu não quis... Vai passar - a enfermeira ficou nervosa.

–-- Eu quero ver... O Edward, ele... está... - Bella dizia, mas sentia que ficava mais fraca aos poucos. Se sentia um ser minúsculo pela curiosidade.

–-- Bella? - ouviu a voz conhecida de Carlisle e sorriu quando ele apareceu em sua frente, ficou anestesiada com a presença confiável de seu sogro.

–-- Quantos dias eu apaguei? - perguntou, desnorteada enquanto a enfermeira cochichava algo no ouvido de Carlisle, algo haver com dosagem de algum remédio.

–-- Precisamente uns três dias - respondeu calmamente, analisando seu rosto - como se sente? acendeu uma lanterna em seus olhos, fazendo-a instantaneamente fechá-los - preciso que olhe para a luz, Bella.

Assim ela obedeceu, piscando rapidamente por conta da imensa luminosidade.

–-- Você teve muitos ferimentos na região ocular, achamos que ficaria cega, mas felizmente fizemos um tratamento que conseguiu salvar seu globo ocular, então está tudo bem. Enxerga direito?

–-- Sim - falou.

–-- Que figura vê no fundo da luz?

–-- Um dragão - disse achando aquilo muito infantil. Em vez disso ela poderia estar com Edward, abraçada a ele, sentindo seu cheiro e conferindo se está tudo bem.

–-- Onde Edward está? Como ele está? - sua voz vacilou, a dúvida persistia e seu íntimo sempre visava o pior.

–-- Ele está em coma induzido no mesmo período que você, porém não posso prever quando ele vai acordar - disse. A enfermeira apareceu ao seu lado.

–-- Eu posso...?

–-- Não, ele precisa de repouso absoluto e você está muito sensível, qualquer trauma ou susto podem te afetar seriamente - disse.

–-- Não estou sensível coisa nenhuma! Quero ver o Edward agora! - começou a gritar e a se sacudir para todos os lados.

–-- Segurem ela! Assistentes, venham! - a enfermeira berrou e quatro assistentes apareceram para segurar os braços e pernas de Bella.

–-- Bella, calma... - Carlisle tentou dizer.

–-- Eu quero... - a voz dela de repente enfraqueceu por conta da injeção com sonífero que a enfermeira aplicou em seu braço vê-lo... e o rosto de Edward foi a última coisa que viu antes de apagar completamente.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que demorei e peço 1.000.000 de desculpas por isso, mas é que tudo que tinha pra dar errado em minha vida deu e eu simplesmente não conseguia uma brecha pra escrever, e quando conseguia, não tinha criatividade, ou seja, uma fraqueza alimentava a outra, mas eu consegui voltar dois meses depois por conta do apoio de meus leitores. Vocês são incríveis, e no próximo (e último) bônus eu vou fazer uma pequena declaração apaixonada (kkk) pra cada uma de vocês. Não demorarei a postar, será antes do natal, eu prometo minhas lindas! Mas se tiver reviews, claro, afinal eles são o combustível de minha criatividade ;D
Deixem suas opiniões, lindonas!
Beijos e até o próximo e último cap!



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