As nuvens começavam a cobrir o céu, e os pingos começavam a cair sob a grama e o asfalto. Em São Paulo, enquanto tudo andava, a garota se sentia parada no tempo.

Ela, com seus longos cabelos castanhos, a pele clara e os olhos cor de mel, estava em casa doente, deitada em sua cama apenas esperando que algo animasse seu dia.

“forever we can mak... ~” (8)’.

O toque do celular irrompeu o silêncio do quarto, fazendo-a despertar de seus devaneios.

“Estou chegando”

Um sorriso encheu o rosto da garota e sua face ficou corada. A mensagem vinha de seu namorado, ele acabara de sair da escola e decidiu visitar a garota que se encontrava doente. Mais que depressa ela se levantou da cama e começou a se arrumar. Pouco tempo depois ouviu o interfone tocar, eram os porteiros, avisando que o garoto estava entrando.

Ela continuou com a calça leg e colocou uma camisa um pouco mais larga e decotada, com um top de academia por baixo, fazendo com que o decote perdesse um pouco a vulgaridade.

Novamente o som do interfone irrompeu no silencio agora o garoto que estava ali, apenas esperando. Rapidamente ela abriu a porta da entrada e correu para o corredor do prédio a sua espera.

Ao ouvir os passos pelas escadas seu coração disparou, eles poderiam se ver todo dia, aquele sentimento continuara do mesmo jeito puro.

- O que está fazendo aqui fora Kah? Vai piorar~ - o garoto já estava a sua frente, abraçando-a pela cintura enquanto selava os lábios com o dela, em um beijo calmo, ele ia conduzindo-a para dentro da casa.

- Amor... Obrigada por ter vindo... - aos poucos eles se separavam enquanto se dirigiam para o quarto dela...

Kah POV

Corri para o quarto e me joguei na cama. Sentia meu corpo todo doer. Olhei em direção a porta e pude vê-lo adentrando o quarto, ele veio e sentou-se ao meu lado na cama, fazendo-me sentar devagar, pude sentir seus braços envolvendo meu corpo, aquilo realmente me dava uma sensação de segurança. Escondi o rosto em seu ombro, retribuindo o abraço.

Ele levantou meu rosto com cuidado, roubando um selinho meu. Seus olhos me fitavam fixamente... Eles eram pretos, da mesma cor de seu cabelo, o que contrastava muito com a pele branca de asiático. Parecia um boneco de tão fofo. 

Por um instante senti meu coração disparar novamente ao perceber, que agora, ele havia deitado a cabeça em meu ombro e eu conseguia sentir sua respiração em meu pescoço. Pude sentir um desejo imenso de que ele abocanhasse meu pescoço em mordidas e beijos...

- Quer deitar amor? - sua voz novamente quebrou o silencio, agora ele me olhava com um sorriso doce no rosto.

- A-ah sim, é melhor - de certa forma foi até bom ele ter interrompido aquilo. Mas antes que eu pudesse fazer algo, pude perceber o peso de seu corpo sobre o meu, ele havia praticamente pulado em mim, rindo, fez com que os dois caíssem.

Ficamos nos olhando durante algum tempo, e enquanto isso, eu podia sentir meu rosto arder novamente. O que está acontecendo? Não sou assim normalmente.

Pensei em dizer algo, mas antes que as silabas pudessem sair da minha boca, senti os lábios dele pressionados contra os meus, e aos poucos aquele beijo suave e inocente foi se transformando em um beijo repleto de desejo e luxuria. Estávamos ambos deitados na cama, agora já de lado, um de frente para o outro. Suas mãos percorreram meu corpo, uma repousando sobre minha cintura e a outra sobre minha nuca, levando meu corpo para mais perto do seu. Eu, claro, não havia muito no que pensar naquele estado, e logo meu corpo já estava colado ao dele. Ainda bem que estávamos deitados, porque meu corpo tremia de cima a baixo.

Os beijos foram se tornando mais intensos, e antes mesmo que eu percebesse sua língua já estava entrelaçada na minha, as duas se roçando e disputando por espaço.

Precisei separar um pouco aquilo para pegar ar, e logo escondi meu rosto em seu ombro novamente.

Havia sido apenas um beijo, mais que já tinha conseguido nos deixar extremamente ofegante. 

- Eu te amo viu? - Foi o máximo que consegui dizer depois daquilo, pode parecer pouco, mas para a situação...

- Eu também te amo Kah~ - seus lábios agora se aproximavam de minha orelha, e um calafrio percorria todo meu corpo ao sentir a mordidinha que foi depositada ali.

- Baka... - Cobri as orelhas com as mãos, mas pude ouvi-lo rindo. Continuei com o rosto enterrado em seu ombro, enquanto suas mãos envolviam minha cintura novamente.

- Vai ficar assim é?

- E s-se eu for...?

- Vou fazer coisas

Permaneci do mesmo jeito, mas antes que eu pudesse perguntar o que ele iria fazer, senti meu rosto sendo levantado rapidamente e logo recomeçamos o beijo. Agora ele parecia estar 'atacando' mais. A chuva havia apertado, apenas ajudando para o clima, pois seus pingos batiam contra a janela dando uma sensação estranha e confortável.

Suas mãos apertaram minha cintura, enquanto eu arqueava as costas devido aos arranhões que ele desferia em minhas costas depois dos apertos. Senti suas unhas chegando até minha nuca, o que me fez estremecer completamente. O máximo que meu corpo me permitia fazer era apertar seus ombros e soltar alguns barulhos indecifráveis. Posso dizer que já não estou em meu corpo.

Tudo que eu queria era que ele me arranhasse mais, beijasse mais, abusasse um pouco mais.

Eu permanecia com os olhos fechados, enquanto, agora, ele chupava minha língua com um pouco mais de intensidade. Senti uma das de minhas pernas sendo levantada, para que ele encaixasse sua perna entre as minhas. Aos poucos foi subindo ela mais, sem perceber, eu já pressionava meu corpo contra sua perna, e tentava ao Maximo me segurar, mas acabava soltando gemidos baixinhos de prazer.

Separamos o beijo por alguns segundos, o que foi suficiente para que ele mordesse meus lábios e fosse para meu pescoço. Tentei sair de perto, mas ele me segurava contra seu corpo e agora sua boca já havia abocanhado meu pescoço, chupando-o com força. Confesso que eu não sabia o que fazer aquilo me trazia sensações maravilhosamente inexplicáveis. Estava totalmente perdida naquilo, totalmente enfeitiçada. Queria que ele o fizesse mais vezes, mas meu pescoço já estava latejando de dor, acho que ele percebeu, pois acabei deixando escapar um gemido de dor.

- O-o que foi? - falava ofegante e desviando o olhar.

- Digamos que marquei território - ele riu e voltou a me beijar, mas dessa vez com um pouco mais de calma. Aos poucos foi afrouxando as mãos e separando nossos corpos, me olhando nos olhos e fazendo com que eu sentisse minhas bochechas arderem de vergonha.

- Você é só minha ouviu? Para sempre. - Meu coração disparou novamente ao ouvir isso. Acho que nunca fiquei tão feliz em toda minha vida.

- S-sim, toda sua, para sempre. - Sorri, depositando um beijo leve em seus lábios.

Ele levantou, pegou um cobertor e voltou a se deitar do meu lado me cobrindo. Realmente um fofo.

Em pouco tempo o vi pegando no sono, apoiei minha cabeça em seu peito, ele me puxou para mais perto e senti seus dedos fazendo cafuné em minha nuca.

Bem. Vamos aproveitar né? Fazer o que se sou uma neko mimada. Decidi me juntar a ele e logo ambos já estavam dormindo, abraçados e sorrindo, enquanto a chuva apenas apertava ainda mais.