Como Arranjei Minha Namorada. escrita por Mabi


Capítulo 1
O que um pouco de pressão não faz?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Bem, eu tive que faltar aula dia desses e, para minha surpresa, meu colega acaba pedindo minha amiga em namoro. Eu, que super apoiava eles e tal, fiquei muito feliz e, depois de ouvir a história por várias pessoas, não me segurei e, criei essa One pra vocês.



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Mais três passos... Dois... Um... Cheguei.  Na frente da turma inteira sem saber o que fazer. Quase congelei. Eu já estava suando frio. Mais alguns passos pra frente, em direção a professora daquele período. Simplesmente falei baixo, entre o alvoroço que a galera estava fazendo:

- Congelei, sei lá o que irei fazer.

Ela riu um pouco. Acho que ela devia abandonar a área da química e abrir uma agência tipo cupido. Ela calmamente me aconselhou:

- Se ajoelhe e beije a mão dela.

Tá, tá... Como se fosse fácil. Esperei a turma se calar. Encarei um pouco as pessoas, lembrei  que Anne não estava lá. Se estivesse, diria algo do tipo: “Arthur, ela não vai te esperar a vida inteira, ela te ama, faça algo!”. Respirei fundo, e encarei um menino que se localizava ao fundo da sala. Por culpa dele eu, Arthur, estava ali.

Flashback mode on

Mais uma aula de química. E aqueles dois não paravam de se agarrar em meio ao laboratório, tubos de ensaio e potes com iodo sólido. Bernardo e Helena. O cara mais idiota da turma e a menina mais desejada. Eles até que combinavam. Claro que, ele não estava nem aí pra ela, só queria saber de pegar e depois jogar fora, já ela não. Estava super apaixonada pelo babaca. Coitada... Até que a dona Silvia resolve interromper:

-Ih, tão de rolo é?

A turma toda concorda com a professora e um “sim” é vindo de um coro de alunos. Imediatamente, os dois negam, e a pobre garota fica vermelha.  Não satisfeita com isso, acaba solicitando ao aluno que se declarasse para a menina. Bernardo negou alegando que isso era coisa de gay.

Basta, pensei. Não agüentava mais o ver tratando-a como trouxa. Não pude deixar de lembrar de Carol. Eu vinha agindo da mesma forma com ela. Como fui tão ridículo. Poxa vida, a garota dos meus sonhos estava aos meus pés e eu pouco me lixando. Ok, ainda me lembro direitinho do dia em que pedi pra ficar com ela, mas aquilo não foi nada. Eu vivia fugindo do amor da minha vida. E vendo aquele “casal”, pude perceber que... Estava na hora de eu fazer alguma coisa.

Não sei se sabe, mas sou um cara que só faço algo de for sob pressão. E um dos meus amigos começou:

-Ei, por que ao invés do Bernardo, o Arthur não vai lá na frente?

Pronto. A algazarra já tinha começado. Era só o que me faltava. Pensei nela. Pensei na Carol. Isso me bastou para levantar e ir lá na frente.

Flashback mode off

Respirei fundo, poderia jurar que desmaiaria a qualquer momento. 

- Bem, todos sabem por que eu to aqui. – comecei. Eles assentiram. – É pra dizer que eu amo muito a Carol  e – apontei para ela e chamei-a  com o dedo – queria que ela viesse até aqui. Pude vê-la corar. Ela é a coisa mais linda quando fica assim, coradinha.

-Carol. – eu disse, me ajoelhando em frente a ela e pegando sua mão – você quer namorar comigo?

Pronto. O silêncio já era. Todos começaram a gritar, os meninos começaram a zoar com a minha cara e as garotas fizeram um som parecido com “ooooooh” . Olhei um pouco par a turma e acho que nunca vi bagunça maior. Direcionei meu olhar  para ela, que, ao perceber isso, sorriu.

-Sim. – ela me respondeu. Juro que, estava me segurando para não beijá-la ali na frente de todo mundo. Mas quem disse que, diante daquele sorrisinho tímido lindo eu iria conseguir? Ou será que é necessário falar que o meu pouco juízo foi pro espaço?  Levantei-me depressa, abracei-a e segurei-a no alto. Parecia uma criança. E assim que fui a descendo, direcionei-me a seu rosto. Acabamos nos beijando. E foi bom. À medida que fui deixando-a encostar o chão as  pessoas começaram a fazer silêncio. Palmas para todos os lados, gritos, assovios, sem nenhuma vaia, eu consegui entender... Era o amor. Eu a amava. Mais que tudo. Mais que minha própria vida. Eu necessitava dela o tempo inteiro... E dentre tantas outras para descrever o que eu sentia, eu soube... Não havia outra palavra melhor.


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Notas finais do capítulo

"O prazer do amor é amar e sentirmo-nos mais felizes pela paixão que sentimos do que pela que inspiramos."Autor - La Rochefoucauld , François

Foi isso, espero que tenham gostado dessa One, um beijo bem grande! Comentem!



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