Projetados escrita por YK França


Capítulo 7
Sexto Capítulo




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Os vingadores deviam estar chegando e eu já havia dado um jeito de falar com Kyle. Ele guardava magoas de mim mais eu havia insistido e pedido perdão e ele acabou aceitando. Chegaria na cidade aquela noite e estava sozinho. Marquei um encontro e ele aceitou.

Na aula encontrei Diego e animado ele me deu um beijo na frente de todos. Eu não entendia que tipo de relacionamento nós tínhamos, e não estava á vontade para perguntar.

Depois da aula saímos para almoçar e Diego me contou sobre os pais. Ele já havia me dito que o pai não tinha tempo para ele, mais naquela tarde ele falou sobre a mãe. Era uma mulher doce e gentil, linda por sinal, eu já havia visto fotos dela com Diego. Ela era apaixonada pelo marido mesmo que eles mal se encontrassem ou se falassem. O único encontro que tinha eram na mesa de jantar onde nenhum deles deviam faltar e mesmo assim não trocavam uma palavra. Daniela estava conformada com a situação, Diego disse que ela não ligava mais para a família, já havia sofrido demais e ele a entendia completamente. Ela adorava sair, gostava de festas e era popular, era manipuladora e conseguia o que queria com qualquer pessoa.

Ele perguntou sobre mim e Lucas e eu disse apenas o básico para não ter que mentir. Não sentia-me bem em mentir para ele e o que eu pudesse contar eu contaria mais mentir era o que eu evitaria até o final. Sentia que logo teria que ir embora e me perguntava como ficaria meu relacionamento com Diego.

- Ela quer te conhecer – Diego disse.

- Quem? – perguntei confusa.

- Minha mãe. Ela quer marcar um jantar para nós.

- Como ela sabe sobre mim?

- Daniela contou e eu não tive como evitar – ele disse. – Sentiu-se incomodada? Se não quiser ir, ela vai entender.

- Não é isto. Eu gosto de saber que sua família quer me conhecer, e eu quero ir. Só fiquei surpresa.

- Então posso marcar?

- Claro. Vai ser ótimo...

Luca entrou no meu quarto avisando que Kyle já estava na sala.

- Você devia vestir-se mais... Sensual  – ele disse olhando para minha calça de couro.

- Está ótimo assim. Ele não é meu namorado – eu disse colocando as sandálias.

- Então espero que o conquiste com sua calça de couro – ele desceu para o primeiro andar.

Na sala Kyle estava com um buquê de rosas vermelhas e entregou a mim.

- Confesso que estou surpresa de ter aceitado o meu convite – eu disse. – Ainda mais em ter trazido rosas. Luca pode coloca-las em um jarro para mim?

- Claro – Luca pegou-as saindo.

- Aonde vamos? – ele perguntou.

- Reservei uma mesa em um restaurante – eu respondi pegando minha bolsa.

Saímos em seu carro. Kyle tinha dezoito anos e era o melhor no que fazia, ele não era mais forte que eu, na verdade nenhum deles era, mais eu não era tão capaz de mata-lo facilmente e não estava interessada nisto no momento.

Kyle gostava de mim e eu podia ver isto na sua mente. Eu sabia que conseguiria entrar em sua mente em pouco tempo mais precisava de calma e o restaurante que estávamos indo tinha isto.

Já sentados a uma mesa reservada e escondida das demais, Kyle me perguntou o que eu queria. Ele ainda estava magoado por eu ter matado sua irmã.

- Kyle eu sinto muito pelo que aconteceu – eu disse.

- E você quer que eu acredite em você? Lucinda você nunca se importou em matar alguém – ele disse.

- Nem você. Mais eu realmente arrependo-me pelo que fiz, não só por você, mais por ela e principalmente pelo meu irmão que a amava. Confesso que não senti qualquer arrependimento, mais agora isto é mais forte que eu e eu realmente me arrependo. Não quero te convencer disto mais é a verdade.

- O que você realmente quer? - ele inclinou-se mais para mim.

- Ajuda. Eu quero acabar com a Marshal & Goldsmith e sei que é tudo que sua família sempre quis, antes mesmo de que eu cometesse aquele erro.

- O que ganhamos com isto?

- Luca ouviu Bruce falar sobre uma bruxa que vive no Alasca e ele quer trazer Jessica de volta.

Kyle pareceu completamente surpreso. Mais lutava contra aceitar e entrando em sua mente fiz com que ele aceitasse rapidamente. Não sabia até quando, mais tínhamos um acordo.

- Fale com seu pai, convença-o e então seremos aliados a derrubar a empresa que acaba com seus lucros – eu disse.

- Já temos um acordo – ele disse.

O garçom nos levou o jantar e eu pude ver Diego em uma mesa com a família. Ele me encarou bravo e virou o rosto. Murmurei um xingamento e pensei rápido no que eu faria. Diego só podia esta pensando eu o estava traindo, mais eu não sabia que tínhamos uma relação e nem sabia que ele estaria no mesmo restaurante que eu.

- Como eu estou? – perguntei levantando-me.

- O que? – ele me olhou confuso.

- Como eu estou pra me apresentar a família do meu namorado?

Ele não respondeu e sai. Caminhei até a mesa de Diego que me olhou surpreso.

- Boa noite– cumprimentei.

- Boa noite – eles responderam em coro.

- Pai, mãe esta é Lucinda – ele disse.

- Oh, então você a famosa Lucinda – a mãe de Diego sorriu levantando-se pra me dar um beijo no rosto.

Daniela sorriu perguntando como eu estava e depois perguntou por Luca. Anabel me convidou para me juntar a mesa e o pai de Diego não dizia uma palavra sequer a ninguém da mesa e eu já havia notado isto da minha mesa.

- Sr. Sousa gostaria de comentar que adorei a forma como tratou do ultimo caso. Foi fascinante o caso dos Cavanaugh, assim como todos os outros – eu disse.

- Não sabia que se interessava por estes trabalhos Sta...?  – ele esperava que eu dissesse meu nome.

- Lucinda Stanford – eu disse.

- Sta. Stanford, é bom saber que uma jovem como você interessa-se por assuntos de advocacia. O que pretende fazer?

- Eu pensava em cursar a faculdade de direito ou medicina, como a que Diego quer cursar – eu disse sabendo que estava começando a me enturmar com a família de Diego.

- São duas faculdades interessantes e Diego fez uma boa escolha – ele disse.

- Achei que o caso de Andreia, foi o mais interessante. Nunca acreditei que ela havia matado o marido e tudo se tornou tão complexo mais o Sr. resolveu tão facilmente desvendando coisas que eu simplesmente não havia notado.

- Então você acompanha tudo? – ele sorriu.

- Sim. Quando se trata de um dos melhores advogados e detetives do mundo eu confesso: acompanho tudo.

Em poucos minutos Diego estava conversando com o pai e me olhava surpreso, eu conversava com a mãe dele.

- Obrigada pelo que está fazendo Luce – ela sussurrou. – É a primeira vez em anos que eu os vejo conversar.

- Diego me disse e eu fico feliz que estejam assim – eu respondi sorrindo.

Daniela foi a banheiro e me chamou para ir junto.

- Fiquei sabendo que Vitoria estava lhe encodando – ela disse retocando o gloss cor de rosa –, mais você reagiu muito bem com ela.

- Ela acha que eu sou como ela – eu disse.

- Você foi a primeira garota capaz de enfrentar ela – ela disse. – Adorei os sapatos.

- Você acha que Diego e seu pai podem se acertar?

- Eu não sei. Mais hoje é um dia especial pra ele e você é a responsável por isso.

Voltei a mesa em que estava apenas para pegar bolsa já que Kyle estava de saída. Não tive problemas em tê-lo abandonado sozinho em um jantar. Sabia que Diego estava bravo comigo mais a aproximação com o pai com certeza amenizaria a raiva.

Quando estava saindo do restaurante o pai de Diego pediu que eu me juntasse a eles se eu não tivesse nenhum compromisso e eu aceitei.

- Quem era ele? – Diego me perguntou.

- Kyle é um amigo que acaba de chegar da Florida – eu disse e a família inteira escutou.

- Há muito tempo planejamos uma viagem aos Estados Unidos, mais papai anda sempre ocupado – Daniela disse.

Diogo a encarou por um instante e eu senti-me constrangida ao pensar que talvez iniciaria uma discussão familiar.

- Er... Eu fui aos Estados Unidos duas vezes e adorei as cidade, quem sabe um dia desses a gente não possa ir lá Daniela? Claro se seus pais permitirem.

- Seria ótimo, não é mãe? – Daniela sorriu.

- Sim querida, talvez você vá – ela disse.

- Que cidades visitou nos EUA? - o pai de Diego perguntou.

- Fui até Jacksonville na Florida e mais algumas cidades vizinhas e depois passei por New York e Las Vegas que confesso que me assustou um pouco. A cidade nunca dorme e eu precisava de um pouco de descanso.

- Las Vegas é uma cidade maravilhosa se não fosse por todos os crimes que ocorrem lá – ele disse.

- A cada dia há um diferente e isto me assusta – eu disse.

Todos conversavam animados e demoramos para sair do restaurante. Todos nós estávamos animados e nossa mesa havia risos e conversas animadas. Lembranças do passado invadiam nossa mesa.

- E seus pais Lucinda? – Diogo perguntou, estávamos mais íntimos e eu já notava que ele passava a me chamar pelo meu nome e não sobrenome.

- Eu não sei, meu irmão e eu não sabemos o que aconteceu. Fomos criados em orfanato nos primeiros anos – menti – e depois adotados por um casal adorável, mais infelizmente eles não convivem muito conosco, eles moram na California e nós gostamos do Brasil.

Eles me olhavam atentos enquanto eu mentia sem que eles percebessem. Nem mesmo Diego sabia desta historia. E eu mentia para todos eles com escrúpulos.

Eles insistiram em me deixar em casa e quando entrei no meu quarto recebi uma mensagem que era completamente estranha.

Eu sei sobre você e não vou descansar até que tudo esteja completamente acabado.”

Quem estaria me mandando este tipo de mensagens e o que sabia sobre mim?


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Notas finais do capítulo

Conhecer a família de Diego me fazia ainda mais próxima dele. O pai dele havia conversado conosco a noite toda e eu tinha total responsabilidade com ele porque eu havia tomado o controle de sua mente e lhe dado as lembranças boas que encontrei de quando os filhos eram crianças e mostrado a ele que a vida dos filhos era infeliz pela sua ausência.



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