Projetados escrita por YK França
Os vingadores deviam estar chegando e eu já havia dado um jeito de falar com Kyle. Ele guardava magoas de mim mais eu havia insistido e pedido perdão e ele acabou aceitando. Chegaria na cidade aquela noite e estava sozinho. Marquei um encontro e ele aceitou.
Na aula encontrei Diego e animado ele me deu um beijo na frente de todos. Eu não entendia que tipo de relacionamento nós tínhamos, e não estava á vontade para perguntar.
Depois da aula saímos para almoçar e Diego me contou sobre os pais. Ele já havia me dito que o pai não tinha tempo para ele, mais naquela tarde ele falou sobre a mãe. Era uma mulher doce e gentil, linda por sinal, eu já havia visto fotos dela com Diego. Ela era apaixonada pelo marido mesmo que eles mal se encontrassem ou se falassem. O único encontro que tinha eram na mesa de jantar onde nenhum deles deviam faltar e mesmo assim não trocavam uma palavra. Daniela estava conformada com a situação, Diego disse que ela não ligava mais para a família, já havia sofrido demais e ele a entendia completamente. Ela adorava sair, gostava de festas e era popular, era manipuladora e conseguia o que queria com qualquer pessoa.
Ele perguntou sobre mim e Lucas e eu disse apenas o básico para não ter que mentir. Não sentia-me bem em mentir para ele e o que eu pudesse contar eu contaria mais mentir era o que eu evitaria até o final. Sentia que logo teria que ir embora e me perguntava como ficaria meu relacionamento com Diego.
- Ela quer te conhecer – Diego disse.
- Quem? – perguntei confusa.
- Minha mãe. Ela quer marcar um jantar para nós.
- Como ela sabe sobre mim?
- Daniela contou e eu não tive como evitar – ele disse. – Sentiu-se incomodada? Se não quiser ir, ela vai entender.
- Não é isto. Eu gosto de saber que sua família quer me conhecer, e eu quero ir. Só fiquei surpresa.
- Então posso marcar?
- Claro. Vai ser ótimo...
Luca entrou no meu quarto avisando que Kyle já estava na sala.
- Você devia vestir-se mais... Sensual – ele disse olhando para minha calça de couro.
- Está ótimo assim. Ele não é meu namorado – eu disse colocando as sandálias.
- Então espero que o conquiste com sua calça de couro – ele desceu para o primeiro andar.
Na sala Kyle estava com um buquê de rosas vermelhas e entregou a mim.
- Confesso que estou surpresa de ter aceitado o meu convite – eu disse. – Ainda mais em ter trazido rosas. Luca pode coloca-las em um jarro para mim?
- Claro – Luca pegou-as saindo.
- Aonde vamos? – ele perguntou.
- Reservei uma mesa em um restaurante – eu respondi pegando minha bolsa.
Saímos em seu carro. Kyle tinha dezoito anos e era o melhor no que fazia, ele não era mais forte que eu, na verdade nenhum deles era, mais eu não era tão capaz de mata-lo facilmente e não estava interessada nisto no momento.
Kyle gostava de mim e eu podia ver isto na sua mente. Eu sabia que conseguiria entrar em sua mente em pouco tempo mais precisava de calma e o restaurante que estávamos indo tinha isto.
Já sentados a uma mesa reservada e escondida das demais, Kyle me perguntou o que eu queria. Ele ainda estava magoado por eu ter matado sua irmã.
- Kyle eu sinto muito pelo que aconteceu – eu disse.
- E você quer que eu acredite em você? Lucinda você nunca se importou em matar alguém – ele disse.
- Nem você. Mais eu realmente arrependo-me pelo que fiz, não só por você, mais por ela e principalmente pelo meu irmão que a amava. Confesso que não senti qualquer arrependimento, mais agora isto é mais forte que eu e eu realmente me arrependo. Não quero te convencer disto mais é a verdade.
- O que você realmente quer? - ele inclinou-se mais para mim.
- Ajuda. Eu quero acabar com a Marshal & Goldsmith e sei que é tudo que sua família sempre quis, antes mesmo de que eu cometesse aquele erro.
- O que ganhamos com isto?
- Luca ouviu Bruce falar sobre uma bruxa que vive no Alasca e ele quer trazer Jessica de volta.
Kyle pareceu completamente surpreso. Mais lutava contra aceitar e entrando em sua mente fiz com que ele aceitasse rapidamente. Não sabia até quando, mais tínhamos um acordo.
- Fale com seu pai, convença-o e então seremos aliados a derrubar a empresa que acaba com seus lucros – eu disse.
- Já temos um acordo – ele disse.
O garçom nos levou o jantar e eu pude ver Diego em uma mesa com a família. Ele me encarou bravo e virou o rosto. Murmurei um xingamento e pensei rápido no que eu faria. Diego só podia esta pensando eu o estava traindo, mais eu não sabia que tínhamos uma relação e nem sabia que ele estaria no mesmo restaurante que eu.
- Como eu estou? – perguntei levantando-me.
- O que? – ele me olhou confuso.
- Como eu estou pra me apresentar a família do meu namorado?
Ele não respondeu e sai. Caminhei até a mesa de Diego que me olhou surpreso.
- Boa noite– cumprimentei.
- Boa noite – eles responderam em coro.
- Pai, mãe esta é Lucinda – ele disse.
- Oh, então você a famosa Lucinda – a mãe de Diego sorriu levantando-se pra me dar um beijo no rosto.
Daniela sorriu perguntando como eu estava e depois perguntou por Luca. Anabel me convidou para me juntar a mesa e o pai de Diego não dizia uma palavra sequer a ninguém da mesa e eu já havia notado isto da minha mesa.
- Sr. Sousa gostaria de comentar que adorei a forma como tratou do ultimo caso. Foi fascinante o caso dos Cavanaugh, assim como todos os outros – eu disse.
- Não sabia que se interessava por estes trabalhos Sta...? – ele esperava que eu dissesse meu nome.
- Lucinda Stanford – eu disse.
- Sta. Stanford, é bom saber que uma jovem como você interessa-se por assuntos de advocacia. O que pretende fazer?
- Eu pensava em cursar a faculdade de direito ou medicina, como a que Diego quer cursar – eu disse sabendo que estava começando a me enturmar com a família de Diego.
- São duas faculdades interessantes e Diego fez uma boa escolha – ele disse.
- Achei que o caso de Andreia, foi o mais interessante. Nunca acreditei que ela havia matado o marido e tudo se tornou tão complexo mais o Sr. resolveu tão facilmente desvendando coisas que eu simplesmente não havia notado.
- Então você acompanha tudo? – ele sorriu.
- Sim. Quando se trata de um dos melhores advogados e detetives do mundo eu confesso: acompanho tudo.
Em poucos minutos Diego estava conversando com o pai e me olhava surpreso, eu conversava com a mãe dele.
- Obrigada pelo que está fazendo Luce – ela sussurrou. – É a primeira vez em anos que eu os vejo conversar.
- Diego me disse e eu fico feliz que estejam assim – eu respondi sorrindo.
Daniela foi a banheiro e me chamou para ir junto.
- Fiquei sabendo que Vitoria estava lhe encodando – ela disse retocando o gloss cor de rosa –, mais você reagiu muito bem com ela.
- Ela acha que eu sou como ela – eu disse.
- Você foi a primeira garota capaz de enfrentar ela – ela disse. – Adorei os sapatos.
- Você acha que Diego e seu pai podem se acertar?
- Eu não sei. Mais hoje é um dia especial pra ele e você é a responsável por isso.
Voltei a mesa em que estava apenas para pegar bolsa já que Kyle estava de saída. Não tive problemas em tê-lo abandonado sozinho em um jantar. Sabia que Diego estava bravo comigo mais a aproximação com o pai com certeza amenizaria a raiva.
Quando estava saindo do restaurante o pai de Diego pediu que eu me juntasse a eles se eu não tivesse nenhum compromisso e eu aceitei.
- Quem era ele? – Diego me perguntou.
- Kyle é um amigo que acaba de chegar da Florida – eu disse e a família inteira escutou.
- Há muito tempo planejamos uma viagem aos Estados Unidos, mais papai anda sempre ocupado – Daniela disse.
Diogo a encarou por um instante e eu senti-me constrangida ao pensar que talvez iniciaria uma discussão familiar.
- Er... Eu fui aos Estados Unidos duas vezes e adorei as cidade, quem sabe um dia desses a gente não possa ir lá Daniela? Claro se seus pais permitirem.
- Seria ótimo, não é mãe? – Daniela sorriu.
- Sim querida, talvez você vá – ela disse.
- Que cidades visitou nos EUA? - o pai de Diego perguntou.
- Fui até Jacksonville na Florida e mais algumas cidades vizinhas e depois passei por New York e Las Vegas que confesso que me assustou um pouco. A cidade nunca dorme e eu precisava de um pouco de descanso.
- Las Vegas é uma cidade maravilhosa se não fosse por todos os crimes que ocorrem lá – ele disse.
- A cada dia há um diferente e isto me assusta – eu disse.
Todos conversavam animados e demoramos para sair do restaurante. Todos nós estávamos animados e nossa mesa havia risos e conversas animadas. Lembranças do passado invadiam nossa mesa.
- E seus pais Lucinda? – Diogo perguntou, estávamos mais íntimos e eu já notava que ele passava a me chamar pelo meu nome e não sobrenome.
- Eu não sei, meu irmão e eu não sabemos o que aconteceu. Fomos criados em orfanato nos primeiros anos – menti – e depois adotados por um casal adorável, mais infelizmente eles não convivem muito conosco, eles moram na California e nós gostamos do Brasil.
Eles me olhavam atentos enquanto eu mentia sem que eles percebessem. Nem mesmo Diego sabia desta historia. E eu mentia para todos eles com escrúpulos.
Eles insistiram em me deixar em casa e quando entrei no meu quarto recebi uma mensagem que era completamente estranha.
“Eu sei sobre você e não vou descansar até que tudo esteja completamente acabado.”
Quem estaria me mandando este tipo de mensagens e o que sabia sobre mim?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Conhecer a família de Diego me fazia ainda mais próxima dele. O pai dele havia conversado conosco a noite toda e eu tinha total responsabilidade com ele porque eu havia tomado o controle de sua mente e lhe dado as lembranças boas que encontrei de quando os filhos eram crianças e mostrado a ele que a vida dos filhos era infeliz pela sua ausência.