San Diego era linda, e tudo se tornava mais magnifico a cada minuto. Eu sentia falta de meu amor mais não tinha nenhum contato sequer com ele. Ele não havia mais tentado falar comigo.

Descobri que o número que enviava-me mensagens era o de Vitoria que insistia em tentar me assustar. Ela não sabia de nada de mais sobre mim, apenas um boato sobre eu ser ninja e foi o que me fez rir. Ela havia tirado esta conclusão por eu ter batido em seu amigo que agredia o aluno indefeso.

Sobre minha mãe... Ela era linda, tinha um sorriso dócil e nos aceitava mesmo depois de tudo que a contamos. Eu conseguia desabafar com ela, contava tudo. Absolutamente tudo.

Ela adorava nos ouvir. Quando chegamos foi um choque para todos e já fazia dois meses que estávamos com ela.

Tínhamos nosso quarto e Luca e eu brigávamos o tempo todo. Ela adorava nos ver juntos. Tínhamos saído do mundo criminal, de certa forma pois, eu já havia matado dois bandidos um que havia tentado assaltar uma velhinha e um estuprador.

Às vezes eu encontrava Isabela chorando e ela dizia que se sentia mal por ter perdido toda nossa infância e nossa adolescência. Ela achava que estávamos mortos e o procedimento de modificação de nossos genes ocorreu em sua barriga o que foi um risco incalculável para todos. Ela achava que aquele havia sido o processo para nos salvar de uma doença rara.

Eu peguei o telefone e digitei o numero que tinha decorado em minha memoria. Ele atendeu com aquela voz aveludada.

– Alô? – ele chamou. – Oi? Quem é?

Desliguei o telefone com lágrimas nos olhos.

– Mãe estou saindo, tenho que fazer uns trabalhos da escola – eu disse.

– Que horas volta? – ela perguntou.

– Às dez – eu disse sorrindo e lhe jogando um beijo.

Eu adorava poder chama-la de mãe e sentir o carinho que ela tinha por nós. Ela nos amava realmente.

Fui ao supermercado e topei em um homem alto que me empurrou instintivamente para trás me fazendo topar em um garoto. Virei-me para pedir desculpas.

– Sorry – pedi. – I'm really sorry.

Ele estava de costas pra mim, mais eu o achei extremamente familiar. Estava com um capuz e eu senti aquele cheiro doce exalar de seu corpo e então ele se virou para mim com um sorriso no rosto. Era Diego.

Eu quase cai para trás ao ver aquele lindo sorriso e aqueles olhos brilhando. Abracei-o forte e chorei em seu peito. Ele recebeu meu abraço, afastei-o um pouco eu estava séria e queria verificar se era mesmo ele e eu não estava vendo coisas. Não, era ele mesmo e ele estava ali por mim.

– O que faz aqui Diego? – perguntei com lágrimas nos olhos.

– Eu senti saudades da minha namorada – ele disse –, afinal você não terminou comigo.

– Oh Diego eu nem posso acreditar – eu disse. – Você veio por mim? Jura?

– Claro. Desculpe amor por tudo que eu fiz com você enquanto você me protegeu – ele disse.

– Por favor esquece isto.

Soquei seu ombro.

– O que foi isto? – ele gemeu de dor.

– Você não deia ter vindo. Devia ter acreditado que no que eu disse.

– Eu sempre soube do seu amor e lembrei-me do bilhete quando você disse que tudo que fizesse seria para meu bem e de minha família.

– Eu te amo – eu disse.

– Eu te amo e eu quero está com você sempre amor – ele disse beijando-me calmamente e depois se afastando. – Você será sempre minha Lucinda Stanford e eu nunca vou te deixar por que você é minha vida. É meu presente.

Saímos dali e fomos para o hotel em que ele estava hospedado. Conversamos sobre tudo e depois nos amamos matando a saudade de todo o tempo longe e eu sabia que a partir daquele momento seria eterno.