Projetados escrita por YK França


Capítulo 13
Décimo Segundo Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Minha cabeça girava e de algum modo eu sabia que algo ruim estava acontecendo. Eu estava perdida em meu próprio corpo. Não conseguia acordar daquele pesadelo atordoante mais eu mal sabia que o mais terrível seria quando eu acordasse.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/388310/chapter/13

Acordei em uma sala da M&G. Eu estava em uma cama e só podia ver o teto reluzente de cor branca. Odiava aquele lugar. Tentei levantar mais meu pescoço estava preso a mesa, assim como todo o resto do meu corpo. Pude virar meu pescoço um pouco e vi Luca, Eduardo e por fim Elizabeth. Estavam todos na mesma situação que eu. Minha visão ainda estava embaçada.

- Luca? Luca? – chamei varias vezes até que ele acordou atordoado.

- Luce? Eu... eu não vi quando aconteceu. Sinto muito – ele disse.

Comecei a chorar. Diego estava morto e toda culpa era minha. Eu me odiava por aquilo, eu não fui capaz de protegê-lo.

- Eu o perdi – eu disse. – Eu não cumpri a minha promessa. Não pude nem ao menos me desculpar. Ele me odiava...

- Eu sei que ele não te odiava Luce – ele tentou me confortar.

- Que romântico – escutei a voz irritante de Bruce dizer. Todas as camas foram movidas vagarosamente até que ficamos de pé e eu pude ver as faces de Bruce. – Bem vindos a sua casa.

- Eu juro que eu vou te matar Bruce, eu juro e esta promessa eu não vou quebrar – eu ameacei.

- Em pouco tempo você nem lembrará-se de qualquer  outra pessoa destes últimos meses Lucinda, nenhum de vocês lembrará. E você voltará a ser o que sempre foi. É uma pena que eu não possa te fazer mais obediente.

- Do que esta falando? – Luca perguntou.

Ao lado tinha uma maquina grande e vários fios que ele apontou.

- Esta maquina irá recriar sua memoria Lucinda, e de todos vocês – Bruce saiu.

Havia um medico dentro da sala e eu o reconheci. Era Dr. Reynolds parceiro de laboratório de Elizabeth. Ele tirava meu sangue para testes enquanto em vão tentava mover-me. Eu estava por efeito de alguma substancia que não me permitia usar meus poderes mentais e sabia que Bruce já previa esta intervenção algum dia.

- Você sabe que irá morrer Dr. – eu disse a ele que permaneceu em silencio.

Ele se virou e começou a tirar sangue de Luca que estava também tentando se soltar.

- O que fizeram com Diego? – perguntei.

Ele continuava em silencio enquanto eu estava presa a uma mesa, esperando que minha mente fosse completamente apagada. Elizabeth e Eduardo acordaram quase no mesmo instante, eram humanos simples e o efeito do sonífero era mais forte neles.

Elizabeth tinha sido pega por tentar nos ajudar, e não foi morta apenas pela intervenção de Rodney. Bruce era repugnante.

- Você sabe o que eles fizeram com Diego? – perguntei a Liz.

- A ultima vez que o vi, ele tinha sido pego pelos guardas de Bruce – Liz respondeu. – Eu sinto muito Luce.

- Eu prometi protege-lo e eu falhei... – eu disse com os olhos marejados.

- Luce fique calma – Luca pediu.

Dr. Reynolds entrou na sala falando ao telefone com Bruce.

- Sr. a maquina será consertada em pouco tempo... Sim. Nós faremos o que for preciso – ele disse.

Já estávamos ali a mais de três horas e eu estava exausta e entediada. Não conseguia parar de pensar no quanto eu amava Diego e estava doendo a perda dele.

As luzes falharam uma, duas e três vezes. Olhei para cima e as luzes se apagaram de repente me fazendo duvidar da situação. Com a falha de energia todos os equipamentos e maquinas elétricas foram desligados e nós fomos soltos. Marshal & Goldsmith nunca tinha falhas de energias e quando isto acontecia eles tinham um gerador pronto para o uso a qualquer momento. Aquele apagão estragaria diversos projetos o que me fez rir, pois Bruce devia esta furioso. Por pouco tempo, ele não duraria muito.

Luca saltou e ajudou Liz a descer. Quando as luzes voltaram, o que durou por volta de uns três minutos, eu estava na frente do Dr. e ele se assustou implorando por piedade.

- Você não sabe o que é isto – eu disse torcendo o seu pescoço e escutando o estralar do ossos – Morte rápida, e não é o que este velho merecia.

Saímos da sala e corremos pelos corredores encontrando alguns guardas que foram rapidamente exterminados. Kyle apareceu na frente e eu quase atirei contra ele.

- Que droga Kyle eu ia te matar. O que faz aqui? – perguntei a ele.

- Ia precisar de mais pra me matar Luce. E quanto a segunda pergunta: Quem você acha que é o responsável pelo apagão? – ele sorriu entregando-me a minha mochila cheia de armas. – Achei isto no seu carro. E eu tenho boas noticias...

- Oh minhas bebês... Tenho que encontrar uma pessoa – eu disse.

Prendi uma arma em cada tornozelo e na cintura. Peguei minha mochila e coloquei na costas.

- Que boas noticias você tem Kyle? – Luca perguntou.

Um grupo de homens armados apareceram no final do corredor em nossa direção.

- Acho que não temos tempo para noticias, e nada seria bom neste momento – eu disse caminhando na direção dos homens.

Matei vários guardas ao lado de Luca, Eduardo e Kyle. Notei um homem segurando Elizabeth e mirei em sua nuca atirando. O tiro atravessou seu pescoço fazendo um belo ferimento.

Os alarmes estavam ligados e todos os guardas iam ao nosso encontro mais nenhum conseguia nos atingir e todos morriam. Entrei na sala de controle e desliguei os alarmes quebrando todos os controles e destruindo tudo. Havia uma única chave de energia que guardava os projetos ainda não terminados. Eram bebes prontos para fertilização in vitro e eu estava em duvidas entre deixa-los viver ou não. Não podia deixar que eles tivessem uma vida como a minha, e não podia deixar que eles tivessem o mesmo destino de Bruce e de todos que trabalhavam na Marshal & Goldsmith.

Eles tinham que ter uma vida normal. Coloquei os frascos em uma mala adequada e sai da sala desligando tudo. Luca e Elizabeth estavam em um corredor.

- Elizabeth, isto é sua responsabilidade agora – eu disse entregando-lhe a mala. – Não posso deixa-los morrer.

Caminhei para a sala de Bruce que ficava no ultimo andar. Ele estava lá, eu pude sentir. Luca me disse que podia sentir o medo dele. Tudo estava escuro mais não para mim e Luca.

Estava cada vez mais próxima de realizar meus desejos e nada me faria mudar de ideia. Entrei na sala de reuniões onde todos os lideres estavam, exceto por Bruce e Rodney. Ameacei-os contando tudo o que eu faria com eles. Os olhos deles suplicavam por ajuda, eles eram monstros ambiciosos por poder e dinheiro. Eles mereciam morrer e mereciam a morte mais trágica e dolorosa do mundo. Mais eu não tinha tempo de realizar a tortura cortando parte por parte de seus membros fazendo-os urrar de dor e por fim fazê-los morrer apenas decapitando-os ou arrancando seu coração. Era uma visão magnifica em minha mente, mais eu realmente precisava ser rápida. Amarrei todos sem dar qualquer chance de que eles saíssem dali. Armei uma bomba que destruiria toda a empresa em uma hora, e tudo acabaria com aquele pequeno objeto. Seria um tipo de tortura para eles ficar olhando para aquela bomba que não poderiam desarmar, porque eu era boa nisto em construir bombas que somente eu sabia desativar.

- Adeus, tenham um ótimo fim e que seus corpos explodam de forma devastadora – eu disse sorrindo. – Adoraria ficar pra assistir mais é que eu tenho que resolver meus problemas com o chefinho.

Pensei em matar Rodney, mais pensei em não mata-lo. Mais se eu não matasse o império seria reconstruído, afinal ele tinha sido o maior responsável pela criação da Marshal & Goldsmith. Ele gostava de mim e de meu irmão... Não, ele gostava do lucro que levávamos até para a M&G. Ele não merecia viver. Ele era outro ambicioso e cheio de autoritarismo.

Amarrei-o em uma saleta e o deixei preso por um tempo, pois ainda teríamos uma breve conversa e ele não revidou e nem tentou fugir. Caminhei pra o ultimo andar, onde ficava a sala de Bruce. O meu sangue fervia de ódio e meus olhos brilhavam ao imaginar Bruce morto por minhas mãos. Eu nunca havia sentido tanto desejo em matar alguém e nunca estive tão feliz. Tudo estava ocorrendo perfeitamente como eu planejei em minha mente. Na frente da sala de Bruce havia uma espada chinesa que havia sido de um samurai, ele adorava aquela espada e era caríssima por ser banhada em ouro e ter diamantes presos a ela.

Minhas mãos seguraram forte aquela espada sentindo o sabor da vingança e o desejo intenso que estava me dominando como nunca. Ele estava na mesa pegando alguma coisa em sua gaveta e quando levantou as mãos notei que era uma arma pequena. Sorri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O meu olhar malicioso e homicida com toda certeza ele sentiu medo...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Projetados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.