Projetados escrita por YK França


Capítulo 12
Décimo Primeiro Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Aquele dia estava sendo longo demais...



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Na aula de física, Diego era minha dupla e naquele dia ele não tinha escolhas a não ser sentar comigo. Ele precisava daquela nota para jogar futebol e quando pediu ao professor para mudar de dupla mais ele respondeu:

- Suas briguinhas amorosas não podem interferir na aula Sr. Sousa, por favor sente-se e faça seu trabalho.

Diego sentou-se ao meu lado e não disse uma palavra sequer, apenas tentou fazer suas atividades.

- Eu sei que está com raiva de mim, mais... – tentei falar mais não consegui e comecei a responder o trabalho.

Peguei uma folha em meu caderno e comecei a escrever rapidamente:

“Eu comecei a falar mais não consegui e acho que esta é a única maneira de me escutar. Diego, eu sei que você está com raiva de mim, mais eu só quero que saiba que eu te amo e que tudo que eu fizer a partir de agora é para o seu bem. Eu vou te proteger e nada vai acontecer com você ou com alguém que ama. Desculpe o mal que lhe causei... eu só quero me despedir. Não causarei mais este transtorno em sua vida e esta será a ultima vez que irá me ver.

Só não esqueça das coisas boas que aconteceu entre a gente, porque eu nunca irei esquecer.”

Coloquei o papel em cima da sua carteira e sai da sala enquanto o professor me perguntava qual era o problema. No corredor tive a sensação de estar sendo vigiada e fui até meu armário para esvazia-lo.

Senti alguém atrás de mim e que iria me atacar. Virei-me rapidamente e reconheci um dos guardas de Bruce. Ele virou-se rapidamente para me atingir com um soco mais eu baixei passando os pés pelo seu e o derrubando. Ele levantou-se e eu o empurrei com um chute no rosto e dois socos. Ele estava sem saída quando tirei a arma da cintura e apontei para sua cabeça.

- Não vai fazer isto aqui Lucinda – ele disse.

- Não acredito que você ainda duvida do que sou capaz.

- Não me matará – Eduardo disse.

- Mais posso fazer coisa pior – apontei para suas partes intimas e ele ficou serio e assustado.

- Soube que se voltou contra Bruce e só quero te ajudar – ele disse.

- Atacando-me? – perguntei.

- Você que começou – ele disse e eu percebi que era verdade.

- Porque quer brigar com seu chefe? – eu perguntei.

- Quando saiu da M&G ele me demitiu e colocou alguns homens para me matar, mais eu consegui escapar e não sei até quando.

- Entendo, mais não confio em você nem um pouco.

- Eu sei. E não posso mudar isto, mais se aceitar minha ajuda, não vai se arrepender.

- Por que devo aceitar sua ajuda?

- Eu sei onde Bruce guarda as informações sobre seus pais.

A informação de Eduardo havia me chocado profundamente. Eu nunca tinha procurado saber sobre meus pais e nem havia me interessado por isto, mais saber que aquela verdade estava tão próxima de mim me tentava. Eu estava dividida entre querer saber ou não. Eu sabia que se descobrisse seria um choque para meu irmão e eu, mais não saber quem eram e lembrar todos os dias de que poderíamos ter sabido, iria nos torturar. Eduardo foi para minha casa, onde esperamos Luca chegar para que pudéssemos conversar e entender melhor.

Ele falava a verdade, eu tinha certeza. Mais a maioria dos guardas da Organização eram treinados para ter seu próprio controle de mente e controlar seus sentimentos perto de Luca.

- Mais como você sabe disto? – Luca perguntou.

- Eu era o braço direito de Bruce e agora porque acha que ele quer me matar? – Eduardo respondeu.

- Porque ele te demitiu? – perguntei.

- Eu invadi o sistema da M&G e descobri coisas sobre Bruce – ele disse. – Vocês adorariam saber.

- Saber o que?

- Sobre as infidelidades de Bruce – Eduardo disse.

- Não quero saber disto – Luca disse e eu concordei.

- Não tenho tanta certeza, pois é algo muito um circulo complexo, e você estão nele – ele disse.

- Não entendo. Diga de uma vez Eduardo – estava ficando irritada por ele dar voltas em um assunto.

- Tudo bem, calma. A mãe de vocês se chama Isabela, e Bruce foi apaixonado por ela. Eles tiveram um relacionamento de anos e...

Eu senti a raiva crescer em mim, as lagrimas insistiam em correr pelo meu rosto. Eu estava furiosa.

- Não pode ser verdade – eu murmurei.

- Bruce não é nosso pai – Luca disse.

- Não sei – Eduardo disse. – Mais sei que na época em que nasceram eles estavam juntos.

- Eu... – tentava dizer algo.

Eu não suportaria conviver com a ideia de que tinha como pai um monstro hipócrita. Eu odiava Bruce antes, mais o odiava mais ainda. agora. Deixei meu corpo cair sobre o sofá e controlei as lagrimas.

- Eu não vou desistir – eu disse –, vamos continuar com nosso plano Luca. E Eduardo está nessa.

Saltei do sofá e fui para o porão treinar. Eles me seguiram.

Peguei o mapa impresso e mostrei a eles.

- Toda a área da M&G é protegida. Cada portão tem dois guardas e nós não temos munição suficiente para lutar contra todos eles – eu disse.

- Conheço alguns guardas que ainda trabalham lá e dariam tudo para sair de lá e ainda matar Bruce – Eduardo disse.

- Matar Bruce é responsabilidade minha e quem tentar entrar no meu caminho estará morto em dois segundos. E se você nos trair não demorará um dia sequer vivo – eu disse e ele sorriu.

- Não sou suicida Lucinda - ele disse.

- O centro fica aqui – Luca apontou para um desenho cheio de computadores. – Elizabeth trabalha ao lado do centro de controle e Bruce fica no andar de cima.

- Já disse deixe que dele eu cuido – eu disse. – E de todos os lideres também.

- Tem certeza? – Luca perguntou.

Eu não tinha duvidas do que eu queria, e eu queria a cabeça de Bruce de presente.  Mostrei a eles meu mural de fotos completo com a foto de cada um e ao lado o nome das armas escolhidas.

- Você pretende matar a Liz? – Luca perguntou.

- Não. Eu pensei muito sobre isto, e não acho que ela mereça – respondi.

- A gente vai ter que trabalhar em outro ramo a partir do dia que a M&G for destruída – Luca disse.

Eu tinha uma ótima quantia de dinheiro no banco, enquanto Luca só tinha vários automóveis. Não ficaríamos sem dinheiro.

- Vamos roubar o cofre da Organização – Eduardo disse.

- Vamos continuar com nosso plano – eu disse. – Entraremos na M&G e eu vou direto para a sala de controle desligar os alarmes, e depois encontrarei com Bruce. Então Luca...

Não pude concluir escutei o som do meu computador, os alertas da casa do Sr. Sousa haviam sido ligados. Peguei as chaves da moto e corri para a garagem. Luca me seguiu e Eduardo estava com ele.

Em segundo eu estava na casa de Diego e ele estava na janela de seu quarto conversando com a família. Olhei direito e os guardas estavam caídos pela grama e só então pude notar a arma que o Sr. Sousa usava, Diego estava discutindo com ele. Aquilo não era bom, eu não via ninguém na casa. Luca chegou atrás de mim.

- Tem alguém aqui – eu disse. – Mais eu não escuto qualquer pensamento desconhecido.

Senti uma picada em meu pescoço e puxei um dardo com sonífero. Luca também havia sido atacado e Eduardo estava dormindo. Minha visão começava a embaçar e eu começava a sentir uma dor no peito, o olhar de Diego encontrou o meu e eu cai. Ele abriu a janela mais foi segurado pela família que não o permitiu sair. Chamei por ele, mais eu estava com medo de que alguém conseguisse o capturar.

Aquele era meu fim, e o de todos daquela família. Eu sabia que não podia lutar naquele momento, mais mataria todos que fizessem mal para Diego. Ninguém iria sobreviver.


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Notas finais do capítulo

Eles haviam conseguido me dominar. Mais não por muito tempo...



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